A Operação Urbana Centro vai mudar.
A OU Centro foi instituída pela Lei Municipal nº 12.349, de 6 de junho de 1997, com objetivo de promover a requalificação e a renovação do centro de São Paulo, através da preservação do patrimônio edificado, do incremento populacional e do estímulo às atividades típicas de áreas centrais: hoteleira, educacional, cultural e de entretenimento.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Embora a transferência de potencial construtivo de imóveis tombados estivesse disciplinada por legislação específica, a Operação Urbana Centro estabeleceu um cálculo alternativo para esse potencial transferível, proporcional à área construída, que favorecia a restauração de edificações históricas de grande porte, como o Prédio Martinelli, por exemplo.
Outro ponto importante foi o incentivo aos empreendimentos habitacionais, pela dispensa do pagamento de contrapartida para áreas edificadas até 6 vezes a área do terreno.
De forma precursora na legislação urbanística municipal, a Lei da Operação Urbana Centro admitiu a construção de edifícios residenciais sem a oferta até então obrigatória de vagas de estacionamento, dispensa que foi estendida aos demais usos incentivados de educação, cultura, entretenimento e hospedagem, considerada a oferta abundante de transporte público na área central.
Foi na elaboração da lei da Operação Urbana Centro que se aprovou, pela primeira vez na legislação urbanística, a gestão compartilhada de implantação de um projeto público, com a criação de sua Comissão Executiva, composta por representantes de organismos de atuação significativa na área e de representantes de secretarias municipais.
Passados 20 anos de aprovação da Lei 12.349/1997, a Operação Urbana Centro vai mudar.
Mudará para entrar em consonância com os marcos regulatórios federal e municipal da política urbana vigentes, consolidados no Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001 que regulamentou os capítulos constitucionais referentes à política urbana, e no Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo, aprovado pela Lei nº 13.430, de 13 de setembro de 2002, e revisto pela Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014.
Essas leis possibilitaram a implementação do coeficiente de aproveitamento básico único no Município, estabelecendo a separação entre a propriedade do solo e o direito de construir; trouxeram maior eficácia à ação pública sobre o território, criando instrumentos de regulação de acesso à terra, de reordenamento de atividades no território, de recuperação da valorização fundiária em benefício da coletividade e de indução de transformações necessárias ao melhor aproveitamento da infraestrutura urbana e ao cumprimento da função social da propriedade.
Mudará para se integrar a um centro metropolitano maior, revelado quando a São Paulo Urbanismo, que coordena a proposta de mudança, passou a estudar a região central além dos distritos Sé e República, rastreando a vitalidade que se espraia pelos distritos de Santa Cecília, Bom Retiro, Pari, Brás, Belém, Mooca e Liberdade.
Essa expansão se impôs pela percepção das diversas dinâmicas de alcance metropolitano distribuídas nesses distritos e da necessidade de integrá-las em um sistema urbano qualificado e eficiente, capaz de suportar adensamento populacional, de estimular a ampliação da atividade econômica e de elevar o patamar de investimento privado local.
O estudo resultante, conduzido sob os parâmetros do PROJETO DE INTERVENÇÃO URBANA - PIU, abrangeu um perímetro muito maior que o da Operação Urbana Centro original.
O PIU SETOR CENTRAL consolidado propõe um Programa de Intervenções, Regramentos Específicos, Estratégias de Intervenção, um Modelo de Gestão Financeira e um Modelo de Gestão Participativa e a proposta de utilização de dois instrumentos de implantação que se complementam: a OPERAÇÃO URBANA CENTRO revisada e a ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA SETOR CENTRAL.
O que muda na Operação Urbana Centro que conhecemos?
MUDA O SEU PERÍMETRO DE ABRANGÊNCIA, voltando àquele proposto nos seus estudos iniciais, nos anos 1990, desenvolvidos em substituição à Operação Urbana Anhangabaú vigente à época. A proposta técnica daquele momento era de que a Operação Urbana Centro abrangesse exclusivamente as áreas conhecidas como Centro Velho e Centro Novo de São Paulo, cujos espaço construído e significado singulares justificavam um projeto específico de requalificação. O acréscimo do distrito do Brás aos distritos Sé e República deu-se por decisão intempestiva, visando o financiamento de intervenções em ruas comerciais daquele distrito.
MUDA A COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA da Operação Urbana Centro, para que tenha paridade de representação do setor público e da sociedade civil e paridade de gênero, para que tenha participação rotativa das associações e organizações da sociedade civil capazes de contribuir com os objetivos do projeto e para abrigar representantes eleitos dos órgãos colegiados da administração municipal, favorecendo a atuação integrada de agentes públicos e privados.
MUDAM OS INCENTIVOS DE GRATUIDADE, agora direcionados à produção de habitações de interesse social, à recuperação de edifícios existentes para essa finalidade e para a recuperação do patrimônio histórico.
PERMANECEM OS OBJETIVOS expressos na Lei Municipal nº 12.349/1997, agora potencializados pelo Plano Urbanístico, pela Estratégias, pelos Instrumentos e pelos Modelos de Gestão Financeira e Gestão Participativa, detalhados a seguir.
O território compreendido no projeto abrange uma área de 2.098 ha, dos quais 1.485 ha estão contidos no Subsetor Arco Tietê do Setor Orla Ferroviária e Fluvial da Macroárea de Estruturação Metropolitana. A abrangência proposta reinterpreta a setorização da Macroárea de Estruturação Metropolitana – MEM – indicada no PDE ao expandir a área identificada como centro metropolitano. O projeto, então, passa a integrar objetivos propostos para o Setor Central e para o Arco Tietê:
O perímetro de estudo proposto responde ao objetivo urbanístico do projeto – adensamento populacional dos distritos do anel central –; mantendo territórios de adensamento construtivo estabelecidos no Projeto do Arco Tietê, na faixa norte do PIU Setor Central, com ajustes do regramento proposto, a fim de alcançar o incremento populacional pretendido.
O novo perímetro passou a abranger distritos compreendidos no Arco Tietê – Santa Cecília, Bom Retiro, Brás e Pari – mas não absorvidos naquele projeto, estabelecendo regramentos de incentivo à requalificação de edificações existentes, à produção de habitações de interesse social e ao incremento do uso residencial em territórios produtivos; propostas de melhoria de desempenho da mobilidade nas concentrações comerciais e um plano de intervenções qualificadoras do espaço público.
Considerando a dinâmica atualmente existente na região central de São Paulo, que concentra uma significativa quantidade de empregos, comércios e serviços, sendo polo de atração de viagens com origem em outras partes do município e em outras cidades da região metropolitana e do país, mas que apresenta densidade populacional abaixo da desejada e diversos problemas sociais em seu território, foi inicialmente necessário definir as finalidades às quais o projeto e os instrumentos de intervenção a ele vinculados devem estar relacionadas.
O CENTRO HOJE
ÁREA DE PROJETO: 2.098 ha
DENSIDADE POPULACIONAL MÉDIA NOS DISTRITOS CENTRAIS: 145 hab/ha
EM MÉDIA, 2.057.305 PESSOAS VÃO AO CENTRO TODOS OS DIAS, MAIS DA METADE VAI A TRABALHO
HÁ 33.149 DOMICÍLIOS VAGOS, 14.6% DO TOTAL. MAIS DE 600 IMÓVEIS FORAM NOTIFICADOS PARA PEUC
MAIS INFORMAÇÕES ESTÃO NO DIAGNÓSTICO PUBLICADO COM A PRIMEIRA CONSULTA PÚBLICA
ESTRATÉGIAS
PROGRAMA DE INTERVENÇÕES
PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO
INSTRUMENTOS
OPERAÇÃO URBANA CENTRO
450 ha
PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU URBANIZAÇÃO COMPULSÓRIA (PEUC)
RECEPCIONAR APOIO URBANO SUL, INCORPORAR PROPOSTAS DE NOVOS TRAÇADOS VIÁRIOS
ATRAIR NOVOS MORADORES PARA A REGIÃO CENTRAL - AUMENTAR A DENSIDADE PARA 200 hab/ha
$
OUTORGA ONEROSA DO DIREITO
DE CONSTRUIR
REQUALIFICAÇÃO DE 93,8 Km
DO SISTEMA VIÁRIO EXISTENTE
ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA SETOR CENTRAL
(AIU SETOR CENTRAL)
1.640 ha
PRODUÇÃO DE UNIDADES HABITACIONAIS COMO CONTRAPARTIDA À CONCESSÃO DE POTENCIAL CONSTRUTIVO
TRANSFERÊNCIA DO DIREITO
DE CONSTRUIR (TDC)
IMPLANTAÇÃO DE 21
NOVAS CICLOPASSARELAS
BÔNUS EM POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL PARA PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
IMPLANTAÇÃO DE 26,7 Km DE NOVAS CICLOVIAS
UNIDADES HABITACIONAIS PARA FAIXA 1 E LOCAÇÃO SOCIAL COMO CONTRAPARTIDA EM PROJETOS ESTRATÉGICOS
ÁREA DE ESTRUTURAÇÃO
LOCAL (AEL)
527 ha
IMPLANTAÇÃO OU REQUALIFICAÇÃO DE 113,4 Km
DE CAMINHOS VERDES
PERÍMETRO DE REQUALIFICAÇÃO DE IMÓVEIS TOMBADOS (PRIT)
BÔNUS EM POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL PARA REQUALIFICAÇÃO DE IMÓVEIS TOMBADOS E RETROFIT
URBANIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA VIÁRIO E ÁREAS VERDES E INSTITUCIONAIS EM PROJETOS ESTRATÉGICOS
IMPLANTAÇÃO OU REQUALIFICAÇÃO DE 71
PARQUES E PRAÇAS
Nos distritos centrais da cidade, o tema do atendimento habitacional tem prioridade indiscutível. Trata-se de território de oferta concentrada de empregos e serviços e com parcelas expressivas de baixa densidade populacional, aptas ao recebimento de moradores.
Aqui estão representadas todas as modalidades de moradia sub-normal – condomínios precarizados, cortiços, ocupações de edifícios adaptados, favelas – e a maior concentração da cidade de população em situação de rua.
O centro que queremos deve abrigar mais pessoas e abrigar melhor as pessoas – aquelas que aqui residem e que aqui virão residir. A oferta de oportunidades de moradia para diversas faixas de renda é diretriz de projeto, com ênfase no atendimento habitacional de interesse social. Considerando a convivência de usos residenciais e não residenciais observada nos distritos centrais, será assegurada qualidade urbanística às vizinhanças residenciais – ruas qualificadas, conectividade entre elementos referenciais do bairro e serviços públicos ajustados à demanda.
Desejamos um padrão sustentável de mobilidade, um centro acessível por transporte público, onde a mobilidade ativa seja facilitada, a circulação e a distribuição de carga estejam organizadas e o transporte privado disciplinado.
Para a melhoria das condições de mobilidade ativa foi proposto um plano de qualificação de logradouros abrangendo eixos comerciais e ruas destacadas que integram vizinhanças residenciais, zonas comerciais, terminais de ônibus e áreas verdes públicas. Essa qualificação pode abranger alargamento, requalificação e arborização de calçadas, implantação de pokcket parks, adequação da sinalização horizontal e vertical e o conjunto de dispositivos de acessibilidade universal. Abrange também a complementação da malha cicloviária que serve a área central. O plano considera as barreiras existentes – ferrovias, vias estruturais de tráfego, orlas fluviais – e propõe mais alternativas e modalidades de transposição.
O transporte público, já assegurado pelas estações de trem e metrô, pelos terminais e linhas de ônibus que servem os distritos centrais, será positivamente impactado pela melhoria das condições de circulação no entorno dos terminais da área central – os mais importantes Princesa Isabel, Bandeira e Parque Dom Pedro – e pela própria qualificação desses equipamentos, a ser alcançada pela aplicação da Lei Municipal nº 16.211, de 27 de maio de 2015, que regulamenta a concessão de terminais municipais à exploração e à operação da iniciativa privada.
As preexistências são um ativo do projeto. O extenso conjunto de edificações tombadas nos bairros de Santa Ifigênia e Campos Elíseos, no Vale do Anhangabaú e na Rua Florêncio de Abreu subsidia a proposta de volumetria para as novas construções nessa região do centro, que ainda apresenta significativo potencial de transformação. Em áreas mais adensadas, no coração dos distritos Sé e República, também com alta concentração de edificações tombadas, as oportunidades de renovação são menores, justificando o estudo caso a caso de novos empreendimentos propostos.
Os centros comerciais consolidados são também preexistências a serem valorizadas através das intervenções urbanísticas previstas no projeto: plano de requalificação de logradouros e medidas de regulação de circulação de cargas e da oferta de vagas de estacionamento. A proposta de incremento do uso residencial nesses centros comerciais vem ao encontro de demandas de associações de lojistas que pretendem vitalidade noturna para as ruas fervilhantes de consumidores que se tornam desertas à noite.
Nessas áreas, está previsto o incentivo à implantação de mini centros de distribuição associados a estacionamentos verticais em localizações estratégicas da área central. Esses equipamentos melhoram as condições de distribuição de mercadorias na região, minimizando a circulação diurna de caminhões de pequeno porte, e organizam a oferta de vagas nos centros comerciais, viabilizando as propostas de restrição de estacionamento na via e de alargamento das calçadas das ruas comerciais.
A rede de espaços públicos e os bulevares centrais herdados de intervenções urbanísticas do início do século XX são ativos valorizados no projeto. O plano de qualificação de logradouros propõe a arborização dos bulevares e a integração de áreas verdes, conformando um sistema de espaços públicos que favorece a mobilidade ativa e atua como fator de mitigação de ilhas de calor.
A precariedade das orlas fluviais tem sido enfrentada nas propostas do Arco Tamanduateí e do Arco Tietê, através de incentivos à desocupação das parcelas de Áreas de Preservação Permanente que gravam lotes privados. No PIU do Setor Central, além da qualificação das APPs, há o propósito de incentivar a intensificação da ocupação nas orlas fluviais dos rios Tamanduateí e Tietê e a localização de usos institucionais – lazer, educação e cultura – que potencializem, no Setor Central, a atratividade metropolitana dos territórios da MEM, como previsto no Plano Diretor Estratégico do Município.
O Projeto Urbanístico Específico do Setor Central, que aborda intervenções físicas, combina-se ao Regramento Urbanístico que orienta, restringe ou incentiva o aproveitamento de lotes privados. A eficácia do PIU depende da correspondência das medidas e intervenções propostas aos interesses e demandas da sociedade civil em relação à gestão dos distritos centrais.
A participação desses interlocutores na construção do projeto, no processo de aprovação dos instrumentos legais necessários e na gestão de implantação do PIU Setor Central – através das representações dos órgãos colegiados, da participação direta nas consultas abertas no portal Gestão Urbana e das audiências públicas programadas – é condição para que esse projeto atinja as finalidades pretendidas.
Em vista das finalidades do PIU Setor Central, o Programa de Intervenções proposto considerou principalmente a necessidade de integração e qualificação do território, de forma a dar suporte ao adensamento populacional e construtivo, à diversificação de atividades e ao fortalecimento da economia pretendidos pela intervenção.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Para isso, o Programa de Intervenções do PIU Setor Central distribui-se em três frentes – Qualificação do Habitat, Mobilidade e Ambiental.
A Qualificação do Habitat abrange a provisão habitacional de interesse social, para atendimento da população moradora de favelas, cortiços e ocupações ou em situação de rua, além da provisão dos equipamentos públicos necessários ao atendimento das demandas presente e futura, oriunda do incremento populacional proposto no projeto.
A provisão habitacional de interesse social é tratada no âmbito de Áreas de Estruturação Local (AEL), mas a qualificação dessas áreas e sua integração com o restante do território estão intrinsecamente relacionadas às ações das frentes de Mobilidade e Ambiental.
As intervenções relativas à Mobilidade contemplam medidas voltadas à mobilidade ativa e à mobilidade veicular motorizada e visam a melhorar a integração do território e qualificar o percurso do pedestre e do ciclista. Para tanto, foi elaborado um plano de qualificação de logradouros que abrange alargamento, requalificação e arborização de calçadas e espaços públicos, de forma a integrar vizinhanças residenciais, zonas comerciais, áreas verdes e equipamentos públicos com o sistema de transporte público coletivo, em especial as estações de trem e Metrô e os terminais de ônibus.
Tais ações estão intrinsecamente relacionadas à concepção das redes de caminhos verdes e áreas verdes públicas. Pretende-se que o deslocamento dos pedestres entre meios de transporte, vizinhanças residenciais, Circuitos Comerciais e equipamentos públicos seja amparado por passeios com largura e mobiliários apropriados, com arborização que possibilite sombreamento e melhore o microclima, em logradouros com fachadas ativas e uso misto, que dinamize a utilização destes passeios.
O plano cicloviário toma como referência a malha de ciclovias e ciclofaixas preexistentes e tem por objetivo expandir a rede atual, sobretudo onde a rede é mais esparsa, procurando conectar as Áreas de Estruturação Local de Moradia e elementos referenciais do território à rede de mobilidade, colaborando com a intermodalidade no deslocamento de pessoas.
A expansão da rede cicloviária está associada a outras intervenções no espaço público – como o estabelecimento de uma rede de caminhos verdes arborizados e a implantação de melhoramentos viários – e, numa outra esfera, aos eixos onde o uso comercial e o uso habitacional são incentivados (Eixos Estratégicos). Além de potencializar os usos, as ciclovias e ciclofaixas colaboram com a construção de uma identidade pública para as Áreas de Estruturação Local da Moradia.
Os rios, a linha férrea e parte da linha de Metrô e dos viários estruturais, especialmente a Avenida do Estado, representam atualmente barreiras que desarticulam as áreas de comércio especializado e moradia e dificultam o acesso ao sistema de transporte público.
Em contrapartida, a proposição de requalificação ou implantação de novas transposições sobre a linha férrea na região dos distritos de Santa Cecília e Bom Retiro, principalmente por meio de edifícios-passarela, visa possibilitar a conexão do território adequada ao percurso do pedestre. De forma complementar, a qualificação dos passeios é proposta de forma mais acentuada nos distritos Pari, Brás e Mooca e na região da Baixada do Glicério, áreas hoje deficitárias neste quesito, nas quais as melhorias propostas tanto do ponto de vista da microacessibilidade, quanto em relação às questões ambientais e de uso, têm potencial de qualificar as áreas de moradia e fomentar o comércio já intenso nestas regiões. Além disso, são propostas passagens em nível sobre o Rio Tamanduateí articuladas às novas áreas públicas do projeto.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019.
Embora de maneira geral a região central apresente uma malha viária bem estruturada, o PIU Setor Central propõe alguns melhoramentos viários, necessários à transformação e à qualificação do território.
Dessa forma, o projeto incorpora, com algumas alterações pontuais validadas pela Companhia de Engenharia e Tráfego – CET, a implantação de parte do Apoio Urbano Sul, aprovado pela Lei Municipal nº 16.541/2016, dando continuidade ao eixo de interligação de bairros ao sul da Marginal Tietê, com ciclovia e duas faixas de circulação veicular livre por sentido e a previsão de futura implantação de corredor de ônibus.
Para ampliar a acessibilidade entre o Brás–Pari e melhorar a interrelação entre os polos de atratividade, têxtil, madeireiro e gastronômico, foi proposto um túnel de ligação sob a ferrovia, na Rua Monsenhor Andrade, desafogando o Largo da Concórdia, área que recepciona toda a população da Estação Brás da CPTM, que está no limite de seu carregamento viário.
Também se propõem a melhoria da conexão entre o Viaduto Bresser e a Rua José Monteiro, consolidando o binário João Boemer – José Monteiro/Bresser como a grande conexão entre o Pari, o Belém e a Mooca; e novos alinhamentos na Av. do Estado, que têm relevância primordialmente ambiental, visando à recuperação da APP do rio Tamanduateí.
Os demais melhoramentos viários propostos são pequenas costuras no tecido urbano que fortalecem a articulação da microacessibilidade das regiões de grande atratividade comercial e residencial.
A partir da identificação de quatro circuitos de compras, nos quais estão presentes ruas majoritariamente comerciais e de predominância de lojas especializadas (Brás-Pari, Parque Dom Pedro, Bom Retiro-Luz e Centro), foi proposto o controle da oferta de vagas de estacionamento no interior do Perímetro de Irradiação, que tangencia essas áreas comerciais e que apresenta grande fluxo de transeuntes. Como alternativa à restrição, são estabelecidos incentivos à construção de edifícios-garagem em áreas estratégicas, na periferia das áreas comerciais, incentivando, nos circuitos de compras e na área interna à rótula, a mobilidade ativa – a pé e por veículos não motorizados – e por transporte público.
Essa medida deve contribuir para a qualificação do território, em razão da redução da emissão de gases veiculares, e melhorar a fluidez do tráfego de pedestres, veículos não motorizados e dos ônibus que servem a região. A diminuição da oferta de vagas de estacionamento vai ao encontro das propostas de requalificação das vias públicas, de forma que, entre os resultados esperados, também estão a qualificação dos espaços públicos como suporte para a moradia e a valorização dos monumentos históricos, do comércio, dos serviços e dos equipamentos públicos voltados para a rua.
Em relação à frente Ambiental, foi proposta uma rede de Caminhos Verdes, ruas arborizadas que definem percursos significativos para os habitantes ou os usuários da região, interligando áreas verdes, equipamentos públicos, sistema de transporte e outros pontos relevantes.
Tais caminhos têm impacto tanto na qualificação da mobilidade ativa, quanto na melhoria das condições ambientais da região, auxiliando na redução das ilhas de calor e na conformação de corredores ambientais que permitam a conservação da diversidade genética da avifauna.
Junto à rede de caminhos verdes, a requalificação de áreas verdes existentes e a implantação de novos parques, praças e canteiros são ações que visam à complementação do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL), seguindo as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor Estratégico (PDE) – Lei nº 16.050/14.
Entretanto, as características da urbanização que se consolidou na região dificultam a implantação de novas áreas verdes de grande porte. Assim, pretende-se a instalação de pocket parks, praças implantadas em lotes isolados de pequena dimensão, com baixa probabilidade de aproveitamento para verticalização, que além de melhorias ambientais na escala da quadra e qualificação das rotas de circulação, possibilitam locais de lazer e descanso à população.
Tais espaços têm o potencial de atrair diferentes usos, proporcionar a experimentação do espaço público, garantir segurança e zeladoria pela vigilância e manutenção de usuários e lojistas locais e gerar interação entre as pessoas que por ali circulam. Podem conter água em fontes ou pequenos lagos acessíveis ao contato e associar-se a elementos históricos, obras de arte ou equipamentos públicos.
Buscou-se, ainda, a demarcação de ao menos uma área verde por Área de Estruturação Local da Moradia, de forma a garantir áreas de lazer e qualidade ambiental aos moradores destas vizinhanças.
Em relação às questões de drenagem, o projeto busca atenuar os problemas decorrentes do elevado nível de impermeabilização da mancha urbana e da alta ocupação das várzeas fluviais com medidas de recomposição da vegetação existente nas margens dos rios e de contenção de águas pluviais desde as áreas mais elevadas das bacias até as planícies aluviais.
Esta contenção pode se dar por meio de praças rebaixadas de contenção ou absorção que, em épocas de seca, configuram área de estar e lazer, e por canteiros e jardins drenantes ao longo do sistema viário.
Para a definição das áreas de encosta onde serão privilegiadas as medidas de contenção de águas pluviais e das áreas de várzea onde serão incentivadas as medidas de ampliação da cobertura vegetal, foi traçado o MAPA DE COMPARTIMENTOS AMBIENTAIS, que subsidia a aplicação da Quota Ambiental instituída na lei de Zoneamento e aplicável ao PIU do Setor Central.
Acesse o mapa interativo "Mapa de Compartimentos Ambientais" acessar_url
Em conjunto, as ações propostas buscam a conformação de uma rede ambiental, que conecte áreas verdes existentes e novas, qualifique o percurso do pedestre e a vida urbana, permita a movimentação da avifauna e contenha mecanismos que atenuem os problemas de drenagem oriundos da ocupação e adensamento.
Adicionalmente às medidas citadas, os incentivos urbanísticos à renovação das orlas fluviais devem contribuir para qualificação das áreas de preservação permanente dos rios Tietê e Tamanduateí e estabelecer uma nova relação entre a população de São Paulo e dois de seus principais rios.
A proposta de setorização do PIU Setor Central foi elaborada considerando os seguintes elementos e critérios, detalhados na sequência:
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
A partir da concentração de imóveis enquadrados como Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) no território do PIU Setor Central, foram definidas as Áreas de Estruturação Local (AEL) da Moradia, que configuram elemento estruturador de propostas de intervenção para as vizinhanças habitacionais e de provisão habitacional de interesse social, e identificados logradouros cuja qualificação é importante ao adensamento populacional e construtivo desejado para tais perímetros.
Acesse o mapa interativo "ZEIS e ZDE" acessar_url
De forma similar, com base na identificação dos setores censitários com predominância comercial, foram levantadas ruas de comércio especializado que configuram polos de atração metropolitana e, por isso, demandam qualificação e ordenamento do espaço público.
Os logradouros identificados configuraram EIXOS ESTRATÉGICOS, que apresentam incentivo aos usos não residenciais com fachada ativa no térreo, visando à instalação de atividades que deem suporte ao uso residencial nas AEL ou a manutenção de atividades comerciais já existentes.
Acesse o mapa interativo "ZEIS, setores comerciais e eixos" acessar_url
O Plano Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/2014) instituiu as áreas de influência dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana (EETU), territórios definidos pela presença de elementos estruturais dos sistemas de transporte coletivo de média e alta capacidade (estações de trem e metrô e corredores de ônibus), para as quais foi direcionado o adensamento construtivo e populacional do Município.
Em vista da incidência da Operação Urbana Centro e da Macroárea de Estruturação Metropolitana, na maior parte do território do PIU Setor Central não foram demarcadas zonas vinculadas aos EETU. Considerando, entretanto, as diretrizes do PDE para adensamento e melhor aproveitamento das áreas servidas de transporte público de massa, os parâmetros de ocupação do PIU Setor Central levaram em consideração a aplicação dos critérios dos EETU no território do projeto.
O Diagnóstico - Análise Territorial apresentado na primeira consulta pública do PIU Setor Central evidenciou que segundo dados da RAIS de 2014, os dez distritos centrais concentram 19% dos empregos formais do município – número que não considera os empregos ofertados pela administração pública, numerosos nessa região.
Esses mais de 800 mil empregos que promovem a grande diversidade de serviços ofertados fundamentam a diretriz específica do PDE de fortalecer a polaridade de alcance municipal, aumentando a densidade demográfica e a oferta habitacional da região central.
Os distritos da Liberdade, Bela Vista e Consolação e parcelas dos distritos do Cambuci e de Santa Cecília que já sofreram um processo de transformação e verticalização e apresentam padrão de urbanização elevado e alta concentração de empregos e de serviços referenciam a proposta de adensamento populacional e construtivo pretendido no projeto.
Consideradas as densidades populacionais dos três distritos mais populosos, destacam-se os índices de Santa Cecília, República e Bela Vista, todos acima de 200 hab/ha, densidade compatível com o modelo de cidade compacta que vem sendo adotado em projetos urbanos recentes.
A partir desses dados e da diretriz de adensamento populacional do Setor Central da Macroárea de Estruturação Metropolitana, a densidade populacional média futura do projeto foi estabelecida entre 200 e 250 hab/ha, contra a média atual de 145 hab/ha, o que corresponde a um incremento populacional situado entre 115.000 e 220.000 novos moradores para área de 2.098 ha compreendida no perímetro de intervenção.
Os incentivos à produção imobiliária no Setor Central buscam associar adensamento construtivo e adensamento populacional e promover o convívio entre pessoas de faixas de renda distintas e o uso misto nas edificações – diversidade aqui entendida como elemento qualificador da vida urbana.
A produção habitacional de mercado dos últimos anos, no âmbito da Operação Urbana Centro, foi dirigida a segmentos bem específicos de consumidores, expandindo o padrão uma unidade-uma pessoa há muito presente no centro. Empresas lançaram produtos direcionados a um público jovem ou com um estilo de vida jovem, ao menos.
Ainda que essa tendência se mantenha nos distritos da Sé e República, o projeto busca promover a diversificação de tipologias habitacionais, de forma a atender a outras conformações familiares, considerando a variedade da oferta habitacional na região – produção imobiliária formal, cortiços, ocupações –, as alternativas de acesso – aquisição ou aluguel –, finalidade – domicílio permanente, transitório ou temporário –, e as formas de compartilhamento domiciliar – entre familiares, repúblicas para estudantes, lar de idosos, etc.
Conforme dados disponíveis na SINOPSE do CENSO 2010, observa-se a existência de 33.149 domicílios vagos na região de projeto, cerca 14,6% do total de domicílios. Em números absolutos, 8 mil domicílios foram ocupados desde 1991, quando o índice de vacância atingia 18,5%. Esse é um estoque de reserva a ser ativado pelo projeto.
A análise dos usos transformáveis pelos setores do projeto revela que a porção ao norte da ferrovia tem em torno de 540 mil metros quadrados de terreno passíveis de transformação. Analisadas as demais áreas abrangidas no projeto, foi estimada a possibilidade de transformação de 2,1 milhões de metros quadrados de terrenos, cuja utilização é parametrizada por índices urbanísticos ajustados a cada setor do projeto, pela adoção da cota máxima de terreno por unidade habitacional e por incentivos construtivos e parâmetros qualificadores da edificação.
A área para transformação disponível, somada aos domicílios vagos, é muito superior ao que é demandado para se atingir a densidade meta do projeto de 115 a 220.000 novos habitantes na região, meta que poderá ser ultrapassada e determinar o ajuste da proposta em anos futuros.
Nesse sentido, a incidência das diferentes Áreas do projeto e dos parâmetros construtivos a elas vinculados levaram em consideração o estoque construído hoje existente para uso residencial e não residencial e a possibilidade de adensamento construtivo dessas regiões.
Para alcance dos objetivos apresentados, foram desenvolvidas estratégias para o PIU Setor Central, detalhadas posteriormente, em consonância com as estratégias estabelecidas pelo PDE, conforme sintetizado no quadro abaixo.
Estratégias PDE | Estratégias do PIU Setor Central | Programa de Intervenções | Setorização do PIU Setor Central | Modelo de Gestão | |||||||||||||
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5.1 PERÍMETRO DE REQUALIFICAÇÃO DE IMÓVEIS TOMBADOS (PRIT) | 5.2 BÔNUS EQUIVALENTE | 5.3 PEUC (PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO E URBANIZAÇÃO COMPULSÓRIOS) | 5.4 TDC INCENTIVADA | 5.5 INCENTIVOS DIRETOS | 5.6 CHAMAMENTO PÚBLICO | 5.7 PROJETOS ESTRATÉGICOS | |||||||||||
5.2.1 Bonificação para construção de HIS 1 | 5.2.2 Bonificação para edifícios tombados | 5.2.3 Bonificação para Requalificação de edifícios destinados a HIS | 5.5.1 Regularização onerosa de construções | 5.5.2 Retrofit sem alteração de volumetria de edificações existentes | 5.5.3 Áreas destinadas a lazer, educação e cultura não computáveis | 5.5.4.1 Remembramento de lotes na Operação Urbana Centro | 5.5.4.2 Remembramento de lotes no Setor Orla Fluvial da AIU Setor Central (Incentivo de Qualificação) | 5.5.5 Reconstrução | |||||||||
I. Socializar os ganhos da produção da cidade - combater a terra ociosa que não cumpre a função social | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | |||||||||
II. Assegurar o direito à moradia digna para quem precisa - priorizar a população com renda até 3 salários mínimos | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ||||||||||
III. Melhorar a mobilidade urbana - priorizar o transporte público e desestimular o uso de transporte individual motorizado | ✔ | ✔ | |||||||||||||||
IV. Qualificar a vida dos bairros | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ||
V. Orientar o crescimento da cidade nas proximidades do transporte público | ✔ | ✔ | |||||||||||||||
VI. Reorganizar as dinâmicas metropolitanas | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ||||||||
VII. Incorporar a agenda ambiental ao desenvolvimento da cidade | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | |||||||||||||
IX. Preservar o patrimônio e valorizar as iniciativas culturais | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ | |||||||||||
XI. Fortalecer a participação popular nas decisões dos rumos da cidade. | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ |
Partes significativas dos distritos do Bom Retiro, Pari e Brás mais próximas dos dois distritos centrais estão contidas em perímetros de ZDE-1 - Zona de Desenvolvimento Econômico 1, abrangendo áreas de grande concentração comercial e de atividades industriais de pequeno e médio porte.
Nessas zonas, ainda que os usos residenciais verticais sejam admitidos pelo Zoneamento, estima-se um baixo potencial de transformação de imóveis situados nos polos comerciais de vestuário e de utilidades consolidados, com evidências de investimentos continuados e de vitalidade econômica que extrapolam os limites municipais.
Dessa forma, o projeto indica as áreas de menor densidade construtiva situadas na faixa norte dos distritos do Bom Retiro e do Pari que se estende até a marginal Tietê e na parcela do distrito de Santa Cecília situada acima da ferrovia como as áreas de estímulo ao adensamento construtivo, potencializado pelas conexões facilitadas com municípios vizinhos.
Nesse território, com terrenos de grandes dimensões subaproveitados e extensões de terras públicas passíveis de transformação, são propostas condições favoráveis à alta densidade construtiva e à localização de usos de atratividade metropolitana. A implantação de trecho do Apoio Urbano Sul, melhoramento viário previsto na Lei Municipal nº 16.541/2015, reforça a oportunidade de renovação das quadras lindeiras ao logradouro.
Em relação às áreas públicas, a proposta é conformar uma rede de intervenções estratégicas para as quais se estabeleçam diretrizes e parâmetros urbanísticos específicos, procedimentos de chamamento de investidores privados e de gestão pública das parcerias que possam deflagrar a sua transformação.
Outros territórios onde o projeto pretende a intensificação do aproveitamento dos terrenos correspondem aos perímetros de ZEIS 3. Há a expectativa do aumento da atratividade desses territórios para empreendedores imobiliários, em razão da concessão de incentivos à produção de HIS 1 proposta no projeto. Trata-se, contudo, de uma transformação monitorada, uma vez que os empreendimentos incentivados deverão ser propostos para imóveis vagos ou subutilizados de uso não residencial.
Nos distritos de Sé, República e Santa Cecília já são observados altos índices de aproveitamento dos terrenos. O incremento construtivo/populacional nesses distritos deve acontecer por empreendimentos dispersos, complementando a volumetria de quadras já densamente edificadas. A exemplo das zonas comerciais ao norte da ferrovia, também se atribui baixo potencial de transformação aos polos comerciais de Santa Ifigênia – eletroeletrônicos – e Vinte e Cinco de Março – variedades.
A implantação de trecho do Apoio Urbano Sul, melhoramento viário previsto na Lei Municipal nº 16.541/2015, reforça a oportunidade de renovação das quadras lindeiras a esse Apoio, para os quais são sugeridos parâmetros que possibilitem uma alta densidade populacional e construtiva.
A área abrangida no projeto compreende testemunhos edificados de diversos períodos e tipologias históricos. Na orla ferroviária, há edifícios fabris, galpões e vilas operárias. Na parcela da Bela Vista, há uma sucessão de sobrados e vilas remanescentes da ocupação original da região. Os distritos de Santa Cecília, Sé e República contam, por etapas, a história da verticalização construtiva da cidade. Tratando-se do centro histórico, os edifícios institucionais tombados também são inúmeros.
O PIU do Setor Central destaca, dentre os diversos territórios, trechos dos bairros de Campos Elíseos e de Santa Ifigênia, para a proposição de um regramento urbanístico que possa conciliar o número significativo de imóveis com interesse de preservação e com o igualmente significativo número de imóveis passíveis de renovação.
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O Projeto de Intervenção Urbana do Setor Central tem por objetivo construir um projeto estruturante para área central, em conformidade com o PDE e a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, Lei Municipal nº 16.402 de 22 de março de 2016.
Essa Lei estabeleceu o zoneamento do território municipal, organizando as zonas segundo três agrupamentos: Território de Transformação, Território de Qualificação e Território de Preservação.
Estão compreendidas no Território de Preservação os bairros consolidados, de baixa e média densidades, os conjuntos urbanos específicos, e áreas onde se pretende desenvolver atividades econômicas sustentáveis, compatíveis com a preservação cultural e com a preservação ambiental.
No âmbito de estudo, essas áreas correspondem aos perímetros de ZEPEC – Zona Especial de Preservação Cultural, que podem abranger: Bens Imóveis Representativos – ZEPEC-BIR, Áreas de Urbanização Especial – ZEPEC-QUE, Áreas de Proteção paisagística – ZEPEC-APPa e Áreas de Proteção Cultural – ZEPEC-APC, e aos perímetros de ZER – Zona Exclusivamente Residencial – inexistentes na área abrangida no projeto.
Nos Territórios de Qualificação, os objetivos são a diversificação de usos, o adensamento populacional moderado, dependendo das características de cada área estudada, abrangendo:
Nos Territórios de Transformação, objetiva-se adensamento construtivo e populacional, intensificação de atividades econômicas e da oferta de serviços públicos, considerada a proximidade das redes de transporte público de média e alta capacidades. As zonas que caracterizam esses territórios são as Zonas Eixo de Estruturação da Transformação, subdivididas segundo a localização – dentro ou fora da MEM – e quanto à implantação das redes de transporte – existentes ou previstas.
As Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana são encontradas nos distritos de Santa Cecília, no entorno da estação Santa Cecília da Linha 3 Vermelha do Metrô, e Mooca e Belém, polarizadas pela Linha 3 Vermelha e pelas linhas 10 Turqueza e 11 Coral da CPTM.
As Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana são encontradas nos distritos contidos na MEM, abrangendo trechos de Santa Cecília servidos pela Linha 3 Vermelha, pela Linha 4 Amarela e pela Linha 1 Azul do Metrô e pela Linha 7 Rubi e Linha 11 Coral da CPTM.
A setorização do PIU Setor Central adota categorização semelhante, definindo Áreas de Transformação (T), Áreas de Qualificação (Q) e Áreas de Preservação (P).
Área | Coeficiente de Aproveitamento | Gabarito máximo de altura |
---|---|---|
Área de Transformação T1 | 6 | NA |
Área de Transformação T2 | 4 | NA |
Área de Transformação T2-A | NA | NA |
Área de Transformação T2C | 4 | NA |
Área de Transformação T3 | 4 | 48 |
Área de Transformação T4 | 4 | 28 |
Área de Transformação T5 | 2 | Zoneamento |
Área de Qualificação Q1 | 2 | 48 |
Área de Qualificação Q2 | 2 | 28 |
Área de Qualificação Q2-A | NA | 28 |
Área de Qualificação Q3 | 1,5 | 28 |
Área de Qualificação Q4 | 4 | 36 |
Área de Qualificação Q5 | 4 | 48 |
Área de Qualificação Q6 | 4 | 60 |
Área de Qualificação Q7 | 4 | 60 |
Área de Qualificação Q8 | 6 | NA |
Área de Preservação P1 | 2 | 15 |
Área de Preservação P2 | 1 | 10 |
Área de Preservação P3 | 1 | 15 |
Área de Preservação P3-A | NA | 15 |
Área de Preservação P4 | 0,5 | 28 |
Área de Preservação P5 | 4 | Gabarito dos bens tombados da quadra |
Essa nomenclatura, que será adotada nos demais projetos de intervenção urbana propostos para a Macroárea de Urbanização Consolidada, foi introduzida no Projeto de Intervenção Urbana do Arco Tietê, atualmente em processo de revisão. Considerando-se que os Arcos Tamanduateí, Tietê, Jurubatuba e Pinheiros e o Setor Central compõem a MEM, buscou-se equalizar as análises e proposições para toda a Macroárea. Sendo assim, preservadas as especificidades de territórios tão distintos, foram propostos neste projeto parâmetros urbanísticos que participam da mesma hierarquia de regramentos utilizados nos Projetos de Intervenção Urbana dos demais subsetores da MEM. Dessa forma, algumas categorias de setor podem estar ausentes em determinados trechos da MEM – como ocorre com T1, T2-A, T3, T4, Q1, Q2-A, Q3, P3, P3-A e P4, ausentes neste projeto.
A partir dos elementos apontados, foram estabelecidos as Áreas e Eixos incidentes no território do PIU Setor Central.
Tipo de área | Coeficiente de Aproveitamento (CA) máximo | Taxa de Ocupação (TO) máxima | Gabarito de altura máxima (m) | Fachada ativa | Utilização do Bônus de Potencial Construtivo Adicional | Cota Parte máxima de terreno por unidade (m²) | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Transformaçãoa | T2 | 4 | 80% | NA | Não obrigatória | Obrigatório acima do CA 2s | NA |
T2C | 4 | 80% | NA | Não obrigatória | Obrigatório acima do CA 2s | 20 | |
T5 | 2b | 80% | Zoneamentob | Não obrigatória | Permitida | NAa | |
Qualificaçãoa | Q2d | 2b | 80% | 28mb | Obrigatóriac | Permitida | NAa |
Q4q | 4 | 80% | 36m | Não obrigatória | Permitida | NA | |
Q5q | 4 | 80% | 48mq | Não obrigatória | Permitida | NA | |
Q6q | 4 | 80% | 60m | Não obrigatória | Permitida | NA | |
Q7q | 4 | 80% | 60m | Não obrigatória | Permitida | NA | |
Q8p, v | 6e | 80% | NA | Não obrigatória | Obrigatório acima do CA 4t | NA | |
Preservaçãoa | P1 | 2 | 80% | 15m | Não obrigatória | Permitida | NA |
P2 | 1 | 80% | 10m | Não obrigatória | Permitida | NA | |
P5q | 4 | 80% | y | Não obrigatória | Permitida | NA |
Tipo de área | Coeficiente de Aproveitamento (CA) máximo | Taxa de Ocupação (TO) máxima | Gabarito de altura máxima (m) | Recuo frontal | Fachada ativa | Fruição pública | Lote mínimo | Doação de calçada | Incentivo ao remembramento de lotes | Incentivo de qualificação de frente de lote | Usos incentivados | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Eixos de Transformaçãoa | Elevado Pres. João Goulartf | 6 | 80% | NA | NA | Incentivadag | Obrigatóriah, n | NA | NA | Simv | NA | NA |
Rua Mauá | 4 | 80% | NA | NA | Obrigatóriai | Obrigatóriah | NA | NA | NA | NA | NA | |
Radial Leste-Oeste, Alcântara Machado e Prestes Maia | 4 | 80% | NA | 5mr | Obrigatóriai | Obrigatóriah | NA | o | NA | NA | NA | |
Eixos de Transformação da Orla Fluviala | Tamanduateím | 4 | 70% | NA | j | Obrigatóriai | Obrigatóriah | 1000m²u | o | Simx | Simx | Incentivadop, w |
Marginal Tietêm | 4 | 70% | NA | j | Não brigatória | Obrigatóriah | 1000m²u | o | Simx | Simx | Incentivadop, w | |
Eixos estratégicosa | Parâmetro da área | 80% | Parâmetro da área | Parâmetro da árear | Obrigatóriai | Não obrigatória | 1000m²u | l | NA | NA | NA | |
Eixos estratégicos com faixa de indução IIa, q | Parâmetro da área | 80% | NAk | Parâmetro da árear | Obrigatóriai | Não obrigatória | 1000m²u | l | NA | NA | NA | |
Eixos de Ordenamento da Paisagem 1a, q | 4 | 80% | 60m | q | Não obrigatória | Não obrigatória | NA | NA | NA | NA | NA | |
Eixos de Ordenamento da Paisagem 2a, q | 4 | 80% | 48m | q | Não obrigatória | Não obrigatória | NA | NA | NA | NA | NA | |
Eixos de Ordenamento da Paisagem 3a, q | 4 | 80% | 48m | q | Não obrigatória | Não obrigatória | NA | NA | NA | NA | NA | |
Eixos de Ordenamento da Paisagem 4a, q | 4 | 80% | 28mq | q | Não obrigatória | Não obrigatória | NA | NA | NA | NA | NA |
Os Territórios de Transformação, buscam o adensamento populacional e construtivo, fortalecimento das atividades econômicas e de serviços, mix de atividades e otimização do uso da infraestrutura.
O projeto parte dessa definição e traz incentivos que orientam a transformação urbana, principalmente onde existe baixo adensamento construtivo e habitacional e onde novas infraestruturas abrirão frentes urbanas e processos de transformação – especialmente àquelas ligadas a implantação do Apoio Urbano Sul. Também recebe maior incentivo à transformação a parte leste do território, integrante do atual Perímetro da Operação Urbana Centro – onde, junto a ações de melhoria da microacessibilidade, é possível comportar o incremento populacional e construtivo.
A conceituação das Áreas de Transformação comporta modulações.
As Áreas T2 compreendem perímetros de Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU), Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana (ZEM) e Zona de Centralidade (ZC), localizados ao sul da ferrovia, além de áreas de grande viabilidade de transformação, tais como a mencionada porção leste do perímetro central, especificamente o Brás.
Classificam-se também como T2 as áreas demarcadas como ZEIS na Lei de Zoneamento (Lei nº 16.402/2016), o que não as isenta dos regramentos específicos instituídos para as ZEIS no Plano Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/2014) e em decretos regulamentadores. Ademais, tais áreas conformam perímetros de Áreas de Estruturação Local da Moradia, que integram um programa de intervenções urbanas qualificadoras do território.
As Áreas de Transformação T2c apresentam os mesmos parâmetros das Áreas T2, porém com incidência de Cota-parte máxima de terreno por unidade, o que determina um número mínimo de unidades por empreendimento.
Já as Áreas de Transformação T5 apresentam Coeficientes de Aproveitamento Máximo de 2 vezes a área do terreno, com gabarito estabelecido pela Lei de Zoneamento e sem incidência de Cota-parte máxima de terreno. No caso de empreendimentos mistos que atendam a cota-parte máxima de terreno por unidade, o Coeficiente de Aproveitamento Máximo poderá ser majorado para até 4 e o gabarito de altura máxima, para até 48 metros.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Os Territórios de Qualificação são consolidados com densidades populacionais média e média-alta onde se pretende o fomento de atividades produtivas.
O PIU Setor Central explora esse conceito e identifica especificidades dentro das áreas de Qualificação.
Há territórios significativos do Patrimônio Histórico Urbano e Arquitetônico, abrangendo parcelas dos bairros de Santa Ifigênia e Campos Elíseos, classificados como Territórios de Qualificação Q4, Q5, Q6 e Q7, que recebem regramentos específicos para disciplinar as novas construções de forma a integrá-las aos bens preservados, segundo diretrizes trazidas pelo estudo Perímetro de Requalificação de Imóveis Tombados – PRIT1.
Também merece destaque o Setor Central consolidado, principalmente nos distritos Sé e República, que necessitam de parâmetros e incentivos que respondam de maneira inovadora com alternativas para a transformação de edificações precarizadas e subutilizadas, bem como dos poucos lotes vagos ainda existentes.
O Território de Qualificação Q8 propõe um Coeficiente de Aproveitamento máximo igual a 6, cujo potencial construtivo, a partir do CA 4 até o CA máximo, só pode ser obtido mediante Bônus de Potencial Construtivo Adicional, gerados pela produção de HIS 1 em perímetros determinados ou pelo retrofit de edifícios voltados à HIS em todo o âmbito do projeto.
O coeficiente de aproveitamento 6 e a possibilidade de pleitear análise específica de projetos com índices superiores devem permitir a reprodução do padrão construtivo que foi se consolidando na área central da cidade desde os anos 1920, representado por um número significativo das edificações existentes na área central.
O zoneamento vigente enquadra os dois distritos na Zona de Centralidade, com Coeficiente de Aproveitamento Máximo igual a 2 e gabarito de altura máxima de 48 m – condições que não permitem a reprodução do padrão consolidado. A esse respeito, convém assinalar que nenhuma zona estabelecida pela Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo aprovada em 2014 oferece parâmetros compatíveis com a condição singular desse setor.
Outra particularidade são as zonas produtivas de grande relevância municipal e regional do Bom Retiro, Brás e Pari. Classificadas como Território de Qualificação Q2, correspondentes aos perímetros das Zonas de Desenvolvimento Econômico – ZDE, têm a vocação econômica preservada e trazem incentivos específicos para o uso habitacional conjugado a usos não residenciais no pavimento térreo.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Os Territórios de Preservação buscam consolidar áreas de baixas densidades construtivas, identificando conjuntos urbanos específicos, sejam esses tombados ou possuam atributos urbanísticos merecedores de preservação. Nesse setor, o projeto classifica o Morro do Pari e as Vilas Inglesas e Economizadora, relação que pode ser ampliada após a discussão pública do projeto.
Os Territórios de Preservação P1 identificam conjuntos urbanos de ocupação peculiar que, em alguns casos, não foram reconhecidos como Patrimônio Histórico, mas que apresentam características morfológicas relevantes, para os quais são atribuídos parâmetros de ocupação, que permitem a transformação, porém resguardam características intrínsecas que o projeto pretende preservar. Nesse sentido, esses territórios apresentam Coeficiente de Aproveitamento máximo 2 e gabarito de altura máxima limitado a quinze metros.
Já os Territórios de Preservação P2 consolidam a proteção de territórios indicados pelos órgãos de Preservação do Patrimônio Histórico, como a Estação da Luz e a Sala São Paulo.
Os Territórios de Preservação P5 incidem sobre uma quadra do PRIT, permitindo a transformação dos terrenos livres em consonância com o conjunto histórico existente.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Além das Áreas incidentes no projeto, foram estabelecidos Eixos que definem parâmetros e regramentos em função de logradouros específicos.
Os Eixos Estratégicos configuram logradouros que, por seu papel na dinâmica da região, receberão incentivo à instalação ou manutenção de usos não residenciais no térreo, relacionado à promoção de fachada ativa. Em associação com instrumentos de requalificação dos espaços públicos, como os Caminhos Verdes e o alargamento ou melhoria dos passeios públicos, tal incentivo visa a fortalecer a função desses logradouros de conectar usos residenciais, elementos de referência dos bairros, usos comerciais existentes e a rede de transporte público coletivo, conformando uma malha de percursos qualificados para a mobilidade ativa. Quando integrantes das AEL da Moradia, podem dar suporte ao adensamento populacional, com o estímulo ao uso misto, que possibilita a instalação de atividades não residenciais necessários à vizinhança residencial.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Os Eixos de Ordenamento da Paisagem têm por objetivo estabelecer parâmetros e regulações específicos no perímetro do PRIT, possibilitando o adensamento construtivo em consonância com a preservação da ambiência de conjuntos históricos e tombados.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Os Eixos de Transformação são compostos pela Av. Alcântara Machado, Av. Prestes Maia, Radial Leste-Oeste – entre a Praça Roosevelt e o Viaduto Jaceguai e Rua Mauá – no trecho entre a Av. Prestes Maia e a Rua da Cantareira. Estabelecem obrigatoriedade de utilização de parâmetros qualificadores – fachada ativa, fruição pública e recuos especiais, bonificados com potencial construtivo adicional, além de incentivo ao remembramento de lotes, na forma de desconto no pagamento da outorga onerosa do direito de construir. Os Eixos de Transformação são oriundos dos Eixos de Qualificação do Projeto de Lei 723/2015, que institui a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, e delineiam parâmetros incentivadores e qualificadores da transformação em áreas de alta obsolescência e depreciação territorial, localizadas principalmente junto às vias estruturais. São divididos em Eixos de Transformação e Eixos de Transformação da Orla Fluvial.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Para os Eixos de Transformação da Orla Fluvial – Av. do Estado e da Marginal Tietê são estabelecidos os mesmos incentivos e obrigatoriedades dos Eixos de Transformação (obrigatoriedade de utilização de parâmetros qualificadores – fachada ativa, fruição e recuos especiais, bonificados com potencial construtivo adicional, e incentivo ao remembramento de lotes, na forma de desconto no pagamento da outorga onerosa do direito de construir), havendo, ainda, incentivo para a conformação de áreas de fruição pública nas parcelas de APP contidas nos lotes e aos usos de lazer e entretenimento, educacionais e culturais, na forma de descontos ou isenções de pagamento de outorga onerosa do direito de construir. Os Eixos de Transformação são oriundos dos Eixos de Qualificação do Projeto de Lei da Operação Urbana Bairros do Tamanduateí e delineiam parâmetros incentivadores e qualificadores da transformação em áreas de alta obsolescência e depreciação territorial, localizadas principalmente junto às vias estruturais. São divididos em Eixos de Transformação e Eixos de Transformação da Orla Fluvial.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
O Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo - PDE, aprovado em 2014, estabeleceu a desativação do Elevado João Goulart – Minhocão - como via de tráfego, prevendo sua demolição ou transformação, parcial ou integral, em parque (Lei Municipal nº 16.050/2014, Art. 375, parágrafo único).
Essa disposição expressa o ideal de transformação e qualificação do tecido urbano previsto no PDE, que prioriza o adensamento construtivo e populacional no entorno dos grandes eixos servidos por transporte coletivo e propõe o aumento das áreas de lazer e fruição pública, de modo a tornar o ambiente urbano mais aprazível e adequado à convivência humana.
Após a edição do PDE, foi aprovada a Lei Municipal nº 16.833/2018, que cria o Parque Municipal do Minhocão e estabelece a desativação gradativa do Elevado João Goulart.
De acordo com esta lei, cabe ao Poder Executivo apresentar Projeto de Intervenção Urbana - PIU, por decreto ou por lei específica, com a finalidade de estabelecer as condicionantes urbanísticas específicas para o local e regular a transição da atual condição de equipamento de mobilidade (leito carroçável de interligação das regiões Leste-Oeste da cidade) para a nova situação.
Este será o Projeto de Intervenção Urbana do Parque Minhocão, (PIU do Parque Minhocão).
Como o PIU do Parque Minhocão se relaciona com PIU Setor Central?
A gestão urbana é realizada em diversas escalas de abordagem.
O Projeto de Intervenção Urbana – PIU Setor Central tem por objetivo atualizar a Lei da Operação Urbana Centro e definir o planejamento urbanístico dos distritos do anel central contidos na Macroárea de Estruturação Metropolitana e para isso propõe um Plano Urbanístico, um Programa de Intervenções e Regramentos e Incentivos específicos para 2.098 hectares dos distritos centrais.
Trata-se de uma nova camada de regulação urbanística que se combina ao PDE e à Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo.
O PIU Setor Central abrange as quadras lindeiras ao Minhocão e, face ao cenário de transformação indicado no PDE, definiu o Eixo de Transformação Elevado João Goulart, associado a parâmetros de uso e ocupação do solo e incentivos específicos que têm o objetivo de alavancar o aproveitamento de imóveis subutilizados, lindeiros ao elevado.
O PIU do Parque Minhocão tem como ponto de partida a desmobilização do Elevado e, a partir disso, a discussão específica do impacto urbanístico dessa medida e a proposição de soluções estruturantes em resposta às determinações expressas pelo PDE e pela Lei nº 16.833/2018 e às contribuições advindas das consultas públicas realizadas no desenvolvimento do projeto, em conformidade com o procedimento previsto pelo Decreto 56.901/2016.
Trata-se de uma intervenção de requalificação urbanística, balizada por um processo participativo e amparada pelo quadro normativo do PIU Setor Central que potencializa os efeitos transformadores dessa intervenção e permite à Municipalidade a captura da valorização imobiliária promovida em sua vizinhança.
Ambos os projetos - o PIU do Setor Central da escala do planejamento e o PIU do Parque Minhocão da escala da intervenção urbanística - estão integrados para gerar o máximo de eficiência administrativa na gestão da cidade, tem em mira o desenvolvimento urbano harmonioso e consequente para a região central de São Paulo.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
O PROJETO DE INTERVENÇÃO URBANA DO SETOR CENTRAL define as diretrizes de transformação do espaço público e regramentos urbanísticos e incentivos para a transformação dos lotes privados contidos na parcela da Macroárea de Estruturação Metropolitana que abrange a Subprefeitura da Sé e trechos de distritos da Subprefeitura da Mooca.
Para a sua implantação, é proposta a utilização de três instrumentos de ordenamento e reestruturação urbana previstos no PDE:
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo.
A Operação Urbana Centro será mantida como instrumento de implantação do PIU Setor Central nos distritos Sé e República, com as seguintes características:
A parcela do PIU SETOR CENTRAL que envolve os distritos compreendidos na Operação Urbana Centro já revista corresponderá à Área de Intervenção Urbana Setor Central, instrumento que caracteriza “porções de território definidas em lei destinadas à reestruturação, transformação, recuperação e melhoria ambiental com efeitos positivos na qualidade de vida, no atendimento às necessidades sociais, na efetivação de direitos sociais e na promoção do desenvolvimento econômico, previstas no Projeto de Intervenção Urbanística elaborado para a área” (Art. 145, do PDE).
A AIU SETOR CENTRAL compartilha com a Operação Urbana Centro objetivos, diretrizes, programa de intervenções, regramento urbanístico, estratégias e incentivos estabelecidos no PIU Setor Central, bem como a gestão dos recursos captados nesse âmbito.
Será coordenada por um Conselho Gestor específico paritário, formado por representantes do Poder Público e da sociedade civil, garantindo-se o controle social na implantação do Programa de Intervenções do PIU SETOR CENTRAL.
Como estabelece o PDE, Áreas de Estruturação Local - AEL são áreas destinadas à transformação urbana mediante a integração de políticas públicas setoriais, destinadas ao desenvolvimento urbano especialmente nas áreas de maior vulnerabilidade social e ambiental.
Porções do território destinadas à transformação local e associadas à Rede de Estruturação da Transformação Urbana.
No âmbito do PIU Setor Central esse instrumento será aplicado em vizinhanças habitacionais vinculadas às ZEIS existentes e ao Terminal Princesa Isabel, com o objetivo de garantir que a provisão pública de habitações de interesse social, financiada com recursos gerados ou não pelo PIU Setor Central, venha acompanhada de qualificação urbanística do entorno e da convergência das ações das secretarias municipais.
O PDE estabelece que o projeto de intervenção em ZEIS 3 pode ser elaborado como uma AEL (Art. 52, § 1º) e que os mecanismos de gestão e participação da AEL devem ser articulados aos Conselhos Gestores de ZEIS e instâncias de representação vinculadas às subprefeituras.
A intervenção em AEL específica será priorizada por deliberação do Grupo Gestor da AIU SETOR CENTRAL ou Comissão Executiva da OPERAÇÃO URBANA CENTRO. Previamente ao desenvolvimento do Projeto de Intervenção, caberá à SEHAB a constituição do Conselho Gestor da ZEIS 3 em questão.
As AEL DA MORADIA definidas poderão ser reavaliadas, com alteração de seu perímetro inicial. Os recursos a serem utilizados para a implantação das ações serão oriundos da conta segregada da AIU SETOR CENTRAL ou OPERAÇÃO URBANA CENTRO, que serão autorizados pelos respecticos Grupos Gestores.
Os instrumentos elencados vão operar de forma complementar e combinada, compartilhando Estratégias e Modelos de Gestão Financeira e de Gestão Participativa detalhados a seguir.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019.
O PIU SETOR CENTRAL abrange um território de 2.089 ha, expandindo a área identificada como centro metropolitano.
A parcela de 1.483 ha contida no Subsetor Arco Tietê do Setor Orla Ferroviária e Fluvial integra-se aos 606 ha do Setor Central da Macroárea de Estruturação Metropolitana, compartilhando os objetivos gerais do ordenamento urbanístico, trazidos no Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, Lei Municipal nº 16.050/2014.
Para que sejam atingidos esses objetivos, a São Paulo Urbanismo introduz estratégias de implantação do PIU Setor Central, detalhadas a seguir.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
O Perímetro de Requalificação de Imóveis Tombados (PRIT) é resultado da articulação de preexistências peculiares à região dos Campos Elíseos, Santa Ifigênia e Rua Florêncio de Abreu, especialmente no âmbito dos processos de preservação do patrimônio histórico edificado e de sua ambiência. No PRIT, observa-se uma alta incidência de imóveis tombados ou em processos de tombamento, ocupação do solo relativamente densa e, ao mesmo tempo, densidade construída relativamente baixa. Soma-se a esses fatores a convivência entre intensa atividade comercial, em muitos casos especializada, e a demanda por moradia de qualidade. Dessa forma, o território do PRIT apresenta oportunidades de transformação apoiadas na regulação da paisagem e na preservação do patrimônio e, por isso, foi objeto de proposta de regramento urbanístico específico, com o objetivo de permitir o adensamento construtivo em consonância com a ambiência dos bens tombados.
O POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL – PCA é o principal ativo utilizado pela Municipalidade para a geração dos recursos que vão financiar as intervenções públicas do PIU Setor Central.
Os estudos econômicos que subsidiam o PIU Setor Central quantificaram uma demanda provável de Potencial Construtivo Adicional nessa região, a partir de análises do mercado imobiliário nos últimos anos.
Uma parcela desse potencial será disponibilizada através de BÔNUS EQUIVALENTES, concedidos para fomento da PRODUÇÃO DE HIS 1, do RETROFIT DE EDIFICAÇÕES e da PRESERVAÇÃO DE EDIFICAÇÕES TOMBADAS.
Os Bônus serão disponibilizados na forma de uma Declaração de Potencial Construtivo Adicional que poderá ser convertida em uma ou mais Certidões de Potencial Construtivo Adicional.
A Certidão de Potencial Construtivo Adicional decorrente do BÔNUS EQUIVALENTE poderá ser vinculada a lotes compreendidos na área de abrangência do PIU SETOR CENTRAL, sendo que em lotes compreendidos em setores específicos o coeficiente de aproveitamento máximo só poderá ser atingido mediante a utilização dessa certidão específica.
O POTENCIAL CONSTRUTIVO DECLARADO será convertido em POTENCIAL CONSTRUTIVO EQUIVALENTE, considerados os valores de terreno do empreendimento gerador do bônus e do empreendimento receptor, fixados no Cadastro de Valor de Terreno para fins de Outorga Onerosa, divulgado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU.
Os adquirentes receberão a CERTIDÃO DE POTENCIAL CONSTRUTIVO VINCULADO A LOTE, que será utilizada para aprovação de projetos na Secretaria Municipal de Licenciamento - SEL.
As Declarações e Certidões decorrentes da concessão de Bônus Equivalentes serão emitidas pela SP-URBANISMO, que manterá em seus arquivos o controle dos documentos e o acompanhamento das emissões de Certidões relativas a este Potencial Adicional de Construção.
Será outorgado um bônus proporcional à área construída destinada a HIS 1, como subsídio do PIU SETOR CENTRAL à provisão habitacional destinada a faixa de renda de até 3 SM, nas Áreas de Estruturação Local da Moradia, assinaladas no mapa específico.
Mediante a assinatura de Termo de Compromisso, garantido pelo imóvel objeto de incorporação, o empreendedor receberá da Municipalidade uma Declaração de Potencial Construtivo Adicional que poderá ser negociada, em partes ou no seu todo, para incremento do potencial construtivo básico de empreendimentos compreendidos na área de abrangência do PIU SETOR CENTRAL.
Em complementação ao incentivo da Transferência do Direito de Construir - TDC, prevista no PDE, os imóveis enquadrados como ZEPEC-BIR localizados no âmbito do PIU SETOR CENTRAL, cuja edificação tombada tenha área superior a duas vezes a área do terreno, receberão uma bonificação em Potencial Construtivo Adicional proporcional à área sujeita à preservação.
O Potencial Construtivo Adicional constante na Declaração de Bônus Equivalente dos imóveis tombados poderá ser aplicado apenas no território de transformação do PIU SETOR CENTRAL, não estando submetido à limitação de 5% do FUNDURB.
Empreendimentos de requalificação de edifícios existentes, destinados à habitação de interesse social, também são elegíveis ao subsídio do BÔNUS EQUIVALENTE.
A taxa de bonificação é inferior à taxa aplicada à provisão em HIS 1, uma vez que a comercialização das unidades produzidas não está restrita aos adquirentes enquadrados na faixa 1 de rendimentos.
A gestão dos instrumentos indutores da função social da propriedade compete à Coordenadoria de Controle da Função Social da Propriedade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – CEPEUC/SMDU.
O avanço dos trabalhos da CEPEUC, conforme programação disponibilizada na página Função Social da SMDU, cria um vetor de indução ao aproveitamento de imóveis ociosos e subutilizados que é potencializado pelo conjunto de incentivos e estratégias propostos no PIU SETOR CENTRAL.
Para favorecer a preservação de bens imóveis representativos, ZEPEC-BIR no âmbito do PIU SETOR CENTRAL e considerando a revisão da Lei Municipal nº 12.349/1997 que instituiu a Operação Urbana Centro, a TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR, prevista nos Artigos 122 a 133 do PDE, passa a vigorar com um fator de incentivo adicional: o FATOR DE CENTRO HISTÓRICO, a ser definido pelo Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura – DPH/SMC.
A relevância e a concentração de bens imóveis representativos, associados aos diversos vetores de estruturação da cidade – ocupação territorial, impulso cafeeiro, industrialização – justifica a majoração do potencial construtivo passível de transferência nos distritos centrais, benefício que será estendido aos imóveis tombados compreendidos nas áreas envoltórias relacionadas no Artigo 2º da Resolução CONPRESP nº 22/2002, que trata do tombamento no Bairro da Bela Vista.
Desta forma, para o cálculo da Transferência do Direito de Construir de imóveis tombados contidos na área do PIU SETOR CENTRAL e nas áreas envoltórias da Resolução citada, deverá ser utilizada a seguinte fórmula:
PCpt = Atc × CAbas × Fi × FCH
Onde
PCpté o Potencial Construtivo passível de transferência,
Atcé a Área do terreno do imóvel tombado,
Fié o Fator de incentivo, conforme Art. 24 da LPUOS1,
FCHé o Fator Centro Histórico, a ser definido pelo DPH/SMC.
O Potencial Construtivo Adicional originado pela TDC poderá ser transferido para qualquer imóvel no Município de São Paulo, nas mesmas condições existentes na TDC geral.
A Declaração de Potencial Construtivo Passível de Transferência deverá ser emitida por SMDU, que manterá seu controle e emitirá as respectivas Certidões de Potencial Construtivo Transferido e Declarações de Saldo de PCpt., atendendo à limitação do §5º do artigo 24 da LPUOS, de 5% do valor arrecadado pelo FUNDURB.
No caso de imóveis receptores se localizarem na área de abrangência do PIU SETOR CENTRAL, não haverá incidência dessa restrição.
Além das disposições trazidas pela LPUOS, o PIU SETOR CENTRAL propõe incentivos específicos, a serem aplicados de forma diferenciada no território, de forma a viabilizar as transformações desejadas no projeto urbano. Alguns desses incentivos, trazidos da Operação Urbana Centro, terão sua eficácia testada na AIU SETOR CENTRAL.
Os proprietários de imóveis contidos na área de abrangência da OPERAÇÃO URBANA CENTRO e da AIU SETOR CENTRAL poderão apresentar propostas relativas a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente, mediante pagamento de contrapartida financeira e anuência da Secretaria Municipal de Licenciamento.
A alteração de áreas computáveis no interior de edificações existentes não será considerada para fins de aprovação de projetos de reforma.
Os projetos de reforma de edificações existentes e regulares não estarão sujeitos aos coeficientes de aproveitamento máximos incidentes sobre o imóvel, independentemente da destinação, desde que mantida a volumetria original da edificação.
O incentivo vigente será mantido no âmbito da Operação Urbana Centro revisada e estendido às orlas fluviais dos rios Tietê e Tamanduateí.
Não serão computadas no cálculo do coeficiente de aproveitamento do terreno, mesmo que conjugadas a outros usos, as áreas destinadas a:
O incentivo ao remembramento de lotes , nos moldes estabelecidos na Lei Municipal nº 12.349/1997, será mantido na Operação Urbana Centro revisada. Nas orlas fluviais será adotado um incentivo ao remembramento específico, com o objetivo de favorecer a transformação dessas faixas e, em decorrência, promover a recuperação das Áreas de Preservação Permanente dos rios Tietê e Tamanduateí.
Os empreendimentos formados pelo remembramento de 3 ou mais lotes e que atinjam o mínimo de 1.000m², terão direito a uma área construída adicional, livre de contrapartida, correspondente a 10% da área do terreno resultante por lote remembrado até o limite máximo de 100%.
Será concedido um incentivo, na forma de desconto no Potencial Construtivo Adicional utilizado em empreendimentos lindeiros às orlas fluviais, proporcional à extensão da testada incorporada.
IOF = T × P × (CAmax – CAbas + Fi)
Onde
IOFé o incentivo de orla fluvial, em m²;
Té a testada do lote;
Pé a profundidade da faixa de APP e
Fié o fator de incentivo, sendo:
T/P | Fator de incentivo |
---|---|
menor que 0,8 | 0 |
de 0,8 até 1,5 | 1 |
maior que 1,5 | 1,5 |
Fica garantido ao proprietário de edificação regular existente no âmbito do PIU Setor Central que venha a ser demolida para a implantação de uma nova construção, de uso misto com predominância residencial e fachada ativa, o direito de utilização dos parâmetros de uso e ocupação do solo do edifício demolido, inclusive recuos e alinhamento, caso discrepantes dos fixados na LPUOS.
Para o aproveitamento e transformação de terrenos públicos subutilizados no âmbito do PIU SETOR CENTRAL serão realizados CHAMAMENTOS PÚBLICOS para o recebimento de propostas de empreendedores privados, elaboradas em conformidade com um Programa de Interesse Público específico.
A modalidade de CHAMAMENTO PÚBLICO será utilizada:
O empreendedor que ofertar à Municipalidade o maior valor de contrapartida – em termos de número de HIS, equipamentos públicos, áreas verdes, melhoramentos e benfeitorias – e que atenda às exigências mínimas constantes de cada Edital de Chamamento, ganhará o direito de explorar e comercializar as demais áreas edificadas nesses terrenos.
O PARQUE PÚBLICO DE HIS será utilizado para os programas públicos de atendimento habitacional das Secretarias Municipais de Habitação, Assistência e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e Cidadania.
PROJETOS ESTRATÉGICOS são intervenções às quais se atribui um potencial indutor de transformações em seu entorno imediato.
Concentração de imóveis vagos ou subutilizados, áreas públicas em processo de transformação, vizinhanças fisicamente degradadas, potencialidades de aproveitamento inexploradas são situações que justificam a inclusão dessas áreas no rol dos Projetos Estratégicos.
Ao norte do perímetro do PIU Setor Central há uma concentração de áreas públicas de grandes dimensões e subutilizadas cuja transformação potencializa a transformação de áreas privadas ao longo do Apoio Urbano Sul.
Cada uma dessas áreas configura um PROJETO ESTRATÉGICO, vinculado a um Plano de Parcelamento e um Programa de Interesse Público, com proposta de provisão de moradias de interesse social e equipamentos públicos, criação de áreas verdes e qualificação de espaços públicos. São eles:
O projeto tem como objetivo otimizar o uso de terras públicas que hoje abrigam serviços públicos como a sede administrativa do Departamento Estadual de Transito – Detran – e Estação de Transbordo. Ampliando as frentes de lotes que se abrem para o Rio Tamanduateí e para o novo Parque, espera-se que novos usos, como escritórios, hotéis e outros, se instalem no local, tirando partido da proximidade com o Anhembi, Campo de Marte e Terminal Rodoviário Tietê. Faixas da Área de Preservação Permanente – APP do Tamanduateí serão destinadas para a criação de praças que valorizem os equipamentos públicos e usos residenciais.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Com a complementação do viário que compõe o Apoio Urbano Sul, previsto na Lei nº 16.541/2016, uma nova frente urbana passa a dar acesso a áreas municipais subutilizadas do Canindé. O projeto específico previsto para esta área propiciará a reorganização das terras públicas e privadas, podendo abranger ou não a manutenção do estádio de futebol, a depender do plano urbanístico a ser elaborado, além de contemplar a implantação de travessia qualificada para pedestres e ciclistas sobre o Rio Tietê, conectada por meio de áreas verdes ou calçadas. Pretende-se, ainda, a desocupação e a requalificação da APP do Rio Tietê, que voltará a integrar o Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres da cidade, auxiliando na melhoria da drenagem e do microclima urbano e compondo o corredor ambiental. Serão, ainda, observadas as diretrizes apontadas pelo Art. 169 da Lei nº 16.402/2016 , que trata da ZOE do Canindé, a saber possibilidade de coeficiente de aproveitamento máximo superior ao estabelecido pelo Quadro 2A da Lei nº 16.050/2014 (Plano Diretor Estratégico), desde que o potencial construtivo total do projeto seja limitado a 300 mil m² de área construída computável e que seja respeitada uma destinação mínima obrigatória de 20% de área pública.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
A complementação do viário que compõe o Apoio Sul na região, previsto na Lei nº 16.541/2016, somada à implantação de viário complementar, trará a oportunidade de organizar o território composto por lotes públicos localizados no Canindé, que compõem o Projeto Estratégico Canindé – Santo Antônio.
Um componente importante deste projeto estratégico é a previsão de viabilização de áreas de ZEIS, instituídas pela Lei nº 16.402/2016, considerando a demanda local na destinação das unidades de interesse social produzidas. As áreas verdes propostas tiram partido da identidade local e das áreas de lazer já existentes, possibilitando a prática de atividades esportivas e reforçando a memória dos campos de futebol de várzea da região.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Usos institucionais existentes serão reorganizados para ocupar menor área de terreno, liberando espaço para implantação de conjuntos residenciais e de novas atividades, que estarão, preferencialmente, voltados para a Avenida Cruzeiro do Sul, construindo uma nova frente para este logradouro. A provisão de áreas verdes irá garantir integração com os equipamentos públicos modernizados, qualificando a vida dos futuros moradores do bairro.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
No terreno de propriedade da SPTrans onde funcionava a garagem de ônibus Santa Rita, são planejadas melhorias urbanísticas, tanto em passeios quanto em praças, como elemento indutor da transformação de outros terrenos na região.
Como diretriz de projeto, entende-se que estas novas áreas verdes deverão se concentrar junto ao Apoio Urbano Sul de forma a criar um “respiro” na avenida. Novas vias, transversais ao Apoio, aumentarão a permeabilidade do bairro e deverão dar continuidade ao viário existente no entorno, proporcionando novas conexões aos deslocamentos locais. Por se tratar de quadras novas na cidade, nas quais se pretende maior adensamento populacional e construtivo, as novas calçadas deverão apresentar dimensões compatíveis e atributos condizentes com este novo padrão.
Além de trazer a oferta de terrenos empreendíveis pelo mercado, o projeto promoverá a reconstrução das áreas existentes da SPTrans, do Departamento de Transportes Públicos – DTP e do Departamento de Transportes Internos – DTI.
Imagem de base: Google Earth, 2018. Elaboração: SP Urbanismo, 2019
Esses PROJETOS ESTRATÉGICOS foram estudados no PIU ARCO TIETÊ que abrangia distritos da Subprefeitura da Sé absorvidos no PIU SETOR CENTRAL.
A transformação dessas áreas será viabilizada através de chamamento público, para o recebimento de propostas de empreendedores, formuladas a partir de diretrizes gerais estabelecidas no PIU SETOR CENTRAL e com a possibilidade de recurso ao Reordenamento Urbanístico Integrado.
Caberá aos GRUPOS GESTORES, subsidiados por análises técnicas, a deliberação sobre a viabilidade e adequação das propostas apresentadas.
A esses projetos estratégicos, soma-se o PROJETO ESTRATÉGICO MINHOCÃO, que será objeto de Projeto de Intervenção Urbana Específico que discutirá as alternativas assinaladas para o Elevado João Goulart no parágrafo único do Artigo 375 do PDE.
A GESTÃO DEMOCRÁTICA da cidade é um dos princípios que regem a Política de Desenvolvimento Urbano traduzida no Plano Diretor Estratégico de 2014. Trata-se de garantir a participação diferentes segmentos da população de forma direta ou por intermédio de associações representativas, nos processos de planejamento e gestão da cidade, de realização de investimentos públicos e na elaboração, implementação e avaliação de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Para a implantação do PIU SETOR CENTRAL, serão instituídas a OPERAÇÃO URBANA CENTRO revisada e a ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA SETOR CENTRAL.
O MODELO DE GESTÃO PARTICIPATIVA proposto preserva competências específicas da COMISSÃO EXECUTIVA DA OPERAÇÃO URBANA CENTRO e do GRUPO GESTOR DA AIU SETOR CENTRAL nos âmbitos territoriais respectivos e definidos em Lei.
As duas instâncias de gestão de implantação do PIU SETOR CENTRAL são integradas através do NÚCLEO TÉCNICO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO, coordenado pela São Paulo Urbanismo, para a garantia da convergência dos dois instrumentos para os objetivos do PIU SETOR CENTRAL.
Considerando a unicidade do PIU SETOR CENTRAL, determinados temas poderão demandar discussões e deliberações integradas da COMISSÃO EXECUTIVA DA OPERAÇÃO URBANA CENTRO e do GRUPO GESTOR DA AIU SETOR CENTRAL. Essa integração poderá ser demanda por quaisquer dos três componentes da GESTÃO PARTICIPATIVA DO PIU SETOR CENTRAL – COMISSÃO EXECUTIVA, GRUPO GESTOR ou do NÚCLEO TÉCNICO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO.
Compete à COMISSÃO EXECUTIVA e ao GRUPO GESTOR DA AIU:
Compete ainda à CEOUC a deliberação sobre o encaminhamento, à Câmara Técnica de Legislação Urbanística – CTLU, de propostas de participação apresentadas com parâmetros alternativos àqueles estabelecidos no PIU SETOR CENTRAL.
COMISSÃO EXECUTIVA e GRUPO GESTOR DA AIU terão composição paritária e a indicação de representantes deve priorizar integrantes de órgãos colegiados de Secretarias Municipais cuja esfera de competência esteja relacionada aos eixos temáticos do PIU SETOR CENTRAL.
Os representantes da população devem ser escolhidos entre os integrantes do Conselho Participativo Municipal, eleitos por distrito. O Conselho Participativo é um órgão autônomo da sociedade civil com pelo menos 5 representantes eleitos de cada distrito que se reúnem mensalmente para discutir e acompanhar as políticas públicas municipais na sua execução territorial, fazendo o controle social das diversas leis e programas municipais das subprefeituras.
Os demais representantes da sociedade civil podem ser escolhidos entre os participantes de outro órgão colegiado eleito, como o CMPU – Conselho Municipal de Política Urbana, vinculado à SMDU – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano1. O CMPU é composto por 60 membros, 26 representantes do Poder Público e 34 da sociedade civil, oriundos de organizações variadas que cobrem o leque de temas pertinentes à gestão urbana.
Na gestão da Operação Urbana Centro deverá ser mantida a estrutura de participação atual, com o GTT – Grupo Técnico de Trabalho, agora sob coordenação do NÚCLEO TÉCNICO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO, e a Comissão Executiva da Operação Urbana Centro.
A atual composição da CEOUC será alterada, para a representação paritária do Poder Público e da Sociedade Civil.
A proposta de composição da CEOUC é a seguinte:
Tema | PMSP | Sociedade Civil |
---|---|---|
Habitação | COHAB, SEHAB | Conselho Municipal de Habitação, Segmento Empresarial (CMPU) |
Vulnerabilidade social | SMADS, SMDHC | Conselho Pop. Rua, Organização Não Governamental |
Patrimônio histórico e promoção cultural | SMC | Universidade (CMPU) |
Atividade econômica | SMTE | Segmento Comercial (CMPU) |
Regulação urbanística e intervenções | SPURBANISMO, SMDU | Conselhos Participativos Municipais, Organização Não Governamental |
Zeladoria urbana | Subprefeituras | Conselhos Participativos Municipais, Organização Não Governamental |
Ambiente urbano | SVMA | Conselhos Participativos Municipais, Organização Não Governamental |
O Grupo Gestor deverá ter composição paritária entre representantes do Poder Público e da sociedade civil organizada.
Com o intuito de garantir a integração das ações da Prefeitura, os representantes do Poder Público devem ser indicados entre aqueles que já compõem o colegiado dos Núcleos Regionais de Planejamento1 de modo a permitir a troca de informações e a atuação coordenada dos diversos órgãos da administração municipal.
A área do PIU SETOR CENTRAL abrange os distritos Santa Cecília, Bom Retiro, Pari, Brás, República e Sé, da Subprefeitura da Sé, e os distritos Belém e Mooca, da Subprefeitura da Mooca.
O Grupo Gestor da AIU SETOR CENTRAL deve ser composto pelos representantes da administração pública e sociedade civil relacionados aos temas principais do projeto urbano público proposto. São eles:
A partir desse temas, sugere-se uma composição, a saber:
Tema | PMSP | Sociedade civil |
---|---|---|
Habitação - Social | COHAB | Conselho Municipal de Habitação |
Habitação - Mercado imobiliário | SEHAB | Segmento Empresarial (CMPU) |
Vulnerabilidade social | SMADS, SMDHC | Conselho Pop Rua, Organização Não Governamental |
Atividade econômica | SMTE | Segmento Comercial (CMPU) |
Mobilidade | SMT | Organização Não Governamental |
Regulação urbanística e intervenções | SPURBANISMO, SMDU | Conselho Participativo Municipal, Organização Não Governamental, Universidade (CMPU) |
Zeladoria urbana | Subprefeituras | Conselho Participativo Municipal, Organização Não Governamental, Universidade (CMPU) |
Ambiente urbano | SVMA | Conselho Participativo Municipal, Organização Não Governamental, Universidade (CMPU) |
A SP-URBANISMO, a partir da criação de um Núcleo Técnico de Gestão e Planejamento, deverá coordenar, em nome da PMSP, a implantação da AIU SETOR CENTRAL e da OPERAÇÃO URBANA CENTRO, ficando autorizada a praticar os atos necessários à sua realização, promovendo a interação entre órgãos da administração direta e indireta, com outras esferas de governo e com a sociedade civil para fins concretizar os objetivos gerais e diretrizes específicas do PIU SETOR CENTRAL.
Caberá ao Núcleo Técnico de Gestão e Planejamento impulsionar as ações de implantação do PIU SETOR CENTRAL, garantindo:
O Núcleo Técnico de Gestão e Planejamento estará alocado na DIRETORIA DE GESTÃO DAS OPERAÇÕES URBANAS - DGO da SP-URBANISMO, estruturada para a gestão financeira, operacional e participativa dos projetos urbanos coordenados por essa empresa.
Para a implantação coordenada e a eficiência na aplicação de recursos captados, as intervenções constantes do Programa de Intervenções do PIU do Setor Central serão organizadas em PLANOS DE AÇÃO INTEGRADA.
Para o emprego de recursos captados, seja no âmbito da OU CENTRO seja no âmbito da AIU SETOR CENTRAL, ou a partir de demandas da administração municipal ou da sociedade, o NÚCLEO TÉCNICO DE PLANEJAMENTO DE GESTÃO deverá organizar as ações constantes do Programa de Intervenções do PIU SETOR CENTRAL segundo unidade territorial ou convergência temática, conformando Planos de Ação Integrada.
Os Planos de Ação Integrada – PAI, estruturados pelo Núcleo Técnico de Planejamento de Gestão, serão submetidos ao Grupo Gestor da AIU SETOR CENTRAL ou à Comissão Executiva da OPERAÇÃO URBANA CENTRO para deliberação da prioridade de implantação.
A partir da deliberação dos grupos gestores, o Plano de Ação Integrada será desenvolvido pelo NÚCLEO TÉCNICO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO, com a participação de um COMITÊ LOCAL do Grupo Gestor/CEOUC.
Este COMITÊ LOCAL será definido em reunião do Grupo Gestor da AIU-SETOR CENTRAL, e atuará um grupo de apoio ao desenvolvimento e acompanhamento do PA.
Será composto por membros do Núcleo Técnico de Gestão e Planejamento, do Grupo Gestor/Comissão Executiva e de outros atores locais convidados, de forma a melhorar a interlocução com a população local e consolidar consensos em torno das propostas e de seu encaminhamento.
PAI
Programa de Ação Integrada
Projeto de Intervenção Local
– Comitê local do Grupo de Gestão
– Conselho Gestor das ZEIS
Programa de intervenções
$
Recursos da conta
$
Demandas sociais
COORDENAÇÃO GERAL DA AIU
(SP-Urbanismo)
$
GG AIU CENTRAL + CEOUC
Projetos
estratégicos
$
Políticas públicas
Quanto a implantação de PLANO DE AÇÃO INTEGRADA em perímetro de ÁREA DE ESTRUTURAÇÃO LOCAL DA MORADIA prever a Provisão Habitacional de Interesse Social de Promoção Pública, o COMITÊ LOCAL demandará à SEHAB a Constituição do CONSELHO GESTOR DE ZEIS.
Nos termos do PDE, Nas ZEIS 1 e 3, quando habitadas por população de baixa renda, deverão ser constituídos CONSELHOS GESTORES compostos por representantes dos moradores, do Executivo e da sociedade civil organizada, que participarão da formulação, aprovação e implementação das intervenções a serem realizadas em suas áreas.
A instalação do CONSELHO GESTOR deverá preceder a elaboração do PROJETO DE INTERVENÇÃO.
O PIU SETOR CENTRAL, resumido em uma única meta, objetiva o adensamento populacional dos distritos centrais.
Estudos urbanísticos (ver nota técnica 1) elaborados para estimativa do potencial construtivo atribuído pelo Zoneamento1 aos imóveis contidos no PIU SETOR CENTRAL indicam o expressivo montante de mais de 35 milhões de metros quadrados.
Deduzidos os mais de 19 milhões de metros quadrados já edificados, pode-se afirmar que, segundo a LPUOS, a região comportaria um adensamento construtivo total de mais de 15 milhões de metros quadrados.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Existente | LPUOS | Potencial | |
---|---|---|---|
OUCentro | 8.396.381,99 | 10.023.885,2 | 1627503,21 |
AIU Setor Central | 11.073.835,43 | 25.064.695,03 | 13.990.859,6 |
PIU Setor Central | 19.470.217,42 | 35.088.580,23 | 15.618.362,81 |
O PIU SETOR CENTRAL, contudo, considerando as características atuais e os cenários futuros desejáveis, propõe a alocação de altas densidades populacionais e construtivas em áreas assinaladas pelo Zoneamento como áreas de densidade média e uso controlado.
Trata-se da faixa norte do projeto, atravessada pelo APOIO URBANO SUL, onde são observadas as menores densidades do perímetro e onde se identifica o maior potencial de transformação.
Também os distritos da Sé, República e Brás, servidos por transporte público de alta capacidade, que somam sete estações de metrô e duas de trem, têm áreas expressivas assinaladas por zonas de densidade média e gabaritos controlados. Sé e República, sob essa regulamentação, não podem receber novos exemplares da tipologia que os caracteriza: alta densidade construtiva e gabarito ilimitado.
Como o PIU SETOR CENTRAL propõe parâmetros alternativos ao Zoneamento para o desenvolvimento da região, para acompanhar o desempenho do território, face ao adensamento populacional e construtivo pretendido, foi definido um ESTOQUE DE POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL para o projeto, inferior ao montante autorizado pela LPUOS.
Os estudos econômicos que subsidiam o PIU SETOR CENTRAL, com base no desempenho do setor imobiliário nos últimos doze anos na região, estimaram a capacidade de consumo de estoque de potencial construtivo oneroso para o uso residencial em 1.080.000 m², no prazo previsto de implantação do PIU de vinte anos.
Com base no Censo de 2010, os dados referentes á distribuição de domicílios por faixa de rendimento, em salários mínimos, nos Distritos Municipais, indicam que, na área central, os domicílios compreendidos na faixa de interesse social correspondem a aproximadamente 50% dos domicílios totais.
Para garantir que não haja alteração no perfil de renda da população da área central, ou seja, para controle do processo de gentrificação que acompanha a implantação de projetos de requalificação urbana, é meta do projeto que 50% das novas unidades produzidas correspondam a Habitações de Interesse Social - HIS.
Unidades estimadas HIS | 24.000 | 52% |
Unidades estimadas HMP | 17.000 | 37% |
Unidades estimadas Produção Livre | 5.250 | 11% |
Novos moradores | 140.605 |
A estimativa de novos moradores considera apenas a produção de unidades residenciais em novas construções. O retrofit de edificações existentes, que não utilizará potencial construtivo adicional, não foi computado nessa estimativa.
Para definição do Estoque de Potencial Construtivo Adicional para o uso residencial, foram considerados os parâmetros estabelecidos para o enquadramento das HIS e das Habitações de Mercado Popular – HMP.
Para o uso não residencial, bastante expressivo na região, propõe-se um estoque de potencial construtivo de 400.000 m², em torno de 20% do estoque residencial total, sendo 200.000 m² de potencial construtivo oneroso e 200.000 m² de potencial construtivo gratuito para os usos e eixos incentivados. -
Desta forma, o estoque de potencial construtivo adicional, para os 20 anos de implantação do PIU SETOR CENTRAL é igual a 2.200.000 m², assim distribuídos:
Estoque de Potencial Construtivo Adicional | m² |
---|---|
Residencial oneroso – HMP + Livre | 1.080.000 |
Residencial não-oneroso – HIS | 720.000 |
Não residencial oneroso | 200.000 |
Não residencial incentivado | 200.000 |
Estoque total | 2.200.000 |
A fixação de Estoques de Potencial Construtivo Adicional no âmbito do PIU SETOR CENTRAL, onerosos ou não, opera como uma ferramenta de monitoramento da transformação – em termos da capacidade de resposta do território – e do adensamento populacional – em termos da participação das faixas de renda nos benefícios do projeto.
Novos estoques poderão ser atribuídos ao PIU SETOR CENTRAL no caso do esgotamento do estoque proposto antes de implementado o Programa de Intervenções, limitados ao potencial construtivo total autorizado pelo Zoneamento.
Para tanto, serão conduzidos estudos urbanísticos e econômicos para definição do estoque acrescido, bem como da sua distribuição entre categorias de uso e formas de distribuição, gratuita ou onerosa.
A transformação urbana ocorre em áreas privadas, a partir dos instrumentos de indução oferecidos pelo PIU SETOR CENTRAL e nas áreas públicas, com a implantação das ações do Programa de Intervenções.
Os instrumentos indutores da transformação urbana dos imóveis estão baseados na oferta, gratuita ou onerosa, de Potencial Construtivo Adicional até o limite de estoque definido no PIU SETOR CENTRAL.
Estão organizados em 4 categorias: VENDA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO ADICIONAL – disponibilizados em Venda Direta ou através de Leilões, BÔNUS EQUIVALENTES, TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR e INCENTIVOS concedidos na forma de potencial adicional gratuito que se distribuem nas áreas da AIU e OPERAÇÃO URBANA.
O PIU SETOR CENTRAL definiu dois instrumentos de implantação, AIU SETOR CENTRAL e OPERAÇÃO URBANA CENTRO, que têm mecanismos próprios, porém vinculados. Os recursos auferidos pela venda de Potencial Construtivo Adicional devem ser depositados em contas segregadas, que terão seu controle social garantido pelos Grupos Gestores de cada instrumento.
A combinação de recursos é autorizada considerando o Programa de Intervenções, objetivo da implantação do PIU SETOR CENTRAL.
Caberá à SPURBANSIMO, como gestora do PIU SETOR CENTRAL, o acompanhamento administrativo dos gastos que serão efetuados, sua apresentação ao Grupo Gestor e à Comissão Executiva para acompanhamento e a divulgação ao público em geral.
Como já ocorre nas Operações Urbanas Consorciadas, a SP-URBANISMO promove o livre acesso às informações do andamento das ações do Programa de Intervenções, através de meios eletrônicos e das reuniões dos Grupos Gestores.
As diretrizes urbanísticas estabelecidas no projeto consideram o potencial construtivo adicional (PCA) como principal mecanismo impulsionador do projeto do Setor Central. O projeto prevê que a produção e o consumo de novas unidades residenciais e comerciais serão capazes de fomentar a produção de contrapartidas urbanísticas almejadas pelo projeto, tais como habitação de interesse social, Retrofit, reforma de imóveis tombados, além de permitir a arrecadação por meio da captura da mais-valia urbana. Para isso, foram definidos quatro instrumentos de acesso ao potencial construtivo adicional – (i) Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC); (ii) BÔNUS de Potencial Construtivo Adicional (BÔNUS); (iii) Transferência do Direito de Construir (TDC) e (iv) INCENTIVOS concedidos. Sendo assim, foram definidas as seguintes premissas para modelagem econômica.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
A modelagem econômica propõe-se a apresentar as estimativas de produção privada vertical de área construída e de consequente receita do Projeto em um horizonte de planejamento de 20 anos.
O estudo realizado dividiu-se em duas etapas de cálculo: a primeira delas compõe o quadro de cálculo do potencial construtivo capaz de ser absorvido pelo projeto (Etapa 1). A segunda etapa estabeleceu cenários de distribuição desse potencial entre os instrumentos previstos pelo projeto (Etapa 2).
A estimativa do cálculo do potencial construtivo a ser absorvido no perímetro utilizou como base o partido urbanístico estabelecido pelo projeto – consistente na definição de setores e eixos, com parametrização, incentivos urbanísticos e tipológicos –, e optou por considerar a (i) estimativa da demanda futura de potencial construtivo adicional, em vez da capacidade máxima existente diante dos parâmetros urbanísticos previstos. Isso ocorre devido ao fato de a região central não ser um lócus constante de atuação do mercado imobiliário, tendo períodos de oscilação mediante conjuntura econômica, disponibilidade de crédito, oferta de tipologias e produtos imobiliários, presença de mercados diversos (locação, população em cortiços, hospedagem etc), existência de patrimônio construído (menor disponibilidade de terreno, heterogeneidade na conformação de lotes para realização do empreendimento), entre outros.
Para verificação da disponibilidade de terra necessária diante da estimativa prevista, foi utilizada a (i) oferta de terrenos baseada no método AMPT (área mais provável de transformação). O método considera determinados usos como passíveis de transformação e estabelece um percentual para cada um deles de acordo com análise histórica de mercado.
A partir deste cenário – demanda de potencial construtivo adicional e oferta de terreno – foi calculado (ii) o equilíbrio de modo a obter a capacidade de geração e consumo de PCA do PIU Setor Central.
A diretriz urbanística do projeto estabeleceu quatro instrumentos para possibilitar o consumo do PCA, sendo três deles passíveis de estimativas: (a) Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC); (b) BÔNUS de Potencial Construtivo Adicional (BONUS) e (c) Transferência do Direito de Construir (TDC).
Foi definido que a OODC passará a ser cobrada em todo território do PIU Setor Central (alterando a regra vigente na Operação Urbana Centro, que cedia gratuitamente o CA = 6 para usos residenciais) e que a fórmula de cálculo teria como referência a prevista no Plano Diretor (Lei 16.050/2014).
Já o instrumento BÔNUS traz consigo a expectativa de gerar o consumo e a produção de potencial construtivo adicional entre os próprios produtores imobiliários, mediante negociação de declaração do potencial construtivo adicional. Nesse caso, a produção de BÔNUS será garantida mediante a produção de contrapartida urbanística/provisão de transformações de interesse público e o seu consumo (no destino) mediante a produção imobiliária regular de mercado.
Dentre as premissas da viabilidade econômica do instrumento BÔNUS, destaca-se:
A seguir, está demonstrado o raciocínio de cálculo para cada uma das premissas estabelecidas. Para maiores detalhes e informações a cerca do método de cálculo, ver NOTA TÉCNICA DA MODELAGEM ECONÔMICA.
Para cálculo do potencial construtivo adicional foram utilizados os dados de lançamentos imobiliários considerando os elementos sistematizados de 2006 a 20181. As pesquisas contemplaram informações da produção e do consumo de novas unidades residenciais e não residenciais por ano, incluindo diferentes tipologias, áreas de terreno, área construída total, área privativa, assim como valores e volume de venda, entre outros.
A geoespacialização da produção permite aferir concentrações em determinadas regiões, tais como República, Santa Cecília e Brás, conforme demonstra o mapa a seguir.
Em síntese, a quantidade de metros quadrados de área computável consumida nos últimos 12 anos está distribuída pelos seguintes distritos abrangidos, no todo ou em parte, pelo PIU Setor Central:
Distrito | Demanda ACC 12a |
---|---|
REPUBLICA | 203.792 m² |
SE | 25.428 m² |
BELEM | 215.721 m² |
PARI (*)1 | 43.856 m² |
BOM RETIRO | 100.955 m² |
BRAS | 154.724 m² |
SANTA CECILIA | 264.901 m² |
Total | 1.009.376 m² |
A partir da análise desse consumo por ano e utilizando metodologia de estudos econométricos, baseada em modelos autoregressivos e de média móvel (ARIMA), foi realizada a projeção média da demanda por área construída computável para os próximos 20 anos. A média resultante para todo o PIU Setor Central está na ordem de 80.000m² de área construída computável (ACC) por ano conforme pode ser visto no gráfico a seguir.
A partir desta a média foi realizada a estimativa da distribuição territorial em função das concentrações dos últimos anos, de modo a identificar proporcionalmente as variações entre os setores do PIU Setor Central. Juntamente, foi estimada a área de terreno necessária para abrigar esta demanda, de modo a verificar a representatividade no total do setor conforme tabela a seguir.
Setores | Área de terreno Total | Área Terreno Líquida (prevista na demanda) | Participação demanda % sobre área do setor | Área Construída Computável (ACC) | PCA total (sem CA básico) |
---|---|---|---|---|---|
T2 + T5 | 6.211.332m² | 184.049m² | 3,0% | 722.161m² | 541.621m² |
AELs | 2.273.462m² | 81.668m² | 3,6% | 322.352m² | 241.764m² |
Q2 | 2.460.969 m² | 58.973m² | 2,4% | 233.796m² | 175.347m² |
Q4-7 | 911.022m² | 45.104m² | 5,0% | 178.890m² | 134.167m² |
Q8 | 1.490.339m² | 34.486m² | 2,3% | 206.070m² | 171.725m² |
TOTAL | 13.347.123m² | 404.280m² | 3,0% | 1.663.268m² | 1.264.624m² |
Sendo assim, tem-se a previsão de acréscimo de aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados de área construída adicional para os próximos 20 anos de projeto, dos quais 1,2 milhão é passível de cobrança de OODC. A estimativa de terreno necessária para essa transformação é da ordem de 400 mil metros quadrados. Os setores que preveem a maior demanda de transformação são os territórios da transformação T2 e T5, com mais de 43% deste potencial construtivo adicional.
Para verificar a disponibilidade de terreno transformável (oferta) existente nos setores do PIU Setor Central, foram analisadas as composições por tipologia de uso e de edificação (horizontal e vertical) a partir das bases do IPTU 2018.
Para a modelagem inicial, foi utilizado o critério da Área Mais Provável de Transformação (AMPT) que estabelece usos transformáveis e seus respectivos percentuais de transformação. A partir deste método, obteve-se a média 30% de capacidade de transformação. Esse resultado permite ao projeto considerar que há disponibilidade de terreno suficiente para transformação prevista mediante demanda (média de 3%).
Dada a diferença na ordem de grandeza (10 vezes menor) entre as formas de cálculo, é possível afirmar que mesmo com uma AMPT específica para o Centro, a disponibilidade de terreno será suficiente nas previsões de implantação do projeto. Como forma de demonstração, se analisados somente os usos terrenos e estacionamentos nestes setores (5% e 2% da área de terrenos totais, respectivamente), seriam suficientes para a transformação estimada pelo projeto (7% de oferta de terrenos, frente a 3% de demanda necessária projetada).
Setores | Área de terreno Total | Área de terreno prevista na AMPT | % AMPT | Área terreno prevista na demanda | % demanda | Área de terreno e estacionamento (AMPT) | % estacionamentos |
---|---|---|---|---|---|---|---|
T2+T5 | 6.211.332m² | 1.984.548m² | 32% | 184.049m² | 3,0% | 321.690m² | 5,2% |
T2ZEIS | 2.273.462 | 934.661m² | 41% | 81.668m² | 3,6% | 225.519m² | 9,9% |
Q2 | 2.460.969 | 784.413m² | 32% | 58.973m² | 2,4% | 110.666m² | 4,5% |
Q4-7 | 911.022 | 221.264m² | 24% | 45.104m² | 5,0% | 60.053m² | 6,6% |
Q8 | 1.490.339 | 237.494m² | 16% | 34.486m² | 2,3% | 63.277m² | 4,2% |
TOTAL | 13.347.124 | 4.162.380m² | 31% | 404.280m² | 3,0% | 781.317m² | 5,9% |
Se considerada a oferta de terreno passível de transformação (AMPT) e o potencial adicional permitido pelo projeto (por setor) são estimados mais de 17 milhões de metros quadrados. Considerando a produção imobiliária dos últimos 12 anos, na ordem de 1 milhão de metros quadrados, seriam necessários mais de 200 anos para realização deste consumo outorgado pelo projeto. Neste sentido, é possível afirmar que não haveria escassez de terra. No entanto, é preciso esclarecer que seriam necessárias medidas para garantir a real utilização destes terrenos (estacionamentos, usos comerciais horizontais, galpões de armazenamento e depósito), vide o alto valor de troca que os mesmos possuem, assim como problemas fundiários e jurídicos que os mesmos apresentam e que precisam ser resolvidos para ingressem no mercado de terras para empreendimentos imobiliários.
A questão valor de terreno na área central requer levantamentos e ponderações mais refinadas. O projeto prevê estimar a viabilidade de empreendimentos imobiliários considerando a variação de valores de terrenos e a dinâmica econômica própria da região central (presença de aglomerações comerciais, por exemplo).
Até o presente momento, em vez de se estimar a capacidade de transformação pela oferta de terreno e seu valor, optou-se por considerar o consumo médio dos últimos 12 anos para projetar a demanda necessária de potencial construtivo adicional. O resultado já apresentado considera uma estimativa de 1,6 milhões de metros quadrados de área construída computável para os próximos 20 anos. Por ora, esse cenário não considera taxa de atratividade em função do projeto, mas por outro lado, utiliza quantidade de área privativa construída em períodos de alta produtividade do mercado imobiliário (entre 2009 e 2012, vide Diagnóstico apresentado na 1ª Consulta Pública).
Como já mencionado, o projeto PIU Setor Central estabelece quatro principais formas de utilização do Potencial Construtivo Adicional: (i) Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC); (ii) BÔNUS EQUIVALENTE de Potencial Construtivo Adicional (BÔNUS) (iii; (c) Transferência do Direito de Construir (TDC) e (iv) INCENTIVOS urbanísticos.
A modelagem econômica contém estimativas de arrecadação pela OODC, cálculo do fator de equivalência do BÔNUS EQUIVALENTE para HIS e Retrofit e para a TDC, e, ao final, procurou estabelecer a relação entre os instrumentos. A forma de apresentação das estimativas inclui cenários que devem ser aprimorados no momento de debate público do projeto, em função da priorização do interesse público que se pretende, tais como viabilização de HIS Faixa 1, incentivo ao Retrofit, viabilização de Reforma em Bens Tombados e execução do Programa de Intervenções.
A seguir, serão apresentadas as estimativas de utilização de cada um dos instrumentos e, ao final, os cenários de utilização relacionada entre eles.
Partindo do estoque potencial de área construída para cada setor foi realizado o cálculo da arrecadação possível de OODC. As premissas definidas para o cálculo partiram da consideração do regramento estabelecido pelo Plano Diretor, sendo elas:
C = ( At / Ac ) × V × Fs × Fp
(Fp = 1,25)
(Fs = 0,87)
Além disso, como forma de controle da viabilidade econômica para definição do valor a ser cobrado pela OODC, foram feitas verificações da representatividade desse custo em empreendimentos paradigmas, buscando sempre garantir o percentual entre 1% e 5% do valor geral de vendas (VGV). Outra métrica constantemente avaliada foi o próprio valor da OODC por metro quadrado.
Inicialmente, optou-se por realizar e estimativa de arrecadação da OODC para todo o Potencial Construtivo Adicional a ser consumido pela demanda estimada (80 mil m²/ano), mesmo sabendo que parte deste será consumido pelo instrumento BÔNUS, cuja aplicação, como se verá adiante, importará dedução dos valores a seguir apresentados.
Setores | ACC total | PCA total (sem CA básico) | OODC estimada (em milhões) | % OODC estimada Valor médio OODC (R$/m²) | Valor médio OODC (R$/m²) |
---|---|---|---|---|---|
T2 + T5 | 722.161 m² | 541.620 m² | R$ 356,5 | 37,8 | R$718m² |
T2ZEIS | 322.352 m² | 241.764 m² | R$ 135,6 | 14,4 | R$ 561/m² |
Q2 | 233.796 m² | 175.347 m² | R$ 145,3 | 15,4 | R$ 829/m² |
Q4-7 | 178.890 m² | 134.167 m² | R$ 161,8 | 17,1 | R$ 1.206/m² |
Q8 | 206.070 m² | 171.725 m² | R$ 144,0 | 15,3 | R$ 842/m² |
TOTAL | 1.663.268 m² | 1.264.624 m² | R$ 943,8 | 100,0 | R$ 757/m² |
A seguir estão apresentadas as premissas e memória de cálculo do BÔNUS a partir da viabilidade de empreendimentos de HIS Faixa 1, execução de Retrofit voltados à produção de HIS Faixa 1 eà eforma de bens tombados.
O Projeto de Intervenção Urbana do Setor Central contempla um novo instrumento para estimular a produção de Habitação de Interesse Social (HIS), aquela que atende e está balizada pela chamadaa faixa 1 de renda familiar do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), nos limites do projeto. O bônus de HIS assemelha-se a um certificado de potencial construtivo adicional gerado a partir da produção de unidades habitacionais para esse fim e que pode ser utilizado em empreendimentos quaisquer do em substituição ao pagamento parcial ou integral da outorga onerosa do direito de construção. Assim, a produção em metros quadrados de HIS é convertida em metros quadrados de potencial construtivo, sem vínculos com a tipologia utilizada.
Para calcular a taxa de conversão da metragem de origem para a metragem de destino, foram feitos estudos baseados de um empreendimento paradigma de HIS de acordo com sua tipologia esperada para a região central. A partir desses estudos, chegou-se a uma avaliação do subsídio necessário para conclusão do empreendimento e, daí, calculada a taxa de conversão.
Primeiramente, foi elaborado um estudo de massa do empreendimento de HIS considerando um lote padrão de 1.000 m² (mil metros quadrados), coeficiente de aproveitamento de seis vezes o terreno (CA 6,0), numa tipologia de baixo padrão construtivo com elevador. O material aparece resumido na tabela abaixo.
Terreno | 1,000.0 |
CA | 6.0 |
Planta | 40.0 |
Nº UH | 150 |
Nº de vagas por UH | 33% |
AP/AC | 1.0 |
AB/AC | 1.6 |
Preço da UH | 116,000.0 |
Outros custos de terreno | -1.9% |
Desenvolvimento | -1.5% |
Outorga onerosa | 0% |
Despesas comerciais e MKT | 0% |
Custo de construção | 1,665.3 |
Despesa pós-obra | -2% |
Taxa de administração | -4% |
Despesas financeiras | -2% |
Impostos | -4% |
O empreendimento voltado para HIS Faixa 1 utilizou os valores adotados na atual configuração do PMCMV faixa 1, equivalente a R$ 96.000,00/unidade habitacional, somando-se-lhe o subsidio estadual de R$20.000,00 complementar do Programa Estadual ou Municipal, atingindo o total R$116.000,00 por unidade habitacional. Foi considerado um custo de construção de R$1.665/m² ,00de área equivalente, de acordo com a Tabela Sinduscon para construção de baixo padrão com elevador. E foram acrescidas ainda outras despesas relativas à execução do empreendimento discriminadas na tabela acima.
Como forma de simular o cenário mais agravado, o empreendimento paradigma utilizou 100% das unidades de habitacionais voltadas para HIS Faixa 1, por conta da dificuldade de utilização de financiamento para tipologias e usos diferentes, ou seja, não foi consideradaa a possibilidade de utilização de uso comercial no térreo, ou a composição com UHs de outras faixas de renda. Não obstante, não descarta a hipótese de configuração de cenários com mistura de produtos imobiliários diversificados que possam representar incremento potencial da atratividade do empreendimento, tendo sido feita a opção metodológica pelo cenário mais conservador e homogêneo na prática de produção de HIS 1 no município.
O resultado aparece disposto na forma de demonstrativo financeiro, conforme tabela abaixo. Observa-se que o empreendimento, ainda não computado o custo do terreno, praticamente zera o resultado financeiro. Ou seja, entende-se que seja necessário um subsídio não apenas para garantir uma taxa mínima de atratividade para o construtor, mas também para adquirir o lote. Entre as despesas, a construção representa 88,6%, o que revela que qualquer economia ou substituição de modelo construtivo são muito significativas na determinação da viabilidade.
A partir do resultado financeiro, é possível determinar a magnitude do subsídio em reais (R$) de acordo com o preço do terreno. Considerando o preço médio dos terrenos no setor central de R$ 6 mil reais por metro quadrado, o subsídio por metro quadrado de área computável necessário para a viabilização do empreendimento seria de R$ 1.522, conforme apresentado no Gráfico abaixo.
Como o valor do bônus será estimado em função da demanda de aquisição de potencial construtivo (pelo empreendimento destino), foi feita a matriz que correlaciona valor da OODC do empreendimento destino conforme preço de terreno (Tabela abaixo). Cada combinatória representa o valor calculado do Bônus equivalente em função do valor de terreno e do valor de cadastro do Quadro 14 para fins de cálculo da OODC. Considerando as regiões com maior demanda de empreendimentos nos últimos anos, tais como Santa Cecília e Brás, o valor de cadastro médio fica por volta de R$3.000/m². Por outro lado, como o valor de terreno é uma variável de difícil definição, o estudo utilizou um valor referencial médio2 de R$6.000,00/m² dada a diversidade de imóveis e localizações intrínsecas as AEL.
A partir desses valores definidos, o bônus equivalente que visa a estimular a produção de HIS Faixa 1 é de 2,0, isso significa, que para cada 1 (um) metro quadrado de HIS Faixa 1 construído há emissão de 2 (dois) metros quadrados de outorga onerosa para ser consumida fora das AEL, dentro do perímetro do PIU Setor Central. O projeto prevê que essa transação ocorrerá entre privados, de modo a agilizar a produção e transação entre os agentes produtivos de ambos os produtos imobiliários. Pelo partido do projeto, entende-se que essa é uma forma de dinamizar a produção imobiliária, visto que permite um maior volume de negócios imobiliários (diversidade de agentes produtivos), deixando a critério do privado a opção de maior eficiência na produção das unidades habitacionais para a faixa 1.
Mais adiante, estão demonstradas as relações entre as formas de consumo de BONUS e OODC, de modo a estimar o valor desta e a quantidade de metros quadrados que serão deduzidos da alienação via OODC em função do consumo de BÔNUS.
Considerando a diversidade de situações dos imóveis que requerem obras de Retrofit, tais como o grau de deterioração da estrutura, a necessidade de troca das instalações (elétrica, hidráulica, telecomunicações, etc), a necessidade de adaptação às normas edilícias e de segurança, adaptabilidade necessária à mudança de uso e troca de acabamentos, mostra-se complexa a estimativa do valor de Bônus para Retrofit na modelagem econômica.
No entanto, em decorrência do interesse público na requalificação dos imóveis verticais no perímetro do PIU Setor Central, faz-se relevante o incentivo, paraa fim de que, com o Bônus Equivalente, este empreendimento passe a dispor de margem líquida similar a de outros que ordinariamente pagariam OODC.
Dada a heterogeneidade deste tipo de empreendimento, para sistematização dos parâmetros de valores alcançados, foram utilizados como benchmarking imóveis obtidos a partir de pesquisa de 11 empreendimentos3 que utilizaram Retrofitforam submetidos a. A amostra contém diferentes tipologias e agentes produtores, assim como produtos imobiliários para HIS e não-HIS. Os de custocustos médios utilizados para essa modelagem são R$1.245/m² para reformas voltadas para HIS, e de 1.930/m² para empreendimentos não-HIS.
A partir desses valores, foram calculados dois empreendimentos-paradigma, um Retrofit para HMP e outro Retrofit para HIS.
Partindo de premissas de modelagem simplificada da viabilidade econômica de empreendimentos4, no primeiro caso, obteve-se um resultado positivo de margem liquida de 18%, o que é considerado normal/viável para este tipo de empreendimento5. No segundo caso, obteve-se uma margem liquida menor, da ordem de 10,7% o que demonstra a necessidade de subsídio para auxiliar a viabilização desta modalidade e produto imobiliário.
De outro lado, foi estimada a necessidade de consumo de OODC por um empreendimento-paradigma que utilizaria o Bônus com objetivo de aferir o valor possível de ser pago em relação de equivalência. O quadro abaixo mostra as premissas do empreendimento-paradigma receptor (ou de destino), cujo resultado apresenta um saldo de 22,6%, sendo positivo em relação à margem liquida média de 18,2%.
Para cálculo do BÔNUS equivalente de Retrofit foi considerada a composição simultânea entre empreendimentos, de modo que a margem líquida que o empreendedor obterá em relação ao VGV de ambos somados (18,2% de um VGV maior) seja maior do que se ele fizesse o empreendimento paradigma sozinho (22,6% de um VGV menor)6.
O resultado é um Bônus para Retrofit de 0,35, ou seja, para cada metro quadrado da edificação submetido a Retrofit, o empreendedor terá uma declaração de 0,35 metros quadrados de potencial construtivo para utilização em outros empreendimentos não subsidiados (não HIS, não tombados, etc).
A transferência do Direito de construir será um instrumento oferecido pelo projeto, seguindo as mesmas regras dispostas no Plano Diretor Estratégico. A modelagem econômica realizada por ora, considerou as mesmas regras aplicadas ao merco geral, sendo elas:
Para estimativa de potencial construído, foi utilizada a listagem de imóveis tombados dentro do perímetro do PIU Setor Central e a regra do PDE. Como resultado parcial, são mais de 700 mil m² de área passível de transferência em aproximadamente 1.600 imóveis. Esse volume modifica-se conforme utilizada a fórmula decálculo de conversão para o receptor, por isso não é passível de ser calculada (são inúmeras as possibilidades de localização do receptor).
Para estimativa de recursos, foi considerada a arrecadação anual do FUNDURB à base de R$400 milhões, projetada à época de elaboração do PDE. 400 milhõesSendo assim, o limite de 5% para uso da TDC, imposto pela LPUOS, implicaria no montante de R$ 20 milhões por ano. Considerando que mais da metade do universo de imóveis tombados está na área central e adotando um Fator de incentivo médio de 1,0, a estimativa prevista seria de cerca de R$ 10 milhões por ano, e estaria voltada para à recuperação do patrimônio histórico protegido pelo tombamento. Para refinar este cálculo é preciso fazer a equivalência em relação à área de terreno, visto que a fórmula de cálculo estabelece um regramento diferenciado conforme o tamanho do terreno.
Por fim, compreende-se que para os edifícios tombados que possuam grande área construída e que ensejam uma quantidade maior de recursos para viabilizar sua reforma, haja a possibilidade de complemento via BÔNUS para a sua reforma.
O debate público poderá contribuir com a construção de uma forma de cálculo paramétrica, que possa contemplar a heterogeneidade de tipologias, nível de tombamento e estado de conservação dos imóveis tombados. Será preciso levantar os custos que compõem a viabilidade econômica para empreendimentos tombados, sejam custos de reforma, custos de projeto, custos de mão de obra especializada etc.
Para cálculo do consumo de BÔNUS para HIS frente à demanda por OODC foram utilizados cenários de consumo em função do CA mínimo a partir do qual o bônus pode ser utilizado. Para viabilizar o cálculo desses cenários foi utilizado como pressuposto que parte do CA terá pagamento por OODC e parte de consumo em BÔNUS para HIS.
Semelhante à estimativa de OODC foi utilizada a demanda de ACC dos setores do projeto, tanto para AEL quanto para o restante, de modo a obter a quantidade de ACC prevista para os próximos 20 anos. A quantidade total de ACC foi estratificada em função do CA mínimo de utilização, com variações para CA 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0. A partir daíí, foi demonstrado como o consumo de bônus abateria a compra de OODC e estimada a quantidade de unidades de HIS-1 produzidas pela ACC previstas de HIS.
CA a partir do qual o bônus seria consumido | % OODC | % BÔNUS HIS | Receita estimada OODC (em milhões) | "Receita" Bônus HIS (em milhões) | Quantidade de HIS-1 prevista |
---|---|---|---|---|---|
- | 100% | 0,0 | R$ 943,77 | R$ 0,00 | - |
> 4 | 77% | 23% | R$ 722,66 | R$ 221,10 | 3.545 |
> 3 | 70% | 30% | R$ 646,10 | R$ 297,67 | 5.493 |
> 2 | 58% | 42% | R$ 544,03 | R$ 399,74 | 7.324 |
> 1 | 46% | 54% | R$ 437,81 | R$ 505,95 | 9.155 |
Por ora, ainda não foi estimado o impacto na arrecadação de OODC frente à utilização prevista do Bônus Equivalente para Retrofit e Tombados. Durante o processo de debate público poderão ser levantados dados sobre o volume comercializado de empreendimentos de Retrofit, para que seja possível estimar o consumo e atratividade deste benefício.
Caberá ao debate público, também, discutir se haverá um limite para utilização destes instrumentos, frente à suposta competição que haveria com a OODC. Para tanto pretendemos fornecer gradativamente insumos técnicos deste conteúdo.
SP Urbanismo - São Paulo Urbanismo
José Armênio de Brito Cruz
Presidente
Leonardo Amaral Castro
Diretor de Desenvolvimento
Denise Lopes de Souza
Diretora de Gestão de Operações Urbanas
Marcelo Fonseca Ignatios
Superintendente de Estruturação de Projetos
Arquitetos e Urbanistas
Allan Martino Matos
André Ramos
Angela dos Santos Silva
Daniela Tunes Zilio
Eduardo Tavares de Carvalho
Eneida Regina Belluzzo Godoy Heck
Fabrizio Lucas Rosati
Fernando Henrique Gasperini
Flávio A. D. Bragaia
Joyce Reis Ferreira da Silva
Juliana Cipolletta
Katia Canova
Luciana Loureiro
Marcos Alexandre Moraes Mastropaulo
Marilena Fajersztajn
Mauri Fogaça de Almeida
Melina Giannoni de Araujo
Patrícia Saran
Priscila S. Gyenge
Rafael Henrique de Oliveira
Rita Cassia Guimarães Sylvestre Gonçalves
Rosana Yamaguti
Sonia da Silva Gonçalves
Thiago Francisco L. Carneiro
Vladimir Ávila
Estagiários de Arquitetura e Urbanismo
Elisabeth Correia Salazar
Isabel Samaia de Vivo
Isabela Luisi Fernandes da Costa
Marcelo Baliú Fiamenghi
Roberto Cornacchioni Alegre
Saliny Ribeiro Marin
Victor Mendes del Prete
Engenheiros
Leonardo Machert Pereira Bueno
Maria Cristina Fernandes
Waldir Macho La Rubbia
Economistas
Gabriel Vasquez Rodriguez
Matias Chambouleyron
Mayna de Campos Queiroz
Geógrafo
Bruno Martins Hermann
Procurador do Município
José Antônio Apparecido Junior
Estagiária Gestão Pública
Marília Formoso Camargo
Designer Gráfico
Thomas Len Yuba
Estagiários de Design Gráfico
Davi Masayuki Hosogiri
Flávia Lopes Martins Pereira
Horrana Porfirio Soares
A desativação do minhocão SEGURAMENTE será a ideia mais equivocada que um prefeito colocará em execução nos últimos 50 anos. O funcionamento atual é mais do que suficiente para quem vive no entorno. Será o fim político de Bruno Covas.
Recebemos na CET uma contribuição de munícipe interessante sobre o pontilhão da Av. do Estado x Av. Cruzeiro do Sul. Ele informa que o traçado viário deste cruzamento é desfavorável ao movimento de conversão à esquerda na Av. do Estado. A partir dessa colocação, verificamos que todos os pontilhões da Av. do Estado (bem antigos) poderiam ser revistos no aspecto da geometria com ampliação de calçadas e ajuste da sinalização. Muito embora não seja uma medida prioritária para a cidade, esse novo olhar sobre os pontilhões poderá ser favorável ao desenho da Orla projetada. Fica aqui, então, essa sugestão.
O Poder Público não consegue cuidar nem embaixo do Minhocão há anos, não há segurança, não há policiamento, em frente ao nosso Condomínio e de outros vários, virou ponto de descarte de lixo dos bares e de entulhos dos carroceiros. Há pontos específicos que viraram banheiro dos moradores de rua que também se aglomeram sob o Minhocão sem a mínima atenção, cuidado, assistência social. Será mais um local de puro abandono de onde famílias fugirão e não frequentarão, pois aos sábados já está assim por causa dos assaltos a pedestres e ciclistas. Há de se garantir manutenção, policiamento, regras para os usuários. Haverá água, banheiros?
Importante etapa da discussão sobre desenvolvimento da Cidade. Parabéns pelo material, conteúdo e design. Defendemos uma cidade mais inclusiva, democrática e diversa. O Centro de SP é ferramenta crucial no desenvolvimento da Cidade. Dentro de nosso campo de atuação, o desenvolvimento de habitação de interesse social, sugerimos a criação de um setor ( ou grupo) que seja focado nas particularidades dessa região. Ao se propor, por exemplo, adensamento para ZEIS 3 - e produção de HIS1 - deve-se levar em consideração as inúmeras restrições por conta de área de envoltória por tombamento ( municipal , estadual e federal), ou ainda as restrições de altura por conta das vilas e ruas sem saída. Outro ponto muito importante - mencionado neste trabalho - é a permissão para reforma de prédios da existentes; o qual a insegurança técnica afasta o interesse do privado neste tipo de modalidade.
Esperamos que todas as calçadas e ciclovias sejam reformadas e ampliadas. Também esperamos que sejam implantadas novas ciclovias e mais travessias para pedestres e ciclistas, assim como todas ciclopassarelas descritas no projeto! O transporte público também deve ser priorizado em detrimento dos carros e demais transportes motorizados. Para incentivar os pedestres, devem ser plantadas árvores, colocada boa iluminação, implantados bancos e lixeiras nas calçadas e pequenos comércios devem ser incentivados, como bares e restaurantes.
Espero que todas vias (ruas, alamedas, avenidas, túneis, viadutos e pontes) que sejam criadas/abertas ou reformadas possuam ciclovia como manda a lei municipal 10.907/90, regulamentada pelo decreto 28.485: "os novos projetos que impliquem em construção de pontes, viadutos e aberturas de túneis também devem prever ciclovias ".
Boa tarde, Muitos pontos sem objetividade necessária para entendimento rápido. O fato que o projeto precisa ser discutido na amplitude juntos aos CONSEG's e associações comerciais e de bairro. Segundo as passarelas não podem sair da Dino Bueno x tenente pena. Existem moradias na tenente pena. Outra passarela saindo da cracolândia qual será a segurança. E por fim o bairro não comporta mais ciclo faixas. Estão ociosas e acabando com o comércio.
O Bom Retiro a anos está sendo destruído pelo pOder público. Temos dois albergues (prates e boraceia), 3 lições (Complexo gato, rua newton prado, mamoré e javaes) além de estarmos ao lado da favela do moinho e cracolândia. Sem contar com as ciclos fantasma que acabaram com nosso comércio. Basta de problemas não suportamos mais esse descaso. NÃO as passarelas de ligação da Rua Cleveland e Dino Bueno com nossó Bairro.
Sugestão de incluir a Alameda Barão de Limeira, que concentra comércio, serviços e habitação na região: requalificação do passeio existente, com instalação parcial de piso drenante, reconstituição de sarjetas e meio fio; enterramento de fiação; projeto piloto de lixeiras abaixo do nível da calçada; mobiliário urbano; arborização.
Na quadra entre as alamedas Barão de Limeira, Ribeiro da Silva, Nothmann e rua Adolfo Gordo há um edifício projetado por Gregori Ilych Warchavchik, não incluído no perímetro de requalificação de edifícios tombados.
Em relação aos melhoramentos viários, não há proposição de conexões que melhorem a circulação interna ao distrito do Pari, a não ser as propostas que visam oferecer alternativas à marginal do Rio Tietê. Poderia haver uma ligação entre a Rua Bresser / Rua José Monteiro com a Rua João Teodoro, além de um prolongamento da Av. Carlos de Campos até a Rua João Teodoro, facilitando o acesso da zona norte ao centro da cidade.
Observar o determinado na Lei da Mobilidade Urbana 12.587/2012, principalmente os artigos 5º e 6º: 1- Implantar um corredor na Rótula Central, com integração junto aos corredores da Rio Branco, S. João, Nove de Julho (elevador), Prestes Maia, 23 de maio (elevador, onde hoje há somente escadas), Av. do Estado, Rangel, Gasômetro, possivelmente com trólebus do atual sistema, modificando seu trajeto para o Parque D. Pedro, Mercúrio, Senador Queiróz e Ipiranga. 2- Trazer o planejado corredor da Radial Leste pela via Leste Oeste e Av. Duque de Caxias até a Estação da Luz, ida e volta, fazendo integração com os trilhos (Linhas 1/4/7/8/11) e junto dos corredores da Rio Branco, São João, Consolação, Nove de Julho (elevador), faixas exclusivas da 23 de Maio (elevador), Brigadeiro, Liberdade, Glicério, BRT da Av. do Estado (uma nova estação). Linhas circulares interligando estes 2 corredores e atravessando toda a região do Centro, e áreas de comércio (Brás, Santa Ifigênia, 25 de março, Bom Retiro, São Caetano, Piratininga, etc.), turismo/ cultura (Barra Funda, Luz, Liberdade, República, Mercado, Teatro Municipal.galerias, etc.) e órgãos da administração municipal e estadual, mantendo a vitalidade da região. 3 - Assegurar perfeitas condições de acessibilidade e segurança nas calçadas, estruturas de apoio para o uso dos modos ativos de locomoção (rede de mobilidade a pé, ciclovias, bicicletários e docas) e provocar o acalmamento do tráfego de veículos através da adequação da geometria viária, adoção de faixas elevadas (no nível da calçada) e redução da velocidade, possibilitando o compartilhamento seguro em todas as vias centrais.
Há muita expectativa da população p/ver oq realmente acontecerá com essa nova reestruturação no Centro. Espero que as melhorias atingem TODOS!!!
Gostaria que o Espaço do Vale do Anhangabaú, que está abandonado, se transformasse num CIT (Centro de Informações Turísticas).
A gigantesca bobagem que a "Emurb" começou a fazer no Anhangabaú vai resolver o problema de enchente do Rio Anhangabaú ou vai ser mais uma das maquiagens mal executadas como a Rua 7 de abril?
Boa tarde. Viabilizar um projeto para desmontar o Minhocão, a região central sofre com a degradação e aglomeração de pessoas em situação de rua, além da insegurança e poluição visual, sonora e ambiental, causada por esse Pontilhão. revitalizaçãoo de toda região que abrange o centro. Colocar caçambas em pontos estratégicos para o descarte de lixos. Sou morador da rua das Palmeiras na santa Cecília, quero viver em uma cidade muito mais harmoniosa e saudável. Conte comigo sempre.
O projeto é bom mas quero ressaltar algumas preocupações ambientais e de mobilidade. Precisa ser previsto requalificação das calçadas com tamanho compatíveis para pedestres, acessibilidade e continuidade para promover a mobilidade a pé. Precisa ser previsto áreas que não permitam a circulação de carros e principalmente, não priorizar estacionamento de particular. As ruas precisam ser para os pedestres, ciclistas e novos modos de transportes alternativos elétricos que estão disputando o mesmo espaço. E o mais importante , prever um redesenho das ruas visando o acalmamento de tráfego. Os carros deverão paulatinamente serem abolidos do centro, mediante pedágio urbano ou outro método. O centro possui infraestrutura de transporte e acessibilidade e precisa explorar esses serviços e desenvolver diretrizes para diminuir a frota de carros particulares na região. Levar muito a ´serio os projetos de calçadas ativas e equipamento urbanos , só isso trará vida ao centro e melhorará a sensação de segurança urbana. Quanto aos gabaritos permitidos, entendo também que o centro precisa adensar verticalmente mas precisa ser colocado diretrizes de apresentar estudo de impacto de vizinhança. Também muito me preocupa sobre a valorização dos imóveis e expulsão dos moradores da região, além da gentrificação perante os inúmeros moradores de ruas na região. É preciso fazer um censo dos moradores de rua e um plano de ação social junto a eles. O problema não acaba com a restruturação do centro, apenas deslocará para outro lugar. Por último, otimizem tempo, projeto e principalmente dinheiro público. Existem vários projetos de intervenção no centro , cito o Plano cicloviário que deve começar sua execução segundo semestre de 2019. É importante que as intervenções estejam alinhadas , pois este processo já passou por audiência e participação massiva da sociedade civil nas melhores escolhas.
Fiquei encantada com tudo que li, meu sonho é ver o Centro totalmente revitalizado, sem moradores de rua,drogados e assaltantes. Um lugar repleto de famílias caminhando sem preocupação com a hora, moradias disponíveis a todos os sem teto. Torço muito para que dê certo o Projeto de Intervenção Urbana.
Trabalho no centro da cidade e não tenho a visão do olho direito. É uma tortura andar pelas ruas desniveladas e sujas. Além disso, o cheiro de urina já virou uma marca registrada do local.
Achei super importante a renovação e preservação do patrimônio histórico e revitalização do Centro de São Paulo, amo São Paulo, quando possível vou todos os finais de semana, passear. Minha filha ainda era bebê quando íamos passear no centro de São Paulo, o teatro Municipal virava o castelo do Nino... enfim a Bilblioteca, o Tribunal de Justiça, o vale do Anhangabaú, o Páteo do Colégio, Colégio São Bento e os prédios históricos tão lindos !! Espero em breve ver todos reformados, que a nossa história, continue de pé ! que São Paulo respeite e valorize o belo.
Estou torcendo para implantação do Pq. Minhocão, que certamente dará um brilho ao lugar hj tão ofuscado e deprimente. A possibilidade da implantação criando novos espaços para cultura, esporte e lazer, com a devida segurança urbana, irá valorizar nossa região! Aguardamos o início das obras já!!!
APLICAR PEUC OU O BÔNUS EQUIVALENTE PARA AS ZEIS 3?: 1- É necessário apontar os benefícios já instituídos pela legislação em vigor (PDE/ Lei de Zoneamento/ Decreto de HIS 57.377/2016) para as ZEIS 3. Nelas é possível produzir o mínimo de 60% de HIS 1, HIS 2 (permitido) e HMP/ R e nR no máximo 20% sem o pagamento de outorga onerosa. Esse já é um incentivo para que esses terrenos sejam utilizados. 2- O poder público municipal é o responsável por fazer com que as áreas grafadas como ZEIS (de vazio e edifícios subutilizados) cumpram sua função social, principalmente utilizando os instrumentos do EC como a PEUC, com isso espera-se que o valor da terra seja barateado contribuindo em sua utilização e na viabilidade financeira de empreendimentos de provisão habitacional. 3- O bônus equivalente vai agregar mais valia à terra e não irá contribuir para que isso se reverta em favor da viabilidade do empreendimento, muito pelo contrário, pode acarretar em um processo de busca desses vazios e fazer com que o valor da terra fique impraticável para produção habitacional. Dessa forma entende-se por equivocada a proposta de agregar valor à terra através do bônus equivalente.
JÁ EXISTE O BENEFÍCIO DO NÃO PAGAMENTO DA OUTORGA ONEROSA PARA EHIS EM QUALQUER ZONEAMENTO E O CUSTO DA OUTORGA PARA HMP EM QQ ZONEAMENTO É IRRISÓRIO. O MERCADO IMOBILIÁRIO JÁ TEM UTILIZADO ISSO COM FREQUÊNCIA: Pelo Decreto HIS/ PDE 2014, a produção de EHIS ou EHMP, na Macroárea de Estruturação da Transformação Urbana, conseguem alcançar o CA de 6 e 5 respectivamente com o pagamento da outorga. No entanto, é sabido que ao aplicar a fórmula para recolhimento da outorga, vários fatores corroboram para que esse valor chegue a zero quando se trata de EHIS, onde o Fator Social (Fs) é igual a Zero, como exemplifica a fórmula abaixo, ensaiada para um terreno no Setor 001- Quadra 003 de 1.000 m2) C = (At / Ac) x V x Fs x Fp, onde: C HIS= (1.000/ 6.000) x 1.381,00 x 0 x 1.2= 0 O mesmo terreno para EHMP: C HMP = (1.000/ 4.000) x 1.381,00 x 0,4 x 1.2= 0,25 x 662,88 = R$165,72. Nessa demonstração, o que significa efetivamente o valor de R$ 165,72, quando seria possível uma produção privada de aproximadamente 80 UH de 50m2 potenciais de HMP para um terreno de 1.000 m2 e CA 4x? O QUE SE QUER AFIRMAR É QUE O EMPREENDEDOR PRIVADO JÁ UTILIZA OS BENEFÍCIOS DO EHIS E EHMP, BASTA DAR UMA BUSCA NOS LANÇAMENTOS NO CENTRO.
POLÍTICA HABITACIONAL X POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO. Uma política habitacional para famílias de renda até 3 salários mínimos deve prever subsídios. Qualquer benefício pensado deve ser no sentido de fazer com que esse beneficiário possa acessar a unidade habitacional. O bônus equivalente agrega benefício à terra e não colabora para o custo da UH. O Programa Minha Casa Minha Vida - FAR em parceria com o poder público municipal para a Faixa 1 ( 0 a 1.800,00) e Faixa 1,5 (de 1.801,00 a 2.600,00) atualmente sem contratações, que atenderia o que a legislação municipal de SP prevê como HIS 1 ( de 0 a 2.640,00), eram para a demanda direta do poder público, com aportes que passavam pelo CMH direto para a conta do empreendimento na Caixa. Esses recursos à fundo perdido, beneficiavam diretamente a família, pois abatem do financiamento. O BÔNUS EQUIVALENTE AGREGA BENEFÍCIO AO TERRENISTA E NÃO COLABORA PARA O BARATEAMENTO DO CUSTO DA UH E NEM PARA AS FAMÍLIAS QUE ESTÃO NESSA FAIXA DE RENDA. A política de desenvolvimento urbano, pode incentivar a produção de HIS com a aplicação dos instrumentos existentes como a PEUC sobre as ZEIS 3. Fora isso, o palco de discussão de políticas habitacionais é de outra ordem.
ola.gostaria de saber como faço para participar desse projeto.Sou Paulistana e não tenho moradia.pago aluguel .tenho inscriçao habitacional a uns 15 anos. agradecida.
Minha opinião é leiga, no entanto fiz sugestões para os outros projetos. Seria muito otimizado, facilitaria se o texto fosse dividido e pudessemos fazer os comentários segundo partes do projeto. - Temos muitos estudantes e Universidades públicas ótimas; a população é quem paga. Deveriam ser selecionados os melhores estudantes, professores e projetos para contribuirem com o projeto, juntando várias áreas de atuação: arquitetura, engenharia (diversas), tecnologia de informação, inclusive o matriciamento junto as várias e melhores "cabeças" secretarias, pois todos devem compor o projeto (Saúde, educação, transporte, assistência social, esportes e demais), de forma que trabalhassem com metas, prazos, indicadores de processo e de resultados. O maior problema do MSP é a violência. E esta só diminuirá se a cidade for realmente casa e quintal de nossa casa e para isto, temos que mudar o ambiente para melhorar a convivência, a afetividade entre pessoas de nossa cidade. Tem-se que oferecer espaços comuns de convivência, importantíssimos para as crianças, adolescentes que estão de forma alarmante se tornando solitários, depressivos, aumentando índices de mutilação do seu próprio corpo e suicídios e violência; isso é de extrema importância para nossos familiares e para a sociedade. As doenças crônicas não transmissíveis estão também de forma alarmante adoecendo e matando muitas pessoas, e as medidas, as mesmas para crianças e adolescentes, também temos que oferecer locais MUITO ACESSÍVEIS e SEGUROS"como se fosse realmente nossos quintais" para a convivência =, promoção da afetividade = qualidade de vida; temos que ter espaços para atividades físicas e práticas corporais. Todos projetos devem contemplar, incentivando com redução de impostos ou algum outro tipo de incentivo, locais para a melhora das condições, qualidade de vida; um ambiente bonito também faz parte; incentivar talvez com redução de impostos para quem reforme as fachadas de construções, incentivando o plantio de árvores de acordo com a SVMA e jardineiras e outras melhorias. Os projetos novos de construção deve prever um espaço aberto em que as crianças, e adolescentes (também os adultos) possam praticar alguma forma de atividade ao ar livre e não só piscinas cobertas ou brinquedoteca. Solicitar as Subprefeituras que realizem levantamento de imóveis, prédios que estão abandonados e com pendências para utilizar como espaços públicos para o cidadão realizar atividade física com segurança, sedes de subprefeituras (onde poderiam estar todas as subsecretarias: saúde, esporte, educação, assistência social, etc...). A construção de albergues em vários pontos estratégicos do MSP, visto junto com a Assistência Social é essencial pois esta população está cada vez maior, aumentando a insegurança de todos os cidadãos. Abrigos para idosos são cada vez mais necessários. Escolas também devem fazer parte do "nosso quintal", os pais devem ter horário POSSÍVEL para levar e trazer as crianças pequenas e as crianças e adolescentes maiores devem poder ir a pé para a escola, portanto, -com vários níveis de educação-, e possibilitando também crianças maiores poderem ir juntos com os menores; o horário deve ser integral com currículo excelente e professores de nível universitário, pedagogia. As Unidades Básicas de Saúde devem ser resolutivas ao máximo para a Atenção Básica e próximas da casa do cidadão, deveriam ter construção resolutiva e próprias para o trabalho em saúde e não ser "casa adaptada". Quando pensamos em projeto para a região, temos que pensar em todas as variáveis. Transporte sem dúvida integrando ônibus e metro otimizado na região. Otimizar as "mãos" das ruas, ruas para ir e ruas para vir, em uma lógica que auxilie o motorista e o cidadão. Ruas com certeza arborizadas, calçadas permeáveis, nossa cidade tem que ter plantas, árvores, flores, ser visualmente mais habitáveis, em uma cidade bonita e cuidada, instintivamente o cidadão toma mais cuidado, evita jogar lixos nas ruas, cuida mais (um dos melhores projetos públicos que vi foi o de diminuição da propaganda em locais públicos e fachadas de imóveis: despoluiu o ambiente). Sistemas de segurança público devem ser priorizados, delegacias e policiamento no "quintal de casa", devem ser projetados. Projetar vários locais para vendedores ambulantes (comidas não deveriam ser vendidas nas ruas por inúmeros motivos), promover política para que esses vendedores se estabeleçam e não aumente a insegurança abordando o cidadão nas ruas.
Os projetos de habitação desenvolvidos para as populações mais carentes poderiam ser realizados pelos melhores estudantes de arquitetura e engenharia e seus professores de forma que fossem úteis, bonitos e simples, muitos com opção sem garagem (garagens comunitárias abertas), administrados por imobiliária pública. Tem conjuntos habitacionais que foram transformados em "favelas". As subprefeituras devem levantar os terrenos e imóveis abandonados para construção de bens públicos, parques (mesmo que pequenos, pois são muito úteis), devem ter locais para atividade física em tudo o que for possível de espaços para o cidadão, devem ter programa para fiscalização ambiental, guarda ambiental, proibindo as construções irregulares em ambiente urbano e de proteção manancial (obs: existe um terreno na esquina da Rua Loefgrem e Rua Jaime Viana onde "alguém" jogava o conteúdo de caçambas de entulho e foram construindo "casinhas", no início uma e agora várias outras, o terreno está "terraplanado com entulhos": as construções não podem chegar ao ponto de serem tão irregulares principalmente nos espaços urbanos de muita movimentação de pessoas).
Trabalho no Centro e vejo a depedração que ocorre na região diariamente, sei que é um grande desafio, mas talvez pequenas ideias possam diminuir esta situação. Ideias que vi na internet e acho que poderia ser aplicada em SP. Ter mais banheiros públicos, talvez até em pontos estratégicos com chuveiros. Prédios abandonados por determinado tempo deveria ser revertido para a administração pública para que fosse feito escolas, teatros, abrigos, espaços culturais ou de lazer, moradias sociais, etc. Há prédios com histórico em sua arquitetura que está caindo, é um pedaço de nossa história que se vai. A própria secretaria de educação na República está nesta situação. Talvez devesse começar a conservação de prédios e calçadas pelos prédios públicos. Poderia também ser feito mais espaços verdes em ruas só de pedestres, pois no centro temos pouco verde, talvez com espaços nos próprios prédios próprios como jardins verticais, suspensos, tetos verdes, hortas coletivas, etc.
Até hoje não agendaram a reunião.
1) O minhocão deveria ser derrubado, abrindo um grande boulevard por toda a avenida embaixo, em substituição enterrar a linha do trem da barra funda ao Tatuapé, formando assim a alternativa viária para os carros que hoje utilizam o elevado, ao mesmo tempo nessa nova avenida seria criado um parque linear e incentivos para construção, sendo os recursos para derrubada do minhocão e aterramento da linha da CPTM advindo do potencial construtivo sobre a nova avenida e nas avenidas que antes funcionava o minhocão. A nova avenida teria todos os parâmetros construtivos que a prefeitura tanto gosta, fachada ativa, áreas de fruição pública um parque linear e muitas moradias, mas com um potencial construtivo maior e sem limites de altura na maior parte dela (exceção quadras da estação da Luz e Brás). Nos novos túneis da CPTM poderia ter as linhas expressas já existente como luz ao Brás e do Brás a Barra Funda, mas também construídas novas estações que fariam parte de uma linha paradora como por exemplo: Barra Funda, Campos Eliseos, Bom retiro, Luz, cantareira, feira da madrugada e Brás. 2) Acho que não é nesse âmbito mas o conselho gestor possui muita gente, não seria necessário mais que 5 pessoas para se atingir o mesmo objetivo, só desperdício de recursos e formas de corrupção política (não confundir com desvio de dinheiro). 3) Acho que falta qualificar o que é Requalificação/alargamento de calçada e Melhoramentos viários, me pareceu muito genérico e pode ser qualquer coisa, esperava que previsse, por exemplo, o enterramento da fiação de energia e telefonia, calçada com bom piso (mas têm que dizer que piso é esse) e travessia em nível. 4) O eixo do rio tamanduateí apresenta uma proposta interessante mas pelo plano parece que a via hoje de trânsito rápido se tornaria uma avenida quase de trânsito local, por conta das travessias de pedestre e novos parques, não entendi como vão equacionar essa questão. 5) A Rua Florêncio de Abreu poderia ser instrumento de incentivo do poder público para preservação fachada arquitectónica e dentro das edificações funcionária comércio com vocação de serviços e turísticos a exemplo das principais ruas de compra européia (como a Santa Catarina no Porto - Portugal), esse incentivos poderia ser na forma de diminuição de tributos, marketing para incentivar as pessoas a visitar o local, incentivo aos proprietários a perceberem que tem um ativo que em outras cidades do mundo atrai muitas pessoas, sobretudo turistas ou ainda estruturar uma PPP ou concessão que gerenciasse a área como os shoppings gerenciam seus patrimônios. 6) Embora a região já contem com extensa oferta de transporte público, há gargalos que poderiam ser contemplados pelo plano como VLT na Rio Branco, Alcântara Machada e no apoio Sul e o já proposto VLT circular por todo centro, ou previsão de destinação dos recursos da outorga onerosa para estações de metrô prevista pelo Estado, como as da linha 19 (correios, Pari) ou 16 violeta no eixo da Rio Branco, e não prever BRT ou corredor de ônibus que embora cumpram a sua função de transportar pessoa vem com custo de degradação por onde passa.
Em qualquer projeto de melhoria de região deve necessariamente ter como objetivo coibir a violência e segurança, se perguntar a alguém, estes são os motivos que levariam as pessoas a mudarem de cidade e de país: Leis de Segurança, proibir a abordagem de cidadãos em ruas, transportes públicos e espaços públicos com comércio ilegal evita o stress e em caso de abordagem permite ao cidadão ficar em alerta ao perigo, proibir flanelinhas, vendedores ambulantes que abordam pessoas. Proibir construções ilegais e orientar e oferecer opções para pessoas em situação de rua. As Subprefeituras devem ter guarda ambiental para fiscalização ambiental com Leis de crime ambiental. Câmeras de segurança, iluminação. Acredito que tudo faz parte da melhoria de qualquer região do município de São Paulo
É importante atentar às ZEIS 3 e seu efetivo uso para construção de um estoque de moradia acessível para a faixa de 0 a 3 salários mínimos, com ênfase no subgrupo de 0 a 1 s.m. Com estratégias que mitiguem a pressão especulativa que acaba por expulsar famílias mais pobres de regiões valorizadas. Uma sugestão é o instituto da locação social. Por exemplo, reconverter prédios tombados em habitação de interesse social de estoque público estabelece sinergias entre a política de preservação do patrimônio cultural e de garantia da habitação.
Ideia das passarelas conectando bom retiro e campos eliseos é uma boa ideia, porém, antes de tudo seria bom resolver ou mitigar o problema da cracolândia ainda existente. Creio que seja bom antes nas passarelas ser incluso previsto a passagem de ciclistas por lá também e já ser disciplinado o seu devido uso para minimizar possíveis problemas. Se possível conectar com as ciclovias e ciclofaixas existentes. E com urgência também ocorrer alagarmento da calçada embaixo da ponte da CPTM no inicio da Alameda Nothmann devido ao grande fluxo de pedestres principalmente nos horários de pico
O visual está muito bonito e o local pedia isso. só que, como vão tirar o moradores de Rua. se eles continuarem não é possível alguém fazer passeios em paz. visto que também o Vale do Anhangabaú a muitos anos virou a moradia deles e com direito a banheiro ao ar livre.
Vale do Anhangabaú: O Vale do Anhangabaú deve ter banheiro público com horário de funcionamento para todos. Deverá ter funcionários de plantão para manter a limpeza. Vide opções como no Vaticano ou até mesmo em Curitiba. Melhorar a iluminação (principalmente dos escadões que dão para a Líbero) e formatar ciclovia, demarcar passagem para os carros (com lombadas) para não atingir os pedestres. Piso tátil para deficientes visuais que transitam diariamente no Vale, principalmente entre as entradas dos metrôs Anhangabaú e São Bento. Melhorar segurança (com câmeras) na escada de acesso ao túnel. Há frequentes assaltos no local e falta iluminação. Uma ideia é em prol da população de rua que não tem as condições mínimas de higiene a disposição é a construção de banheiros públicos com chuveiros para banho e higiene pessoal, com horários de menor movimento (noite/madrugada, por exemplo) Vide essa matéria https://oglobo.globo.com/sociedade/religiao/vaticano-vai-oferecer-chuveiros-para-banhos-servicos-de-cabeleireiro-para-sem-teto-15263079. Distribuídos entre Sé e Vale do Anhangabaú, seria a melhor maneira para não superlotar os locais.
Sinto falta da calmaria que tinha no Centro hj somente a invasão tomou conta de tudo e de todos, ficou um Centro totalmente feio, muitos assaltos, abandono total.... O Centro que eu quero é um lugar onde possamos andar sem medo da violência, um centro sem invasão, praças limpas com chafariz, arborizada e sem invasão....Anteriormente não havia um programa nos bairros de mutirão onde todos se ajudavam mutuamente para ter suas casas, então acho ainda que é a melhor solução e o mais vantajoso plano a Administração o que não pode é admitir estas invasão porque uma lição já tivemos o desmoronamento de um prédio recentemente por conta de que eles não tem noção do que é a responsabilidade de morar num edifício assim como comunidades pegam fogo todos os anos um edifício não será diferente...Espero que tenham entendido o meu ponto de vista, sem preconceito pois já fui de classe muito baixa e não tinha noção do que é ficar dentro de um prédio em segurança hoje sei porque trabalho num prédio o risco que é uma faísca, um benjamim etc, etc, etc... Um Abç
Sobre o elevado.... Só quem necessita é quem sabe a falta que faz e que poderá fazer se um dia ele deixar de existir.....na minha visão, este elevado é o único de São Paulo mais bem construído e sem risco de cair 1º que não trafega caminhões encima dele os outros é carreta e tudo mais que se mover...o elevado não....estranho o porque destruir um viaduto que só traz alegria e nos faz chegar cedo e além disso tira muitos do transito digo todos os que mora e se desloca da zona norte a Zona Sul e Central....Tem momentos que acho que votamos contra nos mesmos...triste, muito triste...:(
Como moradora da região central, sinto falta cuidado com cuidado mais adequado com nossas árvores, fundamentais para nosso bem estar e de nossa avifauna cuja maior parte das espécies consiste em eficientes predadores de pragas como Aedes egypti. Em muitas vias, como a Rua São Joaquim, na Liberdade, as árvores, inclusive as de grande porte, estão cimentadas até o tronco, programadas para morrer e cair sobre pedestres, carros e imóveis. É preocupante o desconhecimento e descaso da população com o assunto. Quando uma delas cai e causa danos, sobram problemas para a Prefeitura.
É preciso melhorar e adequar espaços para o cicloativismo. Costumo consultar manuais suecos, noruegueses e holandeses sobre o assunto. Nem todas as medidas implicam em grandes despesas. Um bom site é o do Ministério dos Transportes da Noruega, com excelentes manuais sobre esse e outros temas relacionados. Informação de alta qualidade com excelente apresentação. https://www.vegvesen.no/trafikkinformasjon/syklist https://www.vegvesen.no/fag/fokusomrader/universell-utforming/handboker
Eu quero um centro onde não exista dejetos, moradores de rua ou qualquer tipo de bandidagem. Moradores que adquiram empreendimentos mobiliários/prédios públicos, compatíveis com local de trabalho e renda. Um centro onde se pode usufruiu da praças públicas com as crianças, familiares ou turistas, a qualquer dia da semana, fim de semana, melhor ainda, sem ter de conviver com a degradação do patrimônio histórico e público. Segurança, limpeza e conforto para que as pessoas possam desfrutar de diversão e laser sem conviver com o nojo constante de embrulhar o estômago.
São Paulo, a cidade que mais arrecada impostos, também, a cidade mais rica do Brasil. Essa ideia tem que sair das palavras e por às vistas. É necessário garagens subterrâneas; banheiros (sanitários) a cada 200 metros é essencial para atender a população em geral, estes deverão ser cuidados e fiscalizados pelos os próprios usuários. A pintura, a reforma e/ou a revitalização da fachada dos edifícios é necessária para a cidade tomar outro rumo de destaque visual. Temos muitos edifícios lindos co centro e passam despercebidos pela população por está aparentemente abandonados. Aproveitar algumas galerias ou locais livres e abandonados, para os moradores de rua passar pelo menos oito horas por noite. Porém, sob controle: entrar sem direito a visitas, sem álcool ou drogas em geral e com horário para abrir e fechar, se entrou só sai no dia seguinte. Estas são algumas dicas, juntando com as dicas acima e projetos; a cidade dos sonhos pode virar realidade. Se observarmos os altos salários e altos gastos, poderemos dizer que dinheiro temos de sobra.
Como forte incentivo à produção imobiliária na região central, sugerimos a inclusão de dispositivo que permita que, durante os primeiros os primeiros 36 meses de vigência do PIU-SETOR CENTRAL, as propostas apresentadas para imóveis localizados na área de abrangência da atual Operação Urbana Centro [definida no art. 1º da Lei 12.349/1997] fiquem dispensadas do pagamento de contrapartida financeira pela outorga de potencial adicional de construção nos seguintes casos e até os seguintes limites: I. para a categoria de uso R2v (conjunto com mais de duas unidades habitacionais, agrupadas verticalmente em edifícios de apartamentos ou conjuntos residenciais verticais com áreas comuns) e para o EHMP (Empreendimentos de Habitação de Mercado Popular): coeficiente de aproveitamento máximo igual a 12 (doze); II. para a categoria de uso nR1-6 (serviços profissionais): coeficiente de aproveitamento máximo igual a 6 (seis); III. para a categoria de uso nR1-12 (serviços de hospedagem ou moradia): coeficiente de aproveitamento máximo igual a 9 (nove) para instalações hoteleiras, mais 3 (três) para serviços e 6 (seis) destinado, exclusivamente, a garagem.
Para viabilizarmos, de fato, a produção privada de HIS na região central da cidade, sugerimos que o bônus equivalente para a produção de HIS nas AEL seja de 5,0 (HIS-1) e 4,0 (HIS-2), dentro do perímetro do PIU Setor Central, e 4,0 (HIS-1) e 3,0 (HIS-2), fora do perímetro do PIU Setor Central. Isto é, dentro do perímetro do PIU Setor Central: a) para cada 1 m2 de HIS-1 construído nas AEL, haverá emissão de 5 m2 de outorga onerosa para ser consumida fora das AEL, dentro do perímetro do PIU Setor Central; b) para cada 1 m2 de HIS-2 construído nas AEL, haverá emissão de 4 m2 de outorga onerosa para ser consumida fora das AEL, dentro do perímetro do PIU Setor Central; c) para cada 1 m2 de HIS-1 construído nas AEL, haverá emissão de 4 m2 de outorga onerosa para ser consumida fora do perímetro do PIU Setor Central, em qualquer zona de uso onde o coeficiente de aproveitamento máximo for maior que 1,0, desde que não esteja localizada nos perímetros de abrangência de outras operações urbanas consorciadas; d) para cada 1 m2 de HIS-2 construído nas AEL, haverá emissão de 3 m2 de outorga onerosa para ser consumida fora do perímetro do PIU Setor Central, em qualquer zona de uso onde o coeficiente de aproveitamento máximo for maior que 1,0, desde que não esteja localizada nos perímetros de abrangência de outras operações urbanas consorciadas.
Para potencializarmos o aproveitamento de terrenos, sugerimos que os projetos de novas construções localizadas nas ZEIS, situadas dentro do perímetro do PIU Setor Central, sejam dispensados dos seguintes parâmetros de ocupação do solo: coeficiente de aproveitamento máximo, taxa de ocupação máxima, obrigatoriedade de recuos e dispositivos relativos à quota ambiental.
A ABIFER sugere que a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento lance, no âmbito do PIU setor Central 2, uma proposta para a elaboração de estudo visando à implantação de um sistema VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, interligando todos os terminais de ônibus e estações no Centro de São Paulo. Esta implantação estaria alinhada com dois dos pilares do PIU, quais sejam, o de Mobilidade e Ambiente. O VLT é um sistema que revitaliza as áreas urbanas das cidades no mundo.
Considerando que São Paulo tem uma das melhores noites do mundo, com imenso potencial turístico (vide Parada LGBT+), e a região do baixo Augusta é o seu referencial. Considerando que o zoneamento desta região é genérico, e que as construções exclusivamente habitacionais com fundo para a rua Augusta estão descaracterizando este importante referencial. Considerando as péssimas condições urbanas dessa rua em termos de acessibilidade (calçadas estreitas e público dos estabelecimentos muito maior do que os mesmos comportam, ocupando as calçadas e as vias de tráfego). Considerando os objetivos do PDE, da LPUOS e do PIU (fortalecimento da centralidade, maior aproveitamento da terra urbana, valorização do patrimônio cultural, integração de usos residenciais e não residenciais, qualificação da moradia, melhoria da mobilidade etc). Proposta: não deixar a Augusta de fora do planejamento central. Ampliar o perímetro do PIU Setor Central para que abarque o baixo Augusta, definindo: 1 - Preservação dos usos de bares/lanchonetes e congêneros nas esquinas da rua Augusta. 2 - Obrigação da Fachada Ativa para os novos empreendimentos, e criação de maiores incentivos que os atuais para a sua adoção nos existentes. 3 - Criação de um calçadão intermitente, restrito aos automóveis das tardes de sábado às madrugadas de domingo, que permitirá a ocupação pelos estabelecimentos locais, e no qual funcionará um um bondinho circular sob rodas, ligando a Praça Roosevelt à Paulista.
Para estimular, de fato, as atividades econômicas criativas definidas no art. 183 do PDE, sugerimos que o PIU Setor Central regulamente, para o perímetro descrito no Quadro 11 do PDE [Polo de Economia Criativa “Distrito Sé/República”] os incentivos previstos em seu art. 185.
Considerando a necessidade de incentivar o aproveitamento mais adequado dos imóveis existentes, face à infraestrutura instalada e à preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental urbano na área central da cidade; considerando a importância da reciclagem de edifícios antigos [retrofit] e, para isso, a necessidade de flexibilização da legislação edilícia, e, considerando, ainda, a necessidade de criação de procedimentos específicos que viabilizem, de fato, as adaptações necessárias, dentro de critérios mínimos de habitabilidade e segurança, sugerimos que o PIU Setor Central permita que as reformas ou reconstruções de edificações, com mudança parcial ou total de uso, possam ser aceitas sem o atendimento integral das disposições do Código de Obras e Edificações, a critério da Comissão de Edificação e Uso do Solo-CEUSO que poderia, inclusive, apreciar soluções técnicas alternativas.
Em relação ao Programa de Intervenções, sugiro a desativação do Terminal Amaral Gurgel, que possui poucas linhas, que podem ser atendidas por outros terminais da região. Seria de suma importância no processo de desativação do Minhocão para veículos. Também sugiro que se repense o modo como a rua Xavier de Toledo e as ruas entre a Praça da Sé e o Largo São Francisco são utilizadas como terminais "não-oficiais" de corredores de ônibus. Hoje não há uma infraestrutura adequada para os usuários e os coletivos precisam dar voltas por ruas estreitas, tornando o sistema ineficiente e gerando externalidades negativas na região; eventualmente a mudança de sentido de algumas ruas pode ajudar, como a primeira quadra da Av. Brigadeiro Luís Antônio e o viaduto Dona Paulina. Por fim, sugiro atualizar o Diagnóstico Sócio-Territorial com os dados recém-divulgados da última Pesquisa OD e com a evolução de viagens na região central no período 2007-2017, pois podem até ensejar alterações neste plano.
1-criação de programa para estímulo à conversão de imóveis tombados em habitação de interesse social no perímetro do PIU (e não somente no PRIT), particularmente para população de renda de até 3 salários mínimos, mediante avaliação técnica criteriosa sobre a viabilidade da reconversão de uso. . Os imóveis tombados que integrarão este programa deverão contemplar a diversidade de conformação familiar e de atendimento (temporária, transitória ou definitiva), bem como as formas de acesso, sendo prioritário o modelo de locação social. Para tanto é necessária a realização de levantamento minucioso sobre perfil e demandas dos diversos segmentos sociais envolvidos, bem como de articulação com os movimentos e entidades ligadas à questão da moradia. . Criação de escritórios-técnicos voltados para atendimento e orientação da população (proprietários de imóveis ou não) (exemplo: Corredor Cultural no Rio de Janeiro, nos anos 1990), de modo a adequá-los ao uso habitacional, e também manter e valorizar as características arquitetônicas dos imóveis. Para tanto diversos escritórios-técnicos deverão ser criados com recursos levantados pelo PIU-Centro nos distritos envolvidos. . Além da orientação da população, os escritórios- técnicos deverão realizar cursos e treinamentos para qualificação de mão-de-obra destinada aos trabalhos de reconversão, restauro e reformas, tendo prioridade a qualificação de população em situação de vulnerabilidade (situação de rua, moradores de cortiços e ocupações, e desempregados). Deste modo será dada capacitação profissional para os moradores da área do PRIT e do PIU Central, suprindo oferta de emprego e gerando renda para esta população. . As obras de reconversão de uso, reforma e/ou restauro poderão ser feitas com recursos provenientes da Transferência de Potencial Construtivo e do Bônus de Transferência, assim como com financiamento público subsidiado oferecido aos proprietários que tiverem interesse em aderir ao referido programa; . Aumento do montante de recursos destinados pelo PIU- Centro à preservação de patrimônio edificado, considerando que o montante previsto de 10 milhões/ano é insuficiente para reconversão, reforma e /ou restauro dos mais de mil imóveis tombados na região central. A insuficiência destes recursos, somados à extrema flexibilização das normas e parâmetros de preservação, poderão resultar na destruição de bens culturais de valor inestimável. . Criação de estratégias e instrumentos de participação social efetiva em todas as etapas de elaboração e execução do PIU-Centro, de modo a coordenar ações propostas com as reais necessidades da população que tem vínculos com as regiões a serem afetadas pelo projeto. . Destinação de recursos obtidos com PIU-Central para a realização de inventários participativos e ações de educação patrimonial, de modo a garantir o levantamento, o registro audiovisual e a difusão de manifestações culturais e do patrimônio edificado. Cabe destacar a importância das manifestações culturais, patrimonializadas ou não, nas regiões afetadas pelo projeto, onde se encontram diversos grupos imigrantes, de várias etnias, bem como teatros, festividades, gastronomia, cinema, artes visuais, música, ofícios, danças, entre outros.
Tendo em vista que: 1. O PIU Central é uma ação do Poder Público que induz à transformação do território — o que implicará a demolições, com risco à perda irreversível de bens materiais e imateriais portadores de referência à memória, ação e identidade dos grupos formadores da sociedade brasileira (nos termos do Art. 216 da Constituição Federal de 1988) e sitiados no perímetro do PIU; 2. E que a própria Prefeitura, pelos mesmos motivos acima, já consignou no Art 9º, VII, da Lei 15.893/2013, de Revisão da Operação Urbana Consorciada Agua Branca, “o VII - levantamento do patrimônio cultural no perímetro da Operação Urbana Consorciada, incluindo os bens de natureza material e imaterial;” com respectiva rubrica de reserva orçamentária específica para este item — justamente com o objetivo de identificar e preservar aqueles bens que poderiam vir a se perder irreversivelmente pelas transformações induzidas pela Prefeitura por meio da OUCAB; Proponho que na minuta do Projeto de Lei do PIU Central conste a item com respectiva rubrica específica para o levantamento do Patrimônio Cultural, nos seguintes termos: 1. Dentro do Artigo que conterá o “programa de intervenções do PIU Central” (ou equivalente), constar inciso com a redação: “Realização, nos 12 primeiros meses de vigência do PIU Central, do Inventário Participativo das Referências Culturais (IPRC) do PIU Central, com com o objetivo de levantar, identificar e propor, por meio dos instrumentos legais existentes, a preservação do patrimônio cultural do respectivo perímetro, incluindo os bens de natureza material e imaterial”. 2. Rubrica de 500 mil reais para a realização do IPRC-PIU Central.
Tendo em vista que a valorização e preservação do patrimônio cultural situado no PIU Central — argumento que constitui um dos eixos de argumentação em sua formulação pela própria Prefeitura — se efetiva não apenas por meio da proteção de bens isoladamente tombados, mas da manutenção e (re)qualificação de sua ambiência, proponho que conste Artigo no PL do PIU Central com a seguinte redação: Art. XX - As áreas envoltórias regulamentadas de bens tombados e os perímetros de tombamento de conjuntos urbanos e arquitetônicos situados no perímetro do PIU Central, conforme determinados pelos órgãos de preservação, deverão constituir Perímetros de Requalificação Integrada do Ambiente Urbano — PRIAU. Parágrafo 1º. § 1º. Os PRIAUS destinar-se-ão a projetos formulados sob a orientação e supervisão do DPH/SMC, cujo objetivo central será qualificar as áreas supradescritas, por meio do tratamento como unidade territorial integrada dos respectivos perímetros delimitados e contida na Lei. § 2º. Os PRIAUS deverão receber, por meio de rubrica específica, fixada em percentual orçamentário de 5%, da conta específica do PIU Central no Fundurb, destinado a formulação e implementação de projetos enquadrados no PRIAU.
Apresentei e entreguei um documento na audiência do dia 06/08/2019 e gostaria de reenviá-lo, mas não há espaço no site para acrescentar documentos. Como proceder?
O tópico não esclarece como será realizada a Gestão Participativa. Apesar de indicar os órgãos e entidades competentes não indica ações, nem como impulsionar a participação em tais instituições citadas. Falta um plano de acesso à informação e de divulgação do plano à sociedade civil, deixando entendido ao maior número da população quais os meios de participar desse plano.
Habitação e Produção Imobiliária O projeto para o PIU Setor Central surgiu da necessidade de revisão da Operação Urbana Centro, porém pretende atuar sobre uma área muito maior do que a atual Operação Urbana, abrindo uma nova frente para produção imobiliária, a partir de propostas complexas e pouco legíveis apresentadas no material em Consulta Pública, o que demanda importantes reflexões e aprofundamentos. A proposta de intervenção para as áreas de ZEIS 3 não aprofunda a análise do quadro diverso de precariedade habitacional ao reiterar a política atualmente em curso, privilegiando a produção de novas unidades para compra e venda, inclusive em imóveis públicos, em uma região fortemente ocupada por cortiços e moradores de abaixa renda. Políticas urbanas e habitacionais com enfoque sobre a oferta (em torno da mercantilização da casa e da cidade), carrega consigo uma opção de recorte social, com mais dificuldades para atender os mais pobres. As políticas áreas de grande vulnerabilidade como as de ZEIS 3 precisam estar ancoradas em torno da demanda, com maior potencial na redistribuição de riqueza e bem-estar urbano, como programas de reforma de cortiços e políticas de reversão da vulnerabilidade. A proposta de oferecer bônus adicional de outorga onerosa para os empreendedores construírem nas ZEIS 3 traz muitas questões a serem equacionadas: • A proposta, além da outorga gratuita pra produzir HIS em ZEIS, já instituída pela legislação em vigor, prevê que o incorporador receba ainda um bônus extra de potencial construtivo para usar ou vender, equivalente ao dobro da área construída utilizada. Não estaremos produzindo HIS 1 a um preço excessivamente caro para o poder público com a perda dessa arrecadação para o Fundurb? Esse bônus está, ainda, sendo incorporado livremente pelo proprietário, contrariando os princípios redistributivos da Outorga Onerosa. • A modelagem financeira proposta considera recursos federais, como o MCMV, para que seja viabilizada, o que fragiliza a possibilidade de sua implementação no atual cenário de contenção de recursos para habitação pelo governo federal; • Grande parte dos terrenos em ZEIS 3 são ocupados por moradias precárias, que deveriam ser enquadradas em um programa de recuperação de cortiços, a fim de que possa ser mantida a oferta habitacional através do aluguel barato e informal (tão necessária para a permanência da população de menor renda no centro). • A maior parte das famílias residentes em ZEIS 3 possui renda inferior a 3 salários mínimos e não consegue arcar com as exigências dos financiamentos habitacionais e com os custos da habitação formal. • Muitas das famílias residentes em ZEIS 3 não possui renda ou possui renda inferior a 1 salário mínimo, e que demanda uma politica específica para que seja atendida no sistema de financiamento proposto. Como essa população será incorporada na transformação das ZEIS? • A proposta não apresenta mecanismos de enfrentamento para coibir a comercialização das unidades habitacionais subsidiadas para pessoas ou famílias com rendas superiores à demanda destinada, considerando que se trata de uma intervenção em área com alto potencial de valorização imobiliária. • A proposta não define como ou quando será realizada a formação dos Conselhos Gestores de ZEIS 3, conforme determinação obrigatória do Plano Diretor Municipal. • Não se pode alterar os benefícios do zoneamento sem simular o que poderá ocorrer com o mercado de terras. É sabido que o valor da terra está diretamente ligado ao seu potencial construtivo determinado pela LUOPS e outros institutos. A medida que esses benefícios são incrementados, o valor da terra acompanha, o que pode inviabilizar o custo das unidades HIS (1 e 2) e HMP. É previsível uma corrida aos terrenos com os benefícios propostos para além dos existentes. • Na apresentação da 2* Consulta Pública do PIU Central, foi mostrada uma diferença entre os valores necessários para o total de obras previstas e a estimativa de arrecadação na ordem de R$ 605.000 milhões contra 1.605.000 milhões necessários. Nessa conta foram colocados benefícios para 920.000 m2 sem pagamento de outorga onerosa. Essa incongruência entre valores previstos, necessários e benefícios concedidos enfraquece a proposta do PIU Central. • Foi apresentada a construção de um parque habitacional muito grande em áreas públicas para locação social e não foram detalhadas as condições de execução e financiamento dessas unidades. Não foram colocadas as condições de acesso aos usuários para alcance do benefício. ***** Propomos, portanto, que o projeto para o PIU Setor Central incorpore: - Revisão do perímetro proposto, eliminando o vetor Sul do Arco Tietê (destinada a implementação de uma AIU) e concentrando-se na área da atual Operação Urbana Centro e seu perímetro envoltório, envolvendo as áreas de precariedades existentes como Bixiga, Brás, Santa Cecília e Campos Elíseos; - Previsão de estudos específicos para os perímetros de ZEIS 3 baseados na realidade existente de cada localidade, considerando a população residente e os comerciantes locais como beneficiários prioritários do plano de melhorias e intervenções, aos moldes da metodologia utilização no projeto Campos Elíseos Vivo realizado pelo Fórum Aberto Mundaréu da Luz; - Que nas ZEIS 3, por grande parte da população residente possuir renda inferior a 2 salários mínimos e estarem incapacitadas de entrar no sistema dos financiamentos habitacionais, as propostas das AELs devem estar concentradas no Serviço de Moradia Social, e não em ofertas de novas unidades financiadas; - Plano habitacional desenvolvido em parceria com o Departamento de Controle da Função Social da Propriedade e com a Secretaria Municipal de Habitação para os futuros imóveis oriundos da aplicação do PEUC - Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios. Os imóveis notificados podem estar separados por tipologias não apenas edilícia, mas de motivações que os levaram à subutilização, a fim de ser previsto um Plano de Ação com prazos precisos para a viabilização do uso nestes imóveis, considerando a utilização de outros instrumentos, como Consórcio Imobiliário e Dação em Pagamento. - Incorporação do Censo de Cortiços (e sua imediata contratação pela Sehab) como ferramenta prioritária na construção de políticas para a área, com prazos estabelecidos entre os planos de urbanização das AELs e o cronograma do Censo. - Destinação das áreas públicas exclusivamente para produção de habitação de interesse social - HIS 1. - Modelagens econômicas diversificadas, que inclua não somente a produção de novas moradias mas a requalificação do parque construído e o uso dos instrumentos indutores da função social da propriedade, bem como formas alternativas de acesso habitacional além da propriedade privada para atender as diferentes faixas de renda existentes no território; - Detalhamento do programa de Locação Social previsto para o PIU com previsão dos recursos a serem disponibilizados para a construção de novos edifícios e reforma de imóveis subutilizados a compor o parque público de locação social, bem como os mecanismos de gestão pretendidos; - Incentivos para a formatação de cooperativas habitacionais para co-gerir os parques públicos de locação social; - Intervenções eficiente e de baixo custo unitário que incorpore práticas populares: Aplicação da Lei de Autogestão da Moradia nos prédios ocupados que foram desapropriados pela prefeitura, a fim de viabilizar a permanência das famílias e a melhoria das condições de segurança e salubridade dos prédios ocupados. O poder público fica responsável pela reforma das áreas comuns e as famílias são responsáveis pelas melhorias de cada unidade, com Assistência Técnica adequada e sem remoção das famílias durante a fase de reforma. As entidades sociais serão co-responsáveis pela gestão condominial e a permanência das famílias poderá se dar através de uma cessão de uso de longo prazo (90 anos) ou através do programa Locação Social. - Plano de utilização dos recursos da Outorga Onerosa com priorização para a produção de interesse social na área; - Implementação do Serviço de Moradia Social e de Habitação Primeira (Housing First) em parceria com as Secretarias de Assistência Social, Direitos Humanos e Saúde. - Políticas estratégicas para coibir a comercialização das unidades habitacionais subsidiadas para pessoas ou famílias com rendas superiores à demanda destinada, afim de garantir a permanência dos atuais residentes e dos novos moradores beneficiários: obrigatoriedade do gravamento de HIS nas matrículas das unidades habitacionais comercializadas e a elaboração de um sistema de controle da comercialização dos imóveis subsidiados (referência: Lei da Vivienda Protegida Oficial - VPO -Espanha); - Política estratégica para a formação dos Conselhos Gestores de ZEIS, que devem atuar na elaboração dos planos de urbanização, e não apenas na aprovação, com prazos para a formação dos conselhos e abrangência territorial de cada conselho, que não seja extremamente concentrado para que a representatividade não se perca, e ao mesmo tempo sejam possíveis de serem geridos pelo poder público. O número de famílias residentes em cortiços continua a crescer, bem como edifícios sendo ocupados por movimentos de moradia, em função da falta de políticas públicas voltadas para a população de menor renda. São cerca de 80 mil domicílios em cortiços na cidade, a maior parte deles localizados no Centro, e mais de 4 mil pessoas vivendo em edifícios ocupados na área central, com índices de adensamento excessivo e ônus com aluguel. Isso sem falar na população em situação de rua, que também precisa ser atendida pela produção habitacional. O centro da cidade precisa de um projeto para o centro que arque com estas urgências, e a proposta apresentada não parece atuar com clareza e eficiência nessa direção.
EIXO PATRIMÔNIO HISTÓRICO Ao propor revisões na Operação Urbana Centro e novas formas de incentivo para a preservação de imóveis, o PIU Setor Central precisa estabelecer uma política pública de preservação efetiva, com objetivos, diretrizes e metas claras que consiga ser acessível para o pequeno proprietário de imóveis tombados do centro e que pense não apenas no edifício mas no ambiente urbano como um todo. Dada a dimensão do patrimônio a ser preservado na região central, a sua conservação e valorização não deve ser pensada apenas a partir de edifícios isolados, mas da possibilidade da qualificação urbana como um todo, inclusive em seus aspectos sociais. É importante lembrar que o patrimônio cultural não é formado somente por bens imóveis e por aqueles reconhecidos pelo Estado, mas por todo um conjunto de referências culturais enraizadas no cotidiano dos paulistanos. O projeto apresentado ainda não traz uma proposta materializada nestes termos. Após a audiência pública de 06 de agosto de 2019, apresentamos as considerações a seguir. Tendo em vista que: 1. O PIU Central é uma ação do Poder Público que induz à transformação do território — o que implicará a demolições, com risco à perda irreversível de bens materiais e imateriais portadores de referência à memória, ação e identidade dos grupos formadores da sociedade brasileira (nos termos do Art. 216 da Constituição Federal de 1988) e situados no perímetro do PIU; 2. E que a própria Prefeitura, pelos mesmos motivos acima, já consignou no Art 9º, VII, da Lei 15.893/2013, de Revisão da Operação Urbana Consorciada Água Branca, “o VII - levantamento do patrimônio cultural no perímetro da Operação Urbana Consorciada, incluindo os bens de natureza material e imaterial;” com respectiva rubrica de reserva orçamentária específica para este item — justamente com o objetivo de identificar e preservar aqueles bens que poderiam vir a se perder irreversivelmente pelas transformações induzidas pela Prefeitura por meio da OUCAB; 3. A valorização e preservação do patrimônio cultural situado no PIU Central — argumento que constitui um dos eixos de argumentação em sua formulação pela própria Prefeitura — se efetiva não apenas por meio da proteção de bens isoladamente tombados, mas da manutenção e (re)qualificação de sua ambiência; 4. O patrimônio cultural no Centro de São Paulo é complexo, pois envolve o restauro e a preservação dos imóveis tombados no município, suas áreas envoltórias e a ambiência urbana, em seus aspectos físicos e morais. E que este deve ser amplamente debatido a fim de que sejam pactuados os diversos interesses e privilegiada uma decisão coletiva que seja benéfica para a cidade e que não enfrente restrições posteriores; 5. A Transferência de Potencial Construtivo é uma política pública possível, mas que ainda o que demanda a necessidade de uma pesquisa qualitativa que analise a efetividade do instrumento dada a complexidade e a variedade de bens a serem preservados e de suas demandas, que não devem ser analisados a partir de bens isolados, mas como conjunto a ser recuperado. A TPC, como utilizada hoje na Operação Urbana Centro, permite ao proprietário do imóvel tombado transferir até a metragem máxima estabelecida pelo coeficiente de aproveitamento da zona em que está inserido, o que permite que o proprietário venha transferir o que não é dele, pois os direitos de construir acima do coeficiente de aproveitamento básico são públicos. Essa é uma questão inicial que precisa ser revista. Proponho que na minuta do Projeto de Lei do PIU Central conste a item com respectiva rubrica específica para o levantamento do Patrimônio Cultural, nos seguintes termos: A. Dentro do Artigo que conterá o “programa de intervenções do PIU Central” (ou equivalente), constar inciso com a redação: “Realização, nos 12 primeiros meses de vigência do PIU Central, do Inventário Participativo das Referências Culturais (IPRC) do PIU Central, com com o objetivo de levantar, identificar e propor, por meio dos instrumentos legais existentes, a preservação do patrimônio cultural do respectivo perímetro, incluindo os bens de natureza material e imaterial”. B. Rubrica de 500 mil reais para a realização do IPRC-PIU Central. C. que conste Artigo no PL do PIU Central, a criação de instrumento similar as proposições do Perímetro de Requalificação de Imóveis Tombados- PRIT, porém específico o entorno dos imóveis tombados, com a seguinte redação: Art. XX - As áreas envoltórias regulamentadas de bens tombados e os perímetros de tombamento de conjuntos urbanos e arquitetônicos situados no perímetro do PIU Central, conforme determinados pelos órgãos de preservação, deverão constituir Perímetros de Requalificação Integrada do Ambiente Urbano — PRIAU. Parágrafo 1º. § 1º. Os PRIAUS destinar-se-ão a projetos formulados sob a orientação e supervisão do DPH/SMC, cujo objetivo central será qualificar as áreas supradescritas, por meio do tratamento como unidade territorial integrada dos respectivos perímetros delimitados e contida na Lei. § 2º. Os PRIAUS deverão receber, por meio de rubrica específica, fixada em percentual orçamentário de 5%, da conta específica do PIU Central no Fundurb, destinado a formulação e implementação de projetos enquadrados no PRIAU. D. A criação de uma Comissão de Patrimônio para o PIU Setor Central que cuidasse dos imóveis tombados do Centro e suas áreas envoltórias, bem como do patrimônio cotidiano e as referências culturais de forma a promover a gestão compartilhada entre os interesses e promover a participação e diálogo direto entre poder público e sociedade civil. E. Que a revisão do TPC, tanto na forma sua de aplicação quanto nos seus objetivos, ocorra pela Comissão do Patrimônio, de forma a atentar que a transferência não seja mais uma negociação entre privados, mas possa viabilizar que parte dos recursos transferidos sejam alocados em um fundo público que possa viabilizar projetos e obras de restauração. No caso dos imóveis públicos, tanto em posse da prefeitura quanto nas mãos de concessionários, é importante que a utilização do instrumento da TDC seja discutida e analisada com rigor dadas algumas fragilidades: (1) um possível conflito de interesses no procedimento, dado que é a própria prefeitura a responsável por liberar a transferência do potencial construtivo, (2) uma competição com outros instrumentos importantes para a política urbana dada a quantidade de imóveis públicos e suas dimensões e (3) no caso dos imóveis concedidos e na medida que a transferência de potencial construído não pode ser realizado mais de uma vez, a liquidação pelo concessionário levaria a uma limitação na venda desse ativo num momento posterior à concessão.
Há muita importância em requalificação e renovação Centro. No Centro contrata-se grande quantidade de empregos, hotelaria e movimentação de pessoas de outros Estados e Países. E na minha opinião a primeira impressão da Cidade é horrorosa para as pessoas que chegam aqui. A maior cidade do país precisa ser exemplo.
Há muitos edifícios residenciais no no centro de SP, de elevado valor histórico, porém muitos deles, seu proprietários alguns seculares, simplesmente não tem dinheiro para reforma-los e/ou adptalos as nomas mais atuais de segurança. Nestes casos, não basta a prefeitura apenas dar em contra partida isenção de IPTU por anos, simplesmente estes moradores não tem como obter crédito para tais reformas (ou retrofit). Eles precisam de financiamento fácil e de baixo custo e a longo prazo. Outro ponto, como já disse e já disseram, acabar com o minhocão sem uma alternativa ao transito que por ele trafega, é de uma burrice sem tamanho. O transporte individual ainda persistirá por longas décadas, visto que as alternativas como o metro em SP, são pífias, uma estações a cada 5 anos, fora que o transporte individual deixara de ser comprado para ser alugado. Os órgãos públicos precisam enxergar mais adiante, muito mais adiante. E por ultimo, há vários prédio (de 4/6/8 andares ou mais) no centro de SP sem valor histórico/arquitetônico nenhum, porque não se derruba em alguns lugares 3,4, destes prédios e em seu lugar de lugar a edifícios altos, 30, 40, 50 andares, de uso misto (serviços, comercio, residencia) criando em seu entorno, nos térreos áreas de circulação mais amplas, acredito que essa ideia melhor trabalhada, dariam ótimos resultados na revitalização do centro. Alias o projeto de revitalização do centre, que deve ter mais de 25 anos, não produziu nada realmente encantador, que atraia gente, vida (gentrificação) ao centro de SP. Que ano após ano, continua deteriorado, fedorento, mal cuidado, mal gerenciado. Uma pena, pois é um dos lugares mais belos da cidade, onde frequento constantemente.
O Patrimônio Cultural não é representado apenas pelos bens reconhecidos pelo Estado. É, sobretudo, composto de bens que fazem parte da vida das pessoas, enraizado no cotidiano. Para além disso, a arquitetura e o tecido urbano em sua forma e matéria também são dotados de valores simbólicos de valores atribuídos. São justamente esses patrimônios que vêm sendo ignorados nos diagnósticos do PIUs na cidade de São Paulo. Assim, tendo em vista que: 1. O PIU Setor Central é uma ação do Poder Público que induz à transformação do território — o que implicará demolições, com risco à perda irreversível de bens materiais e imateriais portadores de referência à memória, ação e identidade dos grupos formadores da sociedade brasileira (nos termos do Art. 216 da Constituição Federal de 1988) situados no perímetro do PIU; 2. E que a própria Prefeitura, pelos mesmos motivos acima, já consignou no Art 9º, VII, da Lei 15.893/2013, de Revisão da Operação Urbana Consorciada Água Branca, “o VII - levantamento do patrimônio cultural no perímetro da Operação Urbana Consorciada, incluindo os bens de natureza material e imaterial;” com respectiva rubrica de reserva orçamentária específica para este item — com o objetivo de identificar e preservar aqueles bens que poderiam vir a se perder irreversivelmente pelas transformações induzidas pela própria Prefeitura por meio da OUCAB; Proponho que na minuta do Projeto de Lei do PIU Setor Central conste item com respectiva rubrica específica para o levantamento do Patrimônio Cultural, nos seguintes termos: 1. Dentro do Artigo que conterá o “programa de intervenções do PIU Central” (ou equivalente), constar inciso com a redação: “Realização, nos 12 primeiros meses de vigência do PIU Central, do Inventário Participativo das Referências Culturais (IPRC) do PIU Central, com com o objetivo de levantar, identificar e propor, por meio dos instrumentos legais existentes, a preservação do patrimônio cultural do respectivo perímetro, incluindo os bens de natureza material e imaterial”. 2. Rubrica de 500 mil reais para a realização do IPRC-PIU Central.
Tendo em vista que a valorização e preservação do patrimônio cultural situado no PIU Central — argumento que constitui um dos eixos de argumentação em sua formulação pela própria Prefeitura — se efetiva não apenas por meio da proteção de bens isoladamente tombados, mas da manutenção e (re)qualificação de sua ambiência. Tal relação de valoração dos bens tombados por meio de sua ambiência urbana é tratada no instrumento de entorno de bens tombadas, as conhecidas áreas envoltórias, áreas urbanas que circunda os bens sujeita a restrições de uso e ocupação. Essas áreas não foram incluídas no diagnóstico e nem nas políticas propostas pelo Piu. O Perímetro de Requalificação de Imóveis Tombados- PRIT apresenta tal potencial, tanto em sua definição e enquanto política urbana. Por isso, defendo a criação de instrumento similar as proposições do PRIT, porém específico o entorno dos imóveis tombados, conforme referido em na audiência pública de 06 de agosto de 2019. E proponho que conste Artigo no PL do PIU Central com a seguinte redação: Art. XX - As áreas envoltórias regulamentadas de bens tombados e os perímetros de tombamento de conjuntos urbanos e arquitetônicos situados no perímetro do PIU Central, conforme determinados pelos órgãos de preservação, deverão constituir Perímetros de Requalificação Integrada do Ambiente Urbano — PRIAU. Parágrafo 1º. § 1º. Os PRIAUS destinar-se-ão a projetos formulados sob a orientação e supervisão do DPH/SMC, cujo objetivo central será qualificar as áreas supradescritas, por meio do tratamento como unidade territorial integrada dos respectivos perímetros delimitados e contida na Lei. § 2º. Os PRIAUS deverão receber, por meio de rubrica específica, fixada em percentual orçamentário de 5%, da conta específica do PIU Central no Fundurb, destinado a formulação e implementação de projetos enquadrados no PRIAU.
1ª contribuição: Tendo em vista que: 1. O PIU Central é uma ação do Poder Público que induz à transformação do território — o que implicará a demolições, com risco à perda irreversível de bens materiais e imateriais portadores de referência à memória, ação e identidade dos grupos formadores da sociedade brasileira (nos termos do Art. 216 da Constituição Federal de 1988) e sitiados no perímetro do PIU; 2. E que a própria Prefeitura, pelos mesmos motivos acima, já consignou no Art 9º, VII, da Lei 15.893/2013, de Revisão da Operação Urbana Consorciada Agua Branca, “o VII - levantamento do patrimônio cultural no perímetro da Operação Urbana Consorciada, incluindo os bens de natureza material e imaterial;” com respectiva rubrica de reserva orçamentária específica para este item — justamente com o objetivo de identificar e preservar aqueles bens que poderiam vir a se perder irreversivelmente pelas transformações induzidas pela Prefeitura por meio da OUCAB; Proponho que na minuta do Projeto de Lei do PIU Central conste a item com respectiva rubrica específica para o levantamento do Patrimônio Cultural, nos seguintes termos: 1. Dentro do Artigo que conterá o “programa de intervenções do PIU Central” (ou equivalente), constar inciso com a redação: “Realização, nos 12 primeiros meses de vigência do PIU Central, do Inventário Participativo das Referências Culturais (IPRC) do PIU Central, com com o objetivo de levantar, identificar e propor, por meio dos instrumentos legais existentes, a preservação do patrimônio cultural do respectivo perímetro, incluindo os bens de natureza material e imaterial”. 2. Rubrica de 500 mil reais para a realização do IPRC-PIU Central.
É muito importante que conste expressamente que nenhum projeto de requalificação de área verde implicará em corte ou transplante da vegetação já existente. É o projeto que tem que se adequar à vegetação , não o contrário. Além disso , que nas áreas novas e na requalificação seja considerada a fauna do local e da região para escolha de espécies a serem plantadas, neste sentido, consultar a divisão de fauna silvestre do município, bem como a equipe do herbário. Que conste ainda nos projetos o catálogo de espécies atualizado.
Uso de mudas com DAP mínimo de dez centímetros, garantir o correto tutoramento.
* Não realizar piscinões em áreas de praças. *Incluir melhorias para incremento e preservação da fauna da região. * Apresentar um mapa georreferenciado dos locais apontados no diagnóstico para receber os piscinões de forma que a população possa entender o que de fato está sendo proposto e quem e/ou quais imóveis estão próximos a estas áreas.
Conforme resolução ambiental estadual , manter permeabilidade de 20% , no mínimo.
Prezados, Participei de todas as audiências públicas e cada audiência me espanto com a frieza que vocês tratam os moradores inseridos no projeto. Antes de qualquer projeto vocês tem obrigação de resolver os problemas ali existente. No caso do centro temos o problema crônico da cracolândia, falta de segurança, ciclo faixas sem uso que acabou com o comércio e lixões clandestinos. Outro ponto: O BOM RETIRO DIZ NÃO a construção da passarela ligando a Rua Dino Bueno x Rua Tenente Pena, caso não saibam ali habitam mais 80 moradores. Nosso bairro DIZ NÃO a qualquer desapropriação seja ela RESIDENCIAL ou COMERCIAL.
A iluminação é muito pouca em toda a região. As licitações para implantação de iluminação, também em LED, está muito vagarosa. A falta de iluminação adequada traz insegurança e perda de valor agregado.
MOBILIDADE A proposta para o PIU Setor Central carece de integração com demais planos e projetos de mobilidade previstos para a área. Isso também fica latente no diagnóstico, que não faz um levantamento consistentes daquilo que já está planejado para a região, como: - Plano Diretor Estratégico; - Plano de Mobilidade; - Plano Cicloviário; - Plano Emergencial de Calçadas; - Plano de Segurança Viária; - Projeto Bordas do Calçadão. Esta proposta ignora as diretrizes estabelecidas no PDE relativas à transporte coletivo, como implantação de corredor de ônibus na rótula e contra-rótula (2016 e 2025), corredor de ônibus planejado na Av Santos Dumont e a criação de dois novos terminais. Além de ser fundamental incluir o levantamento dos planos e projetos existentes relacionados à mobilidade no diagnóstico, é necessário atualizá-lo de acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Origem Destino. Não há menção à segurança viária, sendo que a região central possui a maior concentração de acidentes de trânsito devido ao grande número de pessoas circulando. É fundamental endereçar os pontos críticos, onde deve ocorrer intervenções para evitar lesões e mortes no trânsito. A proposta menciona o transporte de cargas, logística e mini centros de distribuição. É importante inserir na proposta a localização desses centros e associá-los à infraestrutura cicloviária existente ou planejada, para incentivar a ciclologística. Sobre a política de estacionamento, não se deve incentivar a construção de edifícios garagem uma vez que o centro da cidade é a região mais bem provida de infraestrutura de transporte. Sendo assim, deve-se evitar o acesso de veículos individuais motorizados na região. Logo, a criação de edifícios garagem é um incentivo ao uso do carro, em oposição às premissas ambientais desta proposta. Por sua vez, a definição de um perímetro de irradiação com controle de oferta de vagas de estacionamento é algo positivo Ainda sobre a política de estacionamento, é importante incluir no plano aspectos relativos à gestão do meio fio. A tecnologia associada à mobilidade cria novas demandas para o uso do meio fio, como área de embarque/desembarque e vaga de estacionamento para bicicleta compartilhada. Apesar de indiretamente ligada à mobilidade, não há diretrizes para infraestrutura subterrânea. Considerando que a qualidade do espaço público, em especial das calçadas, é fortemente impactado pelas tampas e demais elementos de infraestrutura, entende-se que esse aspecto deve ser incluído nesta proposta. A construção de um túnel sob a ferrovia ligando a rua Monsenhor Andrade ao Largo da Concórdia faz-se desnecessária frente às demais necessidades que priorizam transporte ativo (a pé e de bicicleta) e coletivo. Obras viárias que priorizam quem se desloca de automóvel são historicamente as que mais consomem recursos do orçamento destinado para a mobilidade. Por fim, é imprescindível que esta proposta apresente o faseamento e a priorização das intervenções de mobilidade.
VILA MARIA ZÉLIA x PIU SETOR CENTRAL, POR QUE FORA? Condephaat resolução 43/92 – Ficam tombados como bens culturais de interesse histórico, arquitetônico e social o traçado urbano e o conjunto de imóveis situados na “Vila Maria Zélia”, no Bairro do Belenzinho, na cidade de São Paulo, pela sua grande representatividade como vila operária do início do século, por ter sido um empreendimento pioneiro e por suas características originais.” Conforme o texto do PIU "TDC incentivada - (...) A relevância e a concentração de bens imóveis representativos, associados aos diversos vetores de estruturação da cidade – ocupação territorial, impulso cafeeiro, INDUSTRIALIZAÇÃO – justifica a majoração do potencial construtivo passível de transferência nos distritos centrais" No mapa interativo disponível para consulta vemos que, importantes vilas para a história da industrialização da cidade como a Vila dos Ingleses (1) e a Vila Economizadora (2) estão dentro do perímetro. Porém, a Vila Maria Zélia (3), que poderíamos dizer, a mais importante das vilas operarias da cidade de São Paulo por seu valor urbanístico e soluções de uma cidadela, ficou de fora por uma quadra! Sabemos que a falta de verba para restauro/conservação, é um dos principais motivos pelos quais os proprietários abandonam, não cuidam e até mesmo descaracterizam seus imóveis, visto a necessidade de reparos em danos por ação do tempo. O instrumento urbanístico da TDC (Transferência Do Direito De Construir), seria um importante aliado dos proprietários, conforme a Resolução Nº 23 / CONPRESP / 2015, é um instrumento de compromisso que visa o restauro e a conservação de bens tombados. Além da Lei Municipal nº 16.402/2016 que condiciona a transferência do direito de construir à recuperação e manutenção das características materiais protegidas pelo tombamento e multa nos casos do não atendimento às normas estabelecidas. Entretanto, para as casas da Vila Maria Zélia, o calculo atual para imóveis tombados fora da Operação Urbana Centro e com lote até 500m², gera em média R$21.215,04 na venda do potencial construtivo. Valor que mal se refaz as portas e janelas de madeira, nas medidas das aberturas originais. A proposta é que seja revista a possibilidade de alguma forma para inclusão da Vila e fábrica Maria Zélia dentro do perímetro do Projeto de Intervenção Urbana Setor Central para que o incentivo à preservação destes imóveis seja fortalecido junto com os demais bens que farão parte do PIU e que, caso a Vila se encaixe, ao menos, nas diretrizes da TDC incentivada, o “Fator de Centro Histórico”, a ser definido pelo DPH/SMC, seja feito de modo que o valor arrecadado seja condizente com a verba necessária para projeto, restauro/conservação do bem tombado.
A Prefeitura cancelou o Contrato do importante Censo dos Cortiços sabe-se lá por que. Solicitamos esclarecimentos da nova licitação e da necessária inserção do importante Censo de Cortiços no PIU do Setor Central e na revisão da Lei da Operação Urbana Centro. O Censo dos Cortiços em seu perímetro atual abrange os distritos Sé, Republica e parte do Brás, e, recebeu da Operação Urbana Centro a respectiva verba para a sua confecção; seria recomendável a Prefeitura alocar verba adicional para a ampliação do Censo a todo o perímetro do PIU do Setor Central. A pressuposição da Prefeitura que o Censo dos Cortiços poderá ser inserido no PIU do Setor Central e na revisão da Lei da Operação Urbana Centro após a aprovação dos mesmos é tecnicamente equivocada; de fato, os instrumentos urbanísticos em apreço estarão assegurados em sua adequação técnica caso contar com os prévios resultados quantitativos e qualitativos do Censo dos Cortiços; a ausência do importante Censo dos Cortiços no diagnóstico e na elaboração destes instrumentos significa, ainda, grave descaso com este segmento social paulistano, e, pode até vir a significar um viés somente em proveito do mercado imobiliário. Cumpre assinalar que alega a prefeitura dispor de dados esparsos dos cortiços do Centro; portanto, solicitamos acesso, copias e/ou vistas, aos mencionados dados que a secretaria da Habitação e o CDHU possuem com base na Lei nº 12.527/2011 de Acesso à Informação, e do Decreto Municipal 53.623/2012. O Cronograma do Censo dos Cortiços ora cancelado já ultrapassava largamente os Cronogramas atuais do PIU Setor Central e da revisão da Lei da Operação Urbana Centro demonstrando que, pasmem, tais projetos não seriam baseados neste importante Censo da população encortiçada constituída por clientes em potencial para HIS. Portanto, solicitamos que estes cronogramas do PIU Setor Central e da revisão da Lei da Operação Urbana Centro sejam adiados e ajustados ao novo Cronograma do Censo dos Cortiços a ser objeto de nova licitação em data a ser definida; ou seja, solicitamos que as aprovações do PIU Setor Central e da revisão da Lei da Operação Urbana Centro sejam postergadas de forma a incluir os resultados do importante Censo dos Cortiços no diagnóstico, na elaboração tecnicamente adequada e no processo de aprovação destes instrumentos urbanísticos a nível do Poder Executivo.
O centro de SP precisa Urgente Investimento nas áreas Sociais, não adianta requalificar construir novas praças, arborizar senão tratar da população de rua. Devido ao estado de vulnerabilidade essa população acaba contribuindo para que o mesmo continuo no estado que está hoje.
Plano de Bairro de Santa Ifigênia (nos termos dos artigos 347 a 351 da Lei 16.050 de 31 de julho de 2014), inserido no Distrito República, proposto pela entidade CDL Santa Ifigênia para aprovação no quadro do PIU do Setor Central. 1ª PARTE: INTRODUÇÃO AO PLANO DE BAIRRO SANTA IFIGÊNIA: 1. CARACTERIZAÇÃO E PERÍMETRO: O Bairro de Santa Ifigênia está contido no distrito República na Prefeitura Regional da Sé numa área de 2,3Km², conforme o perímetro definido para este plano. A partir de reuniões e oficinas, foi definido o perímetro do Bairro de Santa Ifigênia, para efeito deste Plano de Bairro. A origem do Bairro de Santa Ifigênia remonta à criação da Freguesia em 1809, ligada à Paróquia de Santa Ifigênia. Dotado de localização privilegiada, na medida em que se encontra na bifurcação dos antigos caminhos coloniais para Pinheiros e Luz e apontava para a Cidade Nova, iniciando-se na Rua Sete de Abril, rodeada de chácaras, das quais a mais conhecida é a Chácara do Arouche entre os arrabaldes da Luz e Sé. Trata-se de uma população bastante heterogênea, na medida em que o Bairro abrigou desde ex-escravos e imigrantes, até estratos mais elitizados da população paulistana. A função residencial foi sendo sobreposta pelos usos comerciais e a prestação de serviços, sendo que, entre os anos 1934 e 1954, a população residente se manteve relativamente estável, mas apresentou uma queda significativa de 43.623 pessoas em 1934, para 39.367 em 1954. Esta oscilação talvez se deva à diminuição dos fluxos imigratórios para São Paulo a partir do final dos anos 1920 e década de 1930, com o início da migração interna que no início se fixa em outros bairros centrais. Atualmente sua composição populacional é bastante heterogênea, caracterizada por uma população flutuante nos inúmeros hotéis e cortiços existentes, conservando parte da população negra remanescente dos períodos anteriores e abrigando imigrantes angolanos, nigerianos, latinos americanos etc. e migrantes internos, sobretudo nordestinos. O comércio de eletroeletrônicos, informática e música, instalado na região na década de 1970, nas edificações históricas, caracterizadas, sobretudo, pelo ecletismo, confere-lhe intensa vitalidade durante o dia, com certa vitalidade da atividade hoteleira. Infere-se a existência de um roteiro de compras composto pelo Brás, Bom Retiro, Liberdade, e pelas ruas 25 de Março e Santa Ifigênia, que tem no viaduto o ponto de ligação privilegiado. Evidente mudança de cenário marca a região à noite, sobretudo pela presença de bares e restaurantes de várias categorias. O nome do Bairro, Santa Ifigênia, remonta ao início do século XIX com a criação da Freguesia (1809) ligada à Paróquia de Santa Ifigênia, numa região que comportava uma bifurcação para os Caminhos de Pinheiros e Luz e abrigava inúmeras chácaras6, entre as quais a do Arouche. A Rua Santa Ifigênia, aberta em 1810 pelo Marechal Arouche de Toledo Rendon até a Rua Elesbão (atual Rua Aurora), concentrava a população mais abastada. A Rua dos Bambus (atual Avenida Rio Branco) era ocupada por estudantes, o que explica a existência de muitas residências acadêmicas, como “repúblicas” de estudantes, onde moraram conhecidas personalidades que passaram pela Faculdade de Direito, como Afonso Arinos, Afrânio Melo Franco, Melo Pimentel e Francisco de Andrade (SCHVARZMAN, 1986). Tendo em vista o desenvolvimento da economia cafeeira, resumidamente apresentado anteriormente, e a implantação do sistema de transporte ferroviário, como se viu, as transformações passam a ser sentidas pela cidade, a partir de 1872, quando se assiste ao fim das antigas chácaras, ao arruamento das ruas Alegre e General Osório, a implantação de residências de fazendeiros de café, fábricas7, alfaiatarias, lojas de comércio de roupas e de artigos para formatura. Como mencionado anteriormente, hotéis e pensões eram atraídos para a região em virtude da existência das estações ferroviárias da São Paulo Railway (1867)8 e Sorocabana (1875).
PERÍMETRO DO BAIRRO DE SANTA IFIGENIA objeto deste Plano de Bairro: perímetro formado pela intersecção dos eixos das vias Avenida Duque de Caxias, Largo General Osório, Rua Mauá, Avenida Cásper Líbero, Viaduto Santa Ifigênia, Rua do Seminário, Rua Capitão Salomão, Largo Paissandu, Avenida São João, e Avenida Duque de Caxias – área onde temos em atividade grande polo comercial paulistano de eletroeletrônicos e de motos, que representa o 2º PIB comercial do Brasil, e que também engloba um icônico Patrimônio Histórico da cidade com grande potencial turístico. 2ª PARTE: APRESENTAÇÃO À CIDADE DE SÃO PAULO DO PLANO DE BAIRRO SANTA IFIGÊNIA para inserção no PIU do Centro: DIAGNÓSTICO – Identificar os Problemas: 1.1. CONCESSIONARIAS; 1.1.1. AES Eletropaulo: 1.1.1.1. Iluminação publica não é suficiente para trazer segurança para pedestres e veículos. 1.1.2. SABESP: 1.1.2.1. Todas as ruas, incluindo o eixo da Santa Ifigênia com muitos buracos. Falta de coordenação da Prefeitura com Sabesp. 1.2. VEGETAÇÃO E ARBORIZAÇÃO; 1.2.1. Não tem arvores na região. As poucas que tinham foram removidas da Av. Rio Branco para execução do corredor de ônibus. 1.3. PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, PAISAGEM E POLUIÇÃO SONORA; 1.3.1.1. Zeis em área inapropriada pois é uma região dinâmica e de muito comercio. 1.4. TOMBAMENTO: 1.4.1. IMÓVEIS TOMBADOS: 1.4.1.1. Cerca de 100 imóveis são definidos como ZEPEC, conforme a Lei 16.402 de 23 de março de 2016. Estes imóveis, na maioria estão degradados, e alguns subutilizados, mas a impossibilidade de transferir potencial construtivo impede o acesso a esta fonte de financiamento para a restauração. 1.4.2. PRESERVAÇÃO DO BAIRRO: 1.4.2.1. Inclui o traçado urbano e a estrutura fundiária. 1.5. CALÇADAS, PRAÇAS, PARQUES, ÁREAS VERDES, DRENAGEM E SERVIDÕES; 1.5.1.1. CALÇADAS: 1.5.1.1.1. As calçadas são estreitas para o volume do trafego de pessoas que fazem compras na região. 1.5.1.2. DRENAGEM: 1.5.1.2.1. Região muito impermeabilizada. 1.5.1.2.2. O grade da rua Santa Ifigênia está mais alto do que a calçada e quando chove muito a agua invade as lojas. 1.5.1.2.3. Os bueiros são de vários tamanhos e cada um é de um tipo. 1.5.1.3. LIXO: 1.5.1.3.1. Mudaram o horário da coleta de lixo na região e causa grande acumulo na porta das lojas. 1.6. TRANSITO E TRANSPORTE; 1.6.1. Transito intenso e dificuldade em estacionar dos clientes das lojas trazendo inclusive insegurança para os pedestres. 2. OBJETIVOS E DIRETRIZES: 2.1. CONCESSIONARIAS; 2.1.1. Trocar galerias de toda região. 2.1.2. Promover parcerias para que haja coordenação e entrosamento entre a Prefeitura e as concessionárias. 2.1.3. Revisão de todos os cabos de telefonia. 2.2. ILUMINAÇÃO PUBLICA: 2.2.1. Por se tratar de região que é a maior VITRINE DE LED da América Latina a CDL propôs trocar todas as lâmpadas publicas da Rua Santa Ifigênia, General Osorio e Rua dos Andradas por LED porem a Prefeitura não permitiu. Sugerimos que sejam feitas parcerias entre a Prefeitura e a CDL para efetivarmos a troca da Iluminação por LED conforme padrão sem nenhum custo para o erário. 2.2.2. Parceria entre a Prefeitura e a CDL para a troca dos postes Rua Santa Ifigênia, General Osorio e Rua dos Andradas, pelo “tipo Republica”, reaproveitando os que foram retirados de outras regiões, sem custo para ambas as partes. 2.3. VEGETAÇÃO E ARBORIZAÇÃO; 2.3.1. Elaborar Plano Diretor de Arborização, adequado a áreas comerciais, para toda a região. 2.4. PARCELAMENTO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, PAISAGEM E POLUIÇÃO SONORA; 2.4.1. A vocação da Rua dos Andradas é comercial e acompanha as demais Ruas da Santa Ifigênia como Polo de Tecnologia e houve um equívoco em definir a Rua dos Andradas como Zeis 3 – Zona de Interesse Social 3. Retirar a Zeis 3 e transformá-la em ZC – Zona de Centralidade para que a Rua dos Andradas volte à sua dinâmica comercial. 2.5. ÁREAS TOMBADAS; 2.5.1. Promover e criar formas efetivas de fiscalização no CONPRESP, para garantir a preservação do patrimônio da cidade no bairro Santa Ifigênia. 2.5.2. Preservar a estrutura fundiária e o traçado urbano do bairro Santa Ifigênia, além do conjunto de imóveis tombados, como um patrimônio histórico paulistano. 2.5.3. Criar incentivos para os proprietários de imóveis tombados para a reforma e recuperação das fachadas. 2.6. HABITAÇÃO: 2.6.1. Criar instrumentos para estimular o “retrofit” nas edificações existentes para o uso residencial. 2.6.2. Criar instrumentos para atrair investimentos para as reformas com mudança de uso em edifício de escritórios para usos mistos de escritórios, hotéis e residencial, e assim estimular o retorno dos moradores ao bairro. 2.6.3. Criar estratégia promocional para motivar moradores a ocupar a região entre a Av. São João e Av. Rio Branco. 2.7. CALÇADAS: 2.7.1. Incentivar termo de cooperação. 2.7.2. Implantar calçadas verdes padrão DEPAVE ou Jardins de chuva. 2.7.3. Aumentar a largura das calçadas conforme projeto de “Traffic Calming” para o Bairro. 2.8. DRENAGEM: 2.8.1. Remover o asfalto das ruas e recolocar os paralelepípedos e preservar onde o paralelepípedo ainda existe para garantir maior drenagem do Bairro e da Cidade. 2.8.2. Acertar o grade das ruas para que as aguas pluviais acessem os bueiros eliminando assim as enchentes e a invasão das aguas nas lojas. 2.8.3. Padronizar os bueiros e refazer o projeto de captação das agias pluviais para que os bueiros cumpram a sua função. 2.9. TRANSITO E TRANSPORTE; 2.9.1. Implantar o Traffic Calming no perímetro da área do Bairro definido no item 1 deste Plano. 2.9.2. Implantar garagem subterrânea na periferia do Bairro. 2.9.3. Implantar bonde tipo VLT, ligando as garagens subterrâneas às ruas do interior do bairro, levando os cidadãos até as lojas com conforto e segurança diminuindo o trafego de veículos, como exemplo para toda a cidade. 2.10. SEGURANÇA para lojistas e moradores: 2.10.1. Implantar Iluminação pública mais efetiva. 2.10.2. Implantar câmeras monitoradas pela G.C.M. 2.10.3. Implantar quiosques ou solucionar a questão dos banheiros públicos com segurança. 2.11. LIXO: 2.11.1. Os lojistas pagam a coleta de lixo conforme legislação vigente. Rever o Sistema da Coleta de lixo. 2.11.2. Solucionar a coleta de lixo reciclável com empregados moradores na região. 2.11.3. Adequar o “carroceiro” a coleta de lixo reciclável. 3. ESTRATÉGIAS ESPECÍFICAS, COM A CRIAÇÃO DE NOVOS POLOS, PARA MODERNIZAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DO BAIRRO DE SANTA IFIGÊNIA. 3.1. CRIAR UM POLO PARA LOJAS DE BICICLETAS E ACESSÓRIOS JUNTO AS LOJAS DE MOTOS. 3.1.1. Rua Vitória, Rua Aurora e Rua dos Timbiras, na área entre a Av. Rio Branco e a Av. São João. 3.2. CRIAR UM BOULEVARD PARA RESTAURANTES, BARZINHOS E TEATROS. 3.2.1. Av. Rio Branco, entre Av. Duque de Caxias e Largo do Paissandu. 3.3. OTIMIZAR O POLO ESPECÍFICO PARA MOTOS E ACESSÓRIOS 3.3.1. Rua Gal. Osório, entre a Gusmões e a Barão de Limeira. 3.4. CRIAR NOVO POLO PARA FERRAMENTAS (tipo Florêncio de Abreu). 3.4.1. Rua do Triunfo e entorno 3.5. OTIMIZAR O POLO PARA ELÉTRICOS E ELETRONICOS. 3.5.1. Rua Santa Ifigênia, Rua dos Andradas e suas transversais. Este Plano de Bairro do bairro de Santa Ifigênia, a partir de sua aprovação e de sua inserção, e inclusão no PIU do Setor Central, norteará os investimentos na região. Proposto pela CDL Santa Ifigênia – entidade que atua na região.
TRANSFERÊNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO E POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL Protocolamos hoje, 16.08.2019, na São Paulo Urbanismo documento com contribuições para o PIU Setor Central, centradas no debate sobre a preservação do patrimônio cultural, em especial por meio do instrumento urbanístico da Transferência de Potencial Construtivo. O documento e o trâmite de nossas propostas podem ser vistos por meio do Processo SEI nº 7810.2019/0000755-2. Abaixo, listamos em resumo os pontos tratados e as contribuições apresentadas. CÁLCULO DO PCpt 1. Fator de incentivo (Fi): deve ser estabelecido de acordo com a demanda objetiva de preservação, calcada em dois critérios objetivos – área construída e idade da edificação. 2. Fator de Centro Histórico (FCH): indutor temporário de preservação em porções do território. 3. Bônus equivalente de potencial adicional: perde sua função, se implementada a proposta de cálculo acima. TETO DO FUNDURB 1. Aumento da limitação para 10%, para os imóveis tombados inseridos no perímetro do PIU. 2. Flexibilização do teto, no sentido de sua não aplicação, nos seguintes casos: a. Uso dos recursos da TPC via fundo patrimonial; b. Transferência do PCpt para imóveis com uso combinado obrigatório de fontes diversas de potencial adicional. PCpt NO TERRITÓRIO 1. Possibilidade de transferência do PCpt para toda área da cidade com Coeficiente de Aproveitamento máximo maior que 1, conforme regra geral do PDE. 2. Incentivo para a transferência no perímetro do PIU com a flexibilização do Coeficiente de Aproveitamento máximo. NEGOCIAÇÃO DO PCpt 1. Precificação do PCpt estabelecida em 70% do valor que o cessionário pagaria na contrapartida financeira à OODC. FISCALIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS 1. Termos de compromisso assinados ao final de cada transação, com compromissos proporcionais ao exato montante levantado.
Francisco Gomes Machado - Presidente do CONSEG - Conselho de Segurança Comunitário - Santa Cecília, Barra Funda, Campos Elíseos e Av. Higienópolis. O Elevado João Goulart - o famigerado Minhocão - constitui, na opinião de urbanistas, engenheiros e arquitetos de renome, uma ABERRAÇÃO URBANÍSTICA: viaduto passando no meio de prédios residenciais, ao longo de seus 2 kms e 800 metros de extensão. Com a proximidade de suas pistas causa sérios problemas de segurança, saúde, invasão de privacidade, incomodidade insuportável, poluições em altíssimo índice, seja atmosférica, seja sonora, seja visual. O MINHOCÃO É PROBLEMA ESTRUTURAL. O MINHOCÃO É PROBLEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA. O MINHOCÃO É PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA. A única solução razável é seu desmonte. No lugar se reurbanizar com belo Boulevard - como feito no Rio, que desmontou o "Minhocao" local (Perimetral) e fêz o belo, moderno e turístico Boulevard Olímpico- ou Avenida, ou mesmo parque. Parque sem Minhocão. Milhares de moradores, associações e lideranças locais não entendem porque as autoridades municipais não entendem esse óbvio ululante e persistem nessa idéia fixa de fazer "parque", sobre essa estrutura decrépita, de quase cinquenta anos, sem manutenção, a 8 metros de altura e como afirma o laudo Técnico do Comando do Corpo de Bombeiros, "não tem as mínimas condições de segurança" para as pessoas, haja visto que foi construido para viário. É preciso que a Prefeitura faça campanha expliciativa de como a CET estudou a solucção para o problema do tráfego e do engarrafamento que causa uma única pista de acesso a Avenida 23 de Maio. E porque a Secretaria de Urbanismo não apresenta um projeto urbanística de desmonte do Minhocão , com a reurbanização e requalificação dessa importante parte da região central, ao invés de querer perpetuar essa aberração urbanística que só causa sérios problemas para milhares de moradores e comerciantes, gastos para a Prefeitura e perpetua esse apagão urbanístico? Como bem diz o Arquiteto e Professor da Universidade Mackenzie, Dr Valter Caldana: "DESMONTE DO MINHOCÃO, JÁ!" O Elevado João Goulart - o famigerado Minhocão - constitui, na opinião de urbanistas, engenheiros e arquitetos de renome, uma ABERRAÇÃO URBANÍSTICA: viaduto passando no meio de prédios residenciais, ao longo de seus 2 kms e 800 metros de extensão. Com a proximidade de suas pistas causa sérios problemas de segurança, saúde, invasão de privacidade, incomodidade insuportável, poluições em altíssimo índice, seja atmosférica, seja sonora, seja visual. O MINHOCÃO É PROBLEMA ESTRUTURAL. O MINHOCÃO É PROBLEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA. O MINHOCÃO É PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA. A única solução razável é seu desmonte. No lugar se reurbanizar com belo Boulevard - como feito no Rio, que desmontou o "Minhocao" local (Perimetral) e fêz o belo, moderno e turístico Boulevard Olímpico- ou Avenida, ou mesmo parque. Parque sem Minhocão. Milhares de moradores, associações e lideranças locais não entendem porque as autoridades municipais não entendem esse óbvio ululante e persistem nessa idéia fixa de fazer "parque", sobre essa estrutura decrépita, de quase cinquenta anos, sem manutenção, a 8 metros de altura e como afirma o laudo Técnico do Comando do Corpo de Bombeiros, "não tem as mínimas condições de segurança" para as pessoas, haja visto que foi construido para viário. É preciso que a Prefeitura faça campanha expliciativa de como a CET estudou a solucção para o problema do tráfego e do engarrafamento que causa uma única pista de acesso a Avenida 23 de Maio. E porque a Secretaria de Urbanismo não apresenta um projeto urbanística de desmonte do Minhocão , com a reurbanização e requalificação dessa importante parte da região central, ao invés de querer perpetuar essa aberração urbanística que só causa sérios problemas para milhares de moradores e comerciantes, gastos para a Prefeitura e perpetua esse apagão urbanístico? Como bem diz o Arquiteto e Professor da Universidade Mackenzie, Dr Valter Caldana: "DESMONTE DO MINHOCÃO, JÁ!"
A regiao central só será revitalizada com o DESMONTE DO MINHOCÃO o maior erro urbanistico da historia de São Paulo.
Bom dia, agradeço ao espaço disponibilizado para opinarmos, se a prefeitura ouvisse mais a opinião da população não gastaria tanto e triste como está política se repete, moro na região de Campos Elíseos, nos queremos apenas uma praça limpa, bem cuidada que nunca temos, não adianta luminosos, fontes e etc que em um futuro próximo estará como a praça princesa Isabel, com todos os bebedouros quebrados, acampamentos de usuários de droga e banheiros quebrados, cheiro de fezes humanas por toda a praça é o pior td isso acontece diante das autoridades instalaras no local, sei que não é de responsabilidade das polícias impedir estas instalações mas para nós população isso soa como puro desrespeito, o mesmo ocorre no parque da luz, minhocão , praça Rosevelt, Vale do Anhangabaú, Se, ouçam a população e terão muito mais dinheiro em caixa pois o que nos queremos e muito pouco! Vale lembrar que meu pai me trazia na praça princesa Isabel em 1990 e já tinha medo e muita cautela e 30 anos depois estar na praça ainda gera receio e apreensão, quando mudarão esta história.....