O presente Plano Diretor, ainda em fase de minuta, tem como objetivo estabelecer as diretrizes para o Parque Ibirapuera pelos próximos 10 (dez) anos sob a perspectiva de uma Concessão Pública de prestação de serviços de 35 (trinta e cinco) anos.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Embora já existam três planos diretores, que orientam as atividades e diretrizes para o Parque Ibirapuera, (sendo o último datado de 2007), a Prefeitura Municipal de São Paulo a partir de 2017, estabeleceu como uma de suas metas a Concessão dos Parques Municipais, que vem sendo executado desde 2017. O Parque Ibirapuera, junto com outros cinco parques localizados em Pirituba, Vila Maria, Guaianases e Campo Limpo, compõe o 1° Lote da concessão. Foram superadas todas as etapas legais do processo, desde a aprovação da Lei 16.703/172 até a realização do certame licitatório.
Entretanto, o surgimento de contestação por parte da população preocupada com o futuro do Parque culminou em uma exigência por meio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital do Ministério Público do Estado de São Paulo1, para que fosse elaborado um novo Plano Diretor para o Parque Ibirapuera antes da assinatura do contrato entre a Prefeitura e a Concessionária.
Em que pese o vínculo à Ação do Ministério Público, este documento não tem o objetivo de tratar do contrato da concessão e sim, elaborar um novo, a partir do Plano anterior, a fim de estabelecer as diretrizes para ações, usos e cuidados com o Parque mantendo seu importante papel como equipamento público de preservação ambiental, cultural e de lazer para a população.
Até o momento, a construção deste novo Plano Diretor do Parque Ibirapuera foi um trabalho colaborativo e participativo, coordenado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA.
Com o objetivo de alcançar melhores resultados, a SVMA consolidou um Grupo de Trabalho dedicado à elaboração do Plano Diretor, envolvendo corpo técnico especializado.
O Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria Intersecretarial nº 001/SVMA/SGM/2019 (alterada pela Portaria Intersecretarial nº 002/SVMA/SGM/2019), teve papel fundamental na discussão dos produtos que se materializaram no Plano Diretor. Para firmar o trabalho e a metodologia utilizada, os integrantes do Grupo de Trabalho realizaram diversas reuniões, com intensa troca de material, conteúdo e experiências. Além dos técnicos envolvidos diretamente no processo indicados na Portaria, participaram outros tantos ao longo do desenvolvimento dos trabalhos.
Como proposta da própria metodologia adotada, a participação da população foi fundamental para o trabalho apresentado neste documento. Foram realizados encontros e oficinas temáticas, abertos aos cidadãos, como meio de divulgação e coleta de dados para embasamento do Plano Diretor do Parque Ibirapuera.
Além das oficinas, outras contribuições da população comporão a elaboração do Plano: esta consulta pública da Minuta , audiências públicas, pesquisas com frequentadores, conselheiros e administrador do parque e fóruns temáticos com especialistas, farão parte deste processo participativo.
Destaca-se também a participação efetiva do Conselho Gestor3 do Parque Ibirapuera ao longo deste processo, que se reuniu diversas vezes para discutir questões voltadas à concessão e ao plano diretor, contribuindo fortemente para que fosse elaborado um documento que atendesse às expectativas dos usuários.
O Plano está estruturado em dois cadernos, sendo, o primeiro de caráter teórico e esclarecedor do processo de elaboração, bem como as perspectivas colocadas ao Parque. E o segundo, mais propositivo expondo as diretrizes, objetivos e metas.
Por fim, importante salientar que o documento está balizado em princípios essenciais à garantia de que o Parque Ibirapuera permaneça sendo o parque que a população se orgulha, garantindo sua preservação ambiental, bem como da sua paisagem; a preservação do parque como patrimônio; e o caráter público, universal e diverso.
Sob a Coordenação da SVMA, os trabalhos para elaboração do plano contaram com a participação de técnicos de diversas áreas da Secretaria, bem como com o apoio da SP Parcerias.
Coordenação Geral: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Apoio Técnico: São Paulo Parcerias
O Plano Diretor do Parque Ibirapuera é composto por documentos interagentes denominados CADERNO 1 e CADERNO 2.
O Caderno 1 apresenta a Fundamentação Conceitual e a metodologia adotada. Constitui-se, sinteticamente de Apresentação, Equipe técnica envolvida e entidades colaboradoras na produção do Plano; Fundamentação conceitual com o conceito de Plano Diretor de Parque Urbano e o Faseamento Adotado explicando os critérios a compor as Ações de Projeto e as Visões de Futuro; Aspectos Históricos; Inserção Urbana do parque; e Conceito da Setorização do Parque, explicando conceitualmente a subdivisão do espaço do parque em zonas para diagnosticar as singularidades, as potencialidades, as fragilidades e os conflitos de uso. A implantação do Plano Diretor deve seguir o faseamento contido nas Visões de Futuro. O produto da aplicação da metodologia é o primeiro item a compor o Caderno 2.
O Caderno 2 refere-se à aplicação da metodologia e à construção do Plano Diretor. Apresenta a tabulação e os produtos do Processo Participativo, composto pelas Oficinas cujos objetivos são a identificação de lugares e espaços do parque retidos na memória dos usuários, os lugares e espaços de forte sentido de identidade ou de pertencimento e as perspectivas emblemáticas do parque e do perfil da cidade a partir do parque.
O Plano Diretor do Parque Ibirapuera adotará às Diretrizes de Projeto contidas no CADERNO 2 e desenvolvidas a partir da Matriz de Compatibilidade de Uso como Ações de Projeto e Visões de Futuro.
As Ações de Projeto correspondem às intervenções cujo tempo de desenvolvimento seja de até 1 ano para sua implementação ou efetivação.
Denominam-se Visões de Futuro as intervenções e os projetos que necessitam de período maior para a sua implementação. Neste caso, e para priorizar os trabalhos, será adotado a denominação de Curto Prazo para as intervenções que necessitam de até 2 anos para a efetivação; Médio Prazo para as intervenções que necessitam de até 5 anos para a efetivação; Longo Prazo para as intervenções que necessitam de até 10 anos.
Propõe se que após 10 anos, ou seja, em 2029 o Plano Diretor do Parque Ibirapuera deva ser revisado para corresponder às atualizações da dinâmica do tempo sobre o espaço como maneira de atender aos usuários e ao cumprimento da função social de espaço público de uso ambiental, cultural, e de lazer.
O Plano Diretor Participativo do Parque Ibirapuera está construído a partir de uma metodologia que analisa determinado contexto ou realidade pela experimentação ou vivência podendo haver a incorporação de dados, para o estabelecimento do diagnóstico e das diretrizes de ação.
Utiliza o compêndio de material produzido pelos órgãos institucionais e gestores do Parque no decorrer das últimas seis décadas, a produção e compilação de dados de campo, análises digitais e do produto de fóruns e de oficinas temáticas participativas. Este processo é denominado Leitura Empírica, e foi utilizado para a consolidação do material justificativo dos Diagnósticos Temáticos.
O Diagnóstico Temático utiliza como recurso a subdivisão do espaço do parque em subzonas e em subespaços para diagnosticar, cada um, pela sua singularidade física, espacial e de uso, de maneira a consubstanciar as potencialidades, as fragilidades e os conflitos em quatro gradientes de intensidade. Este Diagnóstico conduz à constituição da Matriz de Compatibilidade de Uso na qual as características físicas serão confrontadas com os usos fundamentais do parque para orientar as Diretrizes, oportunizando Ações de Projeto e Visões de Futuro, considerando o curto, médio e longo prazo.
A metodologia proposta utiliza, com adaptação à especificidade deste plano, a Metodologia de Planejamento da Paisagem desenvolvida por Ian McHarg, publicada em Design with Nature4. Por esta metodologia os fenômenos naturais são processos dinâmicos inter-relacionados que representam valores e oferecem oportunidades e limitações para a utilização. McHarg capitula ao afirmar que o território precisa ser compreendido para ter sua vocação bem manejada.
Na metodologia adaptada para o Parque Ibirapuera os fenômenos naturais são interpretados como as Bases Naturais do Parque e foram mapeadas para corroborar os dados compilados da Leitura Empírica. As Bases, por sua vez, procedem ao Levantamento e à Interpretação de cinco elementos: Água, Solo, Vegetação e Fauna. Estes mapeamentos visam identificar cada um dos elementos na caracterização e na condição atuais.
As oportunidades e as limitações para utilização serão analisadas e interpretadas por meio dos Usos Fundamentais do Parque. Identificam-se quatro classes de uso, apresentados por sua hierarquia de relevância: Uso Ambiental, Uso Cultural, Uso Educacional, Uso de Lazer Recreativo (lazer ativo e ócio) e Lazer Esportivo.
A análise combinada e confrontada entre as Bases Naturais do Parque e os Usos Fundamentais do Parque está na constituição da Matriz de Compatibilidade de Uso. A Matriz permite propiciar multiplicidade de uso do subespaço se cada um for comparado a outro uso tendo as Bases Naturais do Parque como elemento de interpretação do território. Os gradientes de uso a serem analisados são: plena compatibilidade, média compatibilidade, pouca compatibilidade e uso incompatível. Este cruzamento permite justificar e dar subsídio as Diretrizes de Projeto somadas à realidade já conhecida do parque.
A metodologia permite a partir de mapeamentos e da interpretação de matrizes correspondentes proceder a caracterização atual do parque, a composição de normas para regramento e normatização e estabelecer políticas de manutenção e de gerenciamento.
O Processo Participativo foi iniciado por meio de Oficinas de Trabalho. Versaram sobre o Projeto Paisagístico e Arquitetônico abrangendo o Zoneamento de Usos e as Apropriações; Gestão Ambiental; Serviços Ambientais. Sempre com apresentações teóricas e leituras técnicas, as oficinas abertas de trabalho cujos temas estiveram respaldados em metodologia para identificação espaços que possuem significância, sensação de pertencimento e de identidade espacial dos usuários.
A metodologia de apoio às oficinas adaptou, para a efetivação, bibliografia específica para leitura e interpretação de paisagem e para identificação de elementos referenciais no espaço livre. Os autores são: Kevin Lynch, Gordon Cullen e Lawrence Halprin.
Compõe o processo participativo as oficinas já realizadas no mês de julho e outros mecanismos de participação que determinarão uma revisão deste documento ao final do processo, sendo: consulta pública, pesquisa com frequentadores, conselheiros e administrador, audiências públicas e fóruns temáticos com especialistas.
Instrumento de planejamento, o Plano Diretor visa orientar ações futuras, pautadas em análises situacionais para a elaboração de diagnósticos, visualizando se alcançar a melhoria de um objeto específico, ou seja, a estruturação do conteúdo dos planos está vinculada aos princípios fundamentais da atividade de leitura e análise, diagnóstico e planejamento estabelecendo objetivos e diretrizes de ação. Frequentemente o procedimento de elaboração de Plano Diretor está inserido em um universo mais amplo, como o do Planejamento Estratégico.
As experiências internacionais de Plano Diretor de Parque Urbano configuram, frequentemente, para instrumento de gestão denominado Masterplan. Este documento reporta de maneira gráfica e descritiva o Parque a partir de análises físico-ambiental e de uso. Os objetivos específicos de cada Plano Diretor variam de acordo com a situação de cada parque. Na bibliografia consultada, há documentos mais próximos de guias, outros cujo escopo é amplo nos quais são abordadas questões financeiras e orçamentárias, como captação de recursos e estabelecimento de concessões e de parcerias com agentes privados.
As experiências nacionais de elaboração de Plano Diretor de Parque Urbano são limitadas. No Brasil, são recorrentes os Planos de Manejo, restritos às Unidades de Conservação (UC), cujo objetivo reflete-se na compreensão e na elaboração das ações necessárias para a gestão e o uso sustentável dos recursos naturais na Unidade e no entorno, e para conciliar os diferentes usos com a conservação da biodiversidade5.A Lei Federal Nº 9.985/2000 estabelece que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) deve definir o Plano de Manejo como um documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos de gerais da Unidade de Conservação, se estabeleça o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais.
O Parque da Cidade de São José dos Campos, Roberto Burle Marx, teve Plano Diretor elaborado em 2016. Este Plano contempla diagnóstico histórico, ambiental e educacional estabelecendo diretrizes e ações para articular o uso público, o manejo, e o patrimônio arquitetônico e paisagístico da antiga fazenda da família Olivo Gomes, proprietário da Tecelagem Parahyba; a sede foi projetada por pelo Arquiteto Rino Levi e os jardins foram projetados pelo Paisagista Roberto Burle Marx para residência da família. Ambos, arquitetura e jardins já eram tombados pelos órgãos patrimoniais do município. A propriedade foi declarada de utilidade pública e desapropriada em 1996, mesma data em que foi aberta ao público, como parque urbano. Este Plano Diretor teve na preservação do patrimônio histórico, arquitetônico e paisagístico, e na apropriação de uso recreativo e de uso educacional, como esportes, lazer, artes e entretenimento o estabelecimento de ações utilizando a setorizando de subespaços para as etapas de diagnóstico e das diretrizes.
O Parque Municipal de Eventos de Veranópolis, no Rio Grande do Sul, elaborou Plano Diretor em 2015 com o objetivo de definir um zoneamento para o parque abrangendo as etapas de Diagnóstico e Zoneamento Preliminar para a constituição do Plano Diretor. Principia pela leitura da realidade para a compreensão dos problemas e das potencialidades, abrangendo o contexto histórico de formação e urbanístico de contextualização do parque. A caracterização identificou vias, setores e ambientes de uso cultural e social, concluindo com as demandas em termos de serviços e infraestruturas existentes e a serem implementadas. O Diagnóstico identificou enorme potencial de desenvolvimento de atividades culturais regionais ligadas ao Centro de Tradições Gaúchas (CTG). A Diretriz do Plano propõe zoneamento setorizado para atender essas demandas e para dotação das infraestruturas e estruturas necessárias.
Nesse sentido, a partir de experiências como essas, entende-se que o Plano Diretor de Parque Urbano deve considerar o caráter ambiental e o caráter social do espaço público, estabelecendo diretrizes planejadas que contribuam para o ordenamento, para a manutenção e na adequação aos usos sociais. É, portanto, um instrumento de governança, entendida como o conjunto de mecanismos de liderança, de estratégia e de controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade.
A Preservação do patrimônio paisagístico, arquitetônico e histórico deve integrar todo o planejamento e as suas ações. Além da ideia da preservação do patrimônio do Parque, devem-se promover as possibilidades de educação histórica, paisagística e arquitetônica, e as possibilidades de educação ambiental e de lazer.
Ante o exposto concluímos que:
Plano Diretor de Parque Urbano é o instrumento de governança que consolida o conjunto de mecanismos, estratégias e controles a serem postos em prática, considerando o caráter socioambiental do espaço público, o patrimônio paisagístico, arquitetônico e histórico, para orientar ações futuras, avaliar, direcionar e monitorar a gestão do parque, estabelecendo diretrizes planejadas que contribuam para o ordenamento, para a manutenção e na adequação aos usos sociais.
Apesar de o jardim existir na história desde a Revolução Agrícola (12.000 anos atrás) como aprimoramento estético máximo das práticas de cultivo e de irrigação, o parque como espaço público foi criado na Inglaterra apenas no século XIX, a partir da abertura dos Jardins e Parques pertencentes à Coroa Britânica para a população em uma política consistente de atendimento a reivindicações sociais e de fomento das condições higiênicas.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
O parque urbano é conceitualmente considerado um fragmento da natureza idealizada, melhorada e trasladada para a cidade. O parque público é uma tipologia de espaço urbano institucionalizado, porção de natureza criada cujo desenho corresponde frequentemente a vanguarda da criatividade humana sobre a paisagem como espaços projetados e construídos para a recreação (lazer), para a recriação (ócio) e com predomínio de elementos naturais da paisagem: luz, ar, vegetação, água, terra.
“Uma grande extensão de área livre de uso público inserida na cidade para o gozo da paisagem” é a definição de parque urbano atribuída por Frederick Law Olmsted em 1870. Esta concepção, decorrente de valores culturais conferidos à natureza repercutiram fortemente no desenho dos parques públicos urbanos ao longo da história.
Os parques públicos, originalmente, foram desenhados oferecendo os elementos que os cidadãos poderiam desejar: percursos sinuosos, lugares campestres, água em lagos plácidos de formas sinuosas, extensos campos relvados, árvores em maciços ou em conjunto, a exemplo da própria natureza. Na verdade, o parque urbano passou a ser o único lugar de proporções suficientes na cidade aonde se poderia reproduzir um jardim como imitação da natureza. Neste espaço foram historicamente introduzidas instalações para receber grande quantidade de pessoas para usos associados à cultura, à recreação, ao lazer e às práticas esportivas.
A estrutura urbana de São Paulo acomodou-se em um sítio com características peculiares de hidrografia e relevo, e de rica paisagem. O chamado Espigão Central, em cujo topo se encontra a Avenida Paulista, alongado e estreito divisor de águas entre as bacias dos rios Tietê e Pinheiros, configura uma extensa plataforma interfluvial aplainada. Para sul e sudoeste o sítio se caracteriza por vertentes abruptas e compartimentos aplainados de colinas baixas e baixos terraços, confluindo para as amplas várzeas do rio Pinheiros e rio Tietê.
Sob o aspecto ambiental, a reserva do Parque Ibirapuera foi fundamental por preservar sítio de notável fragilidade ambiental de qualquer outra forma de ocupação. Na verdade, é a maior extensão de área livre no quadrante sudoeste da cidade de São Paulo.
A várzea do Ibirapuera era área charcosa e alagadiça em bacia de fundo de vale, formada pelos córregos Sapateiro, Caguaçú e Uberaba que foi incorporada ao patrimônio municipal em 1916. Esses terrenos devolutos situados na Várzea do Ibirapuera se constituíram em parque público pelo Decreto Estadual nº 2.669 de 17/05/1916. No relatório datado de 27/10/1918 apresentado à Câmara Municipal há referência à incorporação de 202,35ha ao Patrimônio Municipal, sendo 164,13ha na várzea do Ibirapuera e 38,22ha a esquerda da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves.
Em 1927, o Prefeito Pires do Rio ao apresentar seu Relatório à Câmara Municipal de São Paulo, acentuou a necessidade urgente da implantação de um maior número de áreas verdes na cidade para o desfrute da população. Lembrava que nas vizinhanças de Vila Mariana havia uma vasta extensão de terreno público vazio de construções, “situada na planície que começa no sopé da Colina da Avenida Paulista, entre o fim da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, a Estrada de Santo Amaro, o Córrego de Uberaba, a cuja margem esquerda fica Indianópolis, limitados por Vila Mariana e Vila Clementino”. Pires do Rio afirmava “Impunha-se à iniciativa de um vasto parque, útil a higiene da população urbana”. E acrescentava: “Tais terrenos – Invernada dos Bombeiros e Chácara do Ibirapuera – prestam-se admiravelmente, à construção de um jardim ou parque, com área igual à do ‘Hyde Park’ de Londres, ou metade da área do Parque ‘Bois de Boulogne’ de Paris”.
Pires do Rio foi o responsável pelas ações de incorporação de terras ao poder Municipal, ampliando e consolidando a área destinada ao Parque Ibirapuera. Uma das principais ações ocorreu em 1927, com a permuta de um terreno situado na atual Avenida Francisco Matarazzo por parte da Invernada dos Bombeiros e de propriedade do Governo do Estado. No seu relatório daquele ano, Pires do Rio, referiu-se ao fato do Matadouro de Vila Mariana estar fechado e propôs a sua desativação. Nesse mesmo ano o Instituto Biológico é fundado por Fernando Costa, então Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, “dentro de um ‘parque’ de 332.000m²”.
No parque institucionalizado, em 1928 destinou-se a transferência da Divisão de Matas, Parques e Jardins objetivando além da posse e da zeladoria a implantação do viveiro experimental para a produção e o fornecimento de mudas para a arborização urbana.
Manoel Lopes de Oliveira, conhecido como Manequinho Lopes, entomologista e responsável pela Divisão assumiu no período a administração do parque. Na função promoveu o “saneamento” dos terrenos turfosos e pantanosos com plantio em larga escala de eucalipto (talhões), que ao mesmo tempo, limitava a possível ação de posseiros. As essências de eucalipto haviam sido introduzidas no Brasil em 1911 por Edmundo Navarro de Andrade no horto florestal de Águas Claras. Os experimentos procedidos pelo Serviço Florestal do Estado eram promissores no uso destas essências na silvicultura.
Manequinho Lopes sediou e organizou o viveiro na confluência da rua França Pinto com a rua Indianópolis, localidade extrema do parque, onde o viveiro esteve permanentemente mantido. No viveiro produziu espécies florísticas exóticas e nativas, e semeou entre outras, pau-ferro, ipês, pau-brasil, pau-jacaré, angicos, quaresmeira, jacarandá-mimoso, tipuana, flamboyant, ligustro, plátanos, magnólias, canelas, e iniciou a produção da belíssima sibipiruna. No hiato existente sobre o fornecimento de mudas para o plantio do parque Ibirapuera só nos resta inferir que foi a partir deste viveiro com empenho de Arthur Etzel, que substituiu Manequinho Lopes, que se viabilizou o projeto implantado de Otavio Augusto Teixeira Mendes.
No período entre 1928 e 1952 foram desenvolvidos cinco projetos para o parque Ibirapuera, anteriores ao projeto do parque efetivamente implantado. Todos esses projetos correspondiam aos princípios da tradição do parque Beaux-Arts, na estrutura e no tratamento dos espaços livres. Em síntese podem ser descritos:
Reinaldo Dierberger, 1929. Prontamente após a institucionalização do parque Dierberger elaborou um projeto para o uso do parque estruturado por dois eixos de simetria. A geometria setorizava os espaços, compunha extensos gramados e vários jardins de parterres a partir de caminhos. No projeto o parque receberia edifícios destinados a concertos, ginásio de esportes, campo de corrida, e restaurantes. A solução, porém, desconsiderava a existência do Viveiro de Plantas Municipal na área e simplesmente previa a sua transferência.
Devido à decisão da Câmara de 1929 de transferir o Hipódromo da Mooca para os terrenos do Ibirapuera, Dierberger elaborou um novo projeto para o Parque em 1932. Este projeto foi o primeiro a ser legalmente aprovado.
Um ano após, em 1933, a Repartição de Águas e Esgoto de São Paulo (RAE) entrou com recurso questionando e desaprovando o projeto de Dierberger devido à ausência de consideração de questões de drenagem, de águas pluviais e de esgotos na solução.
Desta forma, a 7ª Seção Técnica de Divisão e Obras da PMSP passou a ficar responsável pela revisão do projeto de Dierberger a partir do parecer elaborado pela Repartição de Águas.
Seção Técnica de Divisão de Obras – PMSP, 1933. O novo projeto, então desenvolvido, pela 7ª Seção Técnica de Obras estruturava-se como um conjunto de equipamentos esportivo e de lazer que incluía piscina, cassino, praça circular, jardim de rosas em um platô nivelado e em perspectiva heroica. Esta proposta previa na homogeneidade formal também a transferência do Viveiro, fato que causou a indignação do Diretor Manequinho Lopes.
Werner Hacker, 1935. Em 1935 o Eng. Werner Hacker revisou o projeto da 7ª Seção Técnica de Obras apresentando nova proposta que incluía o Viveiro de Plantas na solução. Este projeto também não foi desenvolvido.
Vale ressaltar que no ano de 1936 aprovou-se o local e a implantação do Monumento às Bandeiras de Victor Brecheret. Este trabalho havia sido apresentado pelo escultor em 1920 definindo, no seu tempo, a “entrada” do futuro parque. Neste mesmo ano, 1936, procedeu-se a produção de 150 mil árvores no Viveiro Municipal para a arborização das vias urbanas e das praças da cidade.
A Equipe Técnica da PMSP elaborou um novo projeto, em 1948, para o parque Ibirapuera fortemente representativo da estética Beaux-Arts. A geometria que considerava como somatória as tradições do jardim formal francês com o naturalismo do jardim paisagista inglês nos eixos de estrutura e de vias, possuía extenso lago central, considerava a permanência do Viveiro Municipal, incorporava a construção do Monumento às Bandeiras, e em uma ampla praça circular implantava e destacava o Monumento de Nove de Julho.
O “Monumento aos Mortos de 1932” foi efetivamente construído como parte das comemorações da Revolução Constitucionalista no ano de 1949. A localização e a construção do monumento estavam previstas no parque Ibirapuera “na parte central da praça circular no prolongamento da Avenida Brasil, a 1.100m aproximadamente da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio”6.
Parque do Ibirapuera, Christiano Stockler das Neves, 1951. O projeto deste arquiteto, notório pelas importantes obras urbanas de forte caráter Beaux-Arts antevia o parque como Obra de Arte dentro do espírito do futuro festejo do IV Centenário. Stockler das Neves defendia a consideração e a propriedade das características geomorfológicas do sítio para a construção de um belo parque Beaux-Arts. Sua proposta caracteriza-se por eixos estruturais cruciformes constituindo grandes bulevares, imponentes edifícios arrematando os eixos, espelhos d’água geometrizados na estrutura compositiva, e lago de forma serpenteante abastecido pelo córrego Caguaçu. O Monumento às Bandeiras e o Monumento aos Mortos de 1932 estavam presentes e considerados na solução. O projeto de Stockler das Neves transferiria, porém, o Viveiro Manequinho Lopes para outra localidade.
No Projeto de Paisagismo para o Parque Ibirapuera Teixeira Mendes se debruçou, primeiramente, sobre o espaço para acolher o conjunto arquitetônico, e na acomodação de construções, pavilhões provisórios (feira internacional e verde). O parque se estruturou harmônico e arrebatador, como uma sinfonia de movimentos autônomos cadenciados. Do todo para as partes (setores ou zonas) em gradientes ajustados aos subespaços (subsetores ou subzonas) com princípios modernos.
Por estes princípios compreende-se que o parque não deveria ter princípio ou fim e vivenciado de qualquer ângulo necessitava ser pleno e belo; o parque necessitava permitir uso intenso com manutenção mínima, visto que tempo e espaço são escassos. O desenho devia ser dinâmico e os princípios de projeto deveriam incorporar: ritmo, movimento, vida, ação e jovialidade. O Parque Ibirapuera implantado expressou a modernidade desejada pela cidade.
No desenho do parque Ibirapuera Teixeira Mendes construiu composições harmônicas e dinâmicas adequando funções e usos. Caminhar conduziria a vivenciar espaços aprazíveis de sombreamento tênue, cada qual único e cadenciado, um ritmado comovente e essencialmente moderno: “Moderno é viver bem”. Por estes princípios, parques configuram-se como grandes espaços arborizados para estimular o prazer, as práticas esportivas, com caminhos sinuosos e vegetação definindo o campo de visão e instigando o prosseguir.
Foi introduzida alternância de LUZ e SOMBRA usada para propiciar maior sensibilização; grandes extensões horizontais foram arrematadas por planos verticais para construir subespaços e atribuir ambiência. Teixeira Mendes definiu porções do parque com permeabilidade perceptiva para a cidade alternando no restante do perímetro, aberturas e fechamentos. Ele projetou e supervisionou a construção dos lagos utilizando, para isso, os córregos Sapateiro e Caguaçú existentes.
O conjunto arquitetônico estaria destacado, e situá-los era parte das funções mais relevantes. Para isso o terreno foi modelado construindo um platô em nível mais elevado. Os acessos para os edifícios foram propostos com percursos e entradas de desenho indireto, de maneira a não obstruir o eixo de perspectiva dominante. O parque cultural proposto ajustava-se, desta forma, aos princípios do paisagismo moderno.
O extenso eucaliptal que recobria o parque foi em parte suprimido, para acomodar o Conjunto Arquitetônico, as vias, os lagos e para, como massa, se contrapor à sinuosidade da marquise. A vegetação foi implantada no parque para a conformação de subespaços e para a condução de perspectivas.
No conjunto arquitetônico a Marquise configurou uma ampla esplanada para uso de pessoas como unidade do conjunto de forma orgânica (hipérbole justaposta) para recepcionar o público e conduzir aos edifícios laminares sobre pilotis recuados de 6 a 7m do alinhamento do volume: Palácio das Nações, dos Estados e das Indústrias. O Palácio das Exposições (Oca) e o Teatro de formas autônomas e distintas dos pavilhões foram aninhados em amplas hipérboles na entrada principal do parque e início da Marquise. O “Teatro” alterado como Auditório foi implantado apenas em 1996 a partir de novo projeto de autoria de Niemeyer. Esta esplanada estava destacada na solução de paisagismo com as vias para veículos circundando-a.
As vias foram sombreadas por árvores de porte alto, copa circular muito expressiva, cujas folhas e folíolos pequenos permitiam a permeabilidade da luz solar. Entre as espécies mais recorrentes encontram-se alecrins-de-campinas, sibipirunas, e outras de sombreamento mais denso como quaresmeiras e manacás. Agrupamentos de palmáceas entre jerivás, seafórtias, tamareiras, latânias, cariotas, açaís pontuavam posições nas intersecções das vias, dos caminhos e no vazado da marquise.
Entre a via perimetral do conjunto arquitetônico e as margens do lago um bosque foi constituído pelas essências existentes, acrescidas de árvores nativas como o carvalho brasileiro (Euplasa cantareirae), o pau-brasil (Paubrasilia echinata), o guatambu (Aspidosperma rammiflorum), o jatobá (Hymenaea courbaril), o cedro-rosa (Cedrela fissilis) entre outras, resolvendo parte do necessário transplante de árvores retiradas e transplantadas. O modelado de terreno nesta região resolveu a diferença de nível necessária para morfologicamente construir dois platôs (ou níveis básicos). Estes platôs permitem, contemporaneamente, o zoneamento do parque.
A estrutura paisagística do conjunto arquitetônico o destacava no platô mais elevado. De um lado, ao noroeste pelo lago e pelo fechamento da massa de eucaliptos; de outro, a sudeste por conjuntos muito expressivos de ipês entre maciços de ipês-róseos e ipês amarelos que arrematavam as arquiteturas próximas do Pavilhão das Indústrias (atual Fundação Bienal).
Na ausência de documentação do plantio procedido no parque Ibirapuera relatos e imagens corroboram a inferências. A partir destas toda a área norte e nordeste da marquise estavam desprovidas de arborização. Grupos de palmáceas nativas e exóticas pontuavam intersecções de vias e os caminhos internos ou compunham triangulações balizando as construções. Há referência da luxuriante vegetação arbustiva e herbácea com forte contraste cromático no jardim da marquise, no entorno das áreas de estacionamento e arrematando subzonas de uso programático. Conjuntos e ipês entre maciços de róseos e amarelos arrematavam a arquitetura, próximos ao Pavilhão das Indústrias.
A partir da década de 1990, três Planos Diretores foram elaborados para o parque Ibirapuera.
Em 1996, o escritório de Oscar Niemeyer elaborou Plano Diretor para o parque Ibirapuera com dois objetivos principais: de maneira polêmica, regularizar o perímetro do parque junto à avenida República do Líbano e a aprovação da construção do Auditório, previsto desde o projeto da Comissão do IV Centenário. A regularização, que integraria o parque de frente para a cidade neste perímetro, naturalmente ocasionaria a desapropriação dos imóveis.
Este plano possuía o mérito de valorizar o parque como Centro de Artes e Cultura (em consonância ao projeto original), propondo a retirada dos usos institucionais administrativos dos edifícios patrimoniais do parque; naquele momento ocupados pela sede da Prefeitura Municipal e pela Companhia de Processamento de Dados (Prodam). De maneira controversa, defendia a retirada das construções sob a marquise, incluindo a sede do Museu de Arte Moderna e o restaurante, liberando assim completamente o espaço. Este Plano foi publicado no Diário Oficial do Município de São Paulo.
O Plano Diretor elaborado em 2002 focou a recuperação do processo de tombamento do parque e a legislação ambiental aplicável para a concepção original do Plano Diretor. O histórico do parque destacava o caráter patrimonial das construções, e o uso institucional assumido por vários edifícios. Este plano situava-se no período de debates sobre a construção do Auditório, cuja espacialidade completaria o projeto original da Comissão do IV Centenário arrematando no início da marquise a volumetria do Palácio das Exposições (Oca).
O conjunto do acesso do parque foi considerado por Oscar Niemeyer como o mais importante pela volumetria e pela composição paisagística. O projeto do novo Auditório, desenvolvido pelo escritório de Niemeyer possuía 4.870m² de área construída, capacidade para 830 espectadores e plateia externa para até 30.000 pessoas.
O Plano de 2002 propunha e especificava duas garagens subterrâneas: uma na Praça do Obelisco e uma no Pavilhão da Bienal. Faziam parte, também, o detalhamento técnico da “fonte cibernética flutuante” no lago, com perspectiva desde a avenida Pedro Álvares Cabral, e a descrição para viabilizar os projetos de recuperação do Parque elaborados nas administrações municipais anteriores (Plano Diretor de 1996).
Deve-se ressaltar que ambos planos de 1996 e de 2002 refletiam proposições sobre as edificações e seus usos no parque. Os aspectos concernentes aos espaços livres, à vegetação, a água, o uso da população, a biodiversidade, bem como zeladoria e ações de manutenção não compunham objetivos em si.
O quadro se altera em 2005, quando técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) elaboraram amplo diagnóstico, com diretrizes e ações (sem peças gráficas) no qual foram abordados os aspectos de Gestão Político-Administrativa, Uso e Ocupação e Paisagem e Recursos Naturais. Este trabalho foi apresentado no CONPRESP e no desdobramento se firmou o compromisso de apresentar Plano Diretor propriamente dito, ou seja, com plantas de zoneamento, justificativas, diretrizes e propostas espacializadas, enfim, com os dados necessários para balizar a análise das propostas de futuras intervenções no parque.
O Plano Diretor de 2007 elegeu como premissa a Paisagem do Parque Ibirapuera entendida como aquilo que é perceptível e apreciado pelos seus usuários e pretendeu, através de diretrizes e ações, preservar e valorizar os espaços e a ambiência que o parque possui. Propôs como diretriz de ação a constituição de duas zonas estruturantes: a Zona Cultural e a Zona Verde cada qual com duas subzonas. O lago neste plano é compreendido como elemento separador entre a Zona Cultural que corresponde ao conjunto arquitetônico do IV Centenário e a Zona Verde correspondente aos espaços livres ou vegetados do parque.
Neste sentido, a paisagem do parque também corresponde como diretriz para as ações de preservação e manutenção. Estas são adequadas a quatro temas: Uso dos Espaços, Manejo da Vegetação, Aumento de Áreas de Permeabilidade e Ampliação da Acessibilidade, e Recuperação e Manutenção de Elementos.
Este plano compreendia como função da Municipalidade ordenar este espaço público de maneira a garantir sua utilização democrática e sua preservação enquanto importante área verde e cultural da cidade. Dando continuidade às atuais ações de reintegração de áreas irregularmente ocupadas, a Paisagem do Parque deve passar a ser a balizadora da continuidade destas ações ao devolvê-las ao parque (Plano Diretor do Ibirapuera, 2007).
O Manejo da Vegetação propõe o “Manejo Teixeira Mendes” que, à maneira do trabalho de seu autor, deve ser conduzida a partir dos elementos encontrados no sítio (na ocasião de sua implantação) e utilizados como criadora de ambiências, estrutura de visuais, intenção e valorização de elementos diversos (Plano Diretor do Ibirapuera, 2007).
O Parque Ibirapuera está localizado na subprefeitura de Vila Mariana, distrito de Moema, e, para fins de análise do contexto urbano em que está inserido, utilizou-se o raio de 2 (dois) quilômetros a partir de centroide estabelecido no Parque, portanto trata-se de análise do entorno imediato.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Tal caracterização envolve os usos do solo e do espaço urbano, bem como os tipos de zoneamento correspondentes (Lei Municipal nº 16.402/2016), os aspectos físicos e socioeconômicos do território, a disposição de equipamentos públicos na área, e a acessibilidade ao Parque por meio de transporte público, bicicleta e a pé.
Apesar da análise de inserção urbana se concentrar no raio de 2 (dois) quilômetros, o Parque Ibirapuera deve ser pensado em escala que vá para além de seu entorno imediato, já que, diferentemente dos demais parques urbanos da cidade, não limita sua influência no território apenas aos moradores do bairro em que está inserido. O parque possui abrangência metropolitana e recebe frequentadores de diversos lugares, além de atrair turistas de outros países.
Consolidado como um dos equipamentos públicos mais utilizados da cidade de São Paulo, e uma de suas principais áreas verdes, recebe aproximadamente 1,1 milhão de pessoas por mês e se constitui em um dos principais polos de cultura e lazer na cidade.
Concebido para ser expressão do progresso paulistano no século XX, sua história se confunde com a história de São Paulo e da formação de sua identidade cultural, sendo comum a visita ao Parque Ibirapuera em diversos roteiros turísticos que pretendem apresentar os principais pontos da cidade. Dessa forma, o Parque Ibirapuera produz uma regionalização própria a partir de sua presença no tecido urbano, podendo-se falar em uma “região do Parque Ibirapuera” formada por bairros tradicionais, áreas verdes e nobres, ao mesmo tempo em que se insere na escala metropolitana, seja pelo número de visitas e importância na cidade, seja pela proximidade geográfica de centralidades econômicas.
Do ponto de vista do uso do solo, pode-se afirmar que a região apresenta uso residencial, horizontal e vertical, de médio/alto padrão como padrão majoritário. A Lei Municipal nº 16.402/2016, que normatiza a ação pública e privada sobre as formas de uso do solo da cidade, apresenta 3 (três) categorias de zoneamento que estão presentes na região sob análise e se coadunam com tais usos.
As Zonas Exclusivamente Residenciais-1 (ZER-1), que são áreas destinadas exclusivamente ao uso residencial com predominância de lotes de médio porte, com densidade demográfica baixa, engloba 4 (quatro) porções territoriais na área sob análise: o bairro de Jardim Lusitânia, tradicional vizinho do Parque do Ibirapuera, que pela proximidade participa ativamente da vida do Parque; o bairro de Planalto Paulista; parte do bairro de Vila Nova Conceição; o bairro Jardim Novo Mundo no distrito de Moema; e, por fim, grande parte do bairro dos Jardins com exceção dos imóveis lindeiros aos corredores da Avenida Europa e das ruas Groenlândia e Estados Unidos.
As ZPR são porções do território destinadas majoritariamente ao uso residencial, bem como a atividades não residenciais compatíveis com o uso residencial, com densidades construtiva e demográfica baixas. Enquadram-se nessa categoria as seguintes áreas: porção territorial em forma de delta composta pelas avenidas Cidade Jardim e 9 de Julho e pela Rua Rússia no início do bairro de Jardins; e área localizada em Vila Mariana, a leste da Avenida Ibirapuera e tendo como limite ao sul a rua Capitão Macedo e rua Rio Grande a leste.
Por fim pode-se citar área a leste da Avenida José Maria Whitaker, sendo limitada ao sul pela Avenida Senador Casimiro da Rocha, no bairro de Mirandópolis.
As Zonas Mistas são porções do território destinadas a promover usos residenciais e não residenciais, com predominância do uso residencial, com densidades construtiva e demográfica baixas e médias. Das 3 (três) categorias de zoneamento apresentadas neste eixo de análise é a que permite maior adensamento construtivo e demográfico, bem como certa intensificação das atividades comerciais.
Estão compreendidas em tal definição legal: porção do bairro da Vila Olímpia, a oeste da Avenida Santo Amaro cortada pelas Avenidas Juscelino Kubitscheck, Brigadeiro Faria Lima e Horácio Lafer, e abrangendo ruas como Clodomiro Amazonas, Quatá e Joaquim Floriano com dinâmica atividade comercial; porção territorial localizada no sentido da saída da Avenida República do Líbano, em Vila Clementino, que se estende pela Rua Balthazar da Veiga no sentido de Moema/Vila Uberabinha pela Rua Diogo Jacome, sendo cruzada pela Avenida Hélio Pelegrino, possuindo como seu limite a Avenida dos Eucaliptos; porção territorial no bairro de Indianópolis atravessada em toda sua extensão pelas Alamedas dos Anapurus e Nhambiquaras, compreendendo também as avenidas Moema e Aratãs como importantes pontos referenciais da região; área que se estende pelo eixo da Avenida Dr. Altino Arantes, a leste da Avenida José Maria Withaker e limitada pela Rua das Camélias em Vila Clementino; limitada a oeste pela Rua Dr. Amâncio de Carvalho e Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, a sul pela Rua França Pinto e a norte pela Rua Caravelas localiza-se extensa área que compreende partes dos bairros Vila Mariana e Vila Clementino; região cruzada pela Rua Tutóia no Paraíso ; área cruzada pela Alameda Campinas limitada pela Rua Estados Unidos e Rua Pamplona, bem como área cruzada pelas Alamedas Franca e Lorena e limitada pela Rua Padre João Manuel também na região do Paraíso; por fim, cita-se porção localizada no Itaim Bibi formada pelas Ruas Jesuíno Arruda e Pedroso Alvarenga.
Apesar da maior parte da região sob análise apresentar padrões residenciais de uso do solo, com baixa densidade demográfica e construtiva, a região do Parque Ibirapuera tem sua paisagem marcada pela presença de um dos mais importantes polos financeiros e comerciais da América Latina - Avenida Paulista -, bem como de importantes eixos viários da cidade que exercem papel fundamental no processo de produção e reprodução das atividades econômicas. Assim, nota-se a presença de faixas de zoneamento que promovem e permitem usos do solo mais dinâmicos e intensos, produzindo paisagem urbana complexa e contraditória, combinando o verde do “pulmão da cidade” com a verticalização intensa produzida pelo processo de urbanização.
Zona Centralidade é uma porção do território localizada na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana com atividades de abrangência regional.
São enquadradas nessa definição as seguintes áreas: porção do bairro de Vila Mariana compreendida pelas avenidas Dr. Dante Pazzanese, Pedro Álvares Cabral, Conselheiro Rodrigues Alves, 23 de Maio e pela Rua Dr. Astolfo de Araújo; parte da Avenida Brigadeiro Luis Antônio estendendo-se até a Avenida Paulista e todo o trecho da Avenida Santo Amaro incluso no raio de estudo; área situada junto ao corredor da Avenida Ibirapuera nas proximidades do Tribunal de Contas, Centro Olímpico e Parque das Bicicletas; outra área assim denominada se encontra na extensão da Avenida Indianópolis e Avenidas Açocê junto ao bairro de Indianópolis; área que se estende pela Rua Luis Góis em Vila Mariana; miolo do Itaim Bibi, compreendendo ruas conhecidas da região como Tabapuã e Joaquim Floriano; por fim, pode-se falar no eixo formado pelas ruas Augusta e Haddock Lobo, compreendendo também as ruas Oscar Freire e Padre João Manuel e Alameda Lorena.
ZCOR são porções do território destinadas aos usos não residenciais compatíveis com o uso residencial e com a fluidez do tráfego, com densidades demográfica e construtiva baixas. Incidem em lotes lindeiros à ZER ou à ZPR que fazem frentes para vias que exercem estruturação local ou regional.
ZCOR-1, por sua vez, são trechos de vias destinados à diversificação de usos de forma compatível à vizinhança residencial. Nessa categoria de zoneamento encontram-se as principais vias de acesso ao bairro de Alto de Pinheiros, destacadamente Avenida Brasil, Rua Groelândia e Rua Estados Unidos.
Estão também, nesta caracterização territorial, as vias lindeiras ao bairro de Vila Nova Conceição.
ZCOR-2 são trechos de vias destinados à diversificação de usos de forma compatível à vizinhança residencial e à conformação de subcentro regional. As áreas que podem ser encaixadas nesta categorização são as áreas que fazem frente às Avenidas Brigadeiro Luís Antônio, 9 de Julho e Rebouças, bem como a extensão da Avenida Eucaliptos, situada entre as Avenidas Ibirapuera e Santo Amaro, no bairro de Moema. Por fim, constata-se a existência de porções de ZCOR-2 em trecho da Avenida República do Líbano e Avenida Ibirapuera na direção da Rua Sena Madureira.
As Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU) são porções do território destinadas a promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas e promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos de modo articulado com o sistema de transporte público coletivo. São áreas inseridas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, com parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo compatíveis com as diretrizes da referida macrozona.
Enquadram-se nessa definição as áreas lindeiras à Avenida Ibirapuera, no distrito de Moema, próximo ao Shopping Ibirapuera e agora das estações de Metrô da Linha 5-lilás, - Avenidas Macuco, Sabiá, Juriti, Açocê, Jamaris, entre outras da região - bem como áreas próximas às Avenidas Santo Amaro e Eucaliptos, também em Moema- Rua Araguari, Avenida Rouxinol, Rua Pintassilgo-. Ao lado direito da Avenida Santo Amaro, iniciando-se na Rua Natividade e seguindo pela Rua Jacques Félix, no bairro de Vila Nova Conceição, encontra-se outra porção territorial assim caracterizada.
Outra porção de ZEU se dá a partir do túnel Takeharu Akagawa, prosseguindo pelas duas margens da Avenida São Gabriel, no bairro de Itaim Bibi- exceção feita às quadras abarcadas entre as ruas Tabapuã e Itacema, que se configuram como Zona Centralidade.
Porção territorial estendendo-se pela Avenida 9 de Julho, sentido Centro, a partir da Avenida Cidade Jardim até o cruzamento com a Avenida São Gabriel.
São também assim classificadas as áreas: no sentido de Vila Mariana, próximo a Avenida Rubens Berta, na região das ruas Pedro de Toledo, Loefgren e Diogo de Faria; por fim, na extensão da Rua Vergueiro até o encontro com a Avenida 23 de Maio, prosseguindo pela Avenida Bernardino de Campos até a região do Paraíso e Avenida Paulista com as Alamedas Jaú, Itú e Santos, englobando ainda região da Avenida 9 de Julho até a altura da Rua Estados Unidos.
As Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto (ZEUP) são zonas inseridas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, com parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo compatíveis com as diretrizes da referida macrozona e com a perspectiva de ampliação da infraestrutura de transporte público coletivo;
É assim classificada área localizada a leste da Rua Iguatemi delimitada pelas ruas Joaquim Floriano e Pedroso Alvarenga em Itaim Bibi, bem como trecho que parte da Rua Canário até a Avenida República do Líbano em Moema. Porções, ainda, a oeste e a leste da Rua Leopoldo de Bulhões, em Indianópolis- a oeste limitada pela Avenida Ibirapuera e a leste pela Avenida Professor Ascendino Reis.
Cita-se também área a leste da Avenida Professor Ascendino Reis, tendo como limites as ruas Estado de Israel e Neyde Apparecida Sollitto em Vila Clementino, bem como entre a Rua Doutor Mario Cardim e Avenida Ibirapuera, limitada a oeste pela rua Paulo Francis, e trecho da Avenida 23 de Maio cortada pela Rua Tutóia prosseguindo até a altura da rua Coronel Oscar Porto.
Por fim cita-se as áreas a leste da Avenida Rubem Berta delimitado pela Avenida Onze de Junho, rua Luis Gois e rua Dr Bacelar em Vila Clementino; a oeste da Avenida Moreira Guimarães, porção composta pelas Avenidas Jurucê, Jandira, Jurema, Jamaris, Moema, Chibaras, Divino Salvador, Jamaris até a altura da Avenida Indianópolis.
O IPVS, indicador sintético que classifica todos os setores censitários do Estado de São Paulo em 6 grupos, foi o referencial utilizado neste estudo para análise da estrutura socioeconômica da área.
O conceito abarca as seguintes variáveis: renda domiciliar per capita; rendimento médio da mulher responsável pelo domicílio; % de domicílios com renda domiciliar per capita até 1/2 SM; % de domicílios com renda domiciliar per capita até 1/4 SM; % de pessoas responsáveis pelo domicílio alfabetizadas; % de pessoas responsáveis de 10 a 29 anos ; % de mulheres responsáveis de 10 a 29 anos ; idade média das pessoas responsáveis ; e de crianças de 0 a 5 anos de idade. As áreas são classificadas em uma escala que vai de 1 a 6, denotando, respectivamente, baixíssima vulnerabilidade e vulnerabilidade muito alta.
A região, em quase sua totalidade, pode ser classificada como área de baixíssima vulnerabilidade social (1), com a presença de poucas manchas de vulnerabilidade muito baixa (2), reforçando a imagem de área nobre e de excelente qualidade de vida da região vizinha ao Parque, presente no imaginário do cidadão paulistano. Como exceção a este padrão socioterritorial pode-se citar a área abarcada pela Favela Mario Cardim, em Vila Mariana, distante 2 km do Parque, classificada como área de vulnerabilidade social muito alta (6).
Outros indicadores sociais e demográficos da Subprefeitura de Vila Mariana, que engloba os distritos de Moema, Vila Mariana e Saúde, comprovam a boa qualidade de vida da média da região. A região é a segunda colocada no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM 0,9) estando acima da média municipal, e, é importante que se diga, a primeira colocação pertence à Subprefeitura de Pinheiros, que engloba o restante do território sob análise. Apresenta, ainda, taxa de homicídio de 3,68 por 100 mil habitantes, bem abaixo da média municipal de 14,37; conta com 5,9 leitos SUS por mil habitantes, contra 1,53 de média municipal; e, por fim, nenhum dos moradores está a mais de 1 km de equipamentos de cultura, frente a uma parcela de 40% de pessoas no Município. A região apresenta, ainda, dados positivamente expressivos da relação emprego-habitante: Moema - 1,45; Vila Mariana - 1,60; Jardim Paulista - 2,31; Pinheiros - 1,8; Itaim Bibi - 4,15; e, por fim, Saúde - 0,83. Para fins de comparação, a média municipal é de 0,41 emprego por habitante.
São 9 (nove) equipamentos públicos de Assistência Social, nas mais diversas dimensões deste serviço- proteção à mulher, ao idoso, à criança e à pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A região conta com 3 (três) Postos de Bombeiros; 2 (dois) Distritos Policiais de Polícia Civil; 1 Delegacia de Polícia Seccional; 4 (quatro) Companhias da Polícia Militar; e 2 (duas) unidades de GCM, sendo uma lotada no Parque.
A área que se analisa, em especial o distrito de Vila Clementino, dispõe de uma série de hospitais, clínicas e ambulatórios, que acabam por torná-la referência na cidade em termos de concentração de atendimentos e equipamentos de saúde. São 14 (catorze) equipamentos públicos de saúde, com destaque para os hospitais São Paulo, do Servidor Público e Dante Pazanese.
Do ponto de vista da disponibilidade de equipamentos de educação, são 30 (trinta) instituições da rede pública, sendo 15 (quinze) voltadas ao Ensino Infantil, 12 (doze) ao Ensino Fundamental e 2 (duas) ao Ensino Técnico e, aproximadamente, 125 ( cento e vinte e cinco) instituições de ensino privado. Não há Centros de Educação Unificados – CEUs.
A maior parte dos equipamentos culturais está inserida no próprio Parque Ibirapuera, como a Oca, o MAC e o Planetário, reforçando a sua importância como centro cultural, esportivo e de lazer para a região. Conforme informado na análise de inserção urbana, nenhum morador da região se encontra a mais de 1 (um) km de um equipamento cultural na região da subprefeitura da Vila Mariana.
A região é atendida por um grande número de feiras livres, mas nota-se a ausência de mercados municipais e sacolões.
As regiões de Vila Mariana e Vila Clementino são atendidas por uma série de equipamentos esportivos públicos, tendo como destaque o Centro Olímpico, responsável pela formação de atletas de alto rendimento nas mais diversas modalidades. Nota-se no raio de estudo que não há equipamentos públicos de esporte na região dos Jardins, ao norte do Parque, local atendido por tradicionais clubes da cidade como o Esporte Clube Pinheiros e o Club Athletico Paulistano.
O Parque Ibirapuera está localizado no entroncamento de importantes vias, proporcionando ligação às regiões sul, oeste e central. Em relação ao transporte público, o parque é atendido pelo sistema metroferroviário por meio da estação AACD-Servidor da Linha 5-Lilás; distante 1,2 km dos portões 3 e 4, junto à Passarela Ciccillo Matarazzo; e 1,1 km dos portões 5 e 6, localizados na Avenida Quarto Centenário. Já pelo sistema municipal de ônibus, principal modal de transporte na região, o acesso ao parque ocorre pelas avenidas Pedro Álvares Cabral (portões 9, 10, 1, 2, 3 e 4), Brigadeiro Luís Antonio (portões 9 e 9A) e República do Líbano (portões 7, 8 e 9A). Nestes eixos, registra-se a passagem de 61 serviços de ônibus, entre linhas base, linhas noturnas, variantes de final de semana e apoios nos horários de pico, além de uma linha especial turística com três viagens ao dia, com ponto de controle junto ao portão 10. Desse total, 11 linhas tangenciam o parque pelo eixo da Avenida Brigadeiro Luís Antonio, ligando o centro e a região da Avenida Paulista às zonas sul e oeste; e 49 linhas têm passagem pela Avenida Pedro Álvares Cabral, formando relevante área de conexões regionais (ponto nodal). Dessa avenida, 34 serviços seguem para a região central, sendo 27 pela Avenida 23 de Maio, dois serviços pela Avenida Brasil e outros três pela Avenida Brigadeiro Luís Antonio. Seguem ainda para a Avenida Brigadeiro Luís Antonio três linhas com destino a Pinheiros, Campo Limpo e Itaim Bibi. Para a região sul, nove linhas seguem para a Rua Domingos de Morais, 26 linhas pelo eixo da Avenida Ibirapuera e 15 linhas pelo eixo das avenidas Rubem Berta e Washington Luís, em direção à região de Interlagos. Vale considerar ainda que apenas uma linha tem ponto final junto ao parque, outras oito funcionam em sistema circular na região, e três iniciam viagem a partir do parque como apoio em horário de pico. Destaca-se também que apenas uma linha realiza atendimento pelo eixo da Avenida República do Líbano, e duas linhas tangenciam os portões 7 e 8, sendo uma delas linha de atendimento especial à unidade do Lar Escola São Francisco, da AACD, que circula pela Rua Açores e vias internas do bairro Jardim Lusitânia. O parque é atendido por quatro linhas noturnas que circulam nos principais eixos viários locais, com exceção da Avenida República do Líbano.
Quanto à infraestrutura cicloviária, registram-se oito estações para aluguel de bicicleta e três ciclovias ou ciclofaixas permanentes que se ligam ao parque, sendo uma junto à Rua Manuel da Nóbrega (oposta ao portão 9), que permite conexão com a ciclovia da Avenida Paulista e acesso à região dos Jardins; outra junto à Rua França Pinto (oposta aos portões 3 e 4), que permite acesso à regiões de Vila Mariana e Jabaquara; e outra junto aos portões 7 e 8 da Avenida República do Líbano, permitindo acesso às ciclovias das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Engenheiro Luís Carlos Berrini, além das regiões de Pinheiros, Itaim Bibi e Santo Amaro. Há também a ativação aos domingos e feriados da ciclofaixa de lazer nas avenidas Brasil e República do Líbano.
A região é constituída de relevo majoritariamente plano, apresentando variação positiva de 65 metros de inclinação em extensão de 2 (dois) quilômetros no sentido do espigão da Avenida Paulista, um dos pontos mais elevados da cidade.
Do ponto de vista topográfico, o Parque está inserido em cotas altimétricas que variam de 720 metros no sentido do Rio Pinheiros, região de Itaim, a 761 metros na direção de Vila Mariana/Vila Clementino.
Compondo a bacia hidrográfica do Rio Pinheiros e a microbacia do Sapateiro estão dois córregos que passam pelo Parque Ibirapuera e com ele se relacionam intimamente.
Com cerca de 6.600 metros de extensão, o Córrego do Sapateiro nasce na rua Rio Grande com a Dr. Mário Cardim, atravessa as avenidas Ibirapuera e 23 de Maio, alimenta os três lagos do parque pela IV Centenário, segue sob as avenidas Santo Amaro e Juscelino Kubitschek e por fim desemboca no Rio Pinheiros.
Sob a rua Maestro Callia, cruzando por baixo a rua Amâncio de Carvalho e seguindo pela Rua Astolfo Araújo, encontra-se o Córrego Boa Vista, que se une ao Córrego do Sapateiro no caminho para o rio Pinheiros.
Notam-se algumas manchas de permanência de Mata Atlântica na área do Parque, sendo a totalidade dessas manchas representantes de Bosques Heterogêneos, corredores de adensamento de verde com espécies nativas e exóticas, conforme PMMA (Plano Municipal da Mata Atlântica, 2016). Fora das dependências do Parque, e no raio considerando de 2 (dois) quilômetros, a ocorrência de vegetação de Mata Atlântica se concentra na área em que estão inseridos o Instituto Biológico e a Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo, circunscrita pelas avenidas Dante Pazzanese, Ibirapuera e Conselheiro Rodrigues Alves.
A região sob análise contém duas classificações distintas de tipos socioambientais de distritos. Na área que abrange o distrito de Vila Mariana, a classificação é de distritos com baixíssima presença de cobertura vegetal em áreas de ocupação urbana consolidada e boa infraestrutura urbana. Já na porção abarcada por Moema, Jardins e Saúde, fala-se na ocorrência de distritos com alto adensamento vertical, onde se concentra a maior parte das ações de controle urbano do uso e ocupação do solo e com melhores condições de infraestrutura da cidade. São distritos que localmente podem apresentar altos valores de cobertura vegetal, representados por parques urbanos - Parque Ibirapuera - e arborização viária.
Os processos participativos fundamentam-se na habilidade de diálogo por meio de conversas flexíveis com os atores sociais, sem condicionar respostas. Nos encontros, geralmente com grupo, é possível experimentar uma validação contínua dos dados gerados pelos participantes, que são beneficiários das mudanças que motivaram as discussões.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Deste modo, os métodos de diagnóstico participativo têm forte relação com o planejamento, sob a perspectiva do envolvimento da população local, tendo as pessoas não apenas como fonte de informação, como informantes, mas preponderantemente como cidadãos ativos em ações coletivas, embasados no diálogo e na reflexão sobre sua realidade.
Para que possa se concretizar, o método participativo se utiliza de diversas ferramentas fundamentadas no diálogo, que atendem a um princípio fundamental: todos os participantes do processo devem ser considerados fonte de informação e de decisão para analisar seus problemas e contribuir com soluções, gerando aprendizado e fortalecimento local.
A motivação para sua utilização reside no fato de permitir trabalhar com uma linguagem comum ao grupo de discussão, independente do grau de instrução; de possibilitar o levantamento e análise do conhecimento a partir da percepção da comunidade local; e facilitar a visualização e verificação de informações obtidas no processo, pelos participantes.
Desta forma, o processo participativo do Plano Diretor do Parque Ibirapuera foi contemplado por meio de quatro encontros, pesquisa com usuários realizada pela internet e in loco, fóruns temáticos, audiências e consulta pública. Os três primeiros encontros envolveram apresentações expositivas, oficinas temáticas e debates, e apoiaram-se em metodologias de Leitura da Paisagem e Diagnóstico Temático. Já o último encontro foi dedicado à devolução e validação das informações produzidas pelos participantes.
A agenda dos encontros foi divulgada por meio do site da prefeitura, redes sociais e de faixas e cartazes distribuídos pelo parque.
O primeiro encontro intitulado Projeto Paisagístico, Arquitetônico. Zoneamento: Usos e Apropriações foi realizado em 13 de julho 2019, na sede da UMAPAZ e iniciou-se com uma apresentação expositiva sobre o Parque Ibirapuera, proferida pela Arq. Prof.ª Dr.ª Cássia Mariano. A apresentação O Parque Ibirapuera e o Paisagismo de Teixeira Mendes teve como objetivo apresentar sucintamente a história e a construção do Parque Ibirapuera, as características modernas existentes e os usos dos espaços do parque.
A oficina temática que se seguiu à apresentação, intitulada Mapa Mental. Percurso no Ibirapuera: Caminho que Impregna Significado teve por objetivo coletar a percepção do usuário e identificar os lugares e os espaços do parque retidos na memória das pessoas que o frequentam. Nesta oficina os participantes deveriam mentalizar um percurso que gostam de percorrer no parque, identificando os elementos que o compõem para representá-lo em um mapa indicativo. A metodologia adotada é respaldada pelo trabalho de K. Lynch para identificar os elementos da Imagem da Cidade, conceituada ferramenta no processo de planejamento.
Os mapas mentais elaborados foram representados por desenhos, desenhos e palavras e alguns com predominância de palavras. Foram elaborados 45 mapas mentais, posteriormente afixados na parede. Destes, 13 desenhos foram apresentados e descritos pelos seus autores.
As descrições procedidas focaram fundamentalmente os elementos naturais do parque (vegetação, água, fauna e luz), os espaços livres, os elementos construídos a vegetação e a espacialidade percebida, que foram as características mais valorizadas pelos participantes. Alguns relatos expressaram forte emotividade na fala, retratando o parque como algo grandioso tanto no aspecto físico, de patrimônio, como no aspecto emocional e sensitivo a partir da percepção espacial a envolver todos os cinco sentidos humanos.
Os percursos e a acessibilidade universal figuraram como a fundamentação de todos os relatos. O parque é compreendido como espaço para a prática da cidadania. Os verdes que permeiam todo o parque e os elementos da natureza presentes agregam caráter restaurador para a pessoa, essencialmente entendido no lazer ligado ao ócio. O parque, para muitos, é percebido como uma extensão da própria casa, fato que reflete a intensa identidade do usuário. São também bastante importantes os espaços para prática de esporte e de diversão infantil. A conservação, a manutenção e o cuidado para com o parque foram reportados como ações fundamentais para a continuidade da simbologia e da sua identidade.
Os elementos naturais vegetação, lago, fauna, córrego e luz predominaram em 93% dos mapas mentais, sendo que um mesmo mapa mental continha um ou mais elementos representados simultaneamente.
Elementos Naturais | Predominância | |
Vegetação | 34/45 | 76% |
Água – Lago | 33/45 | 73% |
Fauna | 17/45 | 38% |
Água – Córrego do Sapateiro | 8/45 | 18% |
Luz / Sol | 4/45 | 9% |
Na totalidade dos desenhos a vegetação e o lago estavam proporcionalmente equivalentes. 8% dos mapas-mentais não representaram o Lago na imagem e 4% representaram o Parque Ibirapuera exclusivamente através do lago. Vale destacar que 38% dos mapas mentais destacaram a fauna do parque.
Espaços livres diversos com usos distintos surgiram em 73% dos mapas mentais. Invariavelmente um mesmo mapa mental apresentava mais de um espaço livre com forte significado para o usuário do parque. Dos desenhos levantados, destacaram-se os seguintes espaços:
Espaços livres | Predominância | |
Caminhos e percursos no parque | 20/45 | 44% |
Campo Experimental / Escola Jardinagem | 11/45 | 24% |
Ciclovias | 3/45 | 20% |
Praça da Paz | 9/45 | 20% |
Viveiro Manequinho Lopes | 8/45 | 18% |
Quadras esportivas e campo de futebol | 7/45 | 16% |
Parquinho | 5/45 | 11% |
Serraria / Praça Burle Marx | 5/45 | 11% |
Pista de cooper | 2/45 | 4% |
Jardim dos Sentidos | 2/45 | 4% |
Alameda de Bambus | 2/45 | 4% |
Elementos construídos foram representados em 76% dos mapas mentais, com destaque para:
Elementos construídos | Predominância | |
Conjunto Arquitetônico | 16/45 | 36% |
Planetário | 13/45 | 29% |
Escola Municipal de Astrofísica | 5/45 | 11% |
Oca | 9/45 | 20% |
Ponte de Ferro | 8/45 | 18% |
Umapaz | 6/45 | 13% |
Cecco | 4/45 | 9% |
Auditório | 3/45 | 7% |
Marquise | 2/45 | 4% |
Construções diversas | 2/45 | 4% |
O conjunto arquitetônico foi representado de formas variadas em 36% dos desenhos. Algumas vezes com a marquise e todos os pavilhões que o compõemoutras vezes com a marquise e dois ou mais pavilhões associados. Quando mencionada no contexto do Conjunto Arquitetônico, a Oca sempre aparecia associada ao Auditório, mas esta foi representada isoladamente e destacada do conjunto em 20% dos desenhos.
De maneira semelhante o Planetário revelou-se um elemento retido na memória dos participantes da oficina, surgiu em 29% dos mapas-mentais, por vezes isoladamente, por vezes associado à Escola de Astrofísica em11% do total dos mapas.
A predominância da Oca e do Planetário frente às demais edificações (excluindo-se o Conjunto Arquitetônico), é fato que identifica seu forte simbolismo como arquitetura do parque. Não houve mapa-mental representando isoladamente o Auditório e seus espaços livres associados, ou outros edifícios emblemáticos.
Os usos atribuídos ao parque foram destacados em 64% dos mapas mentais por meio de palavras como cultura, arte, infância, contemplação, esporte, oficinas, bem como desenhos de crianças brincando, bicicletas, patins, etc., sendo que um mesmo mapa poderia conter um ou mais destes usos representados. Nos desenhos em que a UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, Canteiro Experimental / Escola de Jardinagem, foram representados, estes foram interpretados como Uso Educacional, uma vez que pertence à Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Usos | Predominância | |
Educacional | 14/45 | 31% |
Cultural | 13/45 | 29% |
Lazer recreativo | 11/45 | 24% |
Lazer esportivo | 10/45 | 22% |
Ócio | 7/45 | 16% |
46% dos participantes apresentaram uma visão ou memória mais abrangente do parque, retratando diversos elementos simultaneamente e com proporções parecidas, como áreas verdes, lago, caminhos e edificações.
Por outro lado, 54% dos participantes representaram o parque a partir de uma perspectiva mais específica, evidenciando determinados elementos. Por exemplo, o Lago e as Áreas Verdes apareceram justapostos e em destaque em 30% desses desenhos.
A interface entre o parque e a cidade esteve presente em 20% dos mapas mentais, demonstrando que o parque também é percebido de forma integrada com o seu entorno, influenciando ou sendo influenciado pelo território que o cerca.
O segundo encontro, intitulado Relação com o Entorno e Gestão Ambiental, envolveu uma oficina temática e uma apresentação expositiva seguida de debate, na sede da UMAPAZ.
A oficina temática “Perspectivas do Parque e da Cidade” teve como objetivo capturar a sensibilidade do usuário de vistas emblemáticas do Parque. Para isso os participantes (80 pessoas) se reuniram em frente ao Auditório e foram divididos em 4 grupos e encaminhados para os seguintes locais: Ponte de Ferro, Entorno do Auditório, Praça da Serpente (também conhecida como Praça das Cobras) e Praça da Paz.
A partir desses pontos os participantes foram orientados a fotografar vistas do parque e do perfil da cidade e descrever por meio de palavras, sua sensibilidade em relação à paisagem fotografada. A atividade durou aproximadamente uma hora, no final da tarde, entre às 18h e 19h.
Terminado o percurso, os quatro grupos foram direcionados para a UMAPAZ onde deram continuidade à oficina, escrevendo em cartazes sensações e sentimentos que afloraram enquanto fotografavam.
Ao analisar as palavras escritas nos 12 cartazes que foram produzidos observou-se que os participantes também descreveram elementos e características do Parque, além dos sentimentos e sensações, o que, de certa forma, acabou enriquecendo a atividade e a discussão que se seguiu durante a apresentação dos cartazes.
Interessante notar é que, para a maioria dos presentes, frequentar o parque à noite foi uma experiência nova. Alguns disseram que não estariam ali aquele horário se não fosse pela oficina. Também foi pontuado reiteradas vezes que o parque é um dos poucos lugares da cidade onde se pode contemplar o horizonte.
A partir do material produzido criou-se uma nuvem de palavras que apresenta todas as sensações e características do Parque que foram mencionadas pelos participantes, onde se destacam as palavras mais citadas pelos grupos.
Do total de 128 palavras escritas pelos participantes retratando sensações, elementos ou características do Ibirapuera, as mais frequentes foram acessibilidade e segurança. Nota-se também que a oficina criou oportunidade para que fossem marcados diversos aspectos positivos do Parque como, local de refúgio, integração e preservação de fauna e flora. Além disso, as fotografias inspiraram ainda sentimentos como conexão, paz e energia. Por outro lado, registraram-se aspectos negativos, como conflitos, e também algumas demandas, como a necessidade de melhorar a segurança, a sinalização e a iluminação.
Por fim, houve uma palestra sobre Gestão Ambiental, proferida por técnico da UMAPAZ, com vistas a subsidiar uma discussão sobre o tema aplicada à realidade do Parque. Nessa ocasião, os participantes puderam tirar dúvidas sobre diferentes aspectos relacionados à gestão ambiental e Plano Diretor do Parque, como por exemplo, a necessidade de haver um bom diagnóstico socioambiental do Ibirapuera ou até mesmo questões mais específicas relacionadas à gestão de resíduos.
O terceiro encontro, intitulado Caminhada Programada e Bases Naturais e Usos do Parque Ibirapuera foi realizado no sábado, 20 de julho de 2019, das 9:00 às 15:30 horas, com cerca de 90 participantes.
A oficina temática denominada Caminhada Programada partiu da frente do Auditório por 4 percursos distintos do parque. Com facilitação de técnicos da SVMA, foi feita uma imersão orientada na complexidade do parque, conflitos de usos e aspectos ambientais. Os participantes deveriam anotar no mapa do parque aspectos que julgassem positivos ou negativos e as sensações boas e ruins que surgissem ao longo do percurso.
O resultado foram 268 relatos que, planilhados e classificados, remetem às seguintes categorias:
As edificações estiveram presentes em 14% das colocações dos participantes, das quais destacaram-se a Marquise e Oca. Nestas, os aspectos negativos (71%) prevaleceram sobre os positivos (29%). Sobressaíram a necessidade de reformas e conservação das edificações e entorno (áreas verdes, bebedouros, limpeza). O aspecto positivo abordado foi a vivência múltipla e cultural que o espaço inspira, embora deva ser regrada.
As sensações representaram 15% do total das colocações dos participantes, sendo que as sensações positivas (73%) superaram as negativas (27%). Como sensações positivas foram mencionadas reconexão, universo paralelo, diversidade, contemplação, tranquilidade, vontade de fotografar, paz, ar puro, conforto, conexão, coexistência, bem estar, espiritualidade. Dentre as sensações negativas estavam poluição sonora (entorno da Oca e Auditório), tristeza (borda do Lago), conflito, desconexão.
Os espaços livres foram mencionados em 33% das colocações, destacando-se da seguinte forma:
Dentre os espaços livres foram mencionados mais vezes o Jardim dos Sentidos2(20%), seguido do Lago e Córrego do Sapateiro (16%) e das Vias principais do parque (13%).
Os relatos demonstram que o Jardim dos Sentidos aparece como área potencial para o ócio, convivência e contemplação por meio de relatos como som dos pássaros, frescor, adaptação, vários parques em um, sensação de estar fora da cidade, área muito gostosa e arborizada, tranquilidade, paz, Nunca tinha vindo aqui!, som dos passarinhos, silêncio, confraternização. Também apontam para ações de conservação como sinalização, limpeza, colocação de lixeiras.
O Córrego do Sapateiro e Lago, associado ao Jardim dos Sentidos, surge como área carente de ações voltadas à despoluição associada à gestão de resíduos do parque. Os relatos mencionaram palavras como tristeza, peixes mortos, qualidade da água ruim, muito lixo, revitalização da mata ciliar, poluído, imundo, Cisnes. O lago é confortável para eles?.
As Vias de circulação principal do parque (pertencentes ao chamado Anel Principal de Circulação) inspiraram sensações ruins e demanda por ações que ordene seu uso. Surgiram relatos como disciplinar, corredores, ciclistas e pedestres, sensação de insegurança, desorganização, perigo, conflito, requalificação, sinalização. Não houve relatos positivos em relação a este espaço.
Os demais espaços aparecem com menor ocorrência. Em síntese, podemos afirmar que a Ponte de Ferro é entendida como a fronteira em que os ruídos da cidade não são percebidos (não se ouve barulho, ar puro, liberdade, ponto turístico, tranquilidade), mas que necessita de iluminação e acessibilidade. As quadras esportivas necessitam de ações de conservação. A Praça da Paz com sua diversidade e inspiração ao ócio trouxe boas percepções (sensação de diversidade, muito legal, paz, apropriação do parque pela população) e que, todavia necessita de sinalização dos equipamentos próximos (sanitários, lanchonetes, bebedouros). A Serraria e Praça Burle Marx inspirou tanto sentimentos como força e aprendizado, esporte, lazer, diversidade cultural, quanto sentimentos de caos, esporte (no momento da caminhada a praça encontrava-se tomada por assessorias esportivas), e necessidade de conservação (piso mal conservado). Quanto ao Viveiro Manequinho Lopes prevaleceram as palavras abandono, descuido e degradação.
Os demais espaços livres (Bosque entre os portões 7 e 8, Cachorródromo, Jardim das Esculturas, Parquinho, Praça do Porquinho, Campo Experimental e Cooper) foram registrados uma ou duas vezes cada um, somando 11% dos relatos.
Os relatos pertinentes à melhoria da Gestão do parque foram os mais significativos, sendo 38% dos 268 relatos.
A gestão ambiental foi apontada na necessidade de tratamento de resíduos que o parque produz, tanto na prevalência de plásticos, quanto na disponibilização de lixeiras, limpeza. Os cuidados com a fauna surgiu referente à mortandade de aves por colisão nos vidros das edificações. Os cuidados com solo e pontos de erosão também foram apontados. Essas demandas, analisadas à luz dos resultados da 2ª Oficina, onde o Uso Educacional foi evidenciado, apontam para ações de Educação Ambiental.
A melhoria da estrutura de apoio ao usuário surge da necessidade de reforma do edifício da antiga Administração do parque, na instalação de mais bancos, bebedouros, sanitários,boas opções de alimentação, além da regularização dos cerca de 160 vendedores ambulantes do parque.
A acessibilidade e sinalização surgem com frequência nos relatos, buscando a conscientização quanto à diversidade e o respeito social. Após a chegada na UMAPAz os técnicos de SVMA apresentaram as bases naturais (Água, Solo, Vegetação, Fauna) e de Usos (Cultural, Lazer Recreativo, Ócio, Educacional) e Campo Experimental, explicitando a complexidade envolvida na gestão do Parque Ibirapuera.
Finalizando esta etapa do processo participativo foi apresentada a devolutiva das Oficinas aos participantes. O evento ocorreu na sede da UMAPAZ na segunda-feira, 22 de julho de 2019, das 18:10 às 21:20 horas.
A Coordenadora de Gestão de Parques e Biodiversidade Municipal – CGPABI, iniciou a noite com uma síntese dos 3 encontros, trazendo alguns dos resultados obtidos, sobretudo da 1ª e 2ª Oficinas. Apresentou um cronograma das próximas etapas para conclusão do Plano Diretor e abriu espaço para que os presentes pudessem debater e se manifestar sobre o processo de construção do documento.
Manifestaram-se o Conselho Gestor do Parque Ibirapuera – CGPI, a Construcap e demais usuários do parque, com suas colocações e dúvidas sendo respondidas pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Como mencionado no início, esse plano diretor deve ser revisado e atualizado após dez anos de sua publicação, pois o ambiente sofre constante influência de fatores que são extremamente fluidos ao longo do tempo. Nesse sentido, prevê-se até mesmo a atualização e fortalecimento do sistema de indicadores inicialmente propostos.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Com isso, o presente Plano Diretor deve mensurar e avaliar periodicamente dados e informações, de modo que esse processo transcorra de forma transparente, com a participação do Conselho Gestor do parque e, na medida do possível, Dos demais representantes da sociedade civil, contando com um amplo debate nas diferentes instâncias de controle institucional.
O Monitoramento de como está evoluindo este processo e finalmente, a avaliação da situação do parque, consiste num ciclo que se moderniza constantemente e de modo a sempre repensar ações passadas para a definição de ações futuras.
Para esse processo, há que se oferecer publicidade e amplo debate com a sociedade civil e entidades públicas e privadas, construindo um espaço de multiplicidade de ideias e contrapontos que deverão ser absorvidos no processo que resultará em um novo e atualizado marco legal de diretrizes do parque.
Considerando que este Plano está sendo elaborado sob o cenário de um processo de concessão. Há ainda que se utilizar e embasar com dados obrigatórios da concessão tal como pesquisas com usuário, relatórios de prestação de contas e demais indicadores que consigam propiciar um debate mais qualificado e enriquecedor ao processo revisional.
Ao fim dos ciclos decenais, o produto concebido se configurará de um modo mais intersetorial e democrático, estando mais condizente com a demanda da sociedade que é e sempre deverá ser a razão de se buscar ofertar cada vez mais e melhores serviços e experiências na cidade, destacadamente em espaços de Parques Urbanos.
Como pôde ser observado, o Parque Ibirapuera é um equipamento de extrema relevância para a população. Desde sua concepção havia o objetivo de ancorar grandes projetos e consolidar pensamentos norteadores. Tal importância e peso revela-se também pela sua localização: uma das áreas mais nobres e dotadas de infraestrutura da cidade. Se para alguns o Parque é um local de visitas rotineiras para caminhar, exercitar-se, estudar, trabalhar, por sua abrangência metropolitana, outros o visitam como um passeio, seja com a família, amigos, para ver uma exposição, sessão no Planetário, etc.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Dessa forma, se mostra necessário ter seus princípios, diretrizes e metas bem estabelecidos para possibilitar o desenvolvimento adequado do parque ao longo dos anos.
Com base no exposto, este plano diretor objetiva atuar no monitoramento com base na estrutura conceitual de intersetorialidade e impacto multidimensional segundo a abordagem de Pressão-Estado-Resposta.
Nessa linha, cria-se um sistema de monitoramento para o Plano Diretor, uma vez que torna possível a visualização de uma estrutura orgânica de mensuração de ações e resultado. Além do mais, quantifica-se o grau de esforço e sucesso de uma ação de uma determinada temática, pois ao estar alinhada à diretriz e com mensuração por meio do indicador equaciona-se uma fórmula lógica de mensuração de resultados práticos.
Uma vez que o tema “gestão de parques urbanos” ainda é pouco explorado pela comunidade técnica e acadêmica, busca-se também construir um paradigma de gestão além de inserir na pauta de avaliação e acompanhamento a necessidade de acompanhar continuamente o comportamento dos fenômenos relativos ao parque Ibirapuera.
Com a aplicação do modelo de indicadores propostos, pode-se identificar que o sistema poderia ser dotado para futuros modelos de concessão de parques no país.
Analisando a literatura sobre os sistemas de gerenciamento ambiental, conclui-se que há uma tendência em se correlacionar esse gerenciamento com a qualidade e segurança da abordagem da sustentabilidade, fomentando um terreno fértil ao desenvolvimento do monitoramento e controle como a que está sendo proposta.
O mapeamento das bases naturais do Parque Ibirapuera, isto é, água, solo, vegetação e fauna, foi realizado durante por técnicos da SVMA da Divisão de Produção e Herbário Municipal – DPHM, da Divisão da Fauna Silvestre – DFS, da Escola Municipal de Jardinagem – EMJ e o Diretor do Parque ibirapuera.
De acordo com o conhecimento adquirido dos especialistas, foram mapeados diversos elementos relacionados às bases naturais, conforme indicado abaixo:
Tais elementos foram identificados e desenhados sobre mapas-base do Parque Ibirapuera, com possibilidade da participação de vários técnicos simultaneamente, que discutiram entre si a fim de se chegar a informações mais qualificadas e de forma consensual. Posteriormente os mapas foram digitalizados em ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica) e finalmente validados durante um novo encontro, cabendo pequenos ajustes e complementações aos mapas gerados.
Os elementos relacionados à água no Parque Ibirapuera que foram mapeados podem ser observados na figura abaixo. Observa-se que além da identificação dos corpos d’água do Parque e de equipamentos como, vertedouros e bebedouros, foram identificadas ainda regiões que requerem cuidados específicos relacionados à saúde do Parque e proteção de suas águas. Chamam a atenção as áreas passíveis de alagamento e as porções do lago suscetíveis a assoreamento.
O Parque está localizado na bacia hidrográfica da Vila Mariana e tem como principal afluente o córrego do Sapateiro que, juntamente com o córrego Boa Vista (intermitente), alimenta os três lagos do Parque e por fim deságua no rio Pinheiros.
A maior parcela da carga poluidora recebida pelos lagos provém do córrego do Sapateiro (lançamentos de esgotos não tratados), pois não existem lançamentos permanentes de esgotos no interior do Parque. Além disso, é preciso considerar as cargas originárias da poluição difusa, quando a chuva lava a atmosfera e a superfície do solo, trazendo para os corpos d’água parte da poluição que intercepta em seu percurso. Essa carga provém, portanto da poluição do ar e de todo tipo de material disperso pela superfície da bacia que pode ser carregado pela água (lixo, poeira, resíduos de borracha de pneus, óleo, solo erodido, etc.).
O Parque conta, desde o final dos anos 2000, com uma estação de tratamento da SABESP no córrego do Sapateiro, a montante do Lago 01, que trata a água do córrego por um sistema de flotação – Estação de Flotação e Remoção de Flutuantes (EFRF).
Contudo, esse processo de tratamento não é suficiente para garantir uma qualidade de água adequada, já que dados de monitoramento realizados entre 2008 e 2011 constataram processo de eutrofização, perda de biodiversidade e poluição dos sedimentos por arsênico, cobre, cromo, chumbo e zinco. Além disso, o limite da EFRF é de 90 L/s, sendo que acima desse valor, em grandes eventos de chuva, a EFRF é desligada e para de funcionar, de modo que a água contaminada passa por ela, indo diretamente para os lagos.
Em 2017 por meio do Termo de doação nº 009/SVMA/2017, deu início à realização um projeto gráfico de aspectos sanitários, arquitetônico e paisagístico de melhoria de qualidade das águas dos corpos hídricos do Parque Ibirapuera através de biotecnologias baseadas em jardins filtrantes, que consiste na utilização de plantas como agentes de purificação das águas.
De acordo com o projeto, é preciso garantir a continuidade e desempenho do tratamento da EFRF, realizando adicionalmente o tratamento físico e gerenciamento dos fluxos de água, bem como promover a recirculação da água em vários pontos dos lagos para garantir a correta oxigenação. Por fim, a instalação dos jardins filtrantes garantiriam a retenção de partículas poluentes, o tratamento de agentes patogênicos e dos compostos ricos em carbono, nitrogênio e fósforo.
Associadas aos lagos estão as suas margens, que devem ser recuperadas e entendidas como locais privilegiados de desfrute do ambiente, devendo ser assegurada sua proteção e manutenção. Atualmente, podem ser observadas ao redor dos lagos margens sob diferentes condições: (i) íngremes com vegetação arbustiva; (ii) íngremes com vegetação rasteira; e (iii) inclinadas com vegetação rasteira. É importante que elas estejam protegidas de acordo com suas características topográficas e que sejam estabelecidas áreas de transição ambiental nas zonas ripárias de acordo com o nível da água e fauna.
Por fim, é preciso também readequar determinadas porções das margens, por meio de terraplenagem, para que os lagos comportem as vazões pluviais, mitigando assim as inundações dos bairros a jusante.
Com isso, garante-se o fortalecimento das margens contra erosão, a filtragem do escoamento superficial e consequente aumento da qualidade da água, criação de diferentes habitats ecológicos (seco, semi-saturado e saturado) e a coexistência entre atividades de recreação e proteção de biodiversidade.
Espera-se, com isso, uma aproximação dos visitantes ao ambiente aquático, com lagos mais atrativos, sem negligenciar os quesitos de segurança.
A questão dos recursos hídricos do Parque é um de seus pontos sensíveis, tanto pela poluição da água do lago, quanto ao abastecimento como um todo, as diretrizes gerais elencadas abaixo deverão ainda ser definidas no âmbito do fórum que tratará do tema, bem como as metas que fazem parte do apêndice deste Plano.
O solo é um recurso natural de grande importância, pois além de sustentar a produção de alimentos, recebe a água das chuvas que depois emerge na forma de nascentes e mananciais, e ainda sustenta toda a biodiversidade das florestas e campos.
No Parque Ibirapuera o solo possui maior quantidade de areia, seguido por silte e argila, e pH ligeiramente ácido, com bastante matéria orgânica1 . É importante que esta seja mantida no Parque o máximo possível já que é responsável por disponibilizar os nutrientes para as espécies vegetais ali presentes.
Nesse sentido, foram identificados no Parque os locais onde o solo está comprometido por processos de erosão e compactação, com possível perda de matéria orgânica, e que portanto, requerem atenção especial.
A concepção paisagística de Augusto Teixeira Mendes resultou numa flora diversificada, composta pelos eucaliptais, plantados desde 1920 para drenar o terreno alagadiço de várzea, e por jardins e bosques com árvores ornamentais, nativas e exóticas. Portanto, a cobertura vegetal do Parque é caracterizada por maciços de árvores cultivadas onde predominam espécies exóticas, com destaque para os eucaliptos. Tal vegetação se concentra, sobretudo, na parte oeste do Parque e é valorizada por conter espécies pouco frequentes na arborização da cidade de São Paulo.
A caracterização da vegetação do Parque feita pelos especialistas, técnicos do Herbário, pode ser consta nas figuras abaixo:
Assim, encontramos no Parque alamedas e agrupamentos de diversas espécies, como por exemplo, figueira-benjamim (Ficus microcarpa), chichá (Sterculia curiosa), ipê-rosa (Handroanthus heptaphyllus), ipê branco (Tabebuia róseo-alba), pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifólia).
Um total de 532 espécies de plantas vasculares (angiospermas, gimnospermas e pteridófitas), incluindo árvores, arbustos e herbáceas, além de 30 espécies de briófitas, está identificado dentro dos limites do Parque. No Viveiro Manequinho Lopes foram documentadas 397 espécies de plantas vasculares.
Considerando-se apenas as essências arbóreas, podem ser contabilizadas cerca de 288 espécies. Destas, 45% correspondem a espécies nativas brasileiras. Os exemplares distribuem-se pelo Parque em uma disposição onde prevalecem amplos gramados, pontuados por maciços arbóreos heterogêneos, à exceção dos povoamentos de eucaliptos, em poucos locais.
Dentre as espécies que acompanham as vias estão alecrim-de-campinas (Holocalyx balansae), presente na maior parte das ruas internas, alfeneiro (Ligustrum lucidum), junto ao limite do Parque com a avenida Pedro Álvares Cabral. Nas proximidades do Museu de Arte Contemporânea, há ipê-roxo (Handroanthus sp.) e nas proximidades dos lagos, tipuanas (Tipuana tipu). Às margens destes destacam-se também os salgueiros (Salix babylonica).
Dentre as espécies menos frequentes, encontram-se pau-brasil (Paubrasilia echinata), tamareiras-das-canárias (Phoenix canariensis) e o carvalho-brasileiro (Euplassa cantareirae). Além disso, espécies incomuns na arborização e nos jardins da metrópole, formam uma coleção notável de árvores nativas e exóticas, como figureira-de-bengala (Ficus benghalensis), pau-marfim (Baulfourodendron riedelianum), várias espécies de palmeiras como sabal-anão (Sabal minor), sabal-da-flórida (Sabal palmetto), rapis (Rhapis excelsa), carvalho-europeu (Quercus robur), etc.
No setor onde se encontram os Museus de Arte Contemporânea, fora dos limites do parque, de Museu de Arte Moderna, bem como a marquise, as árvores estão dispostas em linhas ao longo das vias, ou em maciços pouco densos. Estes se tornam mais concentrados no setor entre os lagos, onde estão o planetário e o Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega. Salienta-se, ainda, o Pavilhão Japonês, onde se concentram cerejeiras (Prunus sp.), cuja florada constitui um dos atrativos do Parque.
O setor onde se situa o Viveiro Manequinho Lopes compreende maiores adensamentos heterogêneos. Com destaque para pata-de-vaca (Bauhinia forficata), tulipeira-africana (Spathodea campanulata), jerivá (Syagrus romanzoffiana), jatobá (Hymenaea courbaril), aroeira-mansa (Schinus terebinthifolia), cedro (Cedrela fissilis), figueira-da-índia (Ficus auriculata), falsa-seringueira (Ficus elastica), ceboleiro (Phytolacca dioica), entre outras.
Dentre as espécies presentes, grande parte é produtora de frutos atrativos para as aves e morcegos existentes na área. Destacam-se as mirtáceas como jaboticabeira (Plinia cauliflora), cambucá (Plinia edulis), araçás e goiabeira (Psidium spp.), uvaia (Eugenia pyriformis), pitangueira (Eugenia uniflora), entre outras, bem como muitas palmeiras, etc.
Por fim, destaca-se a região do Campo Experimental da Escola de Jardinagem, com uma rica diversidade de espécies, cerca de 20%, principalmente ornamentais, medicinais e hortícolas.
Pelo mosaico de ambientes que variam de bosques, campos abertos, aquáticos, alagados, viveiro e campo experimental, o Parque abriga ampla diversidade de fauna silvestre que vão desde espécies tipicamente urbanas a espécies de campo aberto e florestais.
Apesar de haver animais habitando e se movimentando por toda a área do Parque, alguns locais são mais sensíveis para sua conservação, em especial as áreas de abrigo, alimentação e reprodução dos indivíduos. Também é importante observar que algumas espécies foram registradas apenas em áreas específicas, isto é, possuem uma distribuição restrita, de maneira que eventuais alterações nesses locais podem resultar no desaparecimento dessas espécies no Parque.
Dessa forma, o mapeamento realizado pelos técnicos da Divisão da Fauna Silvestre buscou identificar essas áreas em especial. Além disso, também foram mapeados os locais onde a fauna silvestre sofre algum tipo de ameaça ou impacto, como área de abandono de gatos, de conflitos de pessoas ou edificações com gambás, de ocorrência de roedores sinantrópicos, de cães soltos e de colisão de aves (fachadas de determinadas edificações). Por fim, ainda foram indicadas as trilhas normalmente utilizadas durante atividades de educação ambiental (observação de aves) e que também podem ser utilizadas para o monitoramento da avifauna.
Foram catalogadas pela Divisão da Fauna Silvestre 351 espécies de animais na área do Parque – 84 invertebrados, com destaque para 45 espécies de borboletas e 255 vertebrados, entre anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
O Parque Ibirapuera compreende uma importante área de ocorrência de avifauna no município. Um total de 225 espécies de aves, agrupadas em 48 famílias, encontra-se registrado para o Parque, beneficiadas pela diversidade da flora. Esta riqueza corresponde a 48,5% do total de aves registradas no município. Entre elas estão a coruja-orelhuda (Asio clamator) , o tuim (Forpus xanthopterygius), o risadinha (Camptostoma obsoletum) e representantes aquáticos ou de hábitos ribeirinhos, como o mergulhão-caçador (Podilymbus podiceps), o biguá (Nannopterum brasilianus), as marrecas (Dendrocygna bicolor; Dendrocygna viduata), garças (Ardea cocoi; Ardea alba; Egretta thula), frango d’água (Gallinula galeata), jaçanã (Jacana jacana), entre outras.
A presença de agrupamentos de eucalipto, de maciços de árvores exóticas e nativas, bem como a presença de lagos e mesmo de áreas construídas, propicia a existência de nichos e de recursos tróficos importantes para um grande número de espécies de aves que se adaptaram ao ambiente urbano. Dentre estas, estão a cambacica (Coereba flaveola), o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), o beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), comuns em jardins e em pomares, ou espécies exóticas adaptadas ao ambiente urbano como o pardal (Passer domesticus) e o pombo-doméstico (Columba livia).
Considerando o status de conservação o parque Ibirapuera apresenta 26 espécies de aves endêmicas do bioma Mata Atlântica, podemos destacar entre elas o tiê (Tachyphonus coronatus) e o arredio-palido (Cranioleuca pallida).
Há ainda registros de espécies pouco frequentes em áreas com severas perturbações antrópicas e que são consideradas vulneráveis ou ameaçadas de extinção no estado de São Paulo (Fauna ameaçada de extinção no estado de São Paulo, decreto estadual n. 63.853/18). Dentre este grupo, foram identificadas na área do Parque 14 espécies de aves as quais destacamos : o gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus) espécie tipicamente florestal e o gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus). Também pássaros, tipicamentes florestais, como a araponga (Procnias nudicollis), o pavó (Pyroderus scutatus) e o chibante (Laniisoma elegans), visitam regularmente o Parque e se beneficiam da frutificação das figueiras, magnólia-amarela e outras espécies exóticas. Esses registros demonstram a importância do parque Ibirapuera para a conservação da avifauna. Haja visto que algumas espécies de aves tiveram seu primeiro registro para o município no Parque Ibirapuera, como foi o caso da cigarrinha-do-campo (Neothraupis fasciata) ave ameaçada de extinção no Estado e típica do Cerrado, o cabecinha-castanha (Pyrrhocoma ruficeps), quase-ameaçada no Estado e o caboclinho (Sporophila bouvreuil), aves considerada ameaçada de extinção no Estado.
Entre as quatro espécies de corujas egistradas destacamos o mocho-diabo (Asio stygius), espécie considerada naturalmente rara e que no entanto é regularmente registrada nos bosques de pinheiros exóticos e os maciços de dendê; O Parque ainda recebe a visita de aves migratórias, tais como, o bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus) que se reproduz em ocos durante a primavera e verão, a tesourinha (Tyrannus savana), o chibum (Elaenia chiriquensis), a guaracava-de-crista-branca (Elaenia chilensis), o príncipe (Pyrocephalus rubinus) sendo, portanto, um importante sítio de descanso ou de reprodução para essas aves.
Foram observados no Parque nove espécies diferentes de psitacídeos, entre eles se destacam o papagaio (Amazona aestiva), registrado pela primeira vez em 1992 e que atualmente podem ser observados em grande número se alimentando e se reproduzindo no local. A maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) também é registrada em grande número, assim como, a tiriba (Pyrrhura frontalis), espécie endêmica da Mata Atlântica. É possível que esses exemplares sejam oriundos do cativeiro ou que estejam indicando uma expansão natural de sua área de distribuição original e que encontraram em áreas verdes, como o Parque, condições adequadas para sua permanência.
Salienta-se ainda a presença de espécies nectarívoras e frugívoras, e que desempenham importante função como polinizadoras e disseminadoras de sementes nas diversas áreas verdes, jardins e terrenos não construídos. Esse é o caso do casal de jacuguaçús (Penelope obscura) recentemente registrados na área do viveiro Manequinho Lopes.
Muitas espécies apresentam ainda vistosas plumagens, destacando-se os psitacídeos (papagaios e maracanãs) e outras aves como fim-fim (Euphonia chlorotica), saí-andorinha (Tersina viridis), saíra-amarela (Tangara cayana) e saí-azul (Dacnis cayana).
Há 12 espécies de peixes registradas nos lagos, entre eles o curimbatá (Prochilodus lineatus), surubim (Pseudoplatystoma fasciatum), acará (Geophagus brasiliensis), carpa (Cyprinus carpio), e tilápia–do-nilo (Oreochromis niloticus), estas duas últimas exóticas e muito disseminadas nos corpos d’água do país, sendo animais de vida-livre que não necessitam de cuidados específicos para alimentação (fornecimento de ração). Trata-se de animais muito resistentes, cuja presença nos lagos se deve a solturas indevidas, que se adaptam facilmente às condições ambientais que o lago apresenta, encontrando o alimento (microcrustáceos, insetos, alevinos) por conta própria.
Entre anfíbios e répteis, há registros de sapo-cururu (Rhinella icterica), cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera), tartaruga-tigre-d’água (Trachemys dorbigniidactylus mabouia), cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena alba) e várias serpentes, de modo geral, não venenosas como cobra d’água (Helicops modestus; Liophis miliaris); papa-ovo (Sibynomorphus mikanii) e corre-campo (Tomodon dorsatus).
Entre as 16 espécies de mamíferos, verifica-se a ocorrência de doze espécies de morcegos, com diferentes hábitos alimentares. Destaca-se uma espécie pouco conhecida e considerada com dados deficientes no Estado e pela IUCN, o morcego-cara-de-cachorro (Molossops neglectus). Também estão registradas o morcego-beija-flor (Glossophaga soricina) e o morcego-das-listras-brancas-na-cabeça-e-nas-costas (Platyrrhinus lineatus), que se alimentam de néctar, o morcego-das-listras-brancas-na-cabeça(Artibeus lituratus), espécie frugívora, e o morcego-de-cauda-livre (Tadarida brasiliensis), insetívora. Podem ser encontrados ainda o gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) e mamíferos sinantrópicos como as ratazanas (Rattus norvegicus).
O Parque é protegido por Tombamento nas três esferas da federação. No nível Federal pelo IPHAN, em 1998, através do processo nº 1.429 homologado em 2018 com o Tombamento do Conjunto Arquitetônico das edificações projetadas pelo Arq. Oscar Niemeyer para o Parque Ibirapuera. No nível estadual pelo CONDEPHAAT, em 1992, através da resolução RES. SC 01 com o Tombamento da Área Verde (conjunto de cheios e vazios) interna à cercadura metálica atualmente existente, das Edificações e dos Elementos Arquitetônicos construídos para Festejos do IV Centenário. No nível Municipal pelo CONPRESP, em 1997, através da RES. 06 com o Tombamento do Parque Ibirapuera e das áreas residenciais adjacentes. Os Tombamentos regram toda e qualquer intervenção no parque e estabelecem a exigência de aprovação nos órgãos federativos.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
O Plano Diretor Participativo compreende o Parque Ibirapuera como patrimônio material. Este fundamento está registrado na categorização de elementos e de usos como valor ambiental, patrimônio paisagístico e arquitetônico, e legado histórico. As viabilidades de incremento cultural e de educação ambiental devem, sempre que possível, respaldar as atividades de lazer recreativo ou lazer esportivo.
Da mesma maneira, deve-se considerar que os usos propostos ao mesmo tempo em que são gatilhos a outras apropriações também se limitam: por exemplo, a questão ambiental impõe condições ao uso cultural, de lazer e esportivo, assim como este uso impõe limites para o aspecto ambiental. O patrimônio histórico, por sua vez, impõe condições de uso restritivas ao ambiente e ao esporte e à cultura. As pessoas atraídas para o Parque por um aspecto podem se interessar pelos outros, ou seja, cada uso ou apropriação pode, ao mesmo tempo, ser uma porta de entrada para outras apropriações.
A preservação do meio ambiente, as possibilidades de educação ambiental e o lazer devem estar presentes em todo o processo de planejamento e em todas as ações, incluindo as atividades de lazer recreativo ou de ócio.
As Bases Naturais do Parque (Item 2) fundamentaram o Uso Ambiental no Parque Ibirapuera ter prevalência sobre toda outra forma de apropriação dos espaços do parque. O Uso Ambiental embasa toda a persistência, resiliência e conservação dos processos naturais que fundamentam o parque como espaço livre.
O Plano Diretor Participativo categoriza e analisa os elementos separadamente para identificar os espaços e a intensidade de ocorrência. Desta maneira, caracterizam o Uso Ambiental as dinâmicas dos elementos naturais Vegetação, Fauna, Água e Solo, em termos da conservação do patrimônio natural do parque, de se permitir a regeneração natural, de estimular o enriquecimento ambiental e de promover a mitigação dos impactos.
O elemento Água categoriza e identifica a presença de lago, córrego ou curso d’água e estação de flotação e remoção de flutuantes (EFRF).
Solo categoriza localidade onde se encontram solo exposto (sem cobertura vegetal) e, portanto passível de erosão, compactação e perda de matéria orgânica.
A Vegetação categoriza os espaços em bosque misto; bosque de eucalipto; agrupamento de árvores ou exemplar significativo; canteiros, gramados e arborização esparsa; jardins temáticos; viveiro e campo experimental; campo de várzea e vegetação aquática; e arborização em área impermeabilizada (estacionamento).
Fauna categoriza os espaços de distribuição restrita (regiões específicas do Parque onde ocorrem algumas espécies com exclusividade); abrigo, alimentação e reprodução de anatídeos; abrigo e reprodução de rapinantes; abrigo e reprodução de aves aquáticas nativas; abrigo e reprodução de cágados; e roedores sinantrópicos.
Os demais usos identificados no parque – Educacional, Cultural, Lazer Recreativo, Lazer Esportivo e Ócio – equivalentes em importância, se submetem ao uso Ambiental, sob o qual se estruturam.
O Parque Ibirapuera conta com importantes equipamentos de educação, como o Planetário, a Escola de Astrofísica e a UMAPAZ, da qual se destaca a Escola de Jardinagem e Campo Experimental. Há ainda o CECCO que oferece atividades socioeducativas e de saúde, vinculado a Secretaria Municipal de Saúde.
Esses equipamentos estão caracterizados em detalhes na seção 8 – Ações de Projeto e Visões de Futuro.
O Uso Cultural é o terceiro em hierarquia de relevância para a apropriação dos espaços do parque. Adota-se como conceito de Uso Cultural toda a atividade de desenvolvimento de conhecimento humano que pode ser representada pelas artes, crença, costume, hábitos e aptidões, moral, comportamento, símbolo, prática social, de conhecimento da natureza, em um processo cíclico, adaptativo e acumulativo.
A categorização proposta subdivide o Uso Cultural em espaços livres de edificação, que são todos os espaços não cobertos ou protegidos por estruturas construídas, e Uso Cultural em espaços edificados. No parque, os espaços livres de edificação configuram a maior quantidade de espaço existente.
O Conjunto Arquitetônico, sede das comemorações do IV Centenário, e as edificações do parque correspondem a Patrimônios em si, legalmente protegidos. É importante reconhecer que vivenciar esta arquitetura como espaço receptáculo de Cultura é ter o privilégio de presenciar uma referência arquitetônica moderna brasileira de reconhecimento mundial.
A conformação do espaço livre é atribuída pela vegetação, particularmente pelo conjunto arbóreo que atribui potencialidade de uso Cultural ao espaço livre. Na nomenclatura paisagística denomina-se Plano de Vedo aos balizamentos definidos pelos maciços vegetais justapostos, que delimitam lugares de vivência no espaço livre. Dependendo do porte da vegetação soma-se ao uso a condição de insolação, ou permeabilidade à luz solar, que é outro atributo fundamental para os lugares de vivência. A intensa diversidade de conjuntos arbóreos e extensas áreas gramadas oportunizam usos espontâneos e atividades lúdicas e culturais.
Preferencialmente deve-se promover uso Cultural no espaço livre por período longo de tempo em áreas sombreadas ou meio sombreadas de maneira a favorecer a permanência. Para além do sombreamento, a umidificação do ar propiciada pela vegetação (arbórea), atribui o conforto ambiental.
Importante considerar que estes espaços livres permitem multiplicidade de uso, sendo recorrente haver Uso de Lazer Recreativo e Uso Cultural no mesmo espaço, e não raro ao mesmo tempo.
Alguns dos espaços livres do parque possuem intenso Uso Cultural já classificado como, por exemplo, na Arena de Eventos, na Plateia Externa do Auditório, no Jardim das Esculturas, na Praça Burle Marx, na Praça da Paz, a área de maior insolação do parque, remanescente da desmontagem de dois pavilhões provisórios e as extensas áreas gramadas. Os bolsões de estacionamento existentes configuram também potencialidade para este uso.
Classifica-se Espaço Livre Coberto todo aquele que possui estrutura construída de cobertura e completa permeabilidade física, ou seja, espaço coberto e aberto. Exemplificando, a Marquise, a Serraria e o Pergolado.
O Lazer Recreativo Ativo classifica toda atividade lúdica desenvolvida no tempo livre de maneira espontânea e criativa que traga satisfação e descontração à pessoa. O Lazer Recreativo pode operar a partir do indivíduo ou de um grupo de pessoas; está associado a incrementar a qualidade de vida e a satisfazer as necessidades de ordem física e emocional, pessoal ou social. Pode também configurar jogo ou prática corporal.
O ócio como tempo em que se descansa, em complementaridade ao Lazer Recreativo Ativo, está associado à recriação ou ao tempo necessário, e fundamental, de desconexão com todo o pensamento para que o intelecto possa se reciclar como um processo de relaxamento.
As oportunidades e disponibilidade de Lazer Recreativo Ativo ou Ócio encontram no parque público as melhores condições e possibilidades para sua realização. Categorizam-se como exemplificação as práticas mais recorrentes de Lazer Recreativo Ativo no parque Ibirapuera como parquinho ou Parque Infantil, atividade lúdica de curta duração (como por exemplo peteca, frescobol, brincadeiras), visitar espaços temático (Jardim das Esculturas, Rosa-dos-Ventos, Jardim Japonês) ou feira de artesanato.
O Lazer Recreativo como ócio existente no parque Ibirapuera são categorizados como de contemplação da natureza, leitura, banho de sol, descanso e redário.
O tratamento, a qualificação e a zeladoria dos espaços livres nos quais as atividades de Lazer Recreativo frequentemente se desenvolvem são um dos objetivos mais prementes do Plano Diretor Participativo.
Em complementaridade ao Lazer Recreativo, o Lazer Esportivo pode ser classificado como atividade física de grande benefício psíquico e emocional, porém, necessita de instalações apropriadas segundo regramentos próprios ao esporte e também impingidos à prática esportiva. No parque Ibirapuera esta prática está restrita às quadras poliesportivas, a jogo, práticas corporais (por exemplo, Yoga), caminhada, corrida, ciclismo, slackline, prática de skate.
O suporte físico e o processo natural dos elementos água, solo, vegetação, fauna e luz foram os condicionantes da solução de projeto do Parque Ibirapuera, expressos, por exemplo, na construção dos lagos para contenção de águas. O todo do parque e os subespaços criados configuram zonas integrantes, justapostas e cadenciadas articuladas a partir dos caminhos que compõe a estrutura de apropriação do parque. Esta estrutura é composta por caminhos sinuosos e harmônicos, que descortinam a paisagem à medida que se caminha por eles.
A caracterização que se apresenta está fundamentada no Projeto de Paisagismo original do parque, de autoria do engenheiro agrônomo Otávio Augusto Teixeira Mendes, e nas particularidades de uso que o Ibirapuera recebeu ao longo de seis décadas de apropriação pública.
A vegetação foi o aspecto mais intensamente transformado do parque. Apesar de todo o acréscimo ou da alteração procedida, a essência original do projeto persiste com intensidade. É da intenção deste Plano Diretor Participativo incorporar esta dinâmica contemporânea, e compreender a flexibilidade (ou resiliência) das transformações do espaço através do tempo a partir das forças e dos valores sociais.
Com referência à vegetação, os talhões de eucaliptos existentes compuseram o envolvimento do Conjunto Arquitetônico, permitindo a visualização plena para a cidade, contrapondo com verticalidade a horizontalidade dominante. Além destes, o porte e a dimensão dos maciços de arborização, os lagos, os conjuntos florísticos, e mesmo os caminhos imprimiram no Ibirapuera espaços de pertencimento, de identidade e de forte simbolismo.
Reitera-se que um dos atributos mais característicos deste projeto paisagístico é haver domínio do espaço perceptivo pelo caminhante do parque com proporção de escala e de espaço, atributo fundamentado pela vegetação, principalmente os eucaliptos, e pelo estrato arbóreo com o uso de espécies nativas, na época da implantação ainda muito pouco comum em projetos de paisagismo. A vegetação, nesta caracterização, tinha como principais funções: atribuir composição de luz e sombra, configurar subespaços de uso, propiciar percursos semi-sombreados para as pessoas e destacar o Conjunto Arquitetônico, instalado sobre platô especialmente construído para acomodá-lo, o qual juntamente com os lagos, trazia o contraponto de horizontalidade que harmoniza o projeto.
A reflexibilidade e a placidez foram introduzidas na solução do projeto como propriedades justapostas. O lago é o elemento nucleador destas propriedades com sinuosidade e extensão para armazenar considerável volume de água e para instigar o lazer. De um lado contrapõe o Conjunto Arquitetônico, de outro propicia perspectivas estratégicas da cidade e do próprio parque.
No zoneamento proposto pelo Plano Diretor Participativo do Ibirapuera o lago (na verdade, são 3 corpos d’água ou lagos) caracteriza-se como o elemento nucleador ou central que equaciona questões de macrodrenagem e de valorização das águas urbanas. O lago possui as margens em talude na razão de 1:3 e na estabilidade da inclinação estimula possibilidade de uso, uma das fruições mais valorizadas pelos usuários.
O projeto original de Teixeira Mendes evidencia dois caminhos estruturantes para a apropriação do Parque. O primeiro envolve o Conjunto Arquitetônico, o segundo envolve os espaços de lazer. Há também um percurso que envolve o Lago 3 (próximo ao Monumento às Bandeiras). As transformações no decurso do tempo mantiveram essa estruturação básica, em que pese a incorporação dos gradis e a alteração do desenho urbano na Avenida Pedro Álvares Cabral.
O primeiro percurso envolve o Conjunto Arquitetônico, limita o platô mais elevado do parque (cota 750), e configura extenso caminho serpenteado com 1.540m de extensão.
O segundo percurso, com 2500m de extensão, envolve os espaços de lazer. Nele há articulações de caminhos que formam triangulações conhecidas com Praça do Porquinho, Praça do Leão e Praça da Serpente. Este percurso envolve dois dos lagos e constitui o platô de nível mais baixo (cota 745).
O terceiro percurso, não estruturante, com 1010m de extensão envolve o lago voltado para a avenida Pedro Álvares Cabral e, na singularidade de suas proporções impregna forte imaginabilidade2 ao parque. O Monumento às Bandeiras na confluência do desenho urbano e o Conjunto Arquitetônico arrematam a perspectiva descortinada propiciando a visualização emblemática que possui forte simbolismo para os paulistanos.
A setorização proposta fundamenta-se na análise do projeto de Paisagismo de Teixeira Mendes, do projeto do Conjunto Arquitetônico de Niemeyer e nas particularidades de uso que o Ibirapuera recebeu ao longo de seis décadas. O uso contemporâneo é aquele que apoia as análises do espaço e da paisagem do parque. Entre as características de maior relevância destacamos:
Haver domínio do espaço perceptivo pelo caminhante do parque com proporção de escala e de espaço, ou seja, o usuário sente conforto ambiental e sensação de pertencimento. Este atributo é respaldado pela vegetação arbórea, que configura na dimensão do parque plano de vedo, que é a limitação do campo visual procedido pela vegetação disposta de maneira a limitar o campo visual, compartimentando o espaço de vivência. Esta é uma propriedade importante no espaço exterior porque ao se limitar o campo visual há condicionamento da horizontalidade pela verticalidade a partir do usuário.
Os talhões de eucalipto e os bosques de essências heterogêneas são a vegetação que mais confere esta singularidade. A vegetação, originalmente, tinha como principais funções: atribuir composição de luz e sombra, configurar subespaços de uso, propiciar percursos semi-sombreados para as pessoas, e destacar o Conjunto Arquitetônico.
Neste sentido, o parque e os seus subespaços foram criados configurando setores integrantes, justapostos e cadenciados articulados a partir dos caminhos, o sistema principal de vias que compõe a estrutura do parque. Esta característica está na geratriz da setorização a ser adotada, acrescida da dinâmica espacial imprimida pela transformação de uso e da própria vegetação no tempo histórico do parque.
No parque, a reflexibilidade e a placidez são características que compõem propriedades justapostas. O Lago é o elemento nucleador destas propriedades pela sinuosidade e pela extensão ao qual se soma a capacidade para armazenar considerável volume de água e para instigar o lazer. Uma das propriedades é a de contrapor o Conjunto Arquitetônico, de outra propicia perspectivas estratégicas da cidade e do próprio parque.
A metodologia explicitada fundamenta a setorização aplicada. As Bases Naturais do Parque analisadas à luz das categorias de uso e dos dados tabulados do Processo Participativo são a ferramenta para o mapeamento.
O Parque Ibirapuera tem diversos aspectos fundamentais que se influenciam e se limitam mutuamente, como o de patrimônio histórico e paisagístico, de relevância ambiental, de caráter cultural, de lazer e de atividades esportivas. Esta é a hierarquia que embasa a interpretação de cada setor.
A singularidade do setor é caracterizada pela análise gráfica, produto da sobreposição dos mapeamentos Bases Naturais do Parque, denominado Mapa de Setorização. A Potencialidade compatibiliza o Mapa de Setorização com os Usos mais compatíveis pelas características físico-ambientais. A Fragilidade compatibiliza os Usos menos compatíveis devido às características físico-ambientais. O Conflito de Uso expõe onde pode haver impacto ambiental, comprometimento cultural, descaracterização do patrimônio ou desrespeito social como decorrência do uso público. A persistência do Parque, pública e institucionalmente, se compõe na multiplicidade destas dimensões e na decorrência de suas apropriações de uso.
Sobre o Parque Ibirapuera incidem os parâmetros de uso e ocupação do solo para Zonas Especiais de Proteção Ambiental – ZEPAM, conforme Lei 16.402/2016 . Todavia, as particularidades de implantação do parque consolidaram Setores e Subsetores bem definidos que orientam a apropriação do espaço por seus usuários.
A setorização, ora proposta para o parque, corrobora e aprofunda o zoneamento pensado por Niemeyer em seu Plano Diretor de 1996 e aquele elaborado por equipe técnica da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, em 2007. Ou seja, ordena o espaço do parque segundo as características existentes, tendo nos lagos um forte delimitador dos Setores Cultural e Ambiental, conforme pode ser observado na figura seguinte.
O Setor Cultural abarca o platô mais elevado do parque e compreende o conjunto arquitetônico implantado em 1954 para os Festejos do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo composto pela grande Marquise, Pavilhões (Culturas Brasileiras, Bienal de São Paulo, Museu Afro), Oca e Auditório.
Posteriormente, vieram reforçar o caráter da área, o Planetário (1957) e Escola Municipal de Astrofísica Professor Aristóteles Orsini (1961), hoje vinculados à Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz – UMAPAZ.
Ainda, sob a marquise está instalado, desde 1968, o Museu de Arte Moderna – MAM, e no lado oposto da Avenida 23 de Maio, fora dos limites do parque, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC-USP inaugurou sua sede em 2012, no que fora, originalmente, o Pavilhão da Agricultura, quando das comemorações do IV Centenário.
A paisagem desta área é predominantemente horizontal, delimitando-se pela Avenida Pedro Álvares Cabral, componente do sistema viário estrutural que liga as Zonas Oeste e Sul da cidade e, no lado oposto, é emoldurada pela verticalidade dos maciços arbóreos, que sinalizam o Setor Ambiental, observado na figura a seguir.
Tais características vocacionam o Setor Cultural para receber a maior parte dos eventos do parque, tais como congressos, simpósios, conferências, mostras e exposições de arte permanentes, temporárias ou itinerantes, orquestras, shows de dança, bienais de arquitetura e artes, eventos de moda, teatro e shows de música.
O Setor Cultural ora proposto subdivide-se no Subsetor de Cultura, composto pelos Edifícios e Marquise do Conjunto Arquitetônico de Niemeyer, e o Pavilhão Japonês; e a Subsetor Livre Cultural envolve as áreas livres deste platô, como por exemplo, a Arena de Eventos, a Plateia Externa do Auditório, o Jardim das Esculturas com usos voltados à cultura e ao lazer.
O Subsetor de Cultura nos edifícios compõe: Marquise, Bienal, Oca, Auditório, PACUBRA, Museu Afro Brasil, que possuem em seu entorno adjacente intensa arborização implantada caracterizada por conjuntos heterogêneos de espécies nativas e exóticas, como as tipuanas ao longo da empena do Museu Afro Brasil. O Pavilhão Japonês e Planetário e Escola de Astrofísica possuem a estrutura de vegetação originária do projeto destacando-se os Eucaliptos no Planetário e os jardins temáticos do Pavilhão Japonês.
O Setor Ambiental abarca o platô inferior do parque e nele as características da ZEPAM são nítidas, conforme dispõe o artigo 19 da Lei de Uso e Ocupação do Solo que a define:
Art. 19. As Zonas Especiais de Proteção Ambiental (ZEPAM) são porções do território do Município destinadas à preservação e proteção do patrimônio ambiental, que têm como principais atributos remanescentes de Mata Atlântica e outras formações de vegetação nativa, arborização de relevância ambiental, vegetação significativa, alto índice de permeabilidade e existência de nascentes, incluindo os parques urbanos existentes e planejados e os parques naturais planejados, que prestam relevantes serviços ambientais, entre os quais a conservação da biodiversidade, controle de processos erosivos e de inundação, produção de água e regulação microclimática.4
Nesta zona prevalecem maciços arbóreos e amplos gramados. A permeabilidade desta área deve, na medida do possível, ser ampliada, como por exemplo, com a remoção da ciclovia infantil, em desuso e caminhos secundários.
Merece destaque a Praça da Paz, cujo gramado de generosas dimensões (cerca de 50.000m²) cumpre importante papel na permeabilidade do parque. Desta forma são incompatíveis atividades que levem ao pisoteio intenso, compactação do solo e volume de som alto.
No que tange à fauna do parque este Setor Ambiental cumpre a função de proteção e abrigo, motivo pelo qual a iluminação dos postes deve estar direcionada abaixo da copa das árvores.
São compatíveis com este Setor atividades de contemplação, relaxamento e atividades ao ar livre como trilhas para observação de árvores, observação de pássaros, piqueniques, atividades físicas nos equipamentos instalados (quadras esportivas e pista de cooper) e eventos de pequeno porte e baixo impacto, tais como práticas corporais, yoga, meditação, contação de histórias, pequenas exposições.
O Setor Ambiental possui maior diversidade de usos e subdivide-se em Subsetores:
O Subsetor Educacional possui estrutura própria de atividades e práticas educacionais e abarca o Viveiro Manequinho Lopes, a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz – UMAPAZ, o Planetário Aristóteles Orsini e Escola de Astrofísica, Campo Experimental da Escola de Jardinagem e o Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO, os quais prestam importantes serviços educacionais não formais e promovem a cultura de paz.
A singularidade funcional restritiva de áreas como o Viveiro Manequinho Lopes, a UMAPAZ, o CECCO e o Campo Experimental geograficamente instalados no Setor Ambiental são objeto de dinâmicas próprias.
O Subsetor de Preservação, voltado à nidificação e proteção da fauna silvestre, situa-se entre o Subsetor Livre Cultural e o Subsetor de Esporte e Recreação.
O Subsetor de Esporte e Recreação envolve usos ligados ao esporte e à recreação programática, com equipamentos para estas práticas. Destacam-se pela singularidade o Parquinho, as áreas com quiosques e pequenas instalações originalmente envolvida por conjuntos de árvores nativas.
O Subsetor de Lazer abrange as áreas programáticas como a Serraria, a Praça Burle Marx e a área de Piqueniques e caracteriza-se pelas atividades mais lúdicas de recriação, ou ócio, fundamentais no restabelecimento psíquico, pessoal e emocional. São atividades muito prazerosas, e os parques são espaços muito apropriados à sua efetivação.
A Matriz de Compatibilidade está fundamentada na Metodologia de Planejamento da Paisagem proposta por Ian Mc Harg (ver Caderno I).
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Na verdade, pode-se entender haver três matrizes de compatibilidade. A primeira Matriz analisa a intersecção das Bases Naturais do Parque5 ÁGUA, SOLO, VEGETAÇÃO, FAUNA, subdividida nas ocorrências contemporâneas e os Usos Fundamentais do Parque também subdividido nas tipologias contemporâneas. Reitera-se que o Uso Ambiental é hierarquicamente superior aos demais (Cultural, Educacional, Lazer Recreativo, Ócio e Lazer Esportivo). A intersecção analisa a compatibilidade de uso com a Base Natural classificando-a como plenamente compatível, medianamente compatível, pouco compatível e incompatível. Se não houver pertinência entre a Base Natural e o Uso Fundamental, naturalmente não haverá a análise.
A partir da leitura dessa matriz pode-se observar que, de forma geral, os usos apresentam maior potencial de impacto ou são incompatíveis com a fauna e os elementos de água.
No caso da fauna, a incompatibilidade com os usos do parque está relacionada às áreas de nidificação, abrigo e reprodução, portanto, mais restritas, sendo algumas delas delimitadas como Subzona de Preservação, conforme capítulo anterior deste Plano.
Já no caso dos elementos de água como o lago, os córregos e as áreas de alagamento, a matriz demonstra que os usos, sejam eles culturais ou de lazer, apresentam pouca compatibilidade com este elemento e deverão, portanto, ser restringidos nestas áreas.
A segunda Matriz analisa a intersecção entre os Usos Fundamentais do Parque6, de maneira viabilizar multiplicidades de usos no parque. Esta matriz também classifica a compatibilidade em plena, média, pouca e incompatível. Pretende-se utilizar a hierarquia de relevância dos Usos Fundamentais para orientar as Ações de Projeto e Visões de Futuro do Plano Diretor.
A leitura da Matriz de Compatibilidade – Usos Fundamentais mostra que há plena compatibilidade entre os diversos usos do parque, ressaltando seu caráter de espaço múltiplo e dinâmico. Alguns usos como cachorródromo e as atividades de lazer esportivo apresentam pouca compatibilidade em relação à outras atividades do parque ou entre elas mesmas, por demandarem espaços específicos e por vezes restritos para a sua realização.
A terceira Matriz de Restrições analisa as consequências de Uso como comprometimentos categorizados em impacto ambiental, comprometimento cultural, descaracterização do patrimônio ou desrespeito social. É de intenção também analisar nesta Matriz as possibilidades de mitigação existentes.
De maneira geral, os diversos usos do Parque podem ser fonte de conflitos entre usuários quando a competição pelos espaços ocorre de forma livre, sem um correto ordenamento. Essa condição pode resultar em acidentes envolvendo, por exemplo, ciclistas, patinadores, corredores e pedestres. Música alta, uso de drogas pelos espaços livres são outras formas de desrespeito social que podem gerar incômodos para a coletividade.
Os impactos ambientais resultantes das diversas formas de uso do Parque também não são desprezíveis, especialmente quando se trata dos usos relacionados às edificações. Na falta de cuidados adequados, esses locais podem ser pólos de elevado consumo de recursos, como água e energia elétrica, de impermeabilização, compactação e erosão do solo, de geração de resíduos líquidos (esgoto) e sólido (lixo), de ruído, e ainda podem constituir barreiras para a fauna.
De maneira mais pontual, impactos como a descaracterização patrimonial também podem ocorrer, no caso da falta de correta organização de eventos temporários que envolvem algum tipo de instalação, como barracas de feira de artesanato.
As seguintes diretrizes gerais deverão ser observadas no caso de realização de eventos no Parque Ibirapuera:
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Setor Cultural – Eventos em espaços fechados | ||||
Espaço | Área para eventos (m²) | Limite de pessoas (estimado) | Horário permitido | |
Planetário, cúpula | 2.193 | 300/evento | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | |
Pacubra | 10.891 | 800/evento | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | |
Auditório | 7.000 | 800/evento | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | |
Bienal | 28.000 | 5.000/evento | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | |
MAM | 3.500 m² | 1.700/dia | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | |
Museu Afro | Exposições | 12.000 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Auditório | 425 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | |
Escola de Astrofísica | Auditório | 833 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Salas de aula | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento | |||
Oca, térreo. | 10.625 | 750 simultaneamente | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Eventos em Áreas Livres | |||
Setor Cultural | |||
Espaço | Área para eventos (m²) | Limite de pessoas/evento (estimado) | Horário permitido |
Marquise | 26.541 | 250 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Platéia Externa do Auditório | ~20.000 | 15.000 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Arena de Eventos | ~5.500 | 5.000 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Arena da Ponte de Ferro | ~500 | 250 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Bosque da Figueira | ~2.000 | 500 | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Entorno da Fonte Multimídia | ~3.000 | Sob análise | Desde a abertura dos portões até 1h antes do seu fechamento |
Setor Ambiental | |||
Espaço | Área para eventos (m²) | Limite de pessoas/evento (estimado) | Horário permitido |
Serraria, Praça Burle Marx, Bosque da Leitura. | ~1.170 | 250 | 08h às 21h |
Além dos eventos, prática que já é permitida no parque e está consolidada por este Plano Diretor, é também permitida a utilização dos espaços e equipamentos do Ibirapuera como cenário fotográfico ou de filmagens, para a realização de comerciais, propagandas, filmes, programas de TV, catálogos publicitários, promoção de marcas, produtos ou serviços, ensaios com modelos e outros com finalidade comercial, desde que atendida a Lei 14.223/2006 – Cidade Limpa e aprovada pela Gestão do Parque.
Sendo os parques zonas especiais de preservação ambiental que comportam atividades de contemplação, lazer, recreação, atividades esportivas e físicas relacionadas ao bem estar e saúde, bem como propiciam a interação social, têm se consolidado no Parque Ibirapuera a exploração de atividades econômicas, tais como visitas guiadas gerais ou com temas específicos, assessorias esportivas, grupos de yoga e atividades similares, bem como tem aumentado a demanda por piqueniques corporativos, de aniversário ou casamentos, entre outros.
A prática de gestão do parque identifica que os piqueniques têm ocorrido em áreas gramadas e sombreadas em geral (Bosque das Araucárias, bosque próximo à GCM, Bosque da Leitura). As assessorias esportivas tem utilizado como ponto de encontro e aquecimento físico a grande marquise, as marquises da Bienal, Museu Afro, Pavilhão das Culturas Brasileiras, Praça do Porquinho e Serraria. Os grupos de Yoga têm utilizado com ponto de encontro e práticas a Praça do Porquinho, Praça da Paz e Serraria (Figura 25).
Tais atividades passam a ser oficialmente permitidas, observados os espaços definidos para cada tipo de atividade, conforme a figura 5, e as seguintes diretrizes.
Atividades | Limite de pessoas/evento (estimado) | Horário permitido |
Assessoria esportiva, grupos de yoga, ginástica e atividades similares | 250 | Desde a abertura dos portões até 21h de segunda a sexta-feira. Das 06 às 10 aos sábados e domingos. |
Piquenique com mais de 30 pessoas (corporativo, aniversário, casamento) | 250 | 08h às 21:30h |
Cabe ressaltar que estas atividades também deverão atender a limitação à poluição sonora, considerando os critérios técnicos definidos na Lei 16.402/2016 – Parcelamento Uso e Ocupação do Solo.
Todas as intervenções resultantes das Ações de Projeto e Visão de Futuro estabelecidas para o Parque Ibirapuera deverão ser aprovadas pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente – SVMA, e pelos órgãos de preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental, observados os conceitos de sustentabilidade ambiental, o menor impacto ao meio ambiente e à paisagem do parque, os parâmetros urbanísticos e as normativas relativas ao seu tombamento vigentes, e as diretrizes relacionadas a seguir:
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Há muito tempo que a crescente demanda por alimento, água, energia e todo tipo de materiais impõe altos custo aos complexos sistemas naturais onde interagem plantas, animais e as próprias pessoas. Isso por sua vez resulta em problemas importantes, como crises de abastecimento de água, apagões de energia, excesso na geração de resíduos, entre outros. Além disso, muitas vezes a exploração do meio-ambiente pode tornar a sociedade mais rica, porém também mais desigual, onde ricos ficam mais ricos e pobres mais pobres.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Proteger e melhorar nosso bem-estar futuro requer um uso mais sábio e menos destrutivo da natureza. Portanto, é preciso desenvolver ações que fomentem a sustentabilidade, a participação e inclusão social, o respeito às minorias e grupos sociais vulneráveis, buscando com essas ações gerar externalidades positivas que transcendam o perímetro do Parque.
Dessa forma, seguindo princípios e práticas de sustentabilidade é possível atingir esses objetivos e ainda garantir a proteção de toda diversidade biológica e de recursos naturais (águas e solos) existente no Ibirapuera e, consequentemente, toda geração de serviços ambientais que resultam da integridade dos seus ecossistemas. Afinal, são mais de 310 espécies de animais - sete delas ameaçadas de extinção - e aproximadamente 16.000 árvores de mais de 350 espécies diferentes, que por sua vez, contribuem para a produção de água, polinização, regulação do microclima, formação de solo, dispersão de sementes e ciclagem de nutrientes.
Como princípios e práticas de sustentabilidade, entende-se:
Por fim, deve-se garantir, por meio da permanente atualização de laudos técnicos, que o Parque se encontre livre de vetores que possam oferecer riscos à flora, fauna, aos usuários e aos equipamentos do Parque.
As lixeiras do Parque apresentam-se em distintos estados de conservação, umas em bom estado e outras deterioradas. Além disso, são insuficientes e inadequadas para atender o volume de resíduos produzidos nos dias de grande movimento do Parque.
Nesse sentido, a gestão dos resíduos sólidos no Parque deve seguir as seguintes diretrizes:
Desde 2014 a cidade de São Paulo conta com uma Política Municipal de Educação Ambiental – Lei Municipal nº 15.967 de 24 de janeiro de 2014 – que prevê diversas atividades no âmbito do Programa Municipal de Educação Ambiental, que inclui os Parques urbanos. Destacam-se a UMAPAZ (Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz) que desenvolve e dissemina desde 2006 conhecimentos e práticas de educação para a sustentabilidade, e o programa Trilhas Urbanas, que potencializa o aspecto pedagógico dos Parques, desenvolvendo nesses espaços trilhas monitoradas como estratégia em educação ambiental.
Nesse sentido, cabe à gestão do Parque atuar em consonância com as ações já desenvolvidas, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Política Municipal de Educação Ambiental e proporcionando atividades a um maior número de pessoas, incluindo usuários do Parque, escolas e comunidade do entorno. O programa de educação ambiental a ser elaborado pela gestão do Parque pode incluir as seguintes atividades:
Outras ações de educação ambiental indicadas são:
O programa de educação ambiental a ser elaborado pela gestão do Parque deverá ser revalidado em todo mês de dezembro, a fim de se realizar um novo plano anual de ação para o ano seguinte.
O plano deve garantir que as atividades de educação ambiental desenvolvidas no Parque deverão ser distribuídas ao longo do ano, alocadas em diferentes horários e dias da semana a fim de contemplar todos os diversos públicos.
Para o detalhamento do conteúdo do Programa de Educação Ambiental e dos planos anuais, a gestão do Parque poderá contar com a colaboração da UMAPAZ.
Cabe a gestão do Parque emitir relatórios técnicos periódicos todo mês de novembro, que descrevam em detalhes as ações e atividades de Educação Ambiental desenvolvidas, e que poderão ser compartilhados com a UMAPAZ, que poderá instruir a revisão do plano de ação anual.
A partir das leituras realizadas, corroboradas pelas oficinas integrantes do processo de construção coletiva deste Plano Diretor, identificaram-se as principais Ações de Projeto e Visões de Futuros para as instalações, equipamentos, infraestrutura e espaços do parque.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Conforme consta no Caderno 1 do Plano, as Ações de Projeto correspondem às intervenções cujo tempo de desenvolvimento seja de até 1 ano para sua implementação ou efetivação.
Denominam-se Visões de Futuro as intervenções e os projetos que necessitam de período maior para a sua implementação. Neste caso, e para priorizar os trabalhos, será adotado a denominação de Curto Prazo para as intervenções que necessitam de até 2 anos para a efetivação; Médio Prazo para as intervenções que necessitam de até 5 anos para a efetivação; Longo Prazo para as intervenções que necessitam de até 10 anos.
Cabe destacar novamente que as intervenções identificadas aqui necessitam serem desenvolvidas por meio de projetos específicos de arquitetura, engenharia, paisagismo, entre outros, além de necessitarem de aprovação, em especial pelos órgãos de preservação do patrimônio, considerando que o parque como um todo e não somente o conjunto arquitetônico das Comemorações do IV Centenário é protegido por tais órgãos.
Outra observação importante é que a premissa do Plano Diretor de 2007, de que a paisagem do parque deve ser a balizadora das Ações de intervenção, deve ser mantida, assim como a implantação ou melhoria da infraestrutura como acessibilidade, sinalização e comunicação visual, mobiliário e iluminação, imprescindível aos diversos usos que lá ocorrem.
O Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, mais conhecido como Oca, teve suas obras finalizadas em 1954. O edifício de exposições apresenta planta circular, composto por uma grande cúpula com uma casca fina de concreto armado, apresenta área total aproximada de 11 mil m² (onze mil metros quadrados)
Possui quatro pavimentos que têm estrutura independente da casca externa e conectados entre si por rampas. A iluminação natural se dá a partir de trinta e três janelas circulares.
A Oca recebe uma série de exposições de grande porte e com grande atratividade e apresenta uma infraestrutura adequada para receber o público.
Manter as ações de manutenção, garantindo o bom estado da infraestrutura, com atenção especial à impermeabilização da cobertura e adequações relativas à acessibilidade, em consonância com as normas de preservação do patrimônio.
O Auditório Ibirapuera, apesar de fazer parte do conjunto projetado por Niemeyer em 1954, só teve suas obras iniciadas em 2003. Em 2004, o Auditório foi entregue a cidade. O edifício de 7.000 m² (sete mil metros quadrados) conta com uma plateia de oitocentos e seis lugares, seis salas individuais para aulas práticas, quatro salas para aulas teóricas de grupo, duas salas para aulas práticas de grupo, uma sala para ensaio de grupos e uma sala de professores. O seu subsolo conta com a Escola do Auditório e camarins.
Ao fundo do palco do Auditório há uma grande porta que pode abrir para a plateia externa possibilitando abrigar um alto número de espectadores em espetáculos.
O Auditório se encontra em ótimas condições, recebendo uma série de eventos. Além disso, são oferecidas aulas de música para cerca de cento e setenta crianças e adolescentes.
Manter as ações de manutenção, garantindo o bom estado da infraestrutura, em consonância com as normas de preservação do patrimônio.
O edifício do Museu de Arte Moderna (MAM), com cerca de 3.500 m² (três mil e quinhentos metros quadrados) de área construída, foi concebido pela arquiteta Lina Bo Bardi e fica instalado sob a marquise do Ibirapuera. O museu foi pensado como uma galeria que receberia obras e instalações temporárias por meio de programa diferenciado, requerendo áreas técnicas e de conservação. As áreas de exposições acontecem em duas salas, nos espaços da biblioteca e no corredor de ligação. Além das exposições o museu mantém atividades culturais e educacionais. Possui salas de exposições, ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e loja.
Ao redor do MAM e entre outras edificações culturais (Auditório do Ibirapuera, Oca e Bienal), localiza-se o Jardim de Esculturas. O local conta com 6.000 m² (seis mil metros quadrados) e expõe permanentemente trinta esculturas tridimensionais de diversos artistas, entre eles Amílcar de Castro, Emanoel de Araújo, Amélia Toledo, Antonio Lizárraga, José Resende, Elisa Bracher e Nuno Ramos. O Jardim foi inaugurado em 1993 e promove a interação dos usuários do parque com a arte de forma natural e interativa.
Manter as ações de manutenção, garantindo o bom estado da infraestrutura e garantir que as atividades realizadas pelos usuários não interfiram na qualidade dos espaços, evitando depredações e usos inadequados.
O Pavilhão Japonês, sob gestão da Bunikyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social foi entregue ao Parque Ibirapuera pela colônia japonesa em 1954 nas comemorações do quarto centenário de São Paulo. O Pavilhão é uma réplica do Palácio Katsura, de Kyoto. Nele são expostos peças de cerâmica, trajes típicos e outros objetos de arte e artesanato. Além da edificação, o espaço conta com um jardim com árvores ornamentais e um lago com carpas. A área do Pavilhão Japonês tem um caráter contemplativo, mas também recebe algumas atividades ligadas a cultura japonesa.
As instalações do Pavilhão Japonês devem ser mantidas em boas condições, garantindo a preservação de suas características arquitetônicas originais.
O paisagismo do local, considerando a vegetação e o lago não devem ser alterados, considerando sempre a preservação das visuais do local.
O Pavilhão das Aves é a sede do Acervo Municipal de Naatídeos, composto por populações de cisnes, gansos e marrecos, utilizado para estocagem de ração, ferramentas e equipamentos para o manejo, além de dormitório para aves. É composto por casa e recintos externos com parte seca (terra) e parte úmida (água do lago) para facilitar o manejo e os tratamentos clínicos necessários.
O manejo dos anatídeos (cisnes, gansos e marrecos), que compõem o Acervo é feito a partir de diretrizes estabelecidas pela Divisão da Fauna Silvestre e compreende manejo nutricional, manejo anual, controle populacional, controle sanitário e fiscalização, realizados pela equipe técnica. As aves são mantidas de maneira semi-extensiva, com livre acesso.
As instalações devem ser mantidas em boas condições, sendo a reforma emergencial indispensável para adequação e facilitação do manejo dos animais, tais como: melhorias do piso pavimentado e da área recoberta por “solo de terra” para evitar a formação de calos nas patas dos anatídeos; substituição das bases estruturais das telas que revestem os recintos externos, além da troca do alambrado; construção de piscinas em alvenaria nos recintos externos que não apresentam porção úmida; aprofundamento das piscinas nos recintos externos que já possuem, de forma a garantir a natação dos animais; instalação de portas laterais deslizantes nos recintos próximos ao lago e dispostos lado a lado, visando à interligação dos mesmos; instalação de portas em sistema de cambiamento nos recintos externos; reforma de todas as rampas de acesso do lago ao Pavilhão, com piso não abrasivo e antitérmico, para garantir o declive/aclive suave; reforma da casa de madeira; implantação de estrutura para abrigar os tratadores (banheiro, cozinha e vestiário);implantação de área de manejo externa, abrigada e iluminada, para as atividades necessárias na manutenção do plantel.
A Praça da Paz, por suas generosas dimensões, chegou a comportar grandes eventos, os quais deixaram de ocorrer com a construção do Auditório, em 2005, e que hoje são considerados incompatíveis, devido à vocação ambiental da área.
A diretriz estabelecida pelo Plano Diretor de 2007 deverá ser mantida: “restaurar a área como centro geográfico do parque, local de relação contemplativa da paisagem e de isolamento urbano. Fazer jus ao nome do local incentivando o uso alternativo de espaço público urbano privilegiado (contemplativo e silencioso) e propondo novo uso e relação espacial com a paisagem, usuários e seus elementos formadores (fauna e flora). Proibir esportes tais como o futebol.”
Além disso, deverá ser promovida a aeração e a descompactação do solo com cobertura de areia e de composto orgânico para melhoria do gramado; aguardar o sementeamento (produção e dispersão das sementes) para realizar os cortes de grama; manter gramíneas atrativas de aves granívoras com maior altura: coleirinhos, pintassilgo, , bico-de-lacre,, canário da terra.
No local devem ser mantidas as atividades de caráter de lazer e contemplação, garantindo o bom estado ambiental do espaço em consonâncias com os usos antrópicos.
A UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), desenvolve e dissemina conhecimentos e práticas de educação para a sustentabilidade, baseados no respeito à vida e inspirados na Carta da Terra.
É composta por quatro equipes: Escola Municipal de Jardinagem, Formação, Difusão e Projetos e Astronomia e Astrofísica. São equipes formadas por profissionais de diferentes formações e saberes – biólogos, agrônomos, comunicadores sociais, pedagogos, sociólogos, geólogos, geógrafos, arquitetos, de saúde e mais, o que permite a concepção e o desenvolvimento de programas e atividades numa dimensão inter e transdisciplinar.
Conta com uma biblioteca – o Espaço Sapucaia – com livros, revistas e materiais sobre meio ambiente e cultura de paz, para uso dos professores, alunos e aberta à comunidade.
A UMAPAZ oferece cursos e atividades de formação, atividades de sensibilização e de reforço de saberes e práticas, em livre percurso de aprendizado, isto é, cada pessoa pode trilhar seu próprio caminho, iniciando o percurso a partir de seus interesses e sendo acompanhado e estimulado a inserir-se num processo articulado de capacitação. Assim, a programação é, intencionalmente, bastante diversificada em termos de conteúdos e de práticas.
Em termos de faixa etária, a UMAPAZ tem atividades apropriadas a crianças e adolescentes, como a Aventura Ambiental, programação destinada a jovens e adultos, procurando acolher, em seus programas, pessoas de diferentes faixas etárias, ocupações, formações e originárias de todas as regiões da cidade, fundamentada no poder da diversidade.
Realizar as ações de ações de manutenção, garantindo o bom estado da infraestrutura, de forma a manter as atividades de pesquisa e educação ambiental.
A Escola de Jardinagem, da qual faz parte o Campo Experimental, foi fundada em 1975 com o propósito de capacitar os jardineiros da Prefeitura de São Paulo e com o tempo, abriu seus cursos para o público, tendo em 2018 formado 500 turmas. Nas formas de cursos, oficinas, trilhas e palestras os temas estão sempre relacionados à educação ambiental com foco na jardinagem, no paisagismo, no manejo de plantas e assuntos voltados às questões socioambientais. Até junho de 2015 a escola atendeu 47.000 munícipes, atuando em parceria com outros equipamentos dentro do Parque Ibirapuera como Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO, o Viveiro Manequinho Lopes, a Divisão da Fauna Silvestre, o Herbário Municipal, o Museu de Arte Moderna – MAM, o Museu Afro Brasil.
Manter o Campo Experimental e incentivar as atividades de educação ambiental e o uso pela Escola de Jardinagem e CECCO. As edificações inseridas no Campo Experimental necessitam de reforma das instalações elétrica, hidráulica e de TI; piso e cobertura; reforma de caixilhos, esquadrias e portas; reforma e/ou nova instalação de louças e metais no caso de sanitários, vestiários, cozinhas e refeitórios; pintura interna e externa; reforma e/ou instalação de novos equipamentos e mobiliário, quando necessário, a depender do uso do espaço.
O Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO, no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde – SMS, é um serviço de saúde que compõe a rede de atenção psicossocial alocada em espaços públicos como praças e parques. Não se configura, portanto, como edificação de apoio operacional do parque, mas compartilha a edificação utilizada pela equipe de manejo.
O Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO, vinculado à Secretaria de Municipal de Saúde é um serviço de saúde que compõe a rede de atenção psicossocial alocada em espaços públicos com praças e parques ou outros vocacionados ao uso coletivo e à socialização dos munícipes, de acesso livre e gratuito. Os objetivos gerais do CECCO são Proporcionar o convívio social com a comunidade entre pessoas em situação de vulnerabilidade e a população geral, promovendo sua integração, promover cuidado em saúde mental, desenvolver ações que visem à inclusão social, ambiental, cultural e trabalho, incentivar a autonomia, a contratualidade de usuários e familiares e promover a Cultura de Paz.
A população beneficiada pelo CECCO inclui pessoas de qualquer faixa etária, condição de saúde, perfil sócio-cultural-econômico e de escolaridade, local de moradia ou trabalho e da diversidade de raça, gênero e credo, sobretudo segmentos populacionais em sofrimento mental, vítimas de violência, com necessidades decorrentes do uso de substâncias psicoativas, em situação de rua, bem como com deficiências e outras vulnerabilidades, que demonstrem vontade própria e interesse em participar de atividades.
A edificação ocupada pelo CECCO necessita de reforma das instalações elétrica, hidráulica e de TI; piso e cobertura; reforma de caixilhos, esquadrias e portas; reforma e/ou nova instalação de louças e metais no caso de sanitários, vestiários, cozinhas e refeitórios; pintura interna e externa; reforma e/ou instalação de novos equipamentos e mobiliário, quando necessário, a depender do uso do espaço.
A edificação atualmente ocupada pelo CECCO deverá permanecer com o uso atual destinado a serviços de pequeno porte e atividades de pesquisa e educação ambiental, sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMC).
A área conhecida com Praça de Jogos localiza-se próximo à Praça da Paz e parquinho central. Tem esse nome, pois possui instaladas mesas de concreto para prática de pingue-pongue e xadrez. Atualmente a estrutura é subutilizada.
Uma vez que a área é subutilizada, é recomendável pensar em novos usos para o espaço. Dado que fica próxima ao parquinho central é compatível e complementar a implantação de mesas de piquenique e módulos de sanitários.
Além disso, poderão ser instaladas mesas de piquenique, bebedouros, lixeiras, módulos de sanitários e outros mobiliários, como suporte para o melhor uso do local como espaço de reunião ou evento de pequeno porte, como festas de aniversário, piqueniques e outras comemorações.
As portarias se localizam nos portões de acesso ao parque e servem como abrigo aos funcionários que controlam o acesso de funcionários e visitantes do parque.
Foi identificada a necessidade de reforma das portarias dos portões 01/02 e 10, incluindo as marquises existentes, e implantação de 7 (sete) novas estruturas de portaria nos demais portões do Parque Ibirapuera – 03/04, 5, 6, 7, 8, 9 e 9A –, que poderá ser realizada por meio da instalação de um módulo replicável.
As novas instalações destinadas às portarias (centros de apoio aos usuários) poderão ser concebidas como parte do mobiliário do parque, de forma a garantir flexibilidade no atendimento aos usuários.
As portarias também poderão funcionar como centro de apoio aos usuários, de forma a agregar outras atividades, tais como a disponibilização de informações turísticas e da programação do parque, a venda de ingressos e tíquetes para eventos e serviços de alimentação, e devem estar disponíveis durante todo o período em que o parque estiver aberto.
Slack Line é uma prática esportiva de equilíbrio, no qual o esportista se equilibra sobre uma fita elástica entre dois pontos fixos, permitindo que ele ande e faça manobras. O esporte passou a ser realizado no Parque Ibirapuera, mesmo sem equipamento apropriado pelos visitantes do parque.
A área do redário está localizada próxima a Praça da Paz e possui estrutura para a instalação de redes para o público.
Deverá ser disponibilizado espaço adequado para práticas como Slack Line e instalação de redes, para que as mesmas não ocorram junto às árvores do Parque.
É vedado danificar, colher frutos, flores, retirar mudas, subir, escrever e amarrar redes, faixas, equipamentos ou outros objetos nas árvores do Parque. No caso específico da prática do slackline e utilização de redes, esses equipamentos deverão ser utilizados nas áreas próximas à Praça da Paz.
Atualmente a edificação onde estava instalada a antiga administração do parque está interditada por conta de um acidente com queda de árvore, que acabou comprometendo a estrutura da edificação e os materiais armazenados no local. As atividades realizadas no local foram transferidas para UMAPAZ e para Escola de Astrofísica.
Os edifícios não integram o conjunto arquitetônico protegido pelos órgãos de preservação do patrimônio e atualmente são utilizados na gestão do parque.
As edificações necessitam de reforma da cobertura, forros e drenagem, bem como reforma das instalações elétrica, hidráulica e de TI; piso e cobertura; reforma de caixilhos, esquadrias e portas; reforma e/ou nova instalação de louças e metais no caso de sanitários, vestiários, cozinhas e refeitórios; pintura interna e externa; reforma e/ou instalação de novos equipamentos e mobiliário, quando necessário, a depender do uso do espaço.
As edificações poderão receber outros usos tais comoapoio aos usuários, -sanitários, vestiários, serviços de alimentação, conveniência e suvenir, ou atividades relacionadas a educação ambiental, lazer, esporte e recreação, compatíveis com este setor do parque.
O Parque Ibirapuera possui oito sanitários públicos, dois deles sob a marquise, um no autorama, um no parquinho, um próximo ao portão 8, um na Escola de Astrofísica e um no MAM.
Melhorar o atendimento atual por meio da reforma de 4 (quatro) instalações de sanitários existentes: sanitário 04 (Autorama), sanitário 05 (parquinho), sanitário 06 (Portão 8) e sanitário 08 (MAM), ou substituí-los por novas instalações, de forma a aumentar sua capacidade de atendimento.
Implantar no mínimo 2 (duas) novas instalações de sanitários no parque, sendo uma na Praça Burle Marx/Serraria e outra próxima às quadras, que deverá estar associada à vestiários, como suporte para as atividades deste setor do parque, com padrão de qualidade mínimo igual ou superior aos sanitários existentes reformados.
Sempre que possível deve ser efetuada uma limpeza ecológica, com utilização de produtos e métodos de limpeza que não sejam nocivos ou que possam reduzir impactos ao meio ambiente e à saúde humana e da fauna.
No caso da implantação de novas estruturas não permanentes de sanitários, bem como na sua reforma ou restauro, deve-se considerar a implantação de sistema de captação e tratamento de água de chuva para reutilização em bacias sanitárias.
A reforma, ampliação e construção de novos sanitários deverá considerar a obrigatoriedade de instalação de sanitários acessíveis em todas as unidades.
A reforma, ampliação e construção de novos sanitários deverá considerar a obrigatoriedade de instalação de mictórios, fraldários e instalações sanitárias infantis, especialmente junto às áreas de maior concentração de crianças, tais como os parquinhos.
A reforma, ampliação e construção de novos sanitários deverá considerar a obrigatoriedade de instalação de vestiários, especialmente junto às áreas de prática esportiva, tais como quadras e pistas de caminhada.
As novas instalações destinadas a sanitários poderão ser concebidas como parte do mobiliário do parque, de forma a garantir flexibilidade no atendimento aos usuários, mantida, no mínimo, a taxa de permeabilidade atual do parque, devendo ser aprovadas pelos órgãos competentes.
Os sanitários deverão estar disponíveis durante todo o período em que o parque estiver aberto.
Devem ser mantidas limpas e com boas condições de higiene, efetuando a remoção dos resíduos dos cestos, bem como a limpeza do piso e dos vasos sanitários, com aplicação de produtos desinfetantes e outras ações adequadas ao cumprimento dos encargos, na frequência necessária para tanto. Devem ser fornecidos os suprimentos de higiene necessários ao bom funcionamento dos sanitários, tais como papel higiênico, sabonete, papel para secar as mãos e/ou equipamentos de secagem.
Durante eventos em espaços livres, de forma a prevenir e corrigir eventuais impactos causados ao parque e ao seu uso no menor tempo possível, adotando medidas como alocação de sanitários químicos e lixeiras, para o atendimento a eventos específicos.
As três lanchonetes do Ibirapuera foram construídas para atender a demanda por alimentação no parque.
Realizar a reforma das 3 (três) lanchonetes existentes ou substituí-las por novas instalações de serviços de alimentação, conveniência e venda de souvenir, de forma a melhorar a área de atendimento e a qualidade dos espaços de alimentação no parque.
As lanchonetes do parque devem atender às diretrizes da Divisão da Fauna Silvestre (DFS) para mitigar a atração de fauna silvestre, fauna sinantrópica (pombos, ratos e baratas) e animais domésticos abandonados.
Melhoria da qualidade dos serviços e produtos ofertados.
Utilizar lixeiras com tampa para evitar entrada de animais;
Priorizar a limpeza e manutenção diária do local, evitando atração e instalação de fauna sinantrópica;
Remover o lixo diariamente, acondicionando-o em local fechado até sua remoção do parque;
Providenciar dedetização junto a Unidades de Vigilância de Saúde – SUVIS, quando da instalação da fauna sinantrópica;
Promover um programa de educação ou informação ambiental aos munícipes frequentadores quanto à importância do descarte correto dos restos de alimentos e resíduos.
Os equipamentos do parquinho próximo à Marquise estão em bom estado de conservação. Existem brinquedos acessíveis no local.
O parquinho central necessita de melhorias, visando à qualidade dos brinquedos e a segurança das crianças. O espaço possui grande potencial por estar em uma região central do parque.
Serão garantidas, no mínimo, uma área de recreação infantil no Setor Ambiental e uma área no Setor Cultural.
Para o parquinho próximo à Marquise deverá ser realizada a manutenção e a conservação constante dos brinquedos existentes, de modo a preservar a segurança de seus pequenos usuários.
No parquinho central poderão ser instalados equipamentos lúdicos e que fomentem a educação ambiental sobre os diversos elementos naturais do parque.
Em ambas as áreas deverá ser realizada a reforma e adequação dos parquinhos do parque, em atendimento às normas aplicáveis, considerando a integração dos equipamentos à paisagem do parque com a natureza, bem como o atendimento às normas de segurança da ABNT, com: (i) implantação de equipamentos lúdicos, incluindo equipamentos acessíveis, que fomentem a educação ambiental, estimulem a interação com o ambiente em que estará instalado e provoquem a percepção dos usuários sobre a flora e a fauna; (ii) implantação de equipamentos lúdicos que permitam a interação entre crianças de faixas etárias distintas, favoreçam a interação entre crianças e adultos, instiguem ações do brincar, trabalhem com habilidades motoras finas e brutas, habilidades sensoriais e sociais das crianças; (iii) ampliação e implantação de novas áreas reservadas para crianças de 0 (zero) a 7 (sete) anos; (iv) implantação de áreas de descanso com MOBILIÁRIO como bancos e bebedouros; (v) melhoria dos pisos.
Além dos brinquedos, os espaços precisam ser melhor equipados com mobiliário, tais como bancos e bebedouros, dando maior conforto aos usuários.
Dada a grande demanda de usuários com animais de estimação, o acesso de cães aos parques municipais é garantido (Portaria nº 04/SVMA/2005).
Há, entretanto, aspectos de manejo e gestão a serem observados, devido problemas rotineiros nos parques como agressões a munícipes, potencial de predação à fauna silvestre, contaminação ambiental causada por ectoparasitas e endoparasitas com transmissão entre cães, à fauna silvestre e aos frequentadores do parque ( zoonoses).
Desta forma, é garantido o acesso de cães aos parques municipais, desde que com coleiras e guias. No caso das raças mastim napolitano, pit bull, rottweiller e american staffordshire terrier deverão utilizar coleira, guia curta de condução, enforcador e focinheira (Portaria nº 04/SVMA/2005).
O único espaço adequado à soltura de cães dentro dos parques municipais é o cachorródromo, regulado pela Portaria nº 99/SVMA/2016.
Atualmente o Parque Ibirapuera não conta com cachorródromo, existindo demanda por este tipo de equipamento.
Implantação de cachorródromo caracterizado como “o local apropriado à soltura de cães dentro do parque, sendo consideradas apropriadas áreas com incidência de luz solar direta, observada a taxa de permeabilidade do parque, cercado, com altura mínima de 1,5m, e área de cambiamento na entrada/saída, que impossibilite a abertura de ambas as portas simultaneamente pelo munícipe, para prevenir fugas”. (Portaria nº 99/SVMA/2016).
O cachorródromo poderá ser implantado no setor Ambiental, onde foram previamente identificadas duas áreas propícias à sua implantação: uma próxima ao Portão 5, na antiga área de treinamento dos cães da polícia militar; e outra próxima ao Portão 6, entre a Praça Burle Marx e a Praça do Porquinho.
A instalação do Cachorródromo demanda ainda a adequação do Regulamento de Uso do Parque onde deverão constar as regras de uso do local.
O Pavilhão de Culturas Brasileiras (PACUBRA) está situado no Subsetor Cultural e integra o conjunto de edificações e elementos arquitetônicos protegidos pelos órgãos de preservação do patrimônio, construídos para os festejos do IV Centenário. A edificação apresenta área total aproximada de 11 mil m² (onze mil metros quadrados), distribuídos em um pavimento térreo, primeiro andar e subsolo. O edifício que hoje abriga o PACUBRA foi utilizado por quase quatro décadas pela Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (PRODAM). Por conta disso, sua configuração original passou por uma série de intervenções para que pudesse receber as atividades da Companhia.
O PACUBRA foi implantado em 2010 no edifício intitulado Engº Armando de Arruda Pereira, criado para abrigar as coleções de cultura tradicional pertencentes à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Sua criação foi motivada pela ação movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo para que a municipalidade se responsabilizasse pela preservação e difusão do acervo do antigo Museu de Folclore Rossini Tavares de Lima.
A partir de então, outros conjuntos museológicos foram incorporados à nova instituição, como a coleção etnográfica do Departamento do Patrimônio Histórico DPH e aquisições por compra e doações de peças de cultura indígena, de design e de arte popular. Com mais de 15.000 itens em diferentes suportes (papel, plumária, barro, metal, vidro, madeira, fibra vegetal, têxtil, borracha) , o acervo encontra-se acondicionado em cerca de 1200 volumes distribuídos em caixas e pacotes de papelão, caixas de madeira, mapotecas e estantes de metal.
Aberto ao público em 2010 com a exposição “Puras Misturas” e proporcionando diferentes atividades, tais como: mostras, seminários, apresentações artísticas e oficinas, o edifício ocupado pela instituição no Parque do Ibirapuera apresentava condições precárias para abrigar um equipamento cultural de guarda museológica. Neste sentido, a partir de projeto elaborado pelo escritório do arquiteto Pedro Mendes da Rocha, a reforma e a adaptação do prédio foram iniciadas em etapas, que compreendem desde a troca da cobertura, restauro das fachadas, reformulação da estrutura hidráulica e elétrica, até a construção de espaços específicos como reserva técnica, áreas expositivas, auditório e salas para o educativo.
Como medida preventiva de proteção das obras durante a reforma o acervo foi acondicionado, evitando-se ao máximo seu manuseio e movimentação, no aguardo de condições tanto de mobiliário quanto de estrutura para que uma equipe técnica possa organizá-lo conforme os princípios de preservação. A primeira e a segunda fases ocorreram entre 2011 e 2013, com ações como a substituição do telhado, restauro da fachada, parte instalações elétricas . Suspensa desde o primeiro semestre de 2013, a reforma foi retomada em 2016 com recursos oriundos do BNDES sob a responsabilidade do Instituto Pedra. A obra foi novamente paralisada em 2017, estando, desde aquela época, com boa parte do piso térreo em condições inadequadas para qualquer tipo de uso.
A edificação foi reformada parcialmente no âmbito do Contrato de colaboração financeira celebrado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) – contrato nº 12.2.0674.1, e abriga importantes acervos municipais da cultura popular brasileira como a coleção Rossini Tavares de Lima (Museu do Folclore), registro da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, peças da Biblioteca Mário de Andrade, que ocupam cerca de um terço da área do pavimento superior do pavilhão.
Finalização da reforma do edifício compreendendo a reforma do pavimento térreo, a instalação de equipamentos de ar condicionado, elevadores, cabine primária, gerador e brises em todo o edifício, além da reforma das calçadas externas à edificação.
A ocupação do edifício deverá obedecer aos requisitos mínimos e/ou máximos das áreas pertencentes ao concessionário e a instituição como estabelecidos pelo plano diretor do parque.
Cabe destacar que o uso será compartilhado e envolve a ocupação de parte do prédio por uma instituição museológica, comprometida com a preservação e integridade de bens culturais em diversos suportes. Dessa forma especificidades e restrições deverão ser respeitadas prevendo as normatizações estabelecidas nas legislações e acordos internacionais de preservação do patrimônio cultural (seja museológico ou edificado, pois neste caso o prédio também é compreendido como acervo).
O piso superior que abriga as áreas técnicas de guarda e preservação do acervo do Museu das Culturas Brasileiras deverá ser ocupado de forma que possa garantir à instituição o espaço necessário para ações culturais e de valorização do acervo, promover a permanência de usos museológicos e ambientes para circulação e manipulação de acervos por todo espaço destinado aos usos especificados.
Recomenda-se apresentar o layout de distribuição do mobiliário pelo espaço em formato .PDF para avaliação dos núcleos de museologia e arquitetura.
O projeto deverá ser encaminhado para aprovação dos órgãos de preservação do patrimônio responsáveis pelo tombamento do imóvel nas estâncias em que a legislação incidir (CONPRESP-DPH, CONDEPHAT E IPHAN).
O layout proposto para o pavimento não poderá ser configurado de forma que:
Cabe ao Departamento dos Museus Municipais (DMU/SMC), mantenedor e responsável legal desse rico acervo, estipular as condicionantes para uso compartilhado do prédio, prevendo as atividades de cunho museológico e as demais ações que poderão ser desenvolvidas pelo concessionário que ocupara 2/3 do prédio.
Um dos princípios presentes no “Código de Ética do ICOM para Museus” afirma que “os museus têm o dever de adquirir, preservar e valorizar seus acervos, a fim de contribuir para a salvaguarda do patrimônio natural, cultural e científico” (ICOM, 2009 p. 14). Entre os elementos que constituem esse documento, destacam-se os relacionados à proteção dos acervos.
Preservar significa proteger, defender, resguardar o bem cultural de algum dano ou perigo futuro, a fim de assegurar a sua disponibilidade contínua. Para isso, são necessárias medidas que retardem a deterioração e previnam danos às peças museológicas. As causas principais da deterioração de um bem cultural são ambientais: luz, temperatura, umidade e gases atmosféricos. Além desses, existem os danos decorrentes da manipulação, armazenagem e exposição inadequadas; de reações químicas provocadas por materiais reativos; e também danos devido a infestações biológicas causadas por microorganismos, plantas, insetos e animais. Vale ressaltar que não são raros os casos de danos irreversíveis, causados por situações de degradação mal interpretadas e intervenções de conservação inadequadas.
Ao longo dos últimos anos e por conta das obras de reforma e restauro do prédio do Pavilhão das Culturas Brasileiras esse acervo foi transferido o segundo andar do prédio da Oca, também localizado no Parque do Ibirapuera, onde ele permaneceu por um ano até o seu retorno ao primeiro pavimento do prédio, no qual foram construídas as novas reservas técnicas do Museu.
Além de um urgente trabalho para a preservação física das coleções é de extrema importância a organização documental do acervo e sua história institucional de um equipamento público ainda não consolidado no cenário cultural da cidade de São Paulo. Estes processos são a base para a criação de um sistema organizacional que permita a conservação, pesquisa e extroversão de cada coleção, a começar pela do Museu do Folclore Rossini Tavares de Lima, cerne para a criação do Pavilhão das Culturas Brasileiras.
O estado de conservação de um objeto está intrinsecamente ligado ao material no qual foi elaborado, na trajetória das condições de armazenagem e exposição e nas condições ambientais a que ele está sendo submetido.
Esse preâmbulo foi necessário para informar que, apesar do prédio do não estar com equipamentos de climatização instalados, tal situação não é impeditiva para o acondicionamento do acervo naquele prédio. Compreendemos que, ao longo de sua existência, estas coleções não foram acondicionadas em espaços com climatização, e por anos se adaptaram as condições ambientais do Parque Ibirapuera. Desta forma, nossa maior preocupação está condicionada a outros fatores, tais como: clima local, segurança predial, vedamento das áreas de guarda do acervo, tipo de acesso às coleções pelos visitantes (características, número e frequência etc) e constante monitoramento dos índices de umidade relativa do ar (UR) e temperatura.
Como exemplo de conduta para guarda de acervo semelhante podemos citar o caso do Museu do Índio (RJ), que possui um acervo tão delicado quanto o nosso e, no entanto, não possui em seus espaços de guarda sistema de climatização, porém seus acervos apresentam estabilidade no seu processo de degradação (natural para qualquer acervo, seja ele climatizado ou não).
Considerando, portanto, que caberá ao concessionário o término das obras de revitalização do prédio, paralisadas em 2017, seguem algumas propostas de adequações que possam auxiliar o trabalho de preservação das coleções que estão no referido prédio:
Com relação ao uso do prédio compartilhado entre o DMU/SMC e o concessionário ainda são necessárias o atendimento às seguintes observações:
Tais ações foram pontuadas embasadas nas legislações vigentes de proteção ao patrimônio museológico brasileiro (Lei Federal 11.904/2009, Decreto Federal 8.124/2013) e das normativas museológicas internacionais (Código de Ética do Conselho Internacional de Museu – ICOM).
Tendo em vista os acidentes recorrentes com aves que colidem nas fachadas de vidro das edificações como da Bienal, sugere-se intervenções nesses vidros como a troca por vidros antirreflexo ou intervenções com quadrículas que permitam que as aves identifiquem a barreira.
Monitorar os casos de acidentes relacionados a fauna, principalmente as aves acidentadas. Todos os casos devem ser reportados a Divisão da Fauna Silvestre, a fim de mitigar os problemas.
A edificação da Bienal, de responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo, possui 250 (duzentos e cinquenta) metros de comprimento por 50 (cinquenta) metros de largura, com área total aproximada de 28 mil m² (vinte e oito mil metros quadrados). A estrutura permite que não haja interferências nas fachadas trabalhadas em caixilharias e brises soleil, além de permitir uma maior liberdade nas lajes marcadas pelas formas sinuosas. A edificação possui dois andares, um mezanino e um subsolo.
A edificação é gerida pela Fundação Bienal de São Paulo e apresenta boas condições de infraestrutura, atendendo as demandas dos eventos que ocorrem. A Bienal atrai centenas de pessoas em seus eventos, influenciando nas dinâmicas do parque, sobretudo o que diz respeito aos acessos e estacionamentos.
Tendo em vista os acidentes recorrentes com aves que colidem nas fachadas de vidro das edificações como da Bienal, sugere-se intervenções nesses vidros como a troca por vidros antirreflexo ou intervenções com quadrículas que permitam que as aves identifiquem a barreira.
Monitorar os casos de acidentes relacionados a fauna, principalmente as aves acidentadas. Todos os casos devem ser reportados a Divisão da Fauna Silvestre, a fim de mitigar os problemas.
O Museu Afro Brasil, de responsabilidade da Secretaria da Cultura e Economia Criativa – Governo do Estado, fica alocado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, outra edificação conectada a marquise. Possui uma área de 12 mil m² e um acervo de aproximadamente seis mil obras produzidas entre o século XVIII e os dias de hoje. O acervo trata ligados ao universo cultural africano e afro-brasileiros, relatando a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.
Há exibição na exposição de longa duração além das exposições temporárias. A edificação de onze mil metros quadrados possui três pavimentos, e conta com Auditório e Biblioteca.
A edificação possui um extenso volume apoiado em colunas inclinadas a 45º, que permitem a circulação de pedestres na área coberta no térreo da edificação. As vedações são em caixilhos e paredes de concreto.
Tendo em vista os acidentes recorrentes com aves que colidem nas fachadas de vidro das edificações como da Bienal, sugere-se intervenções nesses vidros como a troca por vidros antirreflexo ou intervenções com quadrículas que permitam que as aves identifiquem a barreira.
Monitorar os casos de acidentes relacionados a fauna, principalmente as aves acidentadas. Todos os casos devem ser reportados a Divisão da Fauna Silvestre, a fim de mitigar os problemas.
A Escola Municipal de Astrofísica Aristóteles Orsini (EMA) e o Planetário estão situados na Zona Cultural do Parque. A Alameda Cósmica e a Rosa dos Ventos, próximas, foram idealizadas como suportes didáticos de suas atividades.
Tanto o Planetário quanto a Escola de Astrofísica foram projetados pelos arquitetos Roberto Goulart Tibau, Eduardo Corona e Antonio Carlos Pitombo. Entretanto, o Planetário foi construído em 1957, nas comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo, e a Escola de Astrofísica foi inaugurada em 1961 (7 anos após as comemorações do IV Centenário).
O Planetário conta 775m² de área construída, e hoje tem visitas guiadas e apresenta sessões de cúpula temáticas, onde são projetadas constelações, planetas, galáxias, com monitoria de especialistas da área.
O edifício foi reaberto ao público em Janeiro/2016, após conclusão de reforma que, além de trazer melhorias a edificação, pôs em funcionamento o aparelho de projeção, sem uso por falta de reposição de peças.
A Escola de Astrofísica conta com 1.213m² (mil duzentos e treze metros quadrados), divididos em 6 pavimentos intercalados a meio nível, onde são ministrados cursos sobre astronomia e ciências afins.
Em 2004 o projeto passou por restauro que lhe acrescentou salas de aula no subsolo.
Atualmente a EMA divide seu espaço com a equipe administrativa do parque, após a sede da administração ter sido atingida pela queda de uma árvore em dezembro/2014.
Reforma e manutenção Planetário considerando: Melhorias nos sistemas de projeção e áudio das cúpulas; Implantação de sistema de som no saguão; Instalação de desumidificadores, geradores e nobreaks; Substituição de poltronas; Sinalização e comunicação visual.
Reforma e manutenção EMA considerando: Reforma nos pavimentos no subsolo para sanar os pontos de infiltração existentes e prevenir o surgimento de novos pontos; Reforma dos lanternins das salas do subsolo de forma a aumentar sua eficácia; Manutenção dos elevadores de forma a colocá-los em pleno funcionamento, atendendo, assim, a acessibilidade; Manutenção para o pleno funcionamento do sistema de ar-condicionado; Reforma do calçamento perimetral em mosaico português;
Todas as reformas deverão estar em consonância com os órgãos do patrimônio histórico, buscando as tecnologias mais recentes para atualização;
A conservação geral de ambos os edifícios deverá considerar: Manutenção e conservação predial permanentes (limpeza, calhas, pintura, ar-condicionado, elevadores, hidrantes); Manutenção e conservação dos equipamentos tecnológicos sensíveis (telescópios, espectroscópios, celostato, displays digitais, antenas para radio-observação, equipamento de projeção, dentre outros).
Deverá ainda ser garantido um estoque mínimo de reposição de peças com maior índice de quebra e de peças cujas vidas-úteis estejam chegando ao fim.
Deverá ser provido um corpo de especialistas técnicos e gestores capacitados para a operação do Planetário e Escola Municipal de Astrofísica; manutenção de um quadro de profissionais para atender as demandas de limpeza e segurança; manter programação permanente, incluindo sessões, exposições e programação cultural.
Tendo em vista os acidentes recorrentes com aves que colidem nas fachadas de vidro das edificações como da Bienal, sugere-se intervenções nesses vidros como a troca por vidros antirreflexo ou intervenções com quadrículas que permitam que as aves identifiquem a barreira.
Monitorar os casos de acidentes relacionados a fauna, principalmente as aves acidentadas. Todos os casos devem ser reportados a Divisão da Fauna Silvestre, a fim de mitigar os problemas.
A Praça Burle Marx conta com 15.970m² (quinze mil novecentos e setenta metros quadrados) e foi entregue ao público em 1993. Seu projeto incorporou o galpão, conhecido como Serraria, e a edificação do Bosque da Leitura (ação de incentivo à leitura da Secretaria de Cultura), pré-existentes. Além de propiciar a convivência e a apropriação do espaço pelos usuários do parque, dado suas generosas dimensões, comporta eventos de pequeno porte de baixo impacto, tais como práticas corporais, yoga, meditação, contação de histórias e pequenas feiras e exposições.
Reforma da Praça com recuperação da fonte de água e substituição do piso impermeável atual por pavimento semipermeável ou permeável, respeitando o desenho existente.
Divulgar e conscientizar os usuários do parque quanto o caráter peculiar da Praça Burle Marx como de serviços ambientais, de transição entre o parque e viveiro e proteção à fauna silvestre;
Acionar a Secretaria Municipal de Cultura para entendimentos quanto à gestão do Bosque da Leitura.
O Viveiro Municipal Manequinho Lopes é área consolidada desde 1928, implantado com o objetivo de produzir e fornecer mudas para a Cidade. A Divisão de Produção e Herbário Municipal DPHM/SVMA é a responsável pela manutenção do Viveiro Manequinho Lopes, bem como dos outros viveiros municipais instalados (Viveiro Arthur Etzel, Parque do Carmo e Viveiro Harry Blossfeld, Parque Cemucam), produzindo e fornecendo mudas de plantas destinadas aos plantios realizados nas áreas públicas municipais (Parques, Subprefeituras, Escolas e demais unidades da PMSP), bem como promover a arborização e o ajardinamento de áreas da municipalidade. Desenvolve também pesquisa e experimentação visando o aprimoramento da produção de mudas.
Atualmente o viveiro mantém mais de mil espécie de plantas; matrizes estas utilizadas para propagação através de suas sementes e demais partes vegetativas. O banco de germoplasma vegetal abriga espécies raras e ameaçadas de extinção, que são mantidas cultivadas nas quadras, estufas, estufins e ripados do Viveiro Manequinho Lopes.
O Herbário Municipal da Prefeitura do Município de São Paulo iniciou suas atividades em 1984, recebendo atribuição legal em 1986. Desde 1998, está registrado no Index Herbariorum (registro internacional de herbários coordenado pelo New York Botanical Garden) sob o acrônimo PMSP. É instituição fiel depositária cadastrada no CGEN/MMA (Comissão de Gestão do Patrimônio Genético do Ministério do Meio Ambiente) desde 2004 e integra a Rede Brasileira de Herbários da Sociedade Botânica do Brasil.
O Herbário Municipal gerencia um acervo composto, em junho de 2019, por mais 19.000 amostras vegetais (exsicatas), que constituem documentação histórica e geográfica da flora e vegetação principalmente da região do Município de São Paulo. Serve de suporte para diversos estudos técnicos, científicos, educacionais e de planejamento. Atende demandas de diversos setores da SVMA, além de outras Secretarias como a Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde e Sub-Prefeituras. Mantém intercâmbio com outros herbários nacionais e estrangeiros e atende pesquisadores da área. Destacamos alguns projetos que o Herbário Municipal participou ou ainda participa: ‘Conheça o Verde’ (série de roteiros botânicos dos Parques Urbanos Municipais), Atlas Ambiental do Município de São Paulo, Projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo (financiado pela FAPESP), Projeto de soltura e manejo de bugios (financiado pelo FEMA), Programa Municipal de Produção de Fitoterápicos, PMMA (Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica), Reflora (Herbário Virtual, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente – Jardim Botânico do Rio de Janeiro), Estudo Etnobotânico Participativo (financiado pela FAPESP). Ao longo de mais de trinta e cinco anos de trabalho como Seção Técnica, o Herbário Municipal foi subordinado a diferentes divisões e departamentos. Desde 2019, está vinculado ao DPHM – Divisão de Produção e Herbário Municipal, contudo, sempre manteve a especificidade de suas atribuições.
A Divisão da Fauna Silvestre -DFS, possui atribuições voltadas especificamente para atividades de proteção, conservação e preservação da fauna silvestre no Município de São Paulo. Presta atendimento médico-veterinário com suporte laboratorial aos animais silvestres de vida livre resgatados e aos oriundos de ações de combate ao tráfico. Além das atividades voltadas ao atendimento da fauna silvestre, a Divisão conta com uma equipe que realiza vigilância ativa nos Parques, com vistas aos agravos às espécies de vida livre, bem como ações e monitoramento relacionados à fauna dos lagos e manejo do Acervo Municipal de Anatídeos nos Parques Municipais. Responde ainda pelo Acervo Municipal de carpas coloridas mantidos nos espelhos d´água existentes nos parques e do Gabinete do Prefeito. Por fim, mas não menos importante, a Divisão de Fauna executa o levantamento e monitoramento de fauna silvestre e elabora pareceres técnicos, em âmbito municipal, relacionados a obras e empreendimentos que podem impactar a fauna.
Com vistas a ampliar potencial produtivo e de atendimento das áreas técnicas que compõe a Subzona de Educação Ambiental é de fundamental importância a execução do Projeto de Revitalização do Viveiro Manequinho Lopes, Fauna e Herbário, concluído em 2012, e sob custódia da Divisão de Implantação, Projetos e Obras – DIPO.
A pista de cooper não faz parte do projeto original do parque, mas foi implantada em atendimento às novas demandas de hábitos de lazer e saúde que se anunciavam na década de 1970. Foi implantada próxima à Avenida IV Centenário e tem percursos que podem variar entre 1200 e 1500 metros, com marcação a cada 100 metros. A pista em terreno plano, sob maciço arbóreo, tem um leito coberto por pedriscos, delimitado por toras de eucalipto. Ao longo de seu percurso estão dispostos equipamentos variados de ginástica.
As pistas de caminhada representam as principais áreas impermeabilizadas do Parque, seguidas das edificações. Portanto, nestas áreas há um potencial para o aumento de área permeável pela substituição dos tipos de pavimentação utilizados. Com essa premissa, os pisos das pistas de caminhadas secundárias deverão ser substituídos por pavimentos permeáveis. Isso é possível, pois o fluxo de pessoas nesses percursos é menor do que nos caminhos principais. Esta nova pavimentação retomará um caráter mais natural do Parque, além de melhorar a sensação térmica para os usuários. Para os caminhos principais deverão ser previstas melhorias pontuais na manutenção da pavimentação. Além dessa questão fundamental para a qualidade das pistas de caminhadas, outra questão é sobre a sinalização ao longo do percurso. Neste sentido, deverá ser proposta uma nova sinalização e comunicação visual por todo o trajeto.
As ciclofaixas somam 300 metros e auxiliam no ordenamento do usos nos passeios principais do Parque Ibirapuera. Implantada em 2004, foi reformada em 2011 pelo Termo de Cooperação 03/SVMA/2010, com a Volkswagen. Além das bicicletas dos próprios visitantes, no parque é possível alugá-las próximas ao Portão 3.
A ciclovia infantil do Parque Ibirapuera é uma área que está atualmente subutilizada. Em 2017 parte de sua pavimentação foi removida como contrapartida ao Termo de Cooperação com a Nike para o campo de futebol.
Demolição da Ciclovia Infantil. Essa área deve ser permeabilizada, uma vez que seu uso original não foi mantido e parte dela já foi demolida.
Considerando a grande demanda de uso, ações de conservação periódicas são necessárias.
Além disso, deverão ser promovidas ações de conscientização de pedestres de ciclistas e a realização de melhorias na sinalização horizontal com implantação de medidas de moderação do tráfego (traffic calming) como quebra-molas, diferenciação de pavimento e ordenamento de fluxos de tráfego, visando a aumentar a segurança dos deslocamentos de pedestres.
O Parque Ibirapuera possui 8 quadras poliesportivas e 1 campo de futebol no subsetor de esporte. Em 2017, 7 quadras foram reformadas e receberam infraestrutura como redes, traves e alambrado.
Realizar a manutenção periódica das quadras, evitando acidentes por conta de infraestruturas inadequadas.
Implantar vestiários para atender a demanda dos usuários que praticam esporte no local. A implantação pode ser feita a partir de estruturas móveis, como mobiliários urbanos, ressaltando-se que quaisquer implantações de novas estruturas devem ser aprovadas pela SVMA e órgãos de patrimônio histórico.
Recuperação do piso de duas quadras secundárias, sendo uma localizada próxima à atual pista de bicicleta infantil e outra próxima à quadra de voleibol/badminton, de modo a permitir o uso esportivo e seguro desses equipamentos.
O parque possui bolsões de estacionamento localizados no Autorama (portões 3 e 4), à Bienal, MAM, Oca e portão 7, além das vagas em vias próximas a Bienal e Oca. O espaço para estacionamento hoje conta com pavimentos impermeáveis. Além disso, existem vagas operacionais no acesso do portão 10, próximo ao Museu Afro, utilizadas principalmente em eventos realizados dentro do parque.
Poderá ser realizada a substituição dos pisos dos estacionamentos por pavimentos permeáveis, de forma a ampliar a área permeável do parque, inclusive como compensação para a instalação de novos atrativos e instalações de serviços de apoio aos usuários.
Não será permitida a instalação de novas áreas de estacionamento e a ampliação das áreas existentes. As vagas dentro das áreas dos estacionamentos existentes poderão ser remodeladas.
Deverão ser instalação de equipamentos nos estacionamentos, tais como cancelas, sinalização horizontal e vertical, e câmeras de segurança em níveis suficientes, necessários para o controle e organização do serviço prestado.
Os estacionamentos deverão estar disponíveis durante todo o período em que o parque estiver aberto.
Deverá ser elaborado um plano de circulação viária interno ao Parque, de forma alinhada com CET, de forma a organizar os fluxos de veículos para que não causem impacto ao uso do parque, destacando ações e regramentos a serem aplicados nos casos de eventos.
O plano de circulação viária deverá considerar medidas de moderação do tráfego (traffic calming) como quebra-molas, diferenciação de pavimento e ordenamento de fluxos de tráfego, visando a aumentar a segurança dos deslocamentos de pedestres.
As vagas operacionais no acesso do portão 10, próximo ao Museu Afro, poderãoser mantidas, como apoio, principalmente, à realização de eventos dentro do parque.
A Marquise do Ibirapuera é uma ampla estrutura que faz parte do conjunto projetado por Oscar Niemeyer, responsável pela conexão entre os edifícios que hoje possuem vocação cultural e de lazer. Possui uma área de cerca de 28 mil m², com estrutura em concreto armado com pouco mais de cem pilares de 50 cm de diâmetro e 8 pilares em V nas suas extremidades.
Com o passar dos anos a estrutura foi tomando uma grande importância por conta dos usos intensos que passou a receber. O extenso espaço coberto é amplamente usado por encontro de jovens, skatistas e patinadores, e na realização de feiras. Além disso, também abriga o Museu de Arte Moderna (MAM), sanitários e um restaurante, hoje desativado. Dados todos os usos que passou a ter, problemas de incompatibilidade de atividades acontecem, tornando-se necessário o zoneamento das atividades e usos, bem como seu monitoramento.
A Marquise passou por uma grande reforma finalizada em 2012, onde foram reparadas partes de cobertura, refeita a impermeabilização e renovado o sistema de iluminação.
Organização e monitoramento das atividades realizadas no local por meio de um zoneamento de usos, permitindo o uso compartilhado adequado entre todas as atividades ali realizadas.
Realização de melhorias na edificação: (i) impermeabilização da cobertura entre as juntas de dilatação do trecho onde se localiza o antigo restaurante “The Green”; (ii) conserto dos pontos de vazamento no restante da cobertura; (iii) colocação de pastilhas em trechos de toda a platibanda; (iv) reforma das instalações elétrica, hidráulica e pintura do depósito sob a MARQUISE; e (v) instalação de mictórios nos sanitários sob a MARQUISE.
Possibilidade da implantação de áreas de estar e descanso, que se relacionem com as atividades permitidas no local.
Reforma do antigo restaurante (hoje sem uso) como suporte para uma nova instalação de serviços de alimentação, conveniência e souvenir. A reforma deverá contemplar a demolição da parte do restaurante fora da marquise, e implantar uma estrutura leve, transparente e de baixo impacto visual, que permita a permeabilidade física e visual do espaço.
Bancos: Apresentam-se em distintos estados de conservação, uns em bom estado e outros deteriorados
Lixeiras: Apresentam-se em distintos estados de conservação, uns em bom estado e outros deteriorados, além disso, são insuficientes e inadequados para atender o volume de resíduos produzidos nos dias de grande movimento do parque.
Bebedouros: Apresentam-se em distintos estados de conservação, uns em bom estado e outros deteriorados, além disso, são insuficientes para atender o volume de usuários do parque, principalmente aos finais de semana.
Paraciclos: Atualmente o parque não disponibiliza paraciclos aos seus usuários.
O mobiliário deverá contar com equipamentos acessíveis em todo o parque e equipamentos específicos para crianças e animais de estimação.
Todos os equipamentos novos deverão utilizar materiais duráveis e que visem principalmente o conforto dos usuários.
Além disso, devem ser pensados de modo integrado, com linguagem visual apropriada e padronizada, de modo a valorizar positivamente a paisagem do parque.
A instalação de novos bancos deverão considerar as seguintes tipologias:
Aberto ao público em 1954 para os festejos do IV Centenário da fundação da cidade de São Paulo, o Parque Ibirapuera, nestes 65 anos evoluiu no tempo, inclusive quanto ao uso da vegetação do projeto paisagístico de Otávio Augusto Teixeira Mendes, sem que o parque perdesse a sua identidade, a força e a característica do projeto.
Esta dinâmica do tempo sobre o espaço deve nortear os diagnósticos, diretrizes e ações de projeto do parque, com planos de ações de curto, médio e longo prazos. E dentre as demandas prioritárias insere-se a garantia fruição do parque pelas pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, sob os princípios do Desenho Universal.
O conceito de Desenho Universal está definido conforme legislação vigente e normas técnicas. As Leis 13.146/2015 e 10.098/2000, o definem como:
Desenho Universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;
Este conceito propõe um desenho centrado no ser humano e na sua diversidade. Estabelece critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos que atendam a um maior número de usuários, independentemente de suas características físicas, habilidades e faixa etária, favorecendo a biodiversidade humana e proporcionando uma melhor ergonomia para todos. Para tanto, foram definidos sete princípios do Desenho Universal, que passaram a ser mundialmente adotados em planejamentos e obras de acessibilidade:
Curto Prazo: 1 ano. Desenvolvimento e aprovação de projetos.
As diretrizes ora apresentadas deverão ser concluídas até 1 (um) ano após a aprovação deste Plano Diretor:
Curto prazo: 2 anos. Implantação de sinalização visual e rota prioritária.
As diretrizes ora apresentadas deverão ser concluídas até 2 (dois) ano após a aprovação deste Plano Diretor:
Médio prazo: 5 anos. Passeios externos e caminhos secundários.
As diretrizes ora apresentadas deverão ser concluídas até 5 (cinco) ano após a aprovação deste Plano Diretor:
Longo prazo: 10 anos. Acessibilidade Universal no parque.
O plano diretor é um documento de gestão que, neste caso, deverá ser revisado e atualizado no prazo de dez anos. Ele deve conter um sistema de monitoramento e avaliação que permita verificar a eficiência da gestão e o cumprimento das diretrizes propostas, compreendendo a coleta e sistematização de dados, bem como a interpretação destes. É nesse contexto que os indicadores se tornam importantes, pois permitem a análise e comparação de parâmetros do ambiente, de eventos e de situações específicas ao longo do espaço e do tempo.
Desculpe, mas o período de participação já foi encerrado.
Entretanto, a ausência de um sistema nacionalmente padronizado e consolidado de monitoramento e de indicadores impõe desafios aos novos modelos que são pretendidos, como no presente plano diretor do Parque do Ibirapuera.
Assim, identificou-se um modelo conceitual de monitoramento e indicadores criado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que passou a ser utilizado internacionalmente desde sua criação em 1993. Nesse modelo os indicadores são agrupados em três categorias: pressão, estado e resposta. Os indicadores de pressão descrevem as pressões ou ameaças sobre o ambiente; os de estado descrevem o estado ou as características do ambiente (integridade ou qualidade e quantidade); e por fim, os indicadores de resposta descrevem as respostas às ações de manejo propostas.
Segundo a OCDE, esse modelo considera as seguintes características:
Tendo esse modelo como norteador, elaborou-se uma matriz de indicadores a partir das diretrizes traçadas ao longo do plano diretor, acrescentando-se ainda as formas de medição e os resultados esperados.
Compete ao Poder Público estipular os limites ou valores de referência dos parâmetros aferidos pelos indicadores conforme as regulamentações vigentes na época da medição, sendo que esta é de responsabilidade da gestão do Parque.
Segue abaixo tabela da matriz de indicadores:
Tipo | Indicador | Forma de medição | Resultado esperado |
Pressão | Visitação | Nº de visitantes por mês | Parque atende às necessidades de lazer e recreação, e conservação de biodiversidade e recursos naturais |
Ameaça à fauna | Nº de animais silvestres afetados por fatores antrópicos (lixo, linhas de pipa, edificações, colisões, cercas e concertinas) | Diminuição dos impactos a fauna do Parque | |
Usuários e fauna | Nº de conflitos envolvendo o contato com animais silvestres (mordidas, picadas, agressões e maus tratos à fauna) | Diminuição do conflito entre usuários e a fauna silvestre | |
Controle de zoonoses, de animais domésticos abandonados e invasores | Nº de ações de controle de zoonoses e de animais domésticos abandonados | Manutenção do controle de zoonoses e diminuição de animais domésticos abandonados | |
Contaminação por lixo e esgoto | Nº de pontos de lançamento de lixo e esgoto sem tratamento | Parque livre de contaminação por lixo e esgoto | |
Espécies invasoras | Percentual de espécies invasoras | Espécies invasoras erradicadas ou controladas | |
Erosão e compactação | Percentual da área permeável com solo exposto | Solo protegido, sem erosão e compactação | |
Estado | Qualidade de água para proteção da vida aquática | Índice de qualidade de água para proteção da vida aquática (IVA) | Lago com água de boa qualidade, garantindo o suporte às espécies aquáticas |
Fauna | Nº de espécies da fauna | Registro das espécies encontradas no Parque | |
Flora | Nº de espécies da flora | Registro das espécies encontradas no Parque | |
Cobertura vegetal | Percentual da cobertura vegetal em relação à área total | Área verde protegida | |
Risco de queda de árvores | Nº de árvores com risco de queda | Manejo arbóreo adequado para prevenção de acidentes | |
Áreas degradadas | Percentual de áreas degradadas | Parque livre de áreas degradadas | |
Conectividade | Percentual do perímetro do Parque conectados com outras áreas verdes | Parque conectado a outras áreas verdes do entorno | |
Redução de ruído e poluição luminosa | Percentual de amortização de ruído e de poluição luminosa. | Parque como refúgio da vida silvestre | |
Corpo técnico para ações de manejo de fauna e flora | Nº de profissionais capacitados atuantes no Parque | Eficiência nas ações de manejo e conservação | |
Equipamentos que necessitam de reparo (ex. brinquedos, lixeiras, bebedouros) | Nº de equipamentos que necessitam de reparo | Pleno atendimento às necessidades de lazer e recreação | |
Resposta | Atividades de educação ambiental | Nº de palestras/cursos/oficinas e pessoas atendidas | Usuários bem informados e sensibilizados para a conservação da natureza |
Material educativo | Nº de publicações e tiragem | Difusão do conhecimento sobre os elementos naturais constitutivos do Parque | |
Parcerias | 1. Percentual de atividades desenvolvidas por meio de parcerias por ano/2. Nº de atividades desenvolvidas por meio de parcerias por ano | Gestão eficiente | |
Uso racional da água | 1. Consumo de água do Parque/2. Quantidade de água da chuva e de outras fontes que é reutilizada | Economia de água | |
Uso racional de energia | 1. Consumo de energia do Parque/2. Quantidade energia gerada (painéis solares) | Economia de energia | |
Enriquecimento de flora | Nº de mudas plantadas | Conservação e ou aumento da biodiversidade e serviços ambientais | |
Gerenciamento de resíduos sólidos | Percentual de resíduos sólidos coletados no Parque encaminhados para reciclagem ou reaproveitamento | Gestão eficiente dos resíduos sólidos com baixo impacto ambiental | |
Compostagem | Quantidade de adubo orgânico produzido por mês | Manejo adequado de resíduos orgânicos e autossuficiência na produção de adubo |
Solicitamos as seguintes alterações no item 1.1 Equipe Técnica e Entidades Colaboradoras: 1- retirar Biólogo Ricardo Tameirão Pinto Junior (ele não é biólogo e não participou do processo) 2- corrigir o nome dos seguintes participantes: Biólogo Ricardo Garcia Francischetti para Biólogo Ricardo José Francischetti Garcia Biólogo Eduardo Hortal Pereira Barreto para Biólogo Eduardo Hortal Pereira Barretto Bióloga Simone Justamante de Sordi para Bióloga Simone Justamante De Sordi
No item 1.1 Equipe Técnica e Entidades Colaboradoras, solicitamos que conste como coordenadores pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente os técnicos que integram a PORTARIA INTERSECRETARIAL 2 SVMA/SGM/2019, sendo que os demais técnicos listados de SVMA devem ser mencionados como apoio técnico em suas respectivas áreas de atuação
A redação do item 3.3.3 Reserva de Mata Atlântica está confusa e apresenta incorreções: Conforme o PMMA (Plano Municipal da Mata Atlântica, 2016), o parque Ibirapuera é recoberto principalmente por Bosques Heterogêneos (uma das categorias utilizadas no mapeamento), sendo que alguns desses bosques receberam enriquecimento com espécies nativas e exóticas, mas não há remanescente de Mata Atlântica no parque. Da mesma forma, não há ocorrência de remanescente de Mata Atlântica no Instituto Biológico e na Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo, como mencionado na minuta, estando mapeados como Bosques Heterogêneos no PMMA.
No item 1.4. destacar que o Parque Ibirapuera, juntamente como os demais parques urbanos, compõe o Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL), criado pela Lei Municipal 16.050/2014, que aprovou o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo (PDE) (art. 266, I b). Portanto, o Plano Diretor dos Parques deve atender aos objetivos e às diretrizes do SAPAVEL (artigos 266 a 268), destacando-se como objetivos a proteção da biodiversidade, proteção e recuperação dos remanescentes de Mata Atlântica, a qualificação das áreas verdes públicas, a conservação e recuperação dos corredores ecológicos na escala municipal e metropolitana. Dentre as diretrizes do SAPAVEL, além do estímulo a parcerias entre os setores público e privado para implantação e manutenção dos espaços livres e áreas verdes, destacam-se a ampliação da oferta de áreas verdes públicas, a recuperação das áreas verdes degradadas, incluindo solos e cobertura vegetal, a recuperação das áreas de preservação permanente, a implantação de ações de recuperação ambiental e de ampliação de áreas permeáveis e vegetadas nas áreas de fundos de vale e em cabeceiras de drenagem e planícies aluviais indicadas na Carta Geotécnica, em consonância com o Programa de Recuperação de Fundos de Vale, a promoção de interligações entre os espaços livres e as áreas verdes de importância ambiental regional, integrando-os através de caminhos verdes e arborização urbana, a compatibilização dos usos das áreas verdes com a conservação ambiental e da recuperação das áreas verdes com o desenvolvimento socioambiental e com as atividades econômicas, especialmente as de utilidade pública.
No Item 1.1 (...) Coordenação Geral: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente - citar coo coordenadores os integrantes da Portaria Intersecretarial nº 002/SVMA/SGM/2019, sendo os demais técnicos listados como Apoio Técnico de SVMA.
Na Introdução do Item 3: ao mencionar a Lei 16.402/2016 (Plano Diretor Estratégico) incluir o enquadramento do Parque Ibirapuera no Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL), com objetivos e diretrizes de preservação e uso constantes em seus artigos 266 a 268.
No Item 3.1. o Bairro Planalto Paulista não permanece mais ZER-1 em sua integralidade, algumas vias foram transformadas em corredores comerciais pela Lei nº 16.402/16 de uso e ocupação do solo. Esse bairro encontra-se distante do Parque Ibirapuera para o trajeto a pé dos moradores, não havendo nenhuma linha de transporte coletivo de acesso direto ao parque. Por outro lado, o bairro não possui áreas verdes públicas para preservação ambiental e lazer dos moradores.
No início do primeiro parágrafo do item 3.1. alterar a redação para: “Atendento aos objetivos e diretrizes do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL), as Bases Naturais do Parque (item 2) fundamentaram o Uso Ambiental do Parque Ibirapuera ter prevalência sobre toda outra forma de apropriação dos espaços do parque. ...” No item 2.4.1 GRAMADOS alterar redação?Manter gramíneas atrativas de aves granívoras como: papa-capim, bico-de-lacre, coleirinha, canário da terra.
Escrevi em maiúsculo o trecho a ser inserido ?Os eventos em espaços livres devem ser esporádicos, temporários, gratuitos ou pagos, abertos ao público em geral, organizados por especialistas, prioritariamente de natureza cultural, educativa, voltado ao bem-estar e saúde, sustentável ou de responsabilidade socioambiental, considerando os aspectos de preservação ambiental, com objetivos institucionais, comunitários ou promocionais, garantindo QUE NÃO HAJA IMPACTO NEGATIVO SOBRE A FLORA, A FAUNA E OS COMPONENTES NATURAIS DO PARQUE, o conforto do usuário do parque e a sua fruição pública, sem nenhum tipo de isolamento da área e sem impactar o uso dos equipamentos do parque pelos demais usuários. Eventos de 250 pessoas no setor ambiental não são de pequeno porte/baixo impacto!!!! Retirar eventos nestes setores ou reduzir número de pessoas e restringir a atividades de educação ambiental e saúde. As estruturas utilizadas na montagem de eventos não devem utilizar a vegetação como suporte, bem como não devem atingir o espaço ocupado por vegetação, incluindo as estruturas subterrâneas das árvores.
Acrescentar na introdução do item 9. Os objetivos e diretrizes do SAPAVEL devem ser seguidos na elaboração deste plano diretor. Integrar nas ações de projeto as políticas públicas de proteção animal, com campanhas permanentes contra o abandono de animais domésticos, a guarda responsável, a importância da esterilização (castração), vacinação e adoção.
Por favor repensar o uso do espaço da fonte de água na Praça Burle Marx. Caso sua função seja retomada não colocar peixes, que poderão ser vítimas de maus-tratos ou ponto de abandono de peixes, já presenciei ambas as situações ocorrendo quando havia água lá. Repensar o projeto do cachorródromo, que poderá vir a ser ponto de abandono de cães, como já ocorreu anteriormente em área cercada junto ao portão 5.
Cada sub-item poderia ter recebido uma caixa para comentário, evitando uma ida-vinda muito longa no texto para leitura e comentário. O primeiro parágrafo do item 2.1. Processo de mapeamento das Bases Naturais do Parque não está compreensível e deve ser reescrito. Idem para o segundo parágrafo do item 2.4. Vegetação – Diagnóstico "A caracterização da vegetação do Parque feita pelos especialistas, técnicos do Herbário, pode ser consta nas figuras abaixo:" No parágrafo seguinte "Assim, encontramos no Parque alamedas e agrupamentos de diversas espécies, como por exemplo, figueira-benjamim (Ficus microcarpa), chichá (Sterculia curiosa), ipê-rosa (Handroanthus heptaphyllus), ipê branco (Tabebuia róseo-alba), pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifólia).", não acentuar nos nomes científicos. Nos parágrafos seguintes, ao se utilizar a abreviação sp. ou spp. após os nomes genéricos das plantas (que constam entre-parêntesis), essa abreviação não deve estar em itálico. Na última frase deste item "Por fim, destaca-se a região do Campo Experimental da Escola de Jardinagem, com uma rica diversidade de espécies, cerca de 20%, principalmente ornamentais, medicinais e hortícolas.", não fica claro qual é a referência para os 20% mencionados. No item 2.4.1 Diretrizes Gerais - ÁRVORES, na diretriz "Substituir indivíduo arbóreo por árvore da mesma espécie quando a remoção for necessária;", sugerimos acrescentar "com exceção para espécies consideradas invasoras". No mesmo item 2.4.1 Diretrizes Gerais-FORRAÇÕES, esclarecer a necessidade sobre "Consultar especialistas para que a aparência dos canteiros se integre com o macro paisagismo;". Significa consulta aos profissionais de SVMA? No item 2.5.1 Diretrizes Gerais do item 2.5 Fauna – Diagnóstico, o uso da palavra "prevenção" na diretriz "Buscar soluções sustentáveis para a prevenção dos ninhos de quero-queros (Vanellus chilensis) no gramado da plateia externa do auditório." está correto?
A Figura 16 – Imagem de satélite demonstrando a relação do Setor Cultural com o entorno e o Setor Ambiental do parque, não é suficiente para mostrar a delimitação dos setores cultural e ambiental. Sugerimos a inclusão de um mapa que apresente melhor a delimitação desses setores, já que a Figura 17, ressalta "o uso" dos diversos subsetores do setor ambiental, mas não evidencia o principal que é a função ambiental desse espaço.
A Figura 18 torna as Figuras 19 e 20 desnecessárias.
APÊNDICE OBJETIVOS E METAS/ VEGETAÇÃO Quanto a PRAZO |PERIODICIDADE, a Revitalização do Jardim Sensorial poderia ser de Médio Prazo e as demais metas (com prazo em aberto) podem ser consideradas de periodicidade Permanente. Para a meta “Consolidar banco de dados da vegetação”, reiteramos que a atualização de dados dendrométricos (DAP e altura) no inventário arbóreo não necessita ser realizado anualmente, tendo em vista que a variação é mínima, podendo ser realizada a cada 5 anos. No Detalhamento da meta “Controlar a disseminação de espécies invasoras”, excluir a frase entre parêntesis “(exceto os da porção norte do Parque, que deverão manter a fisionomia)”. Na meta “Recuperar áreas degradadas com plantio de vegetação nativa”, no Detalhamento, corrigir degradas para degradadas, além de ressaltar que as espécies nativas a serem utilizadas na recuperação da vegetação devem ser “nativas do município de São Paulo”. Na meta “Conservar o Projeto Paisagístico”, o texto do Detalhamento está confuso. Sugere-se: “Na manutenção do projeto paisagístico do Parque, manter as áreas definidas como “eucaliptais” neste plano sem plantios de enriquecimento. Os novos plantios devem ser realizados nas áreas indicadas como “bosques heterogêneos” e estacionamento neste plano de trabalho. No caso de falhas nas alamedas, completá-las utilizando-se, nestes casos, indivíduos da mesma espécie.” Na meta “Manejar a vegetação para conservação dos solos e recuperação de áreas degradas”, corrigir a palavra "degradadas" e, no Detalhamento, acrescentar que o plantio de espécies deve ser realizado com espécies Nativas do município de São Paulo. Excluir a frase: “E respeitando o projeto paisagístico do parque”, redundante com a meta anterior.
6. DIRETRIZES PARA EVENTOS A Figura 18 torna as figuras 19 e 20 desnecessárias
Este plano diretor deve considerar que o Parque Ibirapuera em sua integralidade (Setor Cultural e Ambiental) pertence ao Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL), devendo, portanto, atender aos seus objetivos e diretrizes, razão pela qual as Bases Naturais do Parque (item 2) fundamentaram o Uso Ambiental do Parque Ibirapuera com prevalência sobre toda outra forma de apropriação dos espaços do parque ...” Item 7 - caso as obras previstas utilizem a construção de subsolos, avaliar o risco de rebaixamento do lençol freático, que possa comprometer a preservação da vegetação no parque.
Uma vez que, de maneira geral, os diversos usos do Parque podem ser fonte de conflitos entre usuários quando a competição pelos espaços ocorre de forma livre, sem um correto ordenamento, podendo resultar em acidentes envolvendo, por exemplo, ciclistas, patinadores, corredores e pedestres, incluindo a fauna e danos à flora, sugere-se que determinados usos como prática de skate, slackline, ciclismo, patinação requerem a criação de parques temáticos próprios fora da área do Parque Ibirapuera, no formato do Parque das Bicicletas ou o Parque Zilda Natel, destinado à prática de skate . Música alta, uso de drogas pelos espaços livres são outras formas de desrespeito social que podem gerar incômodos para a coletividade.
5. MATRIZ DE COMPATIBILIDADE Anexo 1 – Os critérios utilizados para definir as intersecções não estão claros. Não é possível entender, por exemplo: Como haveria ‘plena compatibilidade’ entre playground, quadra esportiva, ciclismo e feira de artesanato, por exemplos, com as áreas de bosque misto, agrupamentos de exemplares significativos, alamedas e jardins temáticos, quando esses usos são potencialmente impactantes à vegetação? Não deveria ser alertado, minimamente, como média compatibilidade? Por que o vertedouro, EFRF, córrego e lago são apenas ‘pouco compatíveis’ em relação aos usos de Lazer e recreação ativa, de ócio e esportivo enquanto que área passível de alagamento (que usualmente é frequentada quando não está alagada) é ‘incompatível’? Não deveriam todos ser considerados incompatíveis (como representado no anexo 2, na linha horizontal relativa a água)? Anexo 2 – A matriz é de difícil entendimento, pois não encontramos esclarecimento no texto que explique porque ocorrem diferenças de classificação quanto à compatibilidade entre os componentes nos cruzamento quando considerados na horizontal ou na vertical. Assim, conforme dúvidas que apresentamos, a título de exemplo, consideramos necessário que a metodologia utilizada para a elaboração das matrizes seja apresentada ao corpo técnico da prefeitura e aos interessados, permitindo-se, inclusive uma reavaliação das compatibilidades quando justificado.
Item 2.4.- verifiquei que o relatório de diretrizes do herbário consta as espécies mas não as quantidades e a maior parte da coluna que trata do status está sem anotações. Importante constar as quantidades e fazer um levantamento de status. Não faz muito tempo uma árvore caiu e destelhou o prédio da administração. Essas informações são fundamentais para que a fiscalização das diretrizes gerais árvores 2.4.1 sejam acompanhadas e fiscalizadas
9.23 Viveiro Manequinho Lopes, Divisão de Fauna Silvestre, Herbário Municipal sugiro complementar as atividades da DFS executa o levantamento e monitoramento de fauna silvestre nas áreas verdes municipais através do "Programa de Inventariamento da Fauna Silvestre no município" e publica a lista de fauna silvestres no Diário Oficial e site da SVMA. Esses dados subsidiam a solturas de fauna silvestre na cidade, pareceres técnicos, estudos de impacto ambiental, plano de manejos além de publicações. A Divisão de Fauna Silvestre, em parceria com Save e o Instituto Butantan, promove mensalmente saídas monitoradas para observação de aves nos parques municipais, fomentando a ciência cidadã.
No item 10 acrescentar na tabela o monitoramento de colisão de aves em vidraças. E também o número de animais silvestres vitimados por mordedura de cães e gatos dentro do parque
No item 2.5, Diagnóstico da fauna poderia ser acrescentado um estudos dos agravos sofridos pelos animais silvestres do parque atendidos pela Divisão de Fauna Silvestre para melhor compreensão das pressões sofridas pelo mesmo.
Li a sugestão do plano diretor e não vi nada sobre o manejo de flora e fauna. O parque é hoje um refúgio para muitas espécies plantas e animais entre eles as abelhas nativas que são protegidas por lei Federal 9605/98 e gostaria de saber como este assunto será tratado.
5. MATRIZ DE COMPATIBILIDADE Anexo 1 – Os critérios utilizados para definir as intersecções não estão claros. Não é possível entender, por exemplo: Como haveria ‘plena compatibilidade’ entre playground, quadra esportiva, ciclismo e feira de artesanato, por exemplos, com as áreas de bosque misto, agrupamentos de exemplares significativos, alamedas e jardins temáticos, quando esses usos são potencialmente impactantes à vegetação? Não deveria ser alertado, minimamente, como média compatibilidade? Por que o vertedouro, EFRF, córrego e lago são apenas ‘pouco compatíveis’ em relação aos usos de Lazer e recreação ativa, de ócio e esportivo enquanto que área passível de alagamento (que usualmente é frequentada quando não está alagada) é ‘incompatível’? Não deveriam todos ser considerados incompatíveis (como representado no anexo 2, na linha horizontal relativa a água)? Anexo 2 – A matriz é de difícil entendimento, pois não encontramos esclarecimento no texto que explique porque ocorrem diferenças de classificação quanto à compatibilidade entre os componentes nos cruzamento quando considerados na horizontal ou na vertical. Assim, conforme dúvidas que apresentamos, a título de exemplo, consideramos necessário que a metodologia utilizada para a elaboração das matrizes seja apresentada ao corpo técnico da prefeitura e aos interessados, permitindo-se, inclusive uma reavaliação das compatibilidades quando justificado.
Como será o programa de proteção da avifauna? Senti falta!
Entendo que a Coordenação dos trabalhos foi realizada por aqueles que fazem parte do Grupo de Trabalho da Portaria Intersecretarial 001/SVMA/SGM/2019. E que os demais técnicos citados contribuíram com Apoio Técnico.
A Praça da Paz, não apenas por suas generosas dimensões, comportou grandes eventos, foi também por sua localização em uma área central do parque apta aos mais diversos usos e aglomerações devido ao seu gramado plano e desobstacularizado. A construção do Auditório em 2005 pode ter levado os grandes eventos, mas não levou a aptidão espacial da Praça da Paz para outros usos e interesses. A dita vocação ambiental da área que contradiria o que ora se propõe não está clara. Qual é essa vocação ambiental? Por que é tão diferente dos outros tantos espaços arbóreos? Há vocação ou se pretende dar tal vocação com plantios e ideologia? No item 3.1. do Caderno II, cria-se uma hierarquia injustificada e mal explicada para os usos, uma vez que, primeiro se determina a supremacia do Uso Ambiental sobre quaisquer outros para depois estabelecer uma equivalência em importância. Essa esquisita e mal explicada hierarquia de usos aparenta indicar que o “meio ambiente” lato sensu é mais importante, por exemplo, que a educação ou a cultura, e não que são complementares entre si, fato é que, conforme consta no item 3.3 do Caderno II, as “extensas áreas gramadas oportunizam usos espontâneos e atividades lúdicas e culturais”, sendo assim, como não reconhecer a aptidão da Praça da Paz para tais destinações. No item 9.6 do Caderno II no tópico “Ação de Projeto” é recomendada uma “inação”, qual seja, manter-se uma diretriz estabelecida em 2007. Fala-se, de forma tragicômica, em fazer jus ao nome do local (Praça da Paz) associando-se de forma ilógica a “paz” com o conceito de “contemplação silenciosa”. No judô a contemplação silenciosa é denominada “Mokuso”, tal prática é um ato preparatório do bushido para a guerra. Sendo assim, a associação de contemplação silenciosa à Praça da Paz poderia inclusive levar a entender que se trata de local preparatório para o conflito. Quando se utiliza conceitos subjetivos sem uma real estratégia abre-se espaço para a indeterminação, algo que num plano diretor não tem guarida. O plano diretor deve ser claro e tecnicamente fundamentado e não um repositório de achismos ideológicos. “Paz” nada se relaciona com silêncio. E, mesmo que se relacionasse, o uso de um espaço não deve ser definido pela semântica, mas por sua aptidão física e cultural. Apenas uma linha do Caderno II contendo a determinação de “Proibir esportes tais como o Futebol” é muito pouco para o trabalho que está sendo feito. Talvez não seja de conhecimento, mas esse espaço é hoje utilizado, lúdica e coletivamente, por diversos esportistas para a divulgação de modalidades que estão culturalmente crescendo no Brasil, tais como: rugby, futevôlei, frisbee, beisebol, entre outros esportes que carecem de espaço para sua prática. Por que passar o tapete em todos esses usuários da Praça da Paz sem qualquer diálogo? No item 4.3 do Caderno I consta que a Praça da Paz pela, pasmem, “inspiração ao ócio trouxe boas percepções (sensação de diversidade, muito legal, paz, apropriação do parque pela população”, no entanto, não esclarece do que se trata “inspirar o ócio”. Ócio vem do latim “otium” que significa “inatividade” e tem por sinônimos a “moleza” e a “vagabundagem” (do latim vagabundus, que significa “pessoa que anda sem destino”) ou a vadiagem. Se “ócio” é o “não fazer nada” ou o “andar sem destino”, como alguém pode isto inspirar ou a isto ser inspirado? Não está claro. A este espaço central relevante e com grande movimentação se espera mais do que a inspiração à preguiça e ao não fazer nada, aqui chamado de “contemplação silenciosa”. É espaço que deve ter circulação, iluminação, ocupação, VIDA. Visitem a Praça da Paz após às 18h e verão um lugar hoje escuro, sem sanitários, lanchonetes ou bebedouros. Acresçam a este espaço tais equipamentos e possibilitem sua utilização de forma ativa, e não de forma ociosa, e verão a paz preencher hoje um espaço que é visto com insegurança e preocupação.
2.2 Na parte das águas * Diagnóstico: As edificações do parque que não possuem ligação na rede da sabesp, cecco, por exemplo, poderiam disponibilizar o levantamento que fizeram para informar que não há descarte na rede de águas pluviais nas edificações internas? Indicar qual a metodologia que usaram neste diagnóstico. Parece que na bienal também tem um banheiro que não é ligado a rede. * Diretrizes: incluir - retomar o programa de despoluição do córrego da sapateiro, resgatando no plano seu histórico e pontuando as pendências e áreas de irregular descarte de esgoto no entorno do parque com propostas de correção uma vez que a estação de tratamento do parque não é para tratar esgoto. Jardim filtrante é insuficiente. Sugiro um capítulo específico para o programa de despoluição dos lagos, que inclua ações regionais e estratégicas, algo mais objetivo, contemplando prazos, metas, custos, etapas. Depois de tantos anos pouco foi realizado, a despoluição é uma promessa antiga...precisava garantir a materialização dessa meta antiga do parque. * A proposta de instalação de piso, deck ou similares no entorno dos lagos do parque vai contra a preservação de paisagem . A área presta mais serviço ambiental e paisagístico mantida natural. Fica bem mais bonita verde, gramada. * Na última diretriz da água complementar: não poderá ser realizada nenhuma atividade de recreação e lazer nas águas do parque. O espelho de água é para contemplação unicamente.
Em Diretrizes - Fauna - Item 2.5.1 inserir: Com referência à realização de eventos com potencial para causar danos à fauna do parque, solicitar previamente a manifestação da DSF através de parecer técnico. Permitir a coleta de folhas, flores e frutos para enriquecimento ambiental dos recintos onde os animais silvestres são mantidos em cativeiro na DFS para fins de reabilitação.
No item 3.1 - Uso Ambiental falta o mapa.
Os dados de uso do parque em cima desta 1ª atividade/encontro estão comprometidos e deveriam ser embasados em um diagnóstico local, em dias e horários variados, com o publico frequentador. Esta atividade não contou com ampla divulgação , foi pouco representativa e bem influenciada por participantes alinhados aos interesses da empresa ganhadora da licitação; que se organizou previamente para participar com vários representantes e com isso influenciar as diretrizes que regrarão seu próprio negócio.
4.2 O encontro foi bastante superficial, a atividade foi de difícil compreensão, as pessoas não foram avisadas anteriormente que a atividade envolvia tirar fotografias. No escuro, por exemplo, não ficava evidente a fauna do parque, por exemplo. A palestra falou de resíduo sem qualquer aplicação para o parque e o que deve constar ou não no plano diretor. Na ocasião houve uma fala sobre a importância ambiental do parque permanecer escuro na parte da noite, com mínima iluminação em pontos frequentados. Mas, o texto não coloca esta informação , na verdade, restrição, no relato da atividade.
Caderno 1 - item 1.3 no 5º parágrafo cita 5 elementos que compõem as Bases Naturais, mas elenca apenas 4 (Água, Solo, Vegetação e Fauna) caderno 1 item 4.1 1º encontro - final do ultimo paragrafo - pg 49 onde lê-se Canteiro Experimental / Escola de Jardinagem - alterar para Campo Experimental /Escola Municipal de Jardinagem-EMJ Caderno 1 item 6- Apontamentos Finais - 3º paragrafo cita a metodologia para o monitoramento - podia explicar melhor, pois é uma linguagem não familiar para a maioria das pessoas e/ou citar uma referência bibliográfica.
Não houve propriamente Planos Diretores do Parque Ibirapuera. O plano elaborado e divulgado em 2008 permaneceu como "minuta" e nunca foi implantado.
1.2 Conceito de faseamento adotado Tendo em vista que o Plano Diretor é um instrumento que visa orientar as atividades e reger as diretrizes para o Parque ao longo dos anos, este documento deve, ao invés de pré-fixar prazos para realização de determinadas ações, definir o grau de prioridade dos projetos a serem executados e implementados no Parque, com base na necessidade e indicador de urgência das intervenções necessárias à sua melhoria. No entanto, é certo que o tempo limite para realização das intervenções, mesmo aquelas com alto grau de prioridade, deve respeitar todo o processo de aprovação destas intervenções e o devido tempo para a concretização das mesmas. Entende-se que tais limites de tempo, em relação às Ações de Projeto, se referem à elaboração e aprovação dos projetos nos órgãos competentes. A previsão de prazos para execução das intervenções pode se mostrar incompatível com a realidade da administração do Parque, seja pública ou privada, dificultando o cumprimento das metas e dos indicadores de qualidade estabelecidos pelo próprio Plano Diretor.
Ref.: 2.4 Vegetação - Árvores Tendo em vista a necessidade estabelecida por este item de que se interrompa imediatamente toda e qualquer atividade que potencialmente perturbe ou destrua ninhos e que se aguarde até que os filhotes voem para que se retornem as atividades, solicita-se esclarecer quais atividades devem ser interrompidas. Necessária, portanto, a identificação de referidas atividades e, sobretudo, do grau de extensão de sua aplicação em relação as árvores do Parque.
Ref.: 2.5 Fauna Considerando ser a morte ou ferimento de um animal silvestre no Parque um evento imprevisível, a determinação do “estado de conservação” do referido animal para que seja encaminhado para a Divisão da Fauna Silvestre mostra-se igualmente impossível de se predeterminar, seja por este Plano Diretor, seja por qualquer documento regulamentar do Parque. Nesse sentido, sugere-se que este item passe a contar com a seguinte redação: “Encaminhar animais silvestres feridos ou mortos, tão logo sejam encontrados, para a Divisão da Fauna Silvestre para identificação da espécie, necropsia ou tratamento adequado, reabilitação e soltura” Tendo em vista a comercialização de fogos de artifício não sonoros, solicita-se uma análise da possibilidade de utilizá-los em ocasiões específicas, mediante autorização correspondente. Considerando a importância da utilização de drones como instrumentos de controle do Parque, majoritariamente de seus elementos de fauna e flora, sempre em prol da preservação de tais elementos naturais, da segurança dos usuários, da prevenção de conflitos de uso e da melhor utilização do Parque como espaço de convivência entre o homem e as espécies naturais, sugere-se que a restrição de utilização de drones esteja específica às áreas ocupadas pela fauna silvestre, tão somente nos períodos de reprodução e/ou migração de tais espécies, para que de fato sejam evitadas quaisquer interferências advindas da utilização dos drones. Nesse sentido, sugere-se para este item a seguinte redação: “não utilizar Drones nas áreas restritas à fauna silvestre nos períodos de reprodução e/ou migração, pelo risco de interferência por estímulos sonoros e visuais e colisão com aves, causando óbitos.”
Considerando que todos os usos do Parque devem estar em harmonia e são igualmente importantes para o aproveitamento de suas áreas e sua utilização pelos usuários, solicita-se que não seja prevista uma hierarquização de usos pelo Plano Diretor, para além da prevalência do Uso Ambiental. Ou seja, entre as outras plataformas de Usos do Parque sugere-se uma equivalência de importância. Isto porque a hierarquização dos usos retira a principal característica do Parque, qual seja, a harmonização de diversas atividades e a prestação de um serviço completo e de excelência para melhorar a qualidade de vida dos seus usuários e servir de espaço de lazer e contemplação para os cidadãos. Este comentário refere-se aos itens 3.1; 3.2; 3.3; 3.4 e 3.5.
De fato o Parque Ibirapuera foi tema, e é ainda, de inúmeros estudos ambientais, históricos, arquitetonicos, de biodiversidade, de hidrografia dos lagos e Córrego do Sapateiro, e até sociais. Entretanto: 1) não foi apresentada bibliografia e nem citações desses estudos; pela quantidade e qualidade de muitos deles, merecem maior atenção para elaboração deste plano 2) os estudos foram feitos com objetivos diversificados e não especificamente para a elaboração de um plano diretor para o parque. Com esse intuito, nenhum levantamento e estudo foi proposto especificamente. O perfil dos visitantes por exemplo, elaborado com metodologia da área de pesquisa sociológica e estatística, com as expectativas do público acerca do que o traz ao Parque e de como o Parque poderia ser melhorado, fundamental para a elaboração de planos, programas e boas práticas, não foi feito. O estado atual das condições naturais do parque, ou seja, um diagnóstico de flora, fauna, águas, poluição atmosférica, solo, pode ser apresentado mais aprofundadamente, espacializando e detalhando atributos atrativos e problemas, riscos e conflitos ambientais. Acho fundamental delimitar áreas mais restritas, justificadas por informações sobre refúgios para reprodução de animais, como aves, peixes, insetos, abelhas sem ferrão, responsáveis por processos biológicos de reprodução das plantas (polinizadores e dispersores de sementes). Acho fundamental identificar áreas e maciços de espécies vegetais e animais raras no parque e na natureza, e/ou ameaçadas, e mesmo espécies de destaque, como os chichás da pista de cooper e do bosque próximo à GCM, os carvalhos-brasileiros, a Gustavia augusta. Esses exemplares uma vez identificados devem merecer manejo mais intensivo e diferenciado par sua conservação e propagação, inclusive nos viveiros municipais, bem como podem ser valorizados com uma comunicação visual e divulgação, constituindo-se assim atrativos que agregariam valor ambiental ainda maior a uma visita ao Parque Ibirapuera. Muitas das informações já estão disponíveis, mas esta versão do Plano diretor não contempla a riqueza de informações que existem, falta serem organizadas e servir de embasamento para propostas de ações diferenciadas e ricas para a vivência ambiental que o parque proporciona. Também considero prioritária uma análise de riscos detalhada com relação às árvores do parque. Por questões de segurança dos usuários, me parece inegociável o inventário florestal com levantamento das condições fitossanitárias, como diagnóstico ponto de partida para todo o plano de manejo da arborização do parque. O mesmo deve ser feito com as construções, pois a segurança física dos usuários deve ser anterior a qualquer ação. Não vi resultados dessas análises, nem propostas de metodologia ou sequer um cronograma em 10 anos pelo menos.
Caderno 2 - Contribuições: Item 1- Apresentação - faltou o texto da apresentação desse caderno Item 2.4 Vegetação Ultimo parágrafo pg 73 alterar o mesmo para a seguinte redação: Por fim, destaca-se a área do Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem- EMJ/UMAPAZ, um espaço educador onde são desenvolvidas todas as atividades práticas da EMJ. Possui uma rica diversidade de espécies, o que o torna um dos importantes refúgios de fauna silvestre, no Parque Ibirapuera. As espécies foram sendo introduzidas ao longo de um processo de mais de três décadas, para atender as necessidades do projeto pedagógico. Destacam-se a coleção de plantas medicinais com exemplares de espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), erva-baleeira (Cordia verbenacea), guaçatonga (Casearia sylvestris), ginseng-brasileiro (Pfaffia glomerata), guaco (Mikania laevigata e M. glomerata), Zedoaria (Curcuma zedoaria); hortaliças e plantas alimentícias não convencionais – PANC - azedinha (Rumex acetosa), bertalha- coração ( Anredera cordifolia), peixinho (Stachys byzantina), taioba (Xanthosoma sagittifolium), melão-cruá (Sicana odorifera), muricato (Solanum muricatum), vinagreira roxa (Hibiscus acetosella), açafrão-da-terra (Curcuma longa); espécies arbóreas e arbustivas nativas – cacau (Theobroma cacao), cereja-do-rio-grande (Eugenia involucrata), grumixama (Eugenia brasiliensis), jabuticaba (Plinia cauliflora), araçá (Psidium cattleyanum); fruta-do-sabiá (Acnistus arborescens), urucum (Bixa orellana); além de significativa coleção de ornamentais – floríferas atrativas de polinizadores, forrações, arbustos, trepadeiras e plantas de ambientes internos. *** Observação: a Equipe da EMJ enviará um arquivo com a Relação atualizada de todas as espécies catalogadas no Campo experimental para que seja anexado a este Plano Diretor. *** Por gentileza destacar em itálico os nomes científicos das especies acima (ao anexar o texto aqui, saiu o italico)
Ref.: 9.26 Estacionamentos Para fins de compatibilização do texto do próprio Plano Diretor, sugere-se que o texto trazido pelas visões de futuro do Parque para os estacionamentos esteja em linha com o texto trazido pelas Diretrizes de Projeto e Obra deste mesmo Plano Diretor, em seu item 7, página 84, as quais determinam expressamente que: “Não será permitida a impermeabilização de novas áreas de estacionamento ao nível do solo. As vagas nos estacionamentos existentes poderão ser remodeladas.” Nesse sentido, a redação sugerida para este item é exatamente a mesma trazida pelo citado item 7, qual seja: “Não será permitida a impermeabilização de novas áreas de estacionamento ao nível do solo. As vagas nos estacionamentos existentes poderão ser remodeladas.”
9.22 Serraria, Praça Burle Marx e Bosque da Leitura Tendo em vista a reforma que será realizada, a recuperação da fonte de água e as alterações feitas no piso, o que certamente tornará mais atrativa esta área do Parque para seus usuários, aumentando sua frequência por parte dos usuários e seu destaque para o Parque como um todo, sugere-se que a área da Serraria passe a ser dotada de serviços de apoio ao usuário para que este tenha maior comodidade ao frequentar esta área do Parque, uma vez que o próprio Plano Diretor já entende a necessidade da locação de um novo conjunto de vestiários na área, podendo outras estruturas dar maior suporte ao desenvolvimento das atividades já realizadas pelo público. Sugere-se, portanto, neste item, em conformidade com o plano diretor publicado inicialmente para consulta pública, a inclusão de redação nesse sentido: “Serviços de apoio ao usuário como sanitários, vestiários, alimentação, conveniência e suvenir poderão ser instalados na Serraria, desde que não ultrapassem 30% da área de cobertura da Serraria.”
9.16 Parquinhos Partindo-se do pressuposto que os parquinhos poderão ser realocados para a melhor área de recreação infantil, desde que estejam em ambos os setores do Parque (ambiental e cultural), podendo, inclusive, haver instalação de mais parquinhos, sugere-se a retirada da especificação do local do parquinho (Marquise) para definição de seus requisitos mínimos e suas possibilidades, de forma que todos os parquinhos estejam obrigatoriamente dentro das normas técnicas de proteção e segurança e possam apresentar equipamentos lúdicos e que fomentem a educação ambiental sobre os diversos elementos naturais do Parque. Assim sugere-se a seguinte redação: “Para os parquinhos, deverão ser realizadas manutenções e ações de conservação em todos os brinquedos, de modo a preservar a segurança de seus pequenos usuários. “Nos parquinhos poderão ser instalados equipamentos lúdicos e que fomentem a educação ambiental sobre os diversos elementos naturais do parque”
8.1 Gerenciamento de resíduos sólidos e coleta seletiva Partindo-se do pressuposto de que a realização de compostagem dos resíduos orgânicos é desejada e importante para o Parque e que a melhor forma e o local adequado para a realização de tal prática demanda um estudo próprio de impacto e pode sofrer alterações durante o período de vigência do Plano Diretor visto que não há um histórico de cubagem de resíduos orgânicos para dimensionar ou calibrar o tamanho e capacidade de implementar um ciclo completo de compostagem dentro dos limites do parque, sugere-se que não seja definida de forma restritiva no Plano Diretor a área destinada à realização de compostagem, mas tão somente a necessidade de realizar a compostagem com o material orgânico disponível em área adequada, dentro do Parque, que cause o menor impacto possível aos seus usuários. Nesse sentido, sugere-se a seguinte redação: “Realizar a compostagem dos resíduos orgânicos como, por exemplo, material de poda e varrição (folhas e ramos)”. Partindo-se do pressuposto que é uma obrigação da gestão do Parque elaborar e colocar em prática o plano de educação ambiental para o Parque, bem como elaborar relatórios técnicos detalhados acerca das atividades desenvolvidas, sugere-se que tal plano seja atualizado anualmente com base nas atividades desenvolvidas durante o período, que poderão ser compartilhadas com a UMAPAZ, independentemente de revalidação, de forma a garantir maior fluidez às demandas educacionais percebidas pela gestão do Parque em relação aos usuários. Dessa forma, sugere-se a seguinte redação: “O programa de educação ambiental a ser elaborado pela gestão do Parque deverá ser atualizado anualmente com base nos relatórios técnicos detalhados das atividades desenvolvidas durante o período e poderá ser compartilhado com a UMAPAZ ”.
Tendo em vista que as áreas da arena de eventos, da plateia externa do Auditório, Arena de Eventos e dos bolsões de estacionamento (MAM e Autorama) comportam eventos específicos ou de grande porte, se faz necessário o de controle de acesso, para garantir a segurança dos usuários e o atendimento às normas do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura quanto a expedição de alvarás e licenças necessárias para realização de tais eventos, sugere-se a inclusão de tais áreas como passíveis de isolamento, de acordo com a seguinte redação: “Os eventos em espaços livres devem ser esporádicos, temporários, gratuitos ou pagos, abertos ao público em geral, organizados por especialistas, prioritariamente de natureza cultural, educativa, voltado ao bem-estar e saúde, sustentável ou de responsabilidade socioambiental, considerando os aspectos de preservação ambiental, com objetivos institucionais, comunitários ou promocionais, garantindo o conforto do usuário do parque e a sua fruição pública, sem nenhum tipo de isolamento da área e sem impactar o uso dos equipamentos do parque pelos demais usuários, exceto as áreas da Arena de Eventos, da plateia externa do Auditório e dos bolsões de estacionamento (MAM e Autorama), que poderão ser isoladas de modo a garantir a integridade do público e o atendimento das licenças e alvarás expedidos”. Atualmente as quadras esportivas já possuem iluminação artificial e são muito utilizadas pelos usuários no período noturno. Uma vez que o Plano Diretor prevê que as atividades na quadra somente poderão ser realizadas “utilizando luz natural (diurnos)”, solicita-se a reavaliação desta medida em prol dos usuários do Parque que usam esta infraestrutura no período noturno. Ainda com relação à utilização das quadras esportivas, sugere-se a inclusão da possibilidade da montagem de arquibancadas móveis para comportar os usuários que participarão dos eventos, pois, ainda que de pequeno porte, limitado a 250 pessoas, é necessária a montagem de arquibancadas para trazer maior conforto aos espectadores e visibilidade para o jogo. Considerando que a tabela 08 trata do mesmo assunto que as tabelas 06 e 07, sugere-se que na redação atual seja feita menção também à tabela 08: “Os limites de pessoas estabelecido nas Tabelas 06, 07 e 08, poderão ser revistos mediante adequações estruturais dos espaços, critérios técnicos e emissão dos respectivos alvarás”
Com relação aos anexos trazidos no item 5. do Plano Diretor, os quais compõem as matrizes de compatibilidade para os usos do Parque e suas restrições, percebe-se que principalmente no que se refere à matriz de usos e restrições há diversos itens que não estão em consonância com o texto do Plano Diretor. A título exemplificativo, cita-se a coluna “desrespeito social” da matriz, que consta como em “plena compatibilidade” e “média compatibilidade” com todos os itens de uso. Tal classificação não faz sentido dado que desrespeito social, como princípio, é plenamente incompatível com qualquer uso do Parque. Outro ponto de inconsistência relaciona-se a coluna “luz”, a qual, pela referida matriz, se mostra incompatível com equipamentos constantes do setor cultural. Entendendo-se tratar de questões meramente formais, propõe-se a integral revisão desta matriz de compatibilidade de modo que esta reflita a realidade do Parque.
Tendo em vista que o Plano Diretor é um instrumento que visa orientar as atividades e reger as diretrizes para o Parque ao longo dos anos, este documento deve, ao invés de pré-fixar prazos para realização de determinadas ações, definir o grau de prioridade dos projetos a serem executados e implementados no Parque, com base na necessidade e indicador de urgência das intervenções necessárias à sua melhoria. No entanto, é certo que o tempo limite para realização das intervenções, mesmo aquelas com alto grau de prioridade deve respeitar os instrumentos já existentes, inclusive contratos de parceria firmados para a área do Parque, e a capacidade da gestão do Parque em realizar todas as intervenções e melhorias que este necessita. A previsão de prazos para execução das intervenções pode se mostrar incompatível com a realidade da administração do Parque, seja pública ou privada, dificultando o cumprimento das metas e dos indicadores de qualidade estabelecidos pelo próprio Plano Diretor. Dessa forma, sugere-se que as ações de projeto e as visões de futuro estabeleçam o grau de prioridade na execução das intervenções ao invés de simplesmente determinar prazos como o de 1 ano para realização de determinada obra e/ou intervenção.
É necessário mais iluminacao nas quadras pois isso limita muito o uso.
É interessante a manutencao das acessorias esportivas tambem nas marquises pois promovem o bom uso do espaco.
E necessario q sejam disponibilizados espacos para os cachorros no parque e orientacao sobre o uso do cachorrodromo.
Por que nao preencher a pacubra com shows, eventos e areas para alimentacao.
A iluminacao noturna nos caminhos de corrida do parque é pessima. E necessario melhorar isso com urgencia.
Gostei desta exposição inicial e cumprimento a equipe técnica pela clareza, fica a duvida sobre o que se entende por governança neste plano. Haverá um conselho gestor?
Senti falta de uma abordagem da geoecológica da paisagem. Um pouco mais de história ambiental.
No mapa de abertura a legenda está incompleta. Não constam os corpos d´água. Este é fundamental para o assunto em tela. Sobre o texto essencialmente descritivo, não analisa o processo histórico desta inserção e portanto não oferece subsídio para compreensão dos processos de pressão (drives) de uso da terra que atuam no entorno do parque colocando em risco sua integridade.
Gostei muito desta parte da pesquisa. Metodologias ativas de percepção. Como estas informações foram incorporadas as diretrizes. Seria bom dizer como logo no inicio. Para não parecer algo solto. Parabéns a equipe que organizou e efetivou o estudo de percepção ambiental.
O texto ficou muito vago. Seria bom colocar aqui os princípios desta revisão.
aqui apresenta-se uma outra metodologia. ficou confuso
Item 9.8 :Campo experimental da escola municipal de jardinagem deve ficar de fora da concessão do parque Ibirapuera, pelos trabalhos desenvolvidos, pela fauna /flora, proteção da biodiversidade e quem ganha com isso é toda sociedade (participação popular).O nosso Planeta agradece ,pois fazemos parte da casa comum.
Olá, sou observadora de aves e já fui fotografar fauna várias vezes no Parque do Ibirapuera, que considerei durante bastante tempo meu local urbano favorito. Mantenho um site dedicado à divulgação do birdwatching, e neste link vocês podem ver diversos posts que eu e outras pessoas fizemos sobre esse lugar que é um dos principais ícones de São Paulo. https://virtude-ag.com/?s=ibirapuera É com preocupação que tenho lido notícias e recebido informes de pessoas próximas sobre o andamento dos planos de privatização. Entendo que a construção de um documento deste porte é algo complexo e com diversas facetas, e é visível o esforço e competência da equipe que o produziu. Gostaria de parabenizá-los, e também de deixar algumas contribuições, que são a visão específica de alguém apaixonada pela fauna brasileira e que já fez vários passeios no parque. Estes são alguns itens de que senti falta: 1. O documento fala de animais ameaçados de extinção, mas não traz nenhuma informação sobre levantamento e mapeamento. Este documento será base para diversas, ações correto? Então ele teria que ter esse tipo de informação, porque talvez a alteração de ambientes, ou construção de alguma obra, ou permissão para determinados eventos seja exatamente numa área sensível a uma espécie ameaçada de extinção. 2. O documento não fala do grande problema da presença de gatos no parque -- uma das maiores tragédias pra fauna silvestre. Idealmente deveria haver um plano para que o parque, uma área tão importante para o pouco de verde que existe no núcleo metropolitano, estivesse livre dos animais domésticos capazes de dizimar uma grande quantidade de animais silvestres. 3. O documento não fala de questões das luzes e barulho que podem ser extremamente prejudiciais aos animais. Temo que sem informações como essa, o parque se torne focado em entreter pessoas, sem respeito pela vida silvestre presente no local. 4. Não há nenhuma menção ao birdwatching ou à fotografia amadora, apenas se fala de restrições e controle dos fotógrafos profissionais. As pessoas que produziram o documento provavelmente conhecem o Wikiaves.com.br, e todo mundo sabe o que é Facebook e Instagram. Acredito que seria a atitude correta adotar uma postura que reconhece a importância da divulgação do local, o direito do cidadão em aproveitar uma área de lazer, praticar uma das principais atividades da atualidade -- fotografar. Mencionar apenas controle de fotógrafos profissionais é a visão antiquada de gestão. Administradores mais antenados com a atualidade incentivam que as pessoas fotografem e divulguem um lugar. Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento sobre o tema sabe que fotografia não gera dinheiro, que ninguém fica rico vendendo fotos. Hoje o que gera rendimento é exposição, divulgação, cliques. Fotos bonitas são capazes de trazer esse foco a um lugar, mas em vez de incentivar sua produção e divulgação, muitos gestores adota uma postura como se ainda vivêssemos na era das câmeras analógicas. Tenho esperança de que a gestão do Parque do Ibirapuera não adote a atitude de julgar pessoas pelo tamanho da câmera, de orientar seguranças para abordar pessoas com DSRL, ou DSLR e tripé. Se vocês têm alguma dúvida sobre a questão, não precisam confiar só no que eu digo: procurem qualquer profissional ou escola de fotografia e perguntem se hoje essa é a forma de identificar um fotógrafo profissional, ou se é comum amadores possuírem equipamentos vistosos. Participei de grupos de trabalho sobre esse tema, da elaboração do texto que originou uma portaria estadual da Fundação Florestal, e também de reunião com o então secretária municipal do Meio Ambiente, Giberto Natalini, para discutir questões de proibição de fotografia amadora. Um tema que causa um desgaste bastante desnecessário na relação com o cidadão. Neste link há alguns posts sobre os problemas com gestores: https://virtude-ag.com/liberdade/ Agradeço a oportunidade de opinar sobre esse tema tão relevante para os moradores da cidade de São Paulo e me coloco à disposição para o esclarecimento de alguma dúvida. Atenciosamente, Claudia
CONTRIBUIÇÕES PARA O ITEM 9.8 CAMPO EXPERIMENTAL DA ESCOLA DE JARDINAGEM - Alterar o título do item 9.8 para: Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem - Item 9.8 - "Caracterização" Excluir todo o parágrafo e incluir o texto a seguir (Texto elaborado pela Equipe Técnica da Escola Municipal de Jardinagem - EMJ/UMAPAZ) A Escola Municipal de Jardinagem (EMJ) da qual faz parte o Campo Experimental, foi criada em 1975 para capacitar os Jardineiros da Prefeitura da Cidade de São Paulo (PMSP) e tornou-se ao longo desses 44 anos, um centro de referência em formação nas áreas de jardinagem, paisagismo, horticultura e temáticas afins, contribuindo para a qualificação das áreas verdes do município. Em 2009 foi integrada ao Departamento de Educação Ambiental (DEA-UMAPAZ) da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), atual Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ). A EMJ oferece gratuitamente ao público em geral cursos regulares, minicursos, palestras, oficinas, trilhas, seminários e outros eventos, com temas relacionados à educação ambiental, manejo de plantas, ciências da natureza, questões socioambientais, saúde e sustentabilidade. O seu principal curso - Curso Municipal de Jardinagem, em julho de 2019 chegou à 536ª edição. Ao longo da sua trajetória atendendo às demandas da cidade, da municipalidade e da população, foram criados novos cursos regulares - Recursos Paisagísticos; Hortas; Arborização; Plantas Medicinais e Fitoterapia; Orquídeas; Cactos e Suculentas; Sementes; Arquitetura da Paisagem; Mapas e Cartografia; Percepção Estética e Meio Ambiente; Desenho à Mão Livre; Jardins Amigos da Fauna, entre outros. Até julho de 2019 a EMJ atendeu cerca de 60.000 pessoas - munícipes, servidores, educadores, profissionais de saúde, beneficiários de programas sociais da prefeitura, estudantes - atuando em parceria com outros equipamentos dentro do Parque Ibirapuera como o Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO/SMS, o Viveiro Manequinho Lopes, a Divisão de Fauna Silvestre, o Herbário Municipal, o Museu de Arte Moderna – MAM, o Museu Afro Brasil, entre outros. O Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem é um espaço educador, fruto de um processo de mais de três décadas de formação e adequação às necessidades específicas das atividades didáticas. Além dos espaços ajardinados com uma coleção de cerca de 500 espécies vegetais, ilustrativas para as aulas, possui espaços temáticos como a horta, valorizando o uso de PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais) e plantas medicinais, estruturas como estufins, composteira, minhocário, canteiro agroflorestal, etc. Graças à diversidade de plantas e ambientes criados, esse espaço presta importantes serviços ambientais como a atração de polinizadores (abelhas, borboletas, aves, etc.) e dispersores de sementes, que encontram condições de abrigo, alimento e reprodução; é um laboratório natural utilizado pela EMJ na condução das aulas práticas, contribuindo para formação de agentes socioambientais multiplicadores. Os dois Galpões do Campo Experimental são salas de aula onde ocorrem todas as atividades prático-demonstrativas da EMJ, da UMAPAZ e de parceiros, como o Centro de Convivência e Cooperativa Ibirapuera - CECCO/SMS (Oficina de Jardinagem com Foco em Saúde; Oficina Jardinarte e Expedições Ambientais). Além dos galpões, os almoxarifados para guarda de materiais e os banheiros são imprescindíveis para o funcionamento desse espaço. As atividades desenvolvidas no Campo Experimental estão de acordo com as atribuições da EMJ definidas no Decreto 58.625/19 e atendem à legislação em vigor – Lei Municipal 14.903/09 regulamentada pelo Decreto 51.435/10 que institui o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais do Município; Lei Municipal 14.682/08 e Decreto 49.596/08 que institui o Programa Qualidade de Vida com Medicinas Tradicionais e Práticas Integrativas em Saúde; Lei 16.140/15 e Decreto 56.913/16 que dispõe sobre a obrigatoriedade da inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar, bem como da implantação de hortas pedagógicas nas escolas municipais; Lei 13.727/04 que cria o Programa de Agricultura Urbana e Periurbana (PROAURP), regulamentada pelo Decreto 51.801/10, entre outros. O Campo Experimental é um local de fácil acesso para a população, pelos portões 3, 4 e 5 do Parque Ibirapuera, mais próximos do transporte público (diversas linhas de ônibus e linha lilás do metrô). Figuram entre os atendidos: pessoas com deficiência, idosos, crianças de escolas públicas e privadas, professores da rede pública, estudantes, servidores, participantes de projetos e programas socioambientais, profissionais da área ambiental, profissionais da área de saúde e áreas afins, etc. Pelo exposto, entendemos necessária a garantia da continuidade do Campo Experimental como um Equipamento da Escola Municipal de Jardinagem / UMAPAZ, inclusive sua Gestão, mantendo seus usos didáticos, terapêuticos e de conservação ambiental. Como diretrizes para o funcionamento do Campo Experimental, elencamos: • O uso deve ser exclusivo para fins educacionais, terapêuticos e de conservação ambiental; • As atividades devem ocorrer preferencialmente no período diurno, das 7h às 18h, propiciando o repouso necessário para a fauna à noite; • Todas as atividades devem ser gratuitas e coordenadas pela EMJ; • A gestão do espaço deve ser mantida sob a responsabilidade da UMAPAZ/EMJ No item “Ação de Projeto” Substituir todo o texto pelo que segue: Manter o Campo Experimental sob a Gestão da UMAPAZ / Escola Municipal de Jardinagem, conservando todos os serviços ambientais prestados à população, tanto pela EMJ como por parceiros como o CECCO/SMS e outros. As edificações inseridas no Campo Experimental (dois Galpões – salas de aula, almoxarifados, sanitários, etc.) necessitam de reforma das instalações elétrica, hidráulica e de TI; piso e cobertura; reforma de caixilhos, esquadrias e portas; reforma e/ou nova instalação de louças e metais no caso de sanitários e vestiários; pintura interna e externa; instalação de novos mobiliários e de sistema de irrigação. Há necessidade de melhorar a acessibilidade de toda área do Campo Experimental, de acordo com a legislação vigente. Toda e qualquer intervenção deverá se adequar às necessidades estabelecidas pela EMJ/UMAPAZ. As obras deverão ser aprovadas e supervisionadas pela Coordenação de Gestão de Parques e Biodiversidade (CGPABI), conforme legislação vigente.
Fica evidente no diagnóstico que algumas questões em relação a Fauna, sobretudo a Avifauna ameaçada de extinção, não tem todas informações necessárias que permitiriam embasar as demais etapas do documento. Com esta lacuna, não é possível avaliar adequadamente os impactos e, consequentemente, propor as medidas claras organizadas em Programas. - Onde estão as aves ameaçadas de extinção? Quando estão presentes? Em qual número de indivíduos? Quais recursos utilizam no Parque? - Outras impactos relevantes que não foram devidamente abordados: iluminação, ruídos, predação por fauna doméstica (gatos) e agressões. Sugere-se o aprofundamento destas questões no diagnóstico para que medidas efetivas possam ser tomadas.
CADERNO 2 3.2. Uso Educacional Substituir o texto COMPLETO deste ítem da minuta por: O Parque Ibirapuera conta com importantes equipamentos de educação, como o Planetário Professor Aristóteles Orsini, a Escola Municipal de Astrofísica (EMA) e a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ ), da qual se destaca a Escola de Jardinagem e Campo Experimental. Há ainda o Centro de Convivência e Cooperativa Parque Ibirapuera (CECCO) que oferece atividades biopsicossociais vinculado à Secretária Municipal de Saúde (SMS). Esses equipamentos estão caracterizados em detalhes na seção 9 – Ações de Projeto e Visões de Futuro.
CADERNO 2 4.3 Setores e Subsetores do Parque Substituir parágrafo da minuta: A singularidade funcional restritiva de áreas como o Viveiro Manequinho Lopes, a UMAPAZ, o CECCO e o Campo Experimental geograficamente instalados no Setor Ambiental são objeto de dinâmicas próprias. SUBSTITUIR POR: Áreas como o Viveiro Manequinho Lopes, a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), o Centro de Convivência e Cooperativa Parque Ibirapuera (CECCO) e o Campo Experimental, geograficamente instalados no Setor Ambiental, possuem dinâmicas próprias, devendo ser respeitadas suas singularidades de funcionamento.
CADERNO 2 9.9 Centro de Convivência e Cooperativa Parque Ibirapuera (CECCO) SUBSTITUIR TODO O TEXTO DESTE ITEM 9.9 PELO SEGUINTE: • Caracterização O Centro de Convivência e Cooperativa Parque Ibirapuera (CECCO) no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é um serviço de saúde que compõe a rede de atenção psicossocial alocada em espaços públicos como centros esportivos, comunitários e parques, visando a socialização dos munícipes, de acesso livre, gratuito e irrestrito, seguindo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), localizado no Portão 5, facilitando a acessibilidade da população que frequenta o equipamento. Os objetivos gerais do CECCO Parque Ibirapuera são proporcionar a convivência entre a população geral e a população com vulnerabilidade biopsicossocial, promovendo a integração e promoção de saúde, através de oficinas ligadas à Arte, Cultura, Meio ambiente, Práticas Integrativas e Complementares (PICS) e Produção em Economia Solidária, com interface com outros equipamentos do Parque, entre eles, os Museus, a Escola Municipal de Astrofísica (EMA) e a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ ) e o Planetário Professor Aristóteles Orsini. Vale ressaltar que dentre as atividades ofertadas, ocorrem festas em datas comemorativas, incluindo todos os frequentadores, familiares, e os usuários dos serviços de saúde do território da Supervisão Técnica de Saúde Vila Mariana/Jabaquara. Para o pleno desenvolvimento da missão do CECCO Parque Ibirapuera, deve estar assegurado o acesso irrestrito de todas as áreas do Parque, apropriadas às atividades realizadas por este serviço. • Ação de Projeto A edificação ocupada pelo CECCO Parque Ibirapuera necessita de reforma das instalações elétricas, hidráulicas e de TI; piso e cobertura; reforma de caixilhos, esquadrias e portas; reforma e/ou nova instalação de louças e metais no caso de sanitários, vestiários, cozinhas e refeitórios; pintura interna e externa; reforma e/ou instalação de novos equipamentos e mobiliário, quando necessário, a depender do uso do espaço, sem descaracterizar o serviço e em concordância com a equipe de trabalho e diretrizes da área técnica da Secretária Municipal de Saúde, observando o não prejuízo ao processo de trabalho.
• Considerando que o Centro de Convivência e Cooperativa Parque Ibirapuera caracteriza-se como um serviço público da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, pertencente à rede de atenção psicossocial, aberto ao público em geral, inclusive aos frequentadores deste parque. • Considerando que o Centro de Convivência e Cooperativa Parque Ibirapuera compartilha o espaço físico com o setor da manutenção, • Considerando que o a Parque Ibirapuera está em processo de mudança de gestão para a iniciativa privada. • Considerando que não temos acesso ao plano de negócios que serão realizadas no Parque, a partir da concessão, não tendo, portanto, dados a respeito de uma possível ou não interferência, no trabalho do CECCO. • Considerando que este CECCO , fruto de uma política pública que pressupõe este serviço localizado estrategicamente dentro de parques públicos, centros comunitários e esportivos, funciona neste parque desde 1991. Questionamos: ? Quais as implicações de um serviço público ocupar um prédio concessionado? ? Quais garantias serão oferecidas para darmos continuidade à nossa missão? ? Quais garantias nos serão oferecidas de que permaneceremos na mesma edificação, que hoje se situa no portão 5, o que facilita a acessibilidade necessária aos usuários? ? Em se esclarecendo tais questões, onde serão documentadas as respectivas soluções?
Gostaria de sugerir a abertura do viveiro Manequinho Lopespara visitacao durante os 7 dias da semana, bem como sua requalificacao como polo de educacao ambiental.
9. AÇÕES DE PROJETO E VISÕES DE FUTURO 9.7 UMAPAZ ? Caracterização No Item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no primeiro parágrafo: sugere-se alterar a redação conforme segue abaixo: A UMAPAZ – O Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ [17] da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), desenvolve e dissemina conhecimentos e práticas de educação para a sustentabilidade, baseados no respeito à vida e inspirados na Carta da Terra, bem como, trabalho intersetorial, especialmente com a educação, meio ambiente e saúde; as parcerias com organizações do terceiro setor, com a universidade e instituições públicas [12]. Em 2019 a UMAPAZ foi reorganizada e a passou a ser denominada de Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz – Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ [24]. No Item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no segundo parágrafo: alterar a redação com base nos Decreto Mun. 58.625/2019 e Portaria 008/SVMA-G/2019, conforme abaixo: É composta pela: I - Escola Municipal de Jardinagem, II - Divisão dos Planetários Municipais (Escola Municipal de Astrofísica - Prof. Aristóteles Orsini, Planetário Municipal do Carmo - Prof. Acácio Riberi e Planetário Municipal – Prof. Aristóteles Orsini – Ibirapuera; III - Divisão de Formação em Educação Ambiental e Cultura de Paz e IV - Divisão de Difusão de Projetos em Educação [24, 31]. A Equipe que compõe a UMAPAZ é formada por profissionais como: biólogo; engenheiro agrônomo, civil, florestal; gestor e educador ambiental; pedagogo; sociólogo; geólogo; geógrafo; arquiteto; profissional de saúde entre outros, o que permite a concepção e o desenvolvimento de programas e atividades numa dimensão inter e transdisciplinar. No Item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no quarto parágrafo: complementar a redação com a sugestão abaixo: A UMAPAZ por meio das suas Divisões Técnicas e da Escola Municipal de Jardinagem, oferece cursos e atividades de formação, de sensibilização e de reforço de saberes e práticas, em livre percurso de aprendizado, isto é, cada pessoa pode trilhar seu próprio caminho, iniciando o percurso a partir de seus interesses e sendo acompanhado e estimulado a inserir-se num processo articulado de capacitação. Assim, a programação é, intencionalmente, bastante diversificada em termos de conteúdos e de práticas, com foco na educação socioambiental, na cultura de paz, envolvendo educação, meio ambiente e saúde nas diferentes dimensões com bases da sustentabilidade e na convivência humana [12, 20, 30]. No Item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no quinto parágrafo: sugere-se alterar a redação, conforme segue abaixo: Em termos de faixa etária, a UMAPAZ tem atividades gratuitas e apropriadas a pessoas de diferentes faixas etárias, ocupações, formações e originárias de todas as regiões da cidade, fundamentada no poder da diversidade, como a Aventura Ambiental que possui programação destinada a crianças, jovens e adultos. Deve-se garantir a autonomia da UMAPAZ para a realização das suas atividades de educação ambiental no Parque Ibirapuera, sem haver restrição quanto ao uso dos espaços públicos. No Item 9.7 - UMAPAZ – Ação de Projeto. Relembramos que A UMAPAZ é Área não concedida. 9. AÇÕES DE PROJETO E VISÕES DE FUTURO 9.8 Campo Experimental da Escola de Jardinagem ? Caracterização No Item 9.8 - Campo Experimental da Escola de Jardinagem - Caracterização: A meu ver o Campo Experimental (CE) da Escola Municipal de Jardinagem (EMJ) da UMAPAZ, deveria ser retirado da Concessão e ficar sob a gestão administrativa da PMSP/SVMA/UMAPAZ/EMJ, posto que (itens de 1 a 9 abaixo): 1 - A EMJ da qual faz parte o Campo Experimental, foi criada para capacitar os Jardineiros da Prefeitura da Cidade de São Paulo (PMSP); em 1975 foi criado o Curso Municipal de Jardineiros para servidores municipais e o Curso Municipal de Jardinagem para munícipes em geral, com o objetivo de conscientizá-los da importância de cada um na conservação do meio ambiente, assim como ensinar técnicas de jardinagem por meio de aulas teóricas e práticas. Já em 1981 [15] o curso abriu as inscrições para o VI Curso Municipal de Jardineiros (DOM de 26/05/1981 pg. 21 e 22) e em 1987 [16] onde pode ser constatado o uso do Campo Experimental para as aulas práticas dos referidos Cursos (DOM de 17/09/1987 pg. 4, 5 e 6). 2 - A Escola Municipal de Jardinagem tornou-se ao longo dos anos, um centro de referência em capacitação gratuita nas áreas de jardinagem, paisagismo, arborização, horticultura, plantio em pequenos espaços, orquídeas, compostagem, plantas medicinais, entre outros; com temas relacionados à educação ambiental, ao manejo de plantas, às ciências da natureza, às questões socioambientais, meio ambiente, saúde e sustentabilidade. Em 2009 [17] foi integrada ao Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (DEA-UMAPAZ) da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), atual Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), em 2019 [24]. 3 - Até junho de 2015 a EMJ atendeu aproximadamente 47.000 munícipes [30], incluindo servidores públicos, educadores, estudantes, pesquisadores, entre outros e atua em parceria com o Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com o Viveiro Manequinho Lopes, com a Divisão da Fauna Silvestre, com o Herbário Municipal, bem como, com a Secretaria Municipal da Saúde-SP em atendimento à Lei Municipal nº 14.903/2009 [18], regulamentada pelo Decreto Municipal nº 51.435/2010 [19] que instituiu o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo. 4 - Os Galpões do Campo Experimental são as salas de aula onde ocorrem as atividades prático-demonstrativas da EMJ, da UMAPAZ, dos parceiros, como o Centro de Convivência e Cooperativa Ibirapuera (CECCO/SMS). Além dos galpões, tem o almoxarifado para guarda de materiais, o banheiro, bebedouro [8] (que deve ser verificado a qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade) que são imprescindíveis para o funcionamento desse espaço; portanto, sendo necessário a manutenção pela atual gestão (PMSP/SVMA/UMAPAZ/EMJ) para a segurança e bem-estar de todos. 5 - Profissionais de saúde e do meio ambiente do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) foram capacitados no Campo Experimental. Resgatando um pouco da história do “Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: Construindo Políticas Públicas Integradas” foi desenvolvido, no período 2005-2008, por iniciativa da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA) em articulação com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com o objetivo de fortalecer a gestão intersetorial em questões ambientais com impacto sobre a saúde da população, envolvendo a promoção de atitudes voltadas à preservação, conservação e recuperação ambiental e a promoção e proteção da saúde da população. Nesta perspectiva, foi firmado um compromisso entre a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Secretaria Municipal da Saúde e Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social na pactuação de uma agenda integrada com enfoque para o desenvolvimento de políticas de saúde e meio ambiente, tendo como eixo o fortalecimento da intersetorialidade no nível local”. O atual Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) encontra-se sob a gestão da SMS-SP (Port. SMS-G nº 1573/2011) [26, 27]. 6 - O Campo Experimental da EMJ é o cerne da Escola Municipal de Jardinagem, possui espaços ajardinados com espécies vegetais ilustrativas para as aulas, possui espaços temáticos com presença de hortaliças, frutíferas, plantas medicinais, aromáticas, alimentícias não convencionais (panc), floríferas, composteira, minhocário e, realiza importantes serviços ambientais, é utilizado pela SVMA, pela SMS, parceiros na condução das aulas prático-teóricas contribuindo para um meio equilibrado, para melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde [19, 23, 26, 30]. Tem uma rica diversidade vegetal com mais de 300 espécies vegetais, incluindo plantas medicinais, entre elas a ‘Maytenus ilicifolia’ Mart. ex Reissek (espinheira-santa) nativa do Brasil, encontrada na Mata Atlântica; a ‘Casearia Sylvestris’ Sw. (guaçatonga) também nativa do Brasil, entre outras e que devem ser preservadas, bem como, da fauna presentes no Campo Experimental. Relembramos que no Parque Ibirapuera, temos espécies da flora ameaçadas de extinção, por ex.: ‘Araucaria angustifolia’ (Bertol.) Kuntze (pinheiro-do-paraná) na categoria (EN) em perigo; ‘Caesalpina echinata’ Lam. (pau-brasil) também na categoria (EN) e que precisam de medidas de conservação para sua manutenção e preservação. Relembramos, ainda, que além da flora, temos espécies da fauna que estão em categorias de ameaça [1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 13, 20, 21, 22, 23, 25, 28, 29]. 7 - Destacamos alguns pontos dentro da Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, o Parque Ibirapuera juntamente com outros parques urbanos, compõe o Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres. São diretrizes da Política Ambiental: I – conservar a biodiversidade, os remanescentes da flora e da fauna; são objetivos do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: I – proteção da biodiversidade; II – conservação das áreas prestadoras de serviços ambientais; III – proteção e recuperação dos remanescentes de Mata Atlântica...[21]. 8 – Algumas atividades em andamento e previstas/2019 (listadas abaixo), realizadas no período da manhã ou tarde e que utilizam o Campo Experimental da EMJ: a) Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP - Turma 537 do “Curso Municipal de Jardinagem”, com a participação de munícipes, servidores públicos e de jardineiros; b) Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP - Turma 538 do “Curso Municipal de Jardinagem”, com a participação de munícipes em geral e servidores públicos; c) Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP - Turma 51 “Como Fazer uma Horta”, com a participação de munícipes em geral e servidores públicos; d) Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP - Turma 41 “Estudo da família Orchidaceae”, com a participação de munícipes em geral e servidores públicos; e) Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP – Turma 5 do Curso “Arborização Urbana para Jardinistas”, com a participação de servidores públicos e munícipes; f) Curso realizado pela SMS/PMSP com participação da EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP na aula prática de cultivo e propagação de plantas medicinais; g) Curso realizado pela Secretaria Municipal da Educação - SME/PMSP em parceria com a SVMA/PMSP – 2º Sem/2019 - Turma 3 “Formação Hortas Pedagógicas” com a participação de profissionais da educação e saúde da Coordenadoria de Alimentação Escolar (CODAE/SME); h) Mini Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP – “Jardins Amigos da Fauna”, com a participação de munícipes em geral; i) Atividade realizada pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP - Caminhada e Visita ao Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem – “Olhares em (Des) Construção” com a participação de munícipes em geral; j) Oficina realizada pela Divisão de Formação em Educação Ambiental e Cultura de Paz-DFEPAZ/UMAPAZ/SVMA/PMSP – “Cultivo e Reconhecimento de Plantas Medicinais e Aromáticas” com a participação de munícipes e servidores públicos; k) Oficina realizada pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP – “Como Plantar em Pequenos Espaços” com a participação de munícipes em geral; l) Atividades de Educação Ambiental realizadas pela UMAPAZ/SVMA/PMSP – Aventura ambiental e trilhas monitoradas com a participação de um público diverso formado por alunos da rede pública e privada (desde o ensino infantil até o ensino médio e técnico); jovens, adultos e terceira idade; m) Atividades/oficinas realizadas pelo Centro de Convivência e Cooperativa Ibirapuera (CECCO/SMS/PMSP) em parceria da EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP com a participação de usuários, pessoas em situação de vulnerabilidade e população em geral; n) Oficina realizada pela EMJ/UMAPAZ/SVMA em parceria com o CECCO/SMS – “Oficina Jardinarte” – 10 Turmas previstas para 2019 com a participação de pessoas com sofrimento psicossocial, com deficiência e público em geral; o) Oficina realizada pela EMJ/UMAPAZ/SVMA/PMSP em parceria com o CECCO-Ibirapuera/SMS/PMSP – 2º Semestre/Turmas 13 e 14 da Oficina de “Jardinagem com Foco em Saúde” com a participação de pessoas com sofrimento psicossocial, com deficiência e público em geral. 9 - O Campo Experimental está DENTRO da área de Concessão, embora faça parte da Escola Municipal de Jardinagem e da UMAPAZ, que ficaram FORA da Concessão. Por essa razão e pelas atividades que desenvolve (citadas anteriormente) e em atendimento, também, aos programas e políticas públicas, é fácil entender que o Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem não pode ser concedido, não pode ser demolido, não pode ter suas atividades educacionais prejudicadas e nem transferidas, portanto, o CE precisa ser retirado da Concessão, evitando-se assim, potenciais riscos para a flora e fauna lá existente, perda de importantes serviços ambientais e de promoção à saúde, prestados gratuitamente à população, tanto pela Escola Municipal de Jardinagem, outras Divisões da UMAPAZ, pelo CECCO Ibirapuera-SMS (parceiro da EMJ) e outros parceiros; deve ser mantido o seu uso para as atividades que vem desenvolvendo há anos, auxiliando na implantação e implementação de programas e políticas públicas, na capacitação/formação de multiplicadores nas boas práticas de cultivo e manejo sustentável dos recursos naturais, nas práticas de educação para a sustentabilidade, baseados no respeito à vida e atendendo, também, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): proteger, promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, alcançar a segurança alimentar, melhoria da nutrição, promover a agricultura sustentável, deter a perda de biodiversidade, assegurar uma vida saudável, o bem-estar para todos e em todas as idades [14]. No Item 9.8 - Campo Experimental da Escola de Jardinagem – Ações de Projeto O Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem da UMAPAZ, deveria ser retirado da Concessão e ficar sob a gestão administrativa da PMSP/SVMA/UMAPAZ/EMJ e deve estar claro como diretriz no Plano Diretor que o Campo Experimental deve manter as atividades da Escola Municipal de Jardinagem, bem como, todas as atividades desenvolvidas pela UMAPAZ, CECCO/SMS e outros parceiros após ciência e anuência da UMAPAZ. O Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem não pode ser concedido, não pode ser demolido, não pode ter suas atividades prejudicadas e nem transferidas, portanto, precisa ser retirado da Concessão, evitando-se assim, potenciais riscos para a flora e fauna, perda de importantes serviços ambientais e de promoção à saúde. É o meu entendimento, s.m.j. Referências consultadas 1.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 2 set. de 1981. 2.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 13 e 17 de fev. de 1998. 3.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.795, de 27 de abril de1999 – Dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 28 de abril de 1999. Da Educação Ambiental. Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 4.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 – Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 19 de julho de 2000. 5.BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 2002 – Regulamenta artigos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, e dá outras providências. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 23 de agosto de 2002. 6.BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002 – Regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 26 de junho de 2002. 7.BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 23 de julho de 2008. 8.BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS nº 05, de 28 de setembro de 2017 (DO de 3.10.2017) referente à Portaria MS nº 2.914, de 12 de dez. 2011 (DO de 14.12.2011). ANEXO XX – Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade (Origem: PRT MS/GM 2914/2011). 9.BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014. Reconhece como espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção aquelas constantes da "Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção”. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 18 de dezembro de 2014. 10.BRASIL. Presidência da República. Decreto n º 9.760, de 11 de abril de 2019. Altera o Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações. Diário Oficinal da União, Brasília, DF, 11 de abril de 2019. 11.FLORA DO BRASIL 2020: algas, fungos e plantas. Em construção. Lançamento de plataforma online em 2018. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/. Acesso em: 18 agosto 2019. 12.INOJOSA, R. M. (Org). Aprendizagem socioambiental em livre percurso: a experiência da UMAPAZ. 1ªed. – São Paulo: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, 2012. 267p. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/livro_-_aprendizagem_socioambienta_em_livre_percurso_-_v12_-_web_1355257931.pdf Resumo: O Evolver da UMAPAZ Primeiro Setênio Este texto tem o objetivo de registrar e comentar o processo de constituição e desenvolvimento organizacional da UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, de São Paulo, de 2005 a 2012. Inicia pelo contexto em que o projeto foi gerado e trata, na sequência, das fases de planejamento; da implementação do projeto; e da institucionalização da UMAPAZ como Departamento da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo e das relações estabelecidas pela nova estrutura organizacional da Secretaria. A seguir, são sucessivamente focalizados: a equipe e a produção, o trabalho intersetorial, especialmente com a saúde, a educação, as relações de trabalho, subprefeituras e a segurança urbana; as parcerias com organizações do terceiro setor, com a universidade, e o controle social. Finaliza abrindo espaço para pressupostos e práticas metodológicas adotadas pela UMAPAZ. 13.MARTINELLI, G. MORAIES, A. M. (Orgs.). Livro vermelho da flora do Brasil. 1. ed. - Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do RJ, 2013. 1100 p. 14.ONU. Nações Unidas do Brasil. Agenda 2030. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/ Acesso em: 18 ago. 2019. 15.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Curso Municipal de Jardineiros. Diário Oficial do Município, 26 maio 1981. 16.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Histórico dos Cursos Municipais de Jardinagem e Jardineiros. Diário Oficial do Município, 17 set. 1987. 17.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Lei nº 14.887, de 15 de janeiro de 2009 - Reorganiza a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA...; Art. 3º. A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente tem a seguinte estrutura básica: III - Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ; 18.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Lei nº 14.903, de 6 de fevereiro de 2009. Instituiu o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo. São Paulo, Diário Oficial do Município, 7 fev. 2009. 19.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Decreto nº 51.435, de 26 de abril de 2010. Regulamenta a Lei nº 14.903/2009, que instituiu o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais de São Paulo. São Paulo, Diário Oficial do Município, 27 abr. 2010. Art. 1º. A Lei nº 14.903, de 6 de fevereiro de 2009, que institui o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo, fica regulamentada nos termos deste decreto. Art. 2º. O Programa será executado em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aprovadas pelo Decreto Federal nº 5.813, de 22 de junho de 2006, e demais normas pertinentes. Art. 8º. Incumbirá à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente: I - realizar a identificação botânica de plantas medicinais, por meio do Herbário Municipal, bem como documentar as espécies identificadas conforme material testemunho a ser depositado em seu acervo; II - promover a educação ambiental e em saúde para multiplicadores, por meio da Divisão Técnica Escola Municipal de Jardinagem, do Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz, visando o uso sustentável dos recursos ambientais e da biodiversidade, e promover cursos relacionados às plantas medicinais e ao meio ambiente; IV – fornecer, por meio da Divisão Técnica de Produção e Arborização, do Departamento de Parques e Áreas Verdes, mudas de plantas medicinais constantes da relação de espécies indicadas pelo Grupo Executivo Intersecretarial, para a formação de horto de plantas medicinais nos postos de atendimento da Secretaria Municipal da Saúde. 20.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Lei nº 15.967, de 24 de janeiro de 2014. Dispõe sobre a Política Municipal de Educação Ambiental de São Paulo e dá outras providências. Diário Oficial do Município, 25 de jan. 2014 21.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002. São Paulo, Diário Oficial do Município, 01 ago. 2014. CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS Art. 5º Os princípios que regem a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico são: § 6º Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado é o direito sobre o patrimônio ambiental, bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida, constituído por elementos do sistema ambiental natural e do sistema urbano de forma que estes se organizem equilibradamente para a melhoria da qualidade ambiental e bem-estar humano. Art. 6º. A Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico se orientam pelas seguintes diretrizes: XIII - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: f) a poluição e a degradação ambiental; h) o uso inadequado dos espaços públicos; Art. 7º. A Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico se orientam pelos seguintes objetivos estratégicos: X - proteger as áreas de preservação permanente, as unidades de conservação, as áreas de proteção dos mananciais e a biodiversidade; CAPÍTULO II - DA POLÍTICA AMBIENTAL Art. 193. A Política Ambiental do Município tem caráter transversal e se articula com as diversas políticas públicas, sistemas e estratégias de desenvolvimento econômico que integram esta lei. Art. 195. São diretrizes da Política Ambiental: I – conservar a biodiversidade, os remanescentes da flora e da fauna; XVIII - promover a educação ambiental formal e não formal; CAPÍTULO VI - DO SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS, ÁREAS VERDES E ESPAÇOS LIVRES Art. 266. São componentes do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: I – áreas públicas: b) parques urbanos; Seção I - Dos Objetivos e Diretrizes do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres Art. 267. São objetivos do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: I – proteção da biodiversidade; II – conservação das áreas prestadoras de serviços ambientais; III – proteção e recuperação dos remanescentes de Mata Atlântica; 22.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Lei nº 16.140, de 17 de março de 2015. Dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São Paulo e dá outras providências. São Paulo, Diário Oficial do Município, 18 mar 2015. 23.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Decreto nº 56.913, de 5 de abril de 2016. Regulamenta a Lei nº 16.140, de 17 de março de 2015, que dispõe sobre obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São Paulo. São Paulo, Diário Oficial do Município, 06 abril 2016. Art. 3º. A execução e coordenação da política pública de agroecologia e produção orgânica nas unidades educacionais do Sistema Municipal de Ensino, bem como a implantação e implementação do Plano referido no artigo 2º deste decreto, será realizada pela Coordenadoria de Alimentação Escolar - CODAE da Secretaria Municipal da Educação, com apoio das Secretarias Municipais do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, do Verde e do Meio Ambiente e da Saúde... 24.PMSP. Prefeitura do Município de São Paulo. Decreto nº 58.625, de 8 de fevereiro de 2019. Dispõe sobre a reorganização da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente...; São Paulo (SP), Diário Oficial do Município, 09 fev. 2019. Art. 10. A Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ é integrada por: I - Escola Municipal de Jardinagem - EMJ; II - Divisão dos Planetários Municipais - DPM; III - Divisão de Formação em Educação Ambiental e Cultura de Paz - DFEPAZ; IV - Divisão de Difusão de Projetos em Educação Ambiental - DDPEA. 25.SÃO PAULO. ALESP. Decreto nº 63.853, de 27 de novembro de 2018. Declara as espécies da fauna silvestre no Estado de São Paulo regionalmente extintas, as ameaçadas de extinção, as quase ameaçadas e as com dados insuficientes para avaliação, e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 29 de nov. de 2018. 26.SMS. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1573/2011-SMS.G - Institui o Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) na Estratégia Saúde da Família (ESF) na Coordenação da Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) do Município de São Paulo. Do Artigo. 1º - § 2º. A execução do programa é atribuição das equipes da ESF nas UBS e será implementado em articulação com as Instituições Parceiras da Estratégia Saúde da Família da Secretaria Municipal da Saúde, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e de outras Secretarias afins. 27.SMS. Secretaria Municipal da Saúde. Guia PAVS. Secretaria da Saúde. Coordenação da Atenção Básica. Programa Ambientes Verdes e Saudáveis – São Paulo: SMS, 2012. 28.SVMA. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Inventário da Biodiversidade do Município de São Paulo – 2016. Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, 2016. São Paulo (SP), Diário Oficial do Município, 24 dez. 2016. 29.SVMA. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Inventário da Fauna Silvestre do Município de São Paulo – 2018. Divisão de Fauna Silvestre, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, 2018. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/PUB_FAUNA_DIGITAL_2018%20download2.pdf 30.SVMA. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. 40 anos Escola Municipal de Jardinagem - 1975 – 2015. Escola Municipal de Jardinagem, Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, 2018. 31.SVMA. Secretaria Verde e do Meio Ambiente. Portaria n º 008/SVMA-G/2019 (DOM de 13/03/2019 – pgs. 27 e 28). Art. 1º - São consideradas Unidades de Serviço de Natureza Operacional, para os fins estabelecidos no art. 4º do Decreto nº 54.987/2014, no âmbito da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, as seguintes: SVMA/UMAPAZ - Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz – Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de PAZ; -SVMA/UMAPAZ-G - - Gabinete do Coordenador; -SVMA/UMAPAZ/EMJ – Escola Municipal de Jardinagem; -SVMA/UMAPAZ/DPM - Divisão dos Planetários Municipais; -SVMA/UMAPAZ/DPM/EMA - Escola Municipal de Astrofísica - Prof. Aristóteles Orsini, -SVMA/UMAPAZ/DPM/CARMO - Planetário Municipal do Carmo - Prof. Acácio Riberi - -SVMA/UMAPAZ/DPM/IBIRA - Planetário Municipal – Prof. Aristóteles Orsini – Ibirapuera; -SVMA/UMAPAZ/DFEPAZ - Divisão de Formação em Educação Ambiental e Cultura de Paz -SVMA/UMAPAZ/DDPEA - Divisão de Difusão de Projetos em Educação.
Considerando o Plano Diretor( PD) do Parque Ibirapuera como um instrumento de governança, informações claras e precisas sobre as intervenções previstas para o Parque, contendo as especificações de prioridades e prazos de cada intervenção, são importantes tanto para o planejamento do gestor, como para o monitoramento das ações planejadas, aprovadas, em processo de execução e finalizadas. O cronograma físico das intervenções deve incluir o tempo previsto para as aprovações destas intervenções , pelos órgãos responsáveis e tempo previsto para execução e finalização das mesmas. A viabilidade de inclusão, no cronograma, de processos que estão fora da governança do gestor ( considerando que se trata de uma área e de equipamentos públicos; entendendo o compromisso do gestor e órgãos responsáveis, de que as intervenções contidas no PD devam ser cumpridas, dentro do estrito rigor da legislação, regulamentação e transparência) passa pela previsão e comunicação, pelos órgãos responsáveis, do tempo exequível e necessário para sua avaliação e posicionamento.
Sugiro abrir a área do viveiro Manequinho Lopes de 3a a sábado, requalificando-a como centro de educação ambiental. Sugiro também a remoção de asfalto da maior área possível do parque, desimpermeabilizando o solo. Obrigado.
Falta segurança: guardas com rádios em todos os portões e circulando de bicicleta dentro do parque. Falta iluminação: há muitos pontos escuros. Falta limpeza: há boa oferta de lixeiras, porém a manutenção da limpeza das ruas é deficiente, assim como a coleta dos lixos nas lixeiras. Muitas chegam a transbordar e ficam assim por horas. Falta limpeza nos banheiros, oferta de produtos higiene (sabonete e papéis) aos usuários e manutenção das instalações. Faltam vagas de estacionamento dentro e no entorno do parque. É ridículo pagar para estacionar num espaço público. Falta controle na oferta de produtos oferecidos por ambulantes. Maioria vende os mesmos produtos, muitos de péssima qualidade e condições de armazenamento. Falta controle no modo como alguns usuários circulam com bicicletas, patins, skates, etc. Quer seja na velocidade ou modo de condução obrigando os usuários que estão caminhando ou com crianças a ficarem sempre alertas.
Congratulações pelos trabalhos. Entendi que aqui posso encaminhar sugestões: 1-Pela inclusão: Parques para todos. 2- Por menos riscos e mais segurança na ciclofaixa. 3- Pela capacitação continuada dos servidores que acompanharão o contrato ao longo dos 35 anos. 4- Pela avaliação do plano diretor de 2004/2014 sua relevância seu papel seus limites bem como a revisão de seu processo legal de aprovação. Grato pela atenção
A seguir são sugeridas intervenções no conteúdo e na forma do PDPI, que visam conferir-lhe eficiência como instrumento de proteção da fauna. • Análise da inserção do Parque Ibirapuera no contexto urbano, em termos ambiental e de serviços ecossistêmicos, em seu âmbito efetivo e não apenas no limite arbitrário de 2 km de raio (item 3 do Caderno I). • Refinamento do nível de informação sobre espécies animais relevantes em termos de conservação. Estas compreendem (mas não só) espécies ameaçadas de extinção e incluídas em listas nacionais e internacionais de espécies ameaçadas; espécies raras no parque e em âmbitos mais amplos (município, estado); espécies pouco conhecidas em termos de distribuição e ocorrência; espécies migratórias presentes em épocas específicas (migrantes de verão e de inverno, espécies migratórias de passagem durante primavera e/ou outono); espécies restritas a ambientes específicos. • Inclusão de informações sobre o uso espacial e temporal do parque pelas espécies presentes, visando subsidiar a setorização e subsidiar medidas e ações de proteção à fauna e seus ambientes. Na presente versão, as limitações do mapeamento faunístico prejudicam etapas posteriores do documento que dependem do diagnóstico.
Por conta do mau funcionamento ou oscilações do site, e por não estar conseguindo ter acesso às contribuições, e principalmente, por ser leiga (nesse assunto tão complexo), como a maioria dos usuários do parque assim o é, peço a dilação do prazo para consulta à minuta até o dia 31/08/19 e que só a partir de então seja realizada a audiência pública, o contrário vejo ser sem sentido!
“Reproduzindo os comentários postados em 21/08/2019 – POR ITENS” - “No item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no primeiro parágrafo” - sugestão: A UMAPAZ – Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ [1] da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), desenvolve e dissemina conhecimentos e práticas de educação para a sustentabilidade, baseados no respeito à vida e inspirados na Carta da Terra, bem como, trabalho intersetorial, especialmente com a educação, meio ambiente e saúde; as parcerias com organizações do terceiro setor, com a universidade e instituições públicas [2]. Em 2019 a UMAPAZ foi reorganizada [3] e passou a ser denominada de Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz – Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ. - REFERÊNCIAS CONSULTADAS. - 1. - PMSP. ‘Lei nº 14.887, de 15 de janeiro de 2009' - Reorganiza a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA...; DOM, 16 jan. 2019. - 2. - INOJOSA, R. M. (Org). ‘Aprendizagem socioambiental em livre percurso: a experiência da UMAPAZ’. 1ªed. – São Paulo: SVMA, 2012. 267p. - 3. - PMSP. Decreto nº 58.625, de 8 de fevereiro de 2019. Dispõe sobre a reorganização da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente...; DOM, 09 fev. 2019.
“Reproduzindo os comentários postados em 21/08/2019 – POR ITENS” - “No item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no segundo parágrafo” - sugestão: É composta pela: I - Escola Municipal de Jardinagem, II - Divisão dos Planetários Municipais (Escola Municipal de Astrofísica - Prof. Aristóteles Orsini, Planetário Municipal do Carmo - Prof. Acácio Riberi e Planetário Municipal – Prof. Aristóteles Orsini – Ibirapuera; III - Divisão de Formação em Educação Ambiental e Cultura de Paz e IV - Divisão de Difusão de Projetos em Educação [1, 2]. A Equipe que compõe a UMAPAZ é formada por profissionais como: biólogo; engenheiro agrônomo, civil, florestal; gestor e educador ambiental; pedagogo; sociólogo; geólogo; geógrafo; arquiteto; profissional de saúde entre outros, o que permite a concepção e o desenvolvimento de programas e atividades numa dimensão inter e transdisciplinar. - REFERÊNCIAS CONSULTADAS. - 1. - PMSP. ‘Decreto nº 58.625, de 8 de fevereiro de 2019’. Dispõe sobre a reorganização da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente...; São Paulo (SP), DOM, 09 fev. 2019. - 2. - SVMA. ‘Portaria n º 008/SVMA-G/2019’, DOM de 13 março 2019.
“Reproduzindo os comentários postados em 21/08/2019 – POR ITENS” - “No item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no quarto parágrafo” - sugestão: A UMAPAZ por meio das suas Divisões Técnicas e da Escola Municipal de Jardinagem, oferece cursos e atividades de formação, de sensibilização e de reforço de saberes e práticas, em livre percurso de aprendizado, isto é, cada pessoa pode trilhar seu próprio caminho, iniciando o percurso a partir de seus interesses e sendo acompanhado e estimulado a inserir-se num processo articulado de capacitação. Assim, a programação é, intencionalmente, bastante diversificada em termos de conteúdos e de práticas, com foco na educação socioambiental, na cultura de paz, envolvendo educação, meio ambiente e saúde nas diferentes dimensões com bases da sustentabilidade e na convivência humana [1, 2, 3]. - REFERÊNCIAS CONSULTADAS. - 1. - INOJOSA, R. M. (Org). ‘Aprendizagem socioambiental em livre percurso: a experiência da UMAPAZ’. 1ªed. – São Paulo: SVMA, 2012. 267p. - 2. - PMSP. ‘Lei nº 15.967, de 24 de janeiro de 2014’. Dispõe sobre a Política Municipal de Educação Ambiental de São Paulo e dá outras providências. DOM, 25 de jan. 2014. - 3. - SVMA. ‘40 anos Escola Municipal de Jardinagem - 1975 – 2015’. Escola Municipal de Jardinagem, UMAPAZ, SVMA, 2018.
“Reproduzindo os comentários postados em 21/08/2019 – POR ITENS” - “No Item 9.7 - UMAPAZ – Caracterização - no quinto parágrafo” - sugestão: Em termos de faixa etária, a UMAPAZ tem atividades gratuitas e apropriadas a pessoas de diferentes faixas etárias, ocupações, formações e originárias de todas as regiões da cidade, fundamentada no poder da diversidade, como a Aventura Ambiental que possui programação destinada a crianças, jovens e adultos. Deve-se garantir a autonomia da UMAPAZ para a realização das suas atividades de educação ambiental no Parque Ibirapuera, sem haver restrições quanto ao uso dos espaços públicos [1, 2, 3]. - REFERÊNCIAS CONSULTADAS. - 1. - BRASIL. ‘Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999’. Dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental. DOU, Brasília, 28 de abril de 1999. - 2. - BRASIL. ‘Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002’. Regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental. DOU, Brasília, 26 de jun. de 2002. - 3. - PMSP. ‘Lei nº 15.967, de 24 de janeiro de 2014’. Dispõe sobre a Política Municipal de Educação Ambiental de São Paulo. DOM, 25 de jan. 2014.
Olá, gostei muito da oportunidade de conhecer esse processo referente ao Parque do Ibirapuera! É um parque que gosto muito e, que acredito que sempre pode ter melhorias. Seguem minhas sugestões: - Sugiro que o estacionamento seja mais acessível; - Mais seguranças e policiais espalhados pelo parque; - Os banheiros ainda precisariam ser mais cuidados e limpos, pois muitas vezes falta papel e sabonete; - Os bebedouros precisam ser reativados, pois tem muitos "naturais" pelas áreas verdes, que não tem água; - A ciclovia deveria ter grades, ou algum tipo de controle/ sinalização melhor, para evitar acidentes (já que os atletas, skatistas e pessoas que andam com cachorros, NÃO respeitam a ciclovia),(Um exemplo é o parque Villa Lobos, que tem bastante controle referente a áreas que só podem ser acessadas por bicicleta); - Referente ao evento Natalino, cada ano que passa, o público é maior...sugiro que seja montada alguma estrutura de arquibancada móvel, ou que sejam entregues "senhas de acesso" limitando pessoas, pois está ficando caótico ir ao evento...se não chegar com 2h de antecedência na área perto do lago, virada para a avenida, não é possível ver as Luzes Natalinas, muito menos o palco onde se apresenta a orquestra (conforme o evento de 2018). Agradeço desde já. At, Déborah
No último parágrafo da seção acerca da “Caracterização” do Pavilhão das Culturas Brasileiras – PACUBRA, no subitem 9.18 do item 9, Caderno 2, há um equívoco que deve ser esclarecido e revisado. Segundo as plantas e desenhos presentes em documentos editalícios referentes ao projeto de restauro realizado pelo escritório de arquitetura Pedro Mendes da Rocha Arquitetos Associados e aprovado pelos órgão de tombamento, existe apenas 01 (uma) área destinada a acervo de aproximadamente 340 m², localizada no pavimento superior próximo às áreas administrativas do edifício, e não de um terço da área do pavimento superior do edifício.
Em relação às ‘Ações de Médio Prazo’ do Pavilhão das Culturas Brasileiras – PACUBRA, no subitem 9.18 do item 9, Caderno 2, nota-se, em vários trechos que, ao estipular as diretrizes e estabelecer regras de uso compartilhado, subordinando toda e qualquer atividade no pavilhão ao crivo e ordem do Departamento dos Museus Municipais (DMU/SMC), limita-se, consequentemente, os usos do edifício e o adequado atendimento às demandas do Parque, no que tange a oferta de serviços, cultura e entretenimento. Uma vez que um terço da área do pavilhão está destinada à Secretaria Municipal da Cultura, o DMU e a administração do Parque deverão estabelecer uma relação harmônica quanto as suas atividades, possuindo cada qual autonomia de decisão quanto ao uso da área sob sua responsabilidade. Em alguns momentos parece haver uma mistura entre a área total destinada ao DMU, a área de acervo e a área para exposições, recomenda-se deixar claro esta questão no texto, delimitando mais precisamente referidas áreas. Vale ressaltar que o projeto de revitalização do prédio, realizado pelo escritório de arquitetura Pedro Mendes da Rocha Arquitetos Associados e aprovado pelos órgão de tombamento, já previa áreas de alimentação e conveniência no pavimento térreo. Isto implica que o projeto já aprovado pelos órgãos de tombamento para o pavilhão busca melhorar e diversificar as possibilidades de utilização do edifício. Tais atividades atuam como um catalisador, inclusive, para o público do próprio museu e exposições da SMC.
Em relação às ‘Ações de Médio Prazo’ do Pavilhão das Culturas Brasileiras – PACUBRA, no subitem 9.18 do item 9, Caderno 2, nota-se que em determinadas passagens fala-se da presença de duas reservas técnicas no edifício. Sugere-se a correção desta informação, uma vez que há apenas uma reserva técnica e uma área de acervo.
Devem ser substituídos os seguintes pontos do texto referente às ‘Ações de Médio Prazo’ do Pavilhão das Culturas Brasileiras – PACUBRA, no subitem 9.18 do item 9, Caderno 2: “b. O concessionário não poderá submeter o prédio à exploração comercial de eventos e ações que utilizem a manipulação, preparo e consumo de alimentos e bebidas no piso onde estão localizadas as reservas técnicas e o espaço expositivo (primeiro andar); c. O primeiro andar não poderá ser utilizado para realização de eventos, festas ou qualquer outro tipo de ação comercial que possa colocar em risco tanto o acervo exposto quanto às (sic) coleções acondicionadas em reserva técnica; d. Não é recomendável que nos andares inferiores seja instalada estrutura de manipulação e preparo de alimentos e bebidas (cozinha), pois poderá ser um grande atrativo para entrada de agentes biológicos como fungos, insetos xilófagos (cupins), traças, moscas e também as causadas por animais como pombas e ratos que por meio de seus excrementos prejudicam principalmente os artefatos compostos de suportes orgânicos. As infestações biológicas podem ser trazidas em peças introduzidas no museu e também podem ocorrer devido a condições ambientais inadequadas;” por: “As áreas que não estejam sob administração e controle direto do DMU/SMC poderão desenvolver outras atividades correlatas à vocação do edifício, como feiras, exposições, eventos, áreas de convivência e alimentação, desde que seja garantido à segurança dos acervos e exposições geridos e sob condução do DMU/SMC, prevendo medidas mitigadoras para evitar a atração de agentes biológicos como fungos, insetos xilófagos (cupins), traças, moscas e também as causadas por animais como pombas e ratos que por meio de seus excrementos prejudicam principalmente os artefatos compostos de suportes orgânicos.”
Ref.: 6. Diretrizes para eventos – Tabela 6 Tendo em vista a semelhança da natureza de atividades e espaços, pede-se que o limite de capacidade de pessoas no PACUBRA siga o mesmo critério do que foi estabelecido para a OCA, ou seja, limitando o número de pessoas simultaneamente e não por evento.
“Reproduzindo os comentários postados em 21/08/2019 – POR ITENS” - “No item 9.8 - Campo Experimental da Escola de Jardinagem – Caracterização”: - Entendemos que o Campo Experimental (CE) da Escola Municipal de Jardinagem (EMJ) da UMAPAZ/SVMA, deve ser retirado da Concessão e ficar sob a gestão adm. da PMSP/SVMA/UMAPAZ/EMJ, conforme itens 1 a 9): - 1 ) - A EMJ da qual faz parte o CE, foi criada para capacitar os Jardineiros da PMSP. Em 1975 foi criado o ‘Curso Municipal de Jardineiros’ para servidores municipais, e o ‘Curso Municipal de Jardinagem’ para munícipes em geral, com o objetivo de conscientizá-los da importância de ações para a conservação do meio ambiente, assim como ensinar técnicas de jardinagem por meio de aulas teóricas e práticas. Já em 1981 [15] o curso abriu as inscrições para o VI Curso Municipal de Jardineiros e em 1987 é registrado no Diário Oficial o uso do CE para as aulas práticas dos referidos Cursos [16] - 2 ) - A EMJ tornou-se ao longo dos anos, um centro de referência em capacitação gratuita nas áreas de jardinagem, paisagismo, arborização, horticultura, plantio em pequenos espaços, orquídeas, compostagem, plantas medicinais, entre outros; com temas relacionados à educação ambiental, ao manejo de plantas, às ciências da natureza, às questões socioambientais, meio ambiente, saúde e sustentabilidade [12]. Em 2009 [17] foi integrada ao Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - UMAPAZ da SVMA, que passou a ser denominada de Coordenação de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz/UMAPAZ, em 2019 [24]. - 3 ) - Até junho de 2015 a EMJ atendeu aproximadamente 47.000 munícipes [30], incluindo servidores públicos, educadores, estudantes, pesquisadores, entre outros, e atua em parceria com o Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com o Viveiro Manequinho Lopes, com a Divisão da Fauna Silvestre, com o Herbário Municipal, bem como, com a SMS-SP em atendimento também, à Lei Mun. 14.903/2009 [18] regulamentada pelo Decreto Mun. 51.435/2010 [19] que instituiu o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo. A EMJ realiza parcerias também com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho e com Secretaria Municipal da Educação. - 4 ) - Os Galpões do CE são as salas de aula onde ocorrem as atividades prático-demonstrativas da EMJ, da UMAPAZ, dos parceiros, como o CECCO-Ibirapuera/SMS, entre outros. Além dos galpões, tem o almoxarifado para guarda de materiais, o banheiro, bebedouro [8] (cujo padrão de potabilidade deve ser monitorado) que são imprescindíveis para o funcionamento desse espaço; portanto, é necessária a manutenção pela atual gestão adm. da PMSP/SVMA/UMAPAZ/EMJ para a segurança, saúde e bem-estar de todos. - 5 ) - Profissionais de saúde e do meio ambiente do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) foram capacitados no CE/EMJ. Resgatando um pouco da história do “Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: Construindo Políticas Públicas Integradas” foi desenvolvido, no período 2005-2008, por iniciativa da SVMA em articulação com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com o objetivo de fortalecer a gestão intersetorial em questões ambientais com impacto sobre a saúde da população, envolvendo a promoção de atitudes voltadas à preservação, conservação e recuperação ambiental e a promoção e proteção da saúde da população. Nesta perspectiva, foi firmado um compromisso entre a SVMA, SMS e Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social na pactuação de uma agenda integrada com enfoque para o desenvolvimento de políticas de saúde e meio ambiente, tendo como eixo o fortalecimento da intersetorialidade no nível local”. O atual ‘Programa Ambientes Verdes e Saudáveis’ (PAVS) encontra-se sob a gestão da SMS-SP [26, 27]. - 6 ) - O CE/EMJ é o cerne da EMJ/UMAPAZ/SVMA, possui espaços ajardinados com espécies vegetais ilustrativas para as aulas, possui espaços temáticos com presença de hortaliças, frutíferas, plantas medicinais, aromáticas, alimentícias não convencionais (panc), floríferas atrativas a polinizadores, composteira, minhocário e, realiza importantes serviços ambientais, é utilizado pela SVMA, pela SMS e parceiros na condução das aulas prático-teóricas contribuindo para um meio equilibrado, para melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde [19, 23, 26, 30]. Tem uma rica diversidade vegetal com mais de 300 espécies vegetais, incluindo plantas medicinais, entre elas a ‘Maytenus ilicifolia’ Mart. ex Reissek (espinheira-santa) nativa do Brasil, encontrada na Mata Atlântica; a ‘Casearia sylvestris’ Sw. (guaçatonga) também nativa do Brasil, entre outras e que devem ser preservadas, bem como, da fauna presentes no Campo Experimental. Relembramos que no Parque Ibirapuera, temos espécies da flora ameaçadas de extinção, por ex.: ‘Araucaria angustifolia’ (Bertol.) Kuntze (pinheiro-do-paraná) na categoria (EN) em perigo; ‘Caesalpina echinata’ Lam. (pau-brasil) também na categoria (EN) e que precisam de medidas de conservação para sua manutenção e preservação. Relembramos, ainda, que além da flora, temos espécies da fauna que estão em diversas categorias de conservação conforme o Inventário da Fauna Silvestre do Município de São Paulo de 2018 [1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 13, 20, 21, 22, 23, 25, 28, 29]. - 7 ) - Destacamos alguns pontos dentro da Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo: o Parque Ibirapuera juntamente com outros parques urbanos, compõe o Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres. São diretrizes da Política Ambiental: I – conservar a biodiversidade, os remanescentes da flora e da fauna; são objetivos do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: I – proteção da biodiversidade; II – conservação das áreas prestadoras de serviços ambientais; III – proteção e recuperação dos remanescentes de Mata Atlântica...[21]. - 8 ) – Algumas ATIVIDADES em andamento e previstas/2019 (abaixo), realizadas no período da manhã ou tarde e que UTILIZAM o ‘CAMPO EXPERIMENTAL’: - a ) - Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ - Turma 537 do “Curso Municipal de Jardinagem”, com a participação de munícipes, servidores públicos e de jardineiros; - b ) - Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ - Turma 538 do “Curso Municipal de Jardinagem”, com a participação de munícipes em geral e servidores públicos; - c ) - Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ - Turma 51 “Como Fazer uma Horta”, com a participação de munícipes em geral e servidores; - d ) - Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ - Turma 41 “Estudo da família Orchidaceae”, com a participação de munícipes em geral e servidores públicos; - e ) - Curso realizado pela EMJ/UMAPAZ – Turma 5 do Curso “Arborização Urbana para Jardinistas”, com a participação de servidores públicos e munícipes; - f ) - Curso realizado pela SMS/PMSP com participação da EMJ/UMAPAZ na aula prática de cultivo e propagação de plantas medicinais; - g ) - Curso realizado pela Secretaria Municipal da Educação - SME/PMSP em parceria com a SVMA/PMSP – 2º Sem/2019 - Turma 3 “Formação Hortas Pedagógicas” com a participação de profissionais da educação e saúde da Coordenadoria de Alimentação Escolar (CODAE/SME); - h ) - Mini Curso regular da EMJ/UMAPAZ – “Jardins Amigos da Fauna”, com a participação de munícipes; - i ) - Atividade realizada pela EMJ/UMAPAZ - Caminhada e Visita ao CE – “Olhares em (Des) Construção” com a participação de munícipes em geral; - j ) - Oficina realizada pela DFEPAZ/UMAPAZ – “Cultivo e Reconhecimento de Plantas Medicinais e Aromáticas” com a participação de munícipes e servidores públicos; - k ) - Oficina realizada pela EMJ/UMAPAZ – “Como Plantar em Pequenos Espaços” com a participação de munícipes em geral; - l ) - Atividades de Educação Ambiental realizadas pela UMAPAZ – Aventura ambiental e trilhas monitoradas com a participação de um público diverso formado por alunos da rede pública e privada; jovens, adultos e terceira idade; - m ) - Atividades/oficinas realizadas pelo CECCO-IIBIRAPUERA/SMS em parceria com a EMJ/UMAPAZ com a participação de usuários, pessoas em situação de vulnerabilidade e população em geral; - n ) - Oficina realizada pela EMJ/UMAPAZ em parceria com o CECCO/SMS – “Oficina Jardinarte” – 10 Turmas previstas para 2019 com a participação de pessoas com sofrimento psicossocial, com deficiência e público em geral; - o ) - Oficina realizada pela EMJ/UMAPAZ em parceria com o CECCO-Ibirapuera/SMS – 2º Semestre/Turmas 13 e 14 “Jardinagem com Foco em Saúde” com a participação de pessoas com sofrimento psicossocial, com deficiência e público em geral; - p ) Curso regular da EMJ/UMAPAZ – “Semente: Biologia, Jardinagem e Folclore” e - q ) - Algumas atividades desenvolvidas no CE contribuem para o cumprimento do Programa de Metas 2017/2020 da PMSP e da SVMA [31]. - 9 ) - O Campo Experimental está DENTRO da área de Concessão, embora faça parte da EMJ/UMAPAZ, que ficaram FORA da Concessão. Por essa razão e pelas atividades que desenvolve (citadas anteriormente) e em atendimento, também, aos programas e políticas públicas, é fácil entender que o Campo Experimental da EMJ/UMAPAZ não pode ser concedido, não pode ser demolido, não pode ter suas atividades educacionais prejudicadas e nem transferidas, portanto, o CE precisa ser retirado da Concessão, evitando-se assim, potenciais riscos para a flora e fauna lá existente, perda de importantes serviços ambientais e de promoção à saúde, prestados gratuitamente à população, tanto pela EMJ, outras Divisões da UMAPAZ, pelo CECCO Ibirapuera-SMS (parceiro da EMJ) e outros parceiros; e, deve ser mantido o seu uso para as atividades que vem desenvolvendo há anos, auxiliando na implantação e implementação de programas e políticas públicas, na capacitação/formação de multiplicadores nas boas práticas de cultivo e manejo sustentável dos recursos naturais, nas práticas de educação para a sustentabilidade, baseados no respeito à vida e atendendo, também, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): proteger, promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, alcançar a segurança alimentar, melhoria da nutrição, promover a agricultura sustentável, deter a perda de biodiversidade, assegurar uma vida saudável, o bem-estar para todos e em todas as idades [14]. – OBS.: Vide [REFERÊNCIAS CONSULTADAS] em comentário que será postado a seguir.
“REFERÊNCIAS CONSULTADAS” – referente ao “item 9.8 - Campo Experimental da Escola de Jardinagem – Caracterização”: - [1]. - BRASIL. ‘Lei 6938, de 31/08/1981’. Dispõe sobre Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. DOU, Brasília, 2 set. 1981. – [2]. - BRASIL. ‘Lei 9605, de 12/02/1998’. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente... DOU, Brasília, 13 e 17 fev. 1998. – [3]. - BRASIL. ‘Lei 9795, de 27/04/1999’. Dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental... DOU, Brasília, 28 abril 1999. – [4]. - BRASIL. ‘Lei 9985, de 18/07/2000’. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da CF, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC)... DOU, Brasília, 19 julho 2000. – [5]. - BRASIL. ‘Decreto 4340, de 22/08/2002’. Regulamenta artigos da Lei 9.985, de 18/07/2000, que dispõe sobre o SNUC... DOU, Brasília, 23 agosto 2002. – [6]. - BRASIL. ‘Decreto 4.281, de 25/06/2002’. Regulamenta a Lei 9795, de 27/04/1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental... DOU, Brasília, 26 junho 2002. – [7]. - BRASIL. ‘Decreto 6514, de 22/07/2008’. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações... DOU, Brasília, 23 julho 2008. – [8]. - BRASIL. ‘Portaria MS 05, de 28/09/2017’ (DO 03/10/2017) referente à ‘Portaria MS 2914, de 12 dez. 2011’ (DO 14/12/2011). - ANEXO XX – ‘Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade’ (PRT MS/GM 2914/2011). – [9]. - BRASIL. ‘Portaria 443, de 17/12/2014’. Reconhece como espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção aquelas constantes da "Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção”. DOU, Brasília, 18 dez. 2014. – [10]. - BRASIL. ‘Decreto 9760, de 11/04/2019’. Altera Decreto 6514/2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações. DOU, Brasília, 11 abril 2019. – [11]. - FLORA DO BRASIL 2020: ‘algas, fungos e plantas’. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. – [12]. - INOJOSA, R. M. (Org). ‘Aprendizagem socioambiental em livre percurso: a experiência da UMAPAZ’. 1ªed. – São Paulo: SVMA, 2012. 267p. - [13]. - MARTINELLI, G. MORAES, A. M. (Orgs.). ‘Livro vermelho da flora do Brasil’. 1. ed. - Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico RJ, 2013. 1100 p. – [14]. - ONU. Nações Unidas do Brasil. ‘Agenda 2030’. – [15]. - PMSP. ‘Curso Municipal de Jardineiros’. DOM, 26 maio 1981. – [16]. - PMSP. ‘Histórico dos Cursos Municipais de Jardinagem e Jardineiros’. DOM, 17 set. 1987. – [17]. - PMSP. ‘Lei 14887, de 15/01/2009’ - Reorganiza a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA..., DOM, 16 jan. 2019. – [18]. - PMSP. ‘Lei 14903, de 06/02/2009’. Instituiu o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo. DOM, 7 fev. 2009. – [19]. - PMSP. ‘Decreto 51435, de 26/04/2010’. Regulamenta a Lei 14903/2009, que instituiu o Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais de São Paulo. DOM, 27 abr. 2010. – [20]. - PMSP. ‘Lei 15967, de 24/01/2014’. Dispõe sobre a Política Municipal de Educação Ambiental de São Paulo...DOM, 25 de jan. 2014. – [21]. - PMSP. ‘Lei 16050, de 31/07/2014’. Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo...DOM, 01 ago. 2014. - ‘Cap. II - Art. 5º - § 6º’ Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado é o direito sobre o patrimônio ambiental, bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida, constituído por elementos do sistema ambiental natural e do sistema urbano de forma que estes se organizem equilibradamente para a melhoria da qualidade ambiental e bem-estar humano. – ‘Art. 6º. – inciso XIII’ - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: f) a poluição e a degradação ambiental; h) o uso inadequado dos espaços públicos. – ‘Art. 7º - inciso X’ - proteger as áreas de preservação permanente...e a biodiversidade. – ‘Cap. II - Art. 193’. – ‘Art. 195’ - Diretrizes da Política Ambiental: I – conservar a biodiversidade, os remanescentes da flora e da fauna; XVIII - promover a educação ambiental formal e não formal. – ‘Cap. VI - Art. 266’. São componentes do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: I – áreas públicas; b) parques urbanos. – ‘Seção I’ – ‘Art. 267’. São objetivos do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: I – proteção da biodiversidade; II – conservação das áreas prestadoras de serviços ambientais; III – proteção e recuperação dos remanescentes de Mata Atlântica. – [22]. - PMSP. ‘Lei 16140, de 17/03/2015’. Dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São Paulo...DOM, 18 mar 2015. – [23]. - PMSP. ‘Decreto 56913, de 5/4/2016’. Regulamenta a Lei 16140, de 17/03/2015, que dispõe sobre obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São Paulo. DOM, 06 abril 2016. – [24]. - PMSP. ‘Decreto 58625, de 08/02/2019’. Dispõe sobre a reorganização da SVMA....DOM, 09 fev. 2019. – [25]. - SÃO PAULO. ‘Decreto 63853, de 2/11/2018’. Declara as espécies da fauna silvestre no Estado de São Paulo regionalmente extintas, as ameaçadas de extinção, as quase ameaçadas e as com dados insuficientes para avaliação... DOU, 29 nov. 2018. – [26]. - SMS. ‘Portaria nº 1573/2011-SMS.G’ - Institui o Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) na Estratégia Saúde da Família (ESF) na Coordenação da Atenção Básica da SMS do Município de São Paulo. – [27]. - SMS. ‘Guia PAVS’. Secretaria da Saúde. Coordenação da Atenção Básica. Programa Ambientes Verdes e Saudáveis – São Paulo: SMS, 2012. – [28]. - SVMA. ‘Inventário da Biodiversidade do Município de São Paulo – 2016’. SVMA, 2016. DOM, 24 dez. 2016. – [29]. - . ‘Inventário da Fauna Silvestre do Município de São Paulo – 2018’. Divisão de Fauna Silvestre, SVMA, 2018. – [30]. - SVMA. ‘40 anos Escola Municipal de Jardinagem - 1975 – 2015’. Escola Municipal de Jardinagem, UMAPAZ, SVMA, 2018. [31] https://programademetas.prefeitura.sp.gov.br/projeto/33
“Reproduzindo os comentários postados em 21/08/2019 – POR ITENS” – Com as contribuições da Equipe da Escola Municipal de Jardinagem. “No Item 9.8 - Campo Experimental da Escola de Jardinagem – Ações de Projeto” - O Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem da UMAPAZ, deve ser retirado da Concessão e ficar sob a gestão administrativa da PMSP/SVMA/UMAPAZ/EMJ e deve estar claro como diretriz no Plano Diretor do Parque Ibirapuera que o Campo Experimental deve manter as atividades da Escola Municipal de Jardinagem, bem como, todas as atividades desenvolvidas pela UMAPAZ, CECCO/SMS e dos parceiros e, todas as atividades devem ter ciência e anuência da UMAPAZ. O Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem não pode ser concedido, não pode ser demolido, não pode ter suas atividades prejudicadas e nem transferidas, portanto, precisa ser retirado da Concessão, evitando-se assim, potenciais riscos para a flora e fauna, perda de importantes serviços ambientais e de promoção à saúde. É o nosso entendimento, s.m.j.
6. DIRETRIZES PARA EVENTOS Verificamos a realização de grande variedade de eventos em alguns espaços do Parque, arena de eventos , área externa do auditório , estacionamento do MAM. Estas atividades são muito benéficas ao parque na medida que atraem diversos frequentadores em períodos diferentes e torna-se mais um atrativo para a cidade . O parque deveria ser palco de varias atrações culturais com eventos isolados e que beneficiassem o cidadão paulistano , não apenas o frequentador assíduo de esportes mas aqueles que tem raras oportunidades de estarem no parque nos horários alternativos . 6. DIRETRIZES PARA EVENTOS Todas as áreas são passíveis de isolamento e poderão ter cobrança de ingresso e controle de entrada . Não há razão para não se permitir a cobrança de ingresso , pois eventos de grande repercussão cultural , educacional e ou esportivas quase sempre dependem da bilheteria para a sua realização e a determinação da não cobrança limita a realização de eventos diversificados . Os espaços de eventos podem ser facilmente delimitados e não interferem na rotina normal do parque nem tão pouco os demais espaços livres e gratuitos existentes. A exemplo disso temos a harmoniosa convivência do auditório ( com cobrança) área externa (sem cobrança), porém no parque apenas as áreas” indoor” são passíveis de cobrança , não havendo por enquanto áreas open air que possam receber estes eventos de repercussão e. 6. DIRETRIZES PARA EVENTOS Os espaços mencionados nas tabelas 06, 07 e 08 atendem um numero bem maior do que a lotação que está determinada pois o números estão defasados e já não correspondem com a realidade do Parque . Sendo assim ante a diversidade de eventos que ocorrem atualmente , com montagens e estruturas diferenciadas o ideal e mais seguro é que a cada evento seja requerido a lotação específica junto os órgãos de segurança municipais que estudarão a viabilidade do evento , os equipamentos de segurança e demais medidas necessárias para a realização 6. DIRETRIZES PARA EVENTOS No tocante a realização de esportes no período noturno, não há como limitar o uso das quadras uma vez que em uma metrópole como São Paulo o cidadãos trabalhadores somente podem fazer qualquer prática esportiva antes ou depois do trabalho e limitar o horário noturno seria impedi-lo de usufruir o Parque . Qualquer restrição de horário para o uso do parque e principalmente para atividades físicas é prejudicial ao frequentador paulistano que não possui muitas opções de práticas esportivas gratuitas e ao ar livre.
O Plano Diretor do Ibirapuera e governo do Estado deve manter a concessão do espaço do parque para a UMAPAZ pelo trabalho de essencial e de extrema importância em preservação e educação ambiental que é feito lá. Aquele Campo Experimental é uma das coisas mais ricas desta cidade.
Se o Parque do trote na zona Norte de SP faz parte do conjunto de parques da cidade, por que até hoje é ignorado pelos políticos e pseudos adimistradores da mesma cidade NÃO recebe a mínima das minimas atenções nem jardineiro tem, dinheiro nunca chegou naquele lugar, pós desativação do trote, só se comenta e direciona AÇÕES NESSE tal parque do Ibirapuera rodeado de mansões. Falta de respeito desses que se acham administradores se é que existe o tal de sub prefeito ou existiu pois ignoram os nossos impostos que saem dessa zona, zona mesmo, pois veja bem, até bem pouco tempo os sub prefeitos dormiam bem ali do lado enquanto os tais NOSSOS IMPOSTOS vão para outros bairros se não vão para outros lugares. Esperamos que os participantes desse tal plano enganação possam contemplar o Parque do trote que não é ladeado de mansões mas que poderia ser muito ÚTIL a população desta área da capital a começar levando para lá orquestras sinfônicas e eventos outros para ocupar o grande espaço que lá nunca se explora a não ser muito ocasional. Queremos o retorno dos nossos impostos e administradores que nos representem e não mais esses políticos de interesses do século passado. Que esse espaço não seja só para mudar ou colocar nomenclaturas mas espaço para se destinar verbas igualitárias atendendo efetivamente os bairros que não são rodeados de mansões e que administrador não seja mais um mero cargo dessa velha política que não se desapega da falta de interesse em agir. Agradeço o espaço para manifestação. Obrigado
Um item de segurança fundamental a ser abordado é ações que devem ser tomadas com o objetico de coibir e acabar com relações e abusos sexuais constantes no interior do parque, limitando a área e horário de sua utilização. Não é incomum pessoas que frequentem áreas fora do limite da via pavimentada presenciarem tais atos ilícitos ou avistarem resquícios dos mesmos.
A área conhecida como parque dos cachorros, onde cães podem ser soltos, deve ser preservada e melhor conservada. A quantidade de bebedouros destinados aos pets é insuficiente e sua vazão é próxima de zero. O gramados precisa ser revitalizado e mantido alguma frequência, hoje não há manutenção. Regras devem ser publicadas nas áreas adjacentes de maneira que os frequentadores ajudem a manter o local e a convivência passífica. Fiscalização deve ocorrer para garantir o atendimento das regras. A área pode ser incrementada com intens para agility, fontes para amenizar altas temperaturas e etc.
Acho que os eventos têm que ser só nas edificações já existentes. Os eventos nas áreas livres fazem muito barulho e incomoda os que vão ao parque descansar, se desconectar. É absurdo e não respeita os usuários
Quem quer show pode ir ao Ginásio do Ibirapuera, casa de eventos e outros espaços públicos que existem para cultura, esporte. Locais como a serraria, praça burle Marx são locais que uso, muitos outros também, para relaxamento, tranquilidade buscando silencio. Lá na ponte de ferro a gente vai para descanso ver os animais, não gostaria de eventos por todo o parque! Já é ruim e vai ficar ainda pior agora que alguém vai ganhar dinheiro com isso. Esse plano aqui vai é uma carta branca pra que uma pessoa transforme isso aqui em casa de um monte de eventos e shows.
A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana – CPPU, tem representante da sociedade civil? Isso aí tem que passar pelo conselho gestor do parque também
Tem que dizer que não pode ter evento ao mesmo tempo em mais de um espaço dos eventos porque vai gerar muito incomodo pros vizinhos, usuários.
Áreas para foodtruck, aonde? Como assim o plano é diretor e as áreas não estão sendo definidas e discutidas com a prefeitura?
Os limites dos eventos não podem ser alterado por “CRITÉRIO TÉCNICOS” isso aí é carta branca pra la na frente a prefeitura ficar liberando grandes eventos sem consultar o conselho, a população, só pra empresa ganhar seu dinheiro.
Qual é o horário do fechamento dos portões??? Quem decide isso? E se a empresa decidir fechar os portões a meia noite, duas da manhã?
Por favor incluir a diretriz que obras e projetos não poderão prever a redução da área verde e o corte/transplante de árvore como exceção.
A exceção para o corte de árvore imune ao corte (prevista no decreto DECRETO Nº 30.443, DE 20 DE SETEMBRO DE 1989) dentro de um parque e de uma zepam só pode ser porque está caindo e não tem como salvar!
Inserir uma diretriz que todas as obras deverão apresentar um plano de gestão do resíduo da construção civil para o conselho, que demonstre a quantidade do resíduo e que garante que este seja reciclado preferencialmente, com toda a fiscalização do roteiro que este resíduo seguira.
Por favor apresentar as edificações que já estão comprometidas para demolição para o projeto de revitalização da fauna/herbário para que não sejam colocadas como compensação de lanchonetes e outros supérfluos que uma empresa possa querer colocar no parque.
Por favor colocar alguma coisa sobre proteção da fauna quando estas obras foram feitas, alguma diretriz que garanta que antes de decidir quando a obra se feita, consultarão a fauna pra ver como fazer com o menor impacto para os animais do parque. “Antes da realização de obras o projeto deverá passar pela fauna, que emitirá parecer técnico com diretrizes para não prejudicar a biodiversidade”
Por favor colocar a diretriz: Edificações ainda que reversíveis são consideradas área construída quando colocadas de forma permanente.
6.1 Diretrizes de Uso – Locação publicitária Como assim? Tem que passar pelos órgãos de tombamento, pelo conselho gestor. Muito perigoso do jeito que vocês estão deixando, está uma carta branca pra depois a empresa e prefeitura a quatro portas lotarem o parque de locação publicitária
6.2 Diretrizes de Uso – Outras Atividades Tirar as assessorias esportivas da serraria, eles colocam rádio e ninguém fala nada, as pessoas têm que ficar com barulho na orelha. Depois se vocês ainda querem colocar toda elas lá, isso é um desrespeito com os usuários que tem naquele lugar um dos poucos espaços livres de apito, barulheira.
Para determinação dos usos é fundamental se compreender o que é um parque urbano na Cidade e o Plano Diretor (Lei Mun. 16050 2014) insere os parques como parte da rede hídrica (Art. 24), componentes do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (Art. 266), todos os parques são ZEPAM (Art. 375). Posto isso, as diretrizes dos usos para o Parque Ibirapuera tem que seguir a Lei do Plano Diretor. O Art. 25 determina os objetivos relacionados à recuperação e proteção da rede hídrica ambiental: ampliar as áreas permeáveis ao longo dos fundos de vales e cabeceiras de drenagem, para minimização dos processos erosivos, enchentes e ilhas de calor; equilibrar a relação entre o ambiente construído e as áreas verdes e livres e garantir espaços de lazer e recreação; integrar as áreas de vegetação de modo a garantir e fortalecer sua proteção e preservação e criar corredores ecológicos; recuperar áreas degradadas. Art. 268 dá as diretrizes do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: - recuperar áreas de preservação permanente; - promover interligações entre os espaços livres e áreas verdes de importância ambiental regional, integrando-os através de caminhos verdes e arborização urbana; - compatibilizar, nas áreas integrantes do sistema, os usos das áreas verdes com a conservação ambiental; - estimular parcerias entre os setores público e privado para implantação e manutenção dos espaços livres e áreas verdes; - implementar instrumentos de incentivo à conservação de espaços livres e de áreas verdes particulares previstos no Estatuto da Cidade e na legislação ambiental; - estruturar mecanismos de proteção à biodiversidade, em consonância aos preceitos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Biodiversidade e ao Plano Municipal de Estratégias e Ações Locais pela Biodiversidade da Cidade de São Paulo; - controlar as espécies vegetais e animais invasoras e a presença de animais domésticos errantes em benefício da fauna silvestre; - priorizar o uso de espécies nativas e úteis à avifauna na arborização urbana; - aprimorar a gestão participativa das Unidades de Conservação e dos Parques Urbanos e Lineares; - compatibilizar a proteção e recuperação das áreas verdes com o desenvolvimento socioambiental e com as atividades econômicas, especialmente as de utilidade pública entre outras diretrizes.
É extremamente importante o aumento do Policiamento no Parque, se possível com instalações de novas bases da PMESP ou da GCM. E com isso coibir o consumo de entorpecentes no local por pessoas desocupadas que incomodam aqueles que desejam aproveitar um momento com a natureza respirando ar puro.
Gostaria que reformassem o Planetário pois está caindo os pedaços e comparado com SP deveria ter um planetário espetacular!!!
Se privatizar for a solução tudo bem, porém tem que haver fiscalização em cima dos estabelecimentos comerciais que lá operam. Paguei 6,00 hoje numa garrafa de água de 500 ml na Padaria Artesanal Orgânica. CNPJ 08.791.060/0010-72 Extrato 020270 Cupom fiscal eletrônico -SAT SAT número 386286 24/08/2019 15:11:10 horas Viemos numa turma de Araraquara passear e prestigiar essa cidade encantadora e estamos sendo explorados. Nos restaurantes a gorjeta dos garçons que sempre foi 10% agora está 13% no bar Brahma da Ipiranga com São João e no Eataly. A SP turismo precisa rever esse conceito de cobrança. Assim não viremos mais. Obrigado
Olá, sou frequentar do Parque do Ibirapuera, onde gosto de praticar corrida pelas pistas internas do parque. Tenho o costume de ir ao parque de bicicleta, mas não me sinto seguro em deixa-la presa a um simples cadeado em um ferro. Acredito que se houvesse um local fechado, com segurança e controle de entrega e devolução da minha bike, mesmo cobrando uma pequena taxa de manutenção, com certeza eu e a maioria das pessoas que também frequentam o parque deixariam seus carros em casa e iriam mais vezes de bike praticar seus exercícios e contribuindo com a redução na emissão de gases poluentes em nossa cidade. Fica aqui a minha sugestão.
Penso que o Campo Experimental da Escola de Jardinagem (item 9.8) deveria ser retirado da Concessão e ficar sob a gestão administrativa da PMSP/SVMA/UMAPAZ/EMJ. Fundamental que o Campo Experimental mantenha suas atividades da Escola Municipal de Jardinagem e todas as atividades já realizadas e que apresentam grande relevância para estudiosos da área, para a população geral que será beneficiada por continuidade de suas atividades. Desta forma, entende-se que a concessão, a demolição ou a ruptura de suas atividades, gera potenciais riscos para a flora e fauna. Vale considerar também a grande perda dos serviços ambientais e de promoção à saúde.
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- ‘Quanto ao item 2.3.’ – “Os Planos Diretores de 1996 – 2002 – 2007” – verificar: faz menção do Plano Diretor do Ibirapuera, 2007. Favor verificar se o Plano Diretor do Ibirapuera de 2007 foi plano oficial aprovado ou apenas uma minuta? – ‘Quanto ao item 3.3.3.’ – “Reserva de Mata Atlântica” – sugere-se consultar também outras referências no tocante à Flora e Fauna. Relembramos que no Parque Ibirapuera temos espécies da flora ameaçadas de extinção, além da ‘Paubrasilia echinata’ Lam. = ‘Caesalpina echinata’ Lam. (pau-brasil) que está na categoria em perigo (EN), temos também a ‘Araucaria angustifolia’ (Bertol.) Kuntze (pinheiro-do-paraná) também na categoria em perigo e que precisam de medidas de conservação para sua manutenção e preservação. – ‘Quanto ao item 4.’ – “Processo Participativo do Plano Diretor” – “No item 4.1.1.” - consta que o primeiro encontro realizado dia 13/07/2019 na UMAPAZ, ocorreu uma apresentação EXPOSITIVA no SÁBADO; no 5º parágrafo conta “Os verdes que permeiam todo o parque e os elementos da natureza presentes agregam caráter restaurador para a pessoa, essencialmente entendido como lazer ligado ao ócio”. Favor verificar as atividades realizadas pelo Campo Experimental (CE) da Escola Municipal de Jardinagem (EMJ), cujas atividades são ligadas também à sustentabilidade, à educação ambiental, à promoção à saúde e não apenas ligadas ao ócio no tocante ao CE/EMJ. – “No item 4.2.2” - consta no 2º parágrafo que a atividade ocorreu no FINAL DA TARDE, entre às 18h e 19h, portanto, no HORÁRIO de não funcionamento do CE, portanto, FECHADO, ou será que o CE foi aberto para esse encontro para ver a relação com o entorno e a gestão ambiental? Se foi, desconsiderar minha colocação. - “No item 4.3.3.” - conta no 1º parágrafo “O terceiro encontro, intitulado Caminhada Programada e Bases Naturais e Usos do Parque Ibirapuera foi realizado no sábado, 20 de julho de 2019, das 9:00 às 15h30 horas, com cerca de 90 participantes”. Pergunto, o CE foi aberto no SÁBADO para esse encontro? Se sim, desconsiderar minha colocação. – Ainda no “Item 4.3.3” – no parágrafo 12, quanto os demais espaços livres, cita o CAMPO EXPERIMENTAL. Sugiro constar em que momento foi o CE foi visitado nesse processo participativo com os atores sociais (nesses 3 encontros). - Entendo, s.m.j. que o CE/EMJ é um “espaço livre”, de fato, aberto à visitação no seu horário de funcionamento e que desenvolve atividades, inclusive, atende programas e políticas públicas (consultar as atividades em andamento e previstas para o CE/2019. Att, gratidão.
1-O diagnóstico está falho, não contempla a dinâmica hídrica do parque; sua rede de drenagem; conflitos; não resgata o histórico do programa de despoluição dos lagos...depois de diagnóstico seria importante um evento só para tratar deste assunto, não adianta fazer fórum se o diagnóstico e o levantamento das ameaças não foi feito em tempo.
2.1 Água Retirar a necessidade de terraplanagem, as margens do lago naturalmente terão águas conforme a dinâmica hídrica deles, a diretriz deve ser de reestabelecer a grama e manter/aumentar a vegetação existente. Já tem um ecossistema nas margens dos recursos hídricos, qualquer intervenção mecânica é prejudicial. Estudar, diagnosticar a função de piscinão dos lagos – parte da drenagem urbana da região – apresentar as propostas depois de ver os conflitos e ameaças, sempre priorizando a vegetação e a fauna
2.1 Retirar “Espera-se, com isso, uma aproximação dos visitantes ao ambiente aquático, com lagos mais atrativos, sem negligenciar os quesitos de segurança.” – Os usuários já utilizam o espaço, em busca de contato com a terra e a natureza, as margens dos cursos são muito aproveitadas sem precisar de qualquer intervenção.
2.1 Água Retirar a foto do 5 – Projeto da Phytorestore e retirar a proposta de implantar este projeto uma vez que ele não foi/discutido. O parque é tombado, são áreas de preservação, são áreas muito utilizadas por pessoas que buscam descanso e contato com a natureza. Não pode sair pavimentando/artificializando as várzeas dos lagos
2.1 Água Definir zonas de enriquecimento de vegetação das margens e áreas adjacentes aos cursos de água/lago, considerando o ambiente para a fauna também. Incluir num mapa com descrição
2.1 Água quais as ações de uso racional da água? Incluir no diagnostico
2.1 Água Definir as áreas de preservação dos rios/lagos, bem como as áreas de vegetação arbórea adjacente, como zonas prioritárias de enriquecimento e proteção ambiental
2.1 Água Nas diretrizes incluir: As intervenções propostas neste item serão de responsabilidade financeira dos parceiros privados existentes no parque (concessionários, permissionários, responsáveis pela bienal, pavilhão japonês etc).
2.1 Água Nas diretrizes incluir: Proibir realização de eventos nas áreas de preservação e áreas adjacentes (evita erosão, problema na fauna)
2.1 Água Nas diretrizes incluir: Não fazer eventos no entorno dos lagos, não usar o equipamento de som instalado na margem do lago da fonte, só no evento de natal, o som alto pode prejudicar os bichos e acúmulo de pessoas causa erosão, prejudica a fauna.
2.1 Água Nas diretrizes incluir: Não construir, edificar, instalar barracas, restaurantes, lanchonetes, banheiros, deck, arquibancadas, entre outras estruturas/edificações no entorno (margem, várzea, app e área adjacente) dos rios e lagos.
2.1 Água Todos os projetos, programas e ações apontadas sobre a água item serão custeados pela empresa administradora do parque. Ou No planejamento das ações/projetos, indicar os responsáveis e origem do recurso
2.4 Vegetação O diagnóstico é pouco representativo, o parque tem muito mais agrupamentos paisagísticos importantes que precisam ser identificados para alteração. A figura 4 precisa melhorar.
2.4 Vegetação Áreas importantes para enriquecimento e proteção não foram mapeadas; precisa mapear e incluir num mapa que contenha áreas para enriquecimento de vegetação. Especialmente as áreas adjacentes as áreas de preservação dos recursos hídricos. Definir que nestas áreas só pode ócio, lazer em pequenos grupos, sem eventos, barulho
2.4 Vegetação Diretrizes: inserir - As árvores do parque são imunes ao corte - decreto 30443/1989 O manejo das árvores, por exceção prevista no decreto 30443/1989 para corte/transplante, é entendida para este parque como o caso de risco de queda/risco para o usuário.
2.4 Vegetação Diretrizes: O combate a espécies invasoras deverá ser realizado após estudo de impacto que verifique se não será comprometida a paisagem tombada e a fauna.
2.4 Vegetação Diretrizes: Substituir o termo “As podas de adequação” para “As podas, a serem realizadas somente em casos de necessidade motivada em análise de técnico da prefeitura publicada no site do parque, deverão ser realizadas preferencialmente no outono........”
2.4 Vegetação Diretrizes: Não pendurar, amarrar, pregar coisas nas árvores.
2.4 Vegetação Diretrizes: Não colocar luzes nas árvores.
2.4 Vegetação Diretrizes: retirar a Portaria 35/SVMA/DEPAVE/2003 que entra em conflito com o tombamento, a proteção do parque etc. Sugiro manter – Observar o regramento incidente sobre manejo arbóreo.
2.4 Vegetação Todos os projetos, programas e ações apontadas sobre a vegetação serão custeados pela empresa administradora do parque. Ou No planejamento das ações/projetos, indicar os responsáveis e origem do recurso
2.4 Vegetação Apresentar fotograficamente todos os mapeamentos de áreas de relevante interesse paisagístico, grupamentos de vegetação e correlacionar com o mapa
2.5 Fauna Mapas ilegíveis, melhorar
2.5 Fauna Apresentar mapa integrado e análise integrada de fauna e vegetação. Apontar zonas de enriquecimento indicar projetos com cronogramas e responsáveis.
2.5 Fauna Estabelecer zonas prioritárias de conservação, enriquecimento; zonas de restrição de uso. É bom fazer isso nas áreas todas em volta do rio (várzea, app e vegetação de área adjacente), tem vários trechos que precisam ser enriquecidos e formar corredor ecológico. Zonas gramas e arborizadas que são os abrigos de fauna do parque.
2.5 Fauna Estabelecer toda a área verde desde a Praça Maria Saad até a Rua do Leão e da Rua do Leão até altura do túnel Ayrton Senna, como zonas prioritárias de enriquecimento e preservação. Colocar diretriz de apresentar projeto de enriquecimento para a área. Colocar diretriz de não poder realizar eventos lá e no entorno. Colocar diretriz de ali e no entorno só ser permitida atividade de ócio, lazer contemplativo, sem caixas de som, amplificadores, iluminação noturna.
2.5 Fauna Inserir diretriz: Proibido uso de drones em todo o parque justificativa: muita bibliografia demonstra que prejudicam a fauna e incomodam a população, toda a área do parque é prioritária para fauna, especialmente rapinantes
2.5 Fauna Inserir diretriz: Proibido o uso de fogos de artifício, ainda que silenciosos – justificativa: calor, fumaça e luminosidade também prejudicam a fauna
2.5 Fauna Inserir diretriz: Não será permitido aumentar a iluminação do parque em relação ao existente atualmente. Justificativa: hoje toda as áreas verdes/gramadas ficam escuras e dá alguma proteção para os bichos. As vias de circulação, edifícios e quadras ficam iluminados e é lá que os usuários do período noturno devem ficar.
2.5 Fauna Inserir diretriz: Não ampliar o atual horário de funcionamento do parque Justificativa – Ampliar o horário trará mais pressão nos animais por mais barulho, mais luz e mais presença humana em horários não utilizados.
2.5 Fauna Estabelecer um Programa de Incentivo a observação de aves / entre outros animais – noturna e diurna (dentro dos horários do parque) No programa incluir diretrizes de que a observação é gratuita (ainda que possam ser oferecidas atividades pagas, que não impeçam o uso gratuito); Prever ações que melhorem o ambiente para enriquecimento da fauna
2.5 Fauna Estabelecer um Programa de Incentivo a observação de aves / entre outros animais – noturna e diurna (dentro dos horários do parque) No programa incluir diretrizes de que a observação é gratuita (ainda que possam ser oferecidas atividades pagas, que não impeçam o uso gratuito); Prever ações que melhorem o ambiente para enriquecimento da fauna Apresentar um mapeamento com trilhas por todo o parque, que sirvam para este propósito. Trilhas atuais e a serem implantadas/induzidas Prever ações de comunicação por todo o parque sobre a fauna, sua importância. Especialmente uma campanha de proteção ao gambá, confundido com rato e muitas vezes agredido por isso. Realizar cursos sobre observação de aves/animais, treinamentos
2.5 Fauna Diagnóstico - Apresentar um mapa com áreas para enriquecimento de vegetação em volta do parque, formação de corredores.
2.5 Fauna Planejamento – Apresentar o planejamento para concretização das áreas de enriquecimento do entorno do parque
2.5 Fauna Inserir a diretriz que: Todos os projetos, programas e ações apontadas sobre a fauna serão custeados pela empresa administradora do parque. Ou No planejamento das ações/projetos, indicar os responsáveis e origem do recurso
2.5 Fauna Colocar diretriz que – Não é permitido zoológico
2.5 Fauna Colocar diretriz que – Qualquer evento, obra, intervenção, deve passar pela a análise do setor da fauna; a autorização ou não deve ser publicada por parecer/justificativa técnica, com análise de impacto na reprodução, na continuidade, na sobrevivência, na permanência dos animais, que deverá ser assinado por técnico da divisão da fauna silvestre, publicado no site do parque ou outro meio eletrônico, que permita a pronta/imediata fiscalização por qualquer cidadão.
2.5 Fauna Colocar diretriz que – Em caso de ausência de conhecimento técnico científico sobre o impacto em animais por causa de qualquer tipo de intervenção proposta, será aplicado o princípio da precaução e a divisão de fauna silvestre não autorizará o evento, atividade, intervenção, obra etc.
2.5 Fauna Colocar diretriz que – estudos acadêmicos, de pesquisa são permitidos no interior do parque. Caso envolvam algum horário alternativo ou/a a instalação de algum equipamento, deverão passar pela análise da Coordenadoria de Biodiversidade e Gestão de Parques, inclusive, divisão de fauna silvestre.
Respeitemos nossas árvores... nossa fauna, nosso lago... nossos professores... nossa Escola de Jardinagem... nosso Parque do Ibirapuera, um tesouro verde de todo mundo!
É importante lembrar que o Parque Ibirapuera é equipamento público da SVMA, e, assim, está inserido nas Políticas Públicas Ambientais do Município de São Paulo, orientadas por legislações específicas. Ressaltamos o Plano Municipal de Educação Ambiental (Lei 15967/2014), e a Lei 14887/2009 e Decreto 58625/2019, que tratam da organização da SVMA. São atribuições da SVMA em especial a UMAPAZ organizar, planejar e desenvolver diretamente ou por meio de parcerias atividades de Educação Ambiental. Os Parques Municipais e o Parque Ibirapuera TODO é usado nas atividades da UMAPAZ, em cursos, trilhas, oficinas, e a concessionária deve atuar em parceria com a SVMA e UMAPAZ , segundo diretrizes do Plano Municipal. É importante também lembrar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) da Cidade de São Paulo, que é coordenado pela SVMA, conforme Decreto 55747/2014, e realiza com outras Secretarias o Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social em Resíduos Sólidos do Município de São Paulo 2014/2033, que norteará as ações educativas em resíduos sólidos para a Cidade de São Paulo. As ações de Educação Ambiental com relação ao lixo podem e devem ser realizadas no Parque todo
‘Quanto ao item 4.3. Setores e Subsetores do Parque - Consta que o “Setor Ambiental” “possui maior diversidade de usos e subdivide-se em setores”: No “Subsetor Educacional” cita que “possui estrutura própria de atividades e práticas educacionais e abarca...”, citaremos alguns, a UMAPAZ, o Campo Experimental da Escola de Jardinagem e o Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO, “os quais prestam importantes serviços educacionais não formais e promovem a cultura de paz”. Sugere-se INCLUIR AQUI A ESCOLA MUNICIPAL DE JARIDINAGEM (EMJ) e não apenas o Campo Experimental (CE/EMJ). - Ainda no Subsetor Educacional com relação as práticas e atividades realizadas pela UMAPAZ, CE/EMJ e pelo CECCO; importante relembrar que a UMAPAZ e a EMJ, prestam serviços não apenas educacionais não formais e promovem a cultura de paz, mas também, socioambientais, de promoção à saúde, bem como o CECCO/SMS pelas atividades que desenvolvem [1]. Além disso, deve-se garantir a autonomia da SVMA/UMAPAZ e suas divisões para a realização das suas atividades de educação ambiental no Parque Ibirapuera [2], sem haver restrição quanto ao uso dos espaços públicos. É o nosso entendimento, s.m.j. – REFERÊNCIAS CONSULTADAS: - [1]. - INOJOSA, R. M. (Org). ‘Aprendizagem socioambiental em livre percurso: a experiência da UMAPAZ’. 1ªed. – São Paulo: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, 2012. 267p. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/livro_-_aprendizagem_socioambienta_em_livre_percurso_-_v12_-_web_1355257931.pdf - [2]. - PMSP. ‘Lei nº 15.967, de 24 de janeiro de 2014’. Dispõe sobre a Política Municipal de Educação Ambiental de São Paulo e dá outras providências. DOM, 25 de jan. 2014.
‘Quanto ao item 7’. ‘Diretrizes de Projeto e Obra” – “Todas as intervenções resultantes das Ações de Projeto e Visão de Futuro estabelecidas para o Parque Ibirapuera deverão ser aprovadas...” onde consta pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente – SVMA, sugere-se complementar, pela UMAPAZ e pela Escola de Jardinagem, ao se reportar ao CAMPO EXPERIMENTAL que faz parte da Escola Municipal de Jardinagem da UMAPAZ. Portanto, entendemos, s.m.j. que toda e qualquer intervenção, seja reforma, obra, serviços serem propostos para o CAMPO EXPERIMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL DE JARDINAGEM, deverá ser consultados, também, o(s) responsáveis pela UMAPAZ, pela ESCOLA MUNICIPAL DE JARDINAGEM e EQUIPE TÉCNICA, a fim de se evitar impactos ao meio ambiente, fauna, flora e para as atividades ali desenvolvidas pela UMAPAZ, EMJ, CECCO/SMS e demais parceiros que utilizam o CE/EMJ/UMAPAZ.
Favor incluir o papel do parque dentro da cidade e suas funcionalidades, na vida e saúde das pessoas.
‘Quanto ao item 8.1’. ‘Gerenciamento de resíduos sólidos e coleta seletiva’ – Sugere-se avaliar melhor este item. - Pergunto: Ele estará integrado e articulado por exemplo, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a Política Nacional do Meio Ambiente, de Saneamento Básico, com a Política Nacional e Municipal de Educação Ambiental, bem como com o Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo (PGIRS) ?
Definir todas as áreas gramadas/arborizadas, entre as pistas principais, quadras, conjunto arquitetônico, como zonas de conservação de biodiversidade onde é permitido o ócio, lazer contemplativo e não é permitido uso de som, caixa de som, microfone, amplificador, eventos, instalação de lanchonetes, lojas, restaurantes, entre outras edificações/instalações. Deixar como lazer recreativo somente os trechos que já possuem os parquinhos, mesas de jogos.
Definir as áreas de restrição de uso, estabelecidas pela divisão de fauna silvestre em acordo com a Divisão do Herbário. Nestas áreas só enriquecimento sem indução oficial de uso, a simples presença humana já afugenta.
Não destinar a área ambiental - praça burle marx e serraria - para as assessorias, não oficializar, uma vez que a área é de importância ambiental e as assessorias ligam radio alto e usam apitos, prejudica as pessoas e os animais. Mapear praça burle marx e serraria – bosque da leitura como lazer contemplativo e ócio.
Estimular a continuidade das assessorias na marquise, espaço adequado e de menor impacto ambiental.
Mapear todo o setor ambiental do plano diretor antigo como compatível com lazer contemplativo e ócio, exceto nas quadras (exatamente nelas mapear como lazer esportivo/recreativo, mas com iluminação abaixo das copas das arvores, sem arquibancadas, sem uso de microfone, caixa de som, amplificador, rádios); exceto nos parquinhos (colocar como uso recreativo, mas com iluminação abaixo das copas das arvores, sem arquibancadas, sem uso de microfone, caixa de som, amplificador, rádios);exceto área de jogos (colocar como uso recreativo, mas com iluminação abaixo das copas das arvores, sem arquibancadas, sem uso de microfone, caixa de som, amplificador, rádios)
A matriz não consegui entender. Estranha.
Inserir a diretriz que eventos serão permitidos dentro dos edifícios já existentes, não sendo permitida a realização de eventos nas áreas livres do parque, sejam eles pagos ou gratuitos. Eventuais eventos para implementação de políticas públicas, de interesse público, como campanhas de saúde, meio ambiente, poderão acontecer nos setores indicados desde que sem uso de microfone, caixa de som, amplificador, rádios, bandas e com previa análise da divisão de fauna silvestre etc.
Colocar como diretriz não realizar grandes eventos de forma concomitante, em mais de um dos edifícios do parque.
Colocar como diretriz não realizar grandes eventos de forma concomitante com eventos do ginásio do Ibirapuera para não prejudicar o entorno e dar conforme e segurança para os usuários.
Não realizar campeonatos esportivos nas quadras, o lazer esportivo não pode gerar impacto ambiental e poluição sonora, para esta finalidade existem muitos outros espaços públicos específicos.
Todos os eventos deverão passar pela análise da Divisão de Fauna Silvestre. Não instalar palcos nas áreas verdes.
No geral falta diagnóstico das edificações e atuais usos, falta leitura da paisagem cultural e definição do que a população entendeu que deve ser o cenário futuro de uso para elas – edificações – conjunto arquitetônico existente. Seria bom fazer uma atividade de percepção com técnicos da área do tombamento, conselho gestor, professores, e daí tirar as visões de futuro e ações de projeto. Mas isso deveria ser feito depois de verificar as questões ambientais que devem ser preservadas para compatibilizar o uso destes espaços com as necessidades de preservação ambiental. Não dá para pensar em visão de futuro sem mapear e discutir com a população, considerando as regras de tombamento, quais edificações hoje existentes poderiam ser usadas para demolição com a finalidade de compensar alguma nova edificação. Falta isso, até porque o plano fala em instalar novos vestiários, banheiros, tudo isso é aumento de área construída e pelo tombamento algo terá que ser demolido no lugar.
Para todas as edificações fechadas já existentes, sugere-se aproveitar ao máximo os espaços para atividades culturais, entretenimento, recreação, alimentação. Tal posição é sustentável e deve ser uma diretriz para que não se busque ampliar ou estabelecer usos nas áreas verdes e abertas, inclusive, serraria, campo da escola de jardinagem, praça burle marx, jardim das esculturas etc.
9.11 Praça de Jogos Não permitir eventos, manter consolidada como área de lazer contemplativo. Considerando que tem banheiro ao lado, em ótimas condições e com acessibilidade, não há necessidade de banheiro ali. De qualquer forma, para fins de tombamento módulo de banheiro também é área construída e não é mobiliário que não entre no cômputo de área construída para o tombamento.
Questão do tombamento, o entendimento do tombamento da área verde não está incorporada neste plano, não se discute o que foi feito errado no passado que gerou uma irregularidade no presente e como atuar em relação ao futuro em termos de novas edificações, instalações e pontuar que elas não podem ser feitas em cima da área verde – ajardinada - gramada tombada porque configura redução de área verde e aumento de área construída, perante a legislação do tombamento.
9.18, 9.19, 9.20 e 9.21 colocar como ação de curto/emergencial/urgentíssima a adequação dos vidros das edificações para proteção de fauna. Indico apontar que o custeio será feito pela gestão do parque ou pela outorga de eventual concessão.
9.6 Praça da paz Consolidar a área como espaço de lazer contemplativo, ócio. Estes já são os atuais usos. Consolidar a área como de importância para a fauna e, portanto, colocar a diretriz de não realizar eventos neste espaço. Permitir somente o uso espontâneo pelos usuários Instalar sinalização sobre a importância da área para abrigo e reprodução de fauna. Não permitir edificações, lanchonetes, banheiros, vestiários, o campo, importante para fauna, deve ficar livre. Não usar o espaço com microfones, amplificadores, megafone, bandas para não prejudicar a fauna e os usuários.
9.21 Escola Municipal de Astrofísica Aristóteles Orsini (EMA) e o Planetário aproveitar o espaço para instalar na escola de astrofísica, na edificação interna já existente, um café/lounge. Adequar o vidro, mas manter a transparência para aproveitar a paisagem do pôr do sol. Pode-se aproveitar e alugar espreguiçadeiras para aqueles que ficam nas margens do lago curtindo o por do sol. Não colocar mesas e cadeiras de forma permanente do lado de fora, para não desconfigurar a paisagem da natureza e não comprometer a área ajardinada. Consolidar a área como lazer cultural e educacional no interior do edifício . Não usar o espaço com microfones, amplificadores, megafone, bandas para não prejudicar a fauna do entorno e os usuários.
9.2 Auditório do Ibirapuera Continuar como espaço de cultura democrática integrando todo o conjunto de tradições, crenças e costumes de todos os grupos sociais. Não será permitida festa de música eletrônica, rodeios, baladas na plateia externa do auditório do Ibirapuera. Todos os eventos da plateia externa deverão passar pela análise da divisão de fauna silvestre para avaliar se haverá algum impacto para, principalmente, as aves que possam estar se reproduzindo por ali. Evitar usar a plateia externa para eventos no período principal de reprodução das aves. Estabelecer um limite de show/mês para a plateia externa
9.4 Pavilhão japonês Aproveitar melhor o espaço com atividades de contemplação, mapear o espaço como lazer contemplativo, ócio para as áreas livres e indicado para atividades educacionais dentro do edifício fechado. Não usar o espaço com microfones, amplificadores, megafone, bandas para não prejudicar a fauna e os usuários.
9.22 Serraria, Praça Burle Marx e Bosque da Leitura consolidar o local para práticas de ócio e lazer contemplativo que predominam hoje, é a proposta mais adequada considerando as restrições de tombamento e ambientais; Não realizar eventos neste setor; Não usar o espaço para praticas de alimentação como feiras gastronômicas, feiras que envolvam manipulação de alimentos e criem poluição por odor, ruído, iluminação. Não usar o espaço com microfones, amplificadores, megafone, bandas. Manter a permeabilidade visual atual sem instalar/ edificar na área da serraria, praça burle marx, nada de lanchonetes, restaurantes, vestiários, banheiros. O setor é para uso ambiental. Lazer esportivo, cultural e recreativo já possuem diversas outras áreas no parque. Tem que respeitar a vocação do espaço e daqueles que hoje usam ele buscando sensações gradáveis de repouso mental, de bem-estar, de relaxamento pelo silencio, ausência de cheiros, barulhos não ambientais. Colocar a diretriz de não construir, instalar vestiários, lanchonetes, lojas neste setor, ainda que de caráter reversível, mas de forma permanente. Colocar a diretriz de não induzir aumento de uso antrópico no setor Colocar a diretriz de consolidar a área como um espaço para ócio, meditação, silencio, leitura, práticas de relaxamento. Colocar a diretriz de não realizar nenhum tipo de evento no setor. Manter a área como lazer contemplativo, já predominante no espaço diariamente.
9.26 Manter a zona azul nos estacionamentos e não colocar estacionamento que tenha que pagar Não usar o espaço com microfones, amplificadores, megafone, bandas para não prejudicar a fauna e os usuários. Não usar os estacionamentos para food truck,.
9.8 Indicar o campo experimental da escola de jardinagem como Umapaz – área que deve permanecer na gestão da SVMA e fora da concessão Indicar que as estruturas do campo não poderão ser demolidas para compensar novas edificações Indicar que não deverão ser feitas novas edificações no local como vestiários, lanchonetes, é uma zona de lazer contemplativo e educação ambiental. Não usar o espaço com microfones, amplificadores, megafone, bandas para não prejudicar a fauna e os usuários.
9.14 Sanitários Não instalar sanitários da Praça Burle Marx/Serraria, é um atentado ao paisagismo local e há sanitário próximo.
9.27 Marquise Manter a área como lazer recreativo, esportivo e cultural Não usar o espaço com microfones, amplificadores, megafone, bandas para não prejudicar a fauna e os usuários. Estimular feiras de orgânicos, produtos veganos, pequenas atividades gastronômicas
9.13 Guarda Eventuais novos usos não devem usar som/música nas áreas abertas e livres. Não serão usadas bandas e apresentações musicais ao ar livre Sugere-se o uso da estrutura para um spa, pilates, centro de meditação, com funcionamento dentro do horário atual do parque, sem instalação de piso, rústico, respeitando a paisagem, o tombamento, a necessidade do ambiente natural sem concreto/edificação/mobiliário. Ecoloja também é uma excelente opção. Parque não é área de lazer aquisitivo, mas eventualmente em alguma das edificações já existentes e ociosa poderá ser incluída alguma iniciativa que gere renda. Para onde irá a guarda? Onde será a estrutura de vigilância? Só cabe mudar o uso se não precisar fazer outra edificação para a vigilância.
Texto confuso, “Compete ao Poder Público estipular os limites ou valores de referência dos parâmetros aferidos pelos indicadores conforme as regulamentações vigentes na época da medição, sendo que esta é de responsabilidade da gestão do Parque.” – o que cabe ao poder público? O que cabe a gestão do parque? – Como área de proteção não devemos aceitar impactos ambientais, as atividades compatíveis são aquelas que não causam impacto, então, os indicadores devem contemplar a verificação dentro deste contexto. Onde não há impacto não pode começar a haver e onde já existe impacto estabelecer as metas para reduzir e eliminar até que se consiga encontrar a harmonia entre o uso pelo homem e a preservação da biodiversidade. Os indicadores são poucos, genéricos e não garantem o monitoramento necessário para acompanhamento da preservação, melhoria e manutenção dos recursos ambientais do parque, preservação da paisagem tombada. Até porque se há uma falha no diagnóstico e no entendimento do funcionamento do parque de forma integrada, é impossível entender o que se deve monitorar porque ainda nem se sabe o que precisa preservar. Rever a metodologia de monitoramento e melhorar, entretanto, entende-se que este item somente conseguirá melhoria quando houver melhora no diagnóstico e definição do que tem que ser preservado. Indico que a Coordenação de Parques e Biodiversidade, por meio de todos os seus setores técnicos, bem como, de setor de outras secretarias, estabeleça os indicadores que deverão ser avaliados anualmente pela SVMA, especialmente, em caso de concessão, porque é uma forma de fiscalizar o concessionário e seus impactos no meio ambiente. Seria bom incluir que o gestor do parque deverá organizar todos os dados necessários para fornecer para a SVMA que fará a verificação e fiscalização sobre o atendimento aos indicadores e a ausência de impactos ambientais.
9.xx Financiamento das ações e projetos do plano diretor do parque Incluir/ vincular que os recursos financeiros obtidos a título da exploração dos espaços do parque por concessão, permissão, parcerias privadas, sejam aplicados em projetos e ações para atender as melhorias ambientais no parque e que o excedente seja repartido para parques desprovidos de recursos. O orçamento da svma é ínfimo, os parques previstos estão abandonados e sendo invadidos, não é razoável que instalem usos culturais, façam parcerias privados em parques sem garantir recursos para que a coordenadoria de biodiversidade e parques implemente os projetos e ações dos planos diretores e que também use o excesso para outros parques que precisem
E a fauna? O que será dela? O que ela precisa? Quais as ameaças, onde estão? Como resolver? Quanto dinheiro? O que precisa pesquisar? Quem vai resolver?
Como diminuir o ruído no parque? Qual a atual poluição sonora que impacta os visitantes, os animais? Colocar diretriz de diminuir o ruído em todos os setores do parque.
.4 Vegetação - Incluir que não será permitida a prática de arborismo e escalada na vegetação do parque.
Inserir que o parque não é área de lazer aquisitivo! Ausência de conteúdo sobre governança, transparência, comunicação, participação popular, privatização, valor entrada para os setores depois da privatização etc O tombamento da área verde e dos edifícios é relegado.
‘Quanto ao item 8.2’. – ‘Educação Ambiental’ – Dentro das atividades citadas na minuta em pauta, estão citadas atividades como por exemplo a trilhas e roteiros de observação da natureza dentro do Parque; plantio e manutenção de hortas e canteiros orgânicos; oficinas de compostagem de matéria orgânica; entre outros e que já são realizadas pela UMAPAZ e suas divisões técnicas incluindo a EMJ, tanto no âmbito da Programa Municipal de Educação Ambiental, bem como de outros programas e políticas públicas. Dessa forma, entendo, s.m.j. que todas as atividades realizadas pela UMAPAZ, atividade gratuitas e apropriadas a pessoas de diferentes faixas etárias, ocupações, formações e originárias de todas as regiões da cidade, fundamentada no poder da diversidade, deve-se garantir nas diretrizes do Plano Diretor a autonomia da UMAPAZ para a realização das suas atividades de educação ambiental realizadas no Parque Ibirapuera, sem haver restrição quanto ao uso dos espaços públicos.
01. O Parque Ibirapuera é um parque público e para que qualquer estudo, diagnóstico e intervenção seja realizado legitimamente, aqui no caso a realização de um Plano Diretor, deve ser iniciado com uma ampla pesquisa do público, seja frequentador ou não. É necessário saber por que as pessoas frequentam ou não aquela área, quais os usos, o que elas esperam de um parque público, que melhorias elas propõem. Neste item também deve constar o histórico do Parque e o porquê da sua construção. 02. É necessário ter um diagnóstico real e atual do Parque Ibirapuera, que deverá ser construído com relatórios técnicos referentes ao conjunto patrimonial, especialmente o ambiental, além de todos os serviços culturais, ambientais, sociais e de saúde, oferecidos e ações que ocorrem no Parque Ibirapuera. Cito como exemplo o inventario atual da vegetação existente, medição do ruído nas diversas áreas, relatório detalhado das condições da marquise e necessidades, todos a serem realizados por pesquisadores embasados em metodologias reconhecidas. Os pareces deverão ser emitidos pelo corpo técnico da SVMA, Universidades, Institutos, Centros de Estudos e profissionais com notório saber o Conselho Gestor fez uma lista de técnicos que foi pouquíssimo utilizado. Realizar pesquisa com todos os trabalhadores do parque (funcionários públicos, cooperativas, grupo de esportistas, funcionários de museus, das fundações, etc. o que de fato acontece no parque, quais e quantas pessoas são atendidas, qual a missão e o que se espera para o futuro . Sem isso, não há como estabelecer planejamento, projeto e implantação de qualquer porte. Cabe lembrar que alterações geram consequências, especialmente em áreas como o Parque Ibirapuera que já possui fauna, flora, uso da população, promoção gratuita de serviços de relevância pública em grande quantidade e qualidade. 03. Após consolidar todas as pesquisas e contribuições, realizar a publicidade deste material, todos os documentos e informações obtidas, através das diferentes formas de divulgação. 04. Por diferentes mídias, convidar com antecedência; sugiro 30 dias, para que as pessoas possam se programar e preparar; audiências e debates com a sociedade civil, técnicos, universidades e todos que possam contribuir para elaboração de um Plano Diretor para o Parque Ibirapuera. Neste momento, será possível definir diretrizes, cronograma, prioridades, prazos e metodologias para aferição de resultados, regramento, monitoramento, formas de avaliação para ações, políticas e gerenciamento, sendo as ações, quando necessárias, devidamente autorizadas pelo licenciamento ambiental e corpo técnico de carreira da SVMA. É necessário muito cuidado nas propostas de alterações no Parque Ibirapuera, pois cabe lembrar que ele é primariamente uma área verde e é definido na Lei Orgânica Municipal como “área especialmente protegida” 05. Após a realização do Plano Diretor, especificamente para o Parque Ibirapuera, divulgar de forma ampla para que a sociedade civil compreenda e se aproprie deste material. As informações deverão permitir acesso a qualquer interessado. É necessário constar neste caderno que apesar de participar das reuniões o Conselho Gestor do Parque Ibirapuera foi contra o forma como foi construído esse Plano Diretor. Pediu participação popular de fato, diagnóstico real e atual como metodologia técnico científico e metodologia aprovada, diretrizes bem construídas, formas de monitoramento e avaliação, prazos, custos, marcação de encontros, fóruns, e audiências bem programadas, com agendas coerentes e plenamente divulgadas, que constasse no Plano Diretor quais as ações previstas, qual o Plano de Negócios da Concessionária. As solicitações do Conselho Gestor não foram atendidas neste Plano Diretor, que sobrepôs a pressa a qualidade. Até o ultimo encontro foi solicitado mais tempo para realização de um Plano Diretor de Fato.
Após a execução das manutenções, reformas e construções já elencadas no Plano Diretor, gostaria de sugerir a pesquisa para a verificação da possibilidade de implantação de 3 ítens. 1 - Implantação de placas fotovoltáicas para produção de energia elétrica 2 - Implantação de telhados verdes com a produção de mudas para a distribuição no parque 3 - Instalação de tomadas para carros elétricos nas áreas de estacionamento Atenciosamente, Arq.Regina Pellizzon
Após um histórico que sequer menciona um dos maiores paisagistas do mundo no século 20, Roberto Burle Marx, ainda se prevê alterações em seus projetos, como instalação de sanitários e mudanças de uso. Isso deve ser corrigido. O Ibirapuera neste documento é separado em caixinhas, mas é um parque único, deve ser entendido como uma grande área ambiental onde está inserido um grande patrimônio cultural, educacional, de esporte, contemplativo, de promoção de saúde. Das janelas da UMAPAZ se vez, nas tipuanas um casal de gavião-miúdo que vem anualmente se reproduzir e ensinar seu filhote a voar, então, não é só uma área educacional. Um volta dos museus há muitas arvores, palmeiras que servem de abrigo e alimento para muitos pássaros, não é só uma área cultural. Os inúmeros esportes praticados acontecem espalhados ao longo do parque, se esses esportistas quisesses ficar aglomerados em horários determinados, penso que estariam em academias e não escolhido uma área verde para prática de esporte. O parque inteiro promove saúde. Quando se permite o uso de drones menos em áreas ambientais... O Ibirapuera é uma área ambiental como um todo, há flora, fauna, incluindo pessoas.
Suplente conselho gestor 19/22, solicito atenção a não implantação de pontos de wifi que cria um grande dano as avifauna e polinizadores sua frequência se são malignas e também para os seres humanos aumentam a agrassividade, depressão entre outras doenças que a cada dia as tecnologias aí, então é pode se tornar irreversível para todo sistema. Emef poluição eletromagnética um mal do séc 21 , requer atenção/prevenção seu uso em ecossistema natural. Suas causas : 3G=câncer no cérebro, 4G=perfuram os órgãos e 5G=alergias na pele/depressão/auto-mutilação. Como profissional arquiteto/perito judicial e geofísico afirmo acima relacionados , sem mais,
Não wifi dentro do parque ibirapuera, poluição eletromagnética afeta as avifauna, polinizadores e também as pessoas. As tecnologias aumentam os efeitos nos seres vivos e pode ser irreversível. Digo isso por ser parte do Conselho gestor do parque ibirapuera 19/22
Construir um diagnóstico consistente, cito como exemplo o inventário de risco de queda de árvores, que embasará as diretrizes e o método básico de condução do processo de monitoramento, que consiste em comparar a situação real (atual) e a situação ideal planejada. Esse diagnóstico pode ser construído com dados primários e secundários. Já existe um Inventário arbóreo realizado pela ESALQ/USP em 2008, que se quer é citado neste Plano Diretor e poderia servir para análise de dados secundários, mas que deve ser atualizado para servir de dados primários. Existe o inventário de identificação realizado pelo Herbário Municipal, mas é necessário ir além, como essas árvores estão de saúde? o que se espera para o futuro? Sugiro a partir de dados atuais adotar a análise por grupo de especialistas com metodologia científica, por exemplo, o Roteiro Metodológico do IBAMA (2002), onde se estuda pontos fracos, pontos fortes, ameaças e oportunidades a partir de um diagnóstico consistente. Elaborar diretrizes de fato: instruções ou indicações para se estabelecer um plano, uma ação. Neste Plano isso não esta claramente ou acertadamente feito, por vezes ações simples são colocadas como diretrizes. Qual o futuro que ser quer para vegetação? É fundamental constar a utilização de todos os métodos preventivos para preservar a vegetação como o manejo correto, amarração entre galhos, amarração entre árvores, escoramento, suportes etc.
Além do inventário da vegetação, do comentário anterior, é necessário o inventário espacializado de fauna. Não só quem e quantos são os animais que vivem no Ibirapuera, mas como vivem, onde estão , em que época do ano. Neste Plano é citado que eles se reproduzem na primavera e verão, mas isso, não é para toda avifauna. Consta que ao podar ou suprimir uma árvore, se for constatado que existe um animal com ninho, que os serviços devem ser interrompidos, até que o bicho abandone a árvore, mas na verdade eles nem deveriam ter sido começado. Deve constar análises atuais de qualidade da água, tipo de solo, ruídos, poluição do ar. Para construção de diretrizes é necessário diagnóstico técnico-científico utilizando metodologia científica real e atual.
Importante deixar registrado no Plano Diretor, como as vagas de estacionamento serão utilizadas (transporte de carga ou pessoas?), quantas vagas, quem tem direito de uso. Pelo que parece, haverá mais circulação de veículos dentro do Parque, é interessante deixar registrado no Plano Diretor a quem será permitido a circulação e estacionamento dentro do Ibirapuera. Como será cobrada a utilização dos estacionamentos. Quanto aos banheiros, não é citado o sanitário da pista de cooper. Foi só esquecimento ou há alguma intenção de mudança de uso deste espaço? É fundamental que conste no Plano Diretor. 9.22 Serraria, Praça Burle Marx e Bosque da Leitura. Não há definição de Diretrizes neste Plano Diretor. É de fundamental importância que esteja escrito o que se espera daquelas áreas. 9.13. Antiga Administração, Guarda Civil Metropolitana, edifício da Manutenção As edificações poderão receber outros usos tais como apoio aos usuários, -sanitários, vestiários, serviços de alimentação, conveniência e suvenir, ou atividades relacionadas a educação ambiental, lazer, esporte e recreação, compatíveis com este setor do parque. A casa que já foi sede da Escola de Jardinagem e Administração do Parque encontra-se em uma área bastante especial, ao lado do córrego do sapateiro com grande atividade de reprodução de espécies de avifauna. É necessário um estudo de impacto Ambiental para mudança de uso desta casa. 9.11 Portarias Está previsto... agregar outras atividades, ... , a venda de ingressos e tíquetes para eventos e serviços de alimentação, e devem estar disponíveis durante todo o período em que o parque estiver aberto. Haverá uma estrutura maior, com mais segurança para conter dinheiro, com instalação de cozinhas, banheiros para estruturar o novo uso. Penso então ser necessário um EIA/RIMA. 9.10 Praça de Jogos É um projeto de Roberto Burle Marx, qualquer modificação é necessário autorização de órgãos competentes. Campo Experimental: O texto não explicita o que pode ou não pode ocorrer nesta área, o que se quer no futuro?. No caso de instalação de cozinhas e refeitórios, isso é totalmente inapropriado, pois não condiz com as ações de educação ambiental e promoção de saúde, as quais existem há mais de 40 anos. Este local é área de refugio de pássaros, borboletas e abelhas, inclusive algumas só são encontradas neste local. 9.1 Pavilhão Lucas Nogueira Garcez – Oca Haverá algum critério para seleção de exposições que ocorrerão neste local? É importante constar do Plano Diretor. 9.2 Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer Atualmente essa área abre espaço para artistas ainda não muito conhecidos com ingresses a preços populares, ainda promove atividades sociais. Essa descrição não está contemplado neste Plano Diretor. Sua atual vocação permanecerá, os funcionários continuarão trabalhando lá? Qual o futuro desse equipamento? Quais as diretrizes?
1. Considerando que, o parque Ibirapuera possui um conjunto arquitetônico e paisagístico modernistas de relevância internacional, que é um patrimônio tombado nas esferas nacional, estadual e municipal, que é um dos equipamentos mais icônicos da cidade, entendemos imprescindível que, para qualquer alteração nas edificações, na paisagem e para a construção de novas edificações, exista um Projeto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico prévio que seja fruto de Concurso Público de Ideias a ser organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB – de âmbito nacional ou internacional. O Programa de Projeto que deverá subsidiar o concurso, deve ser elaborado de forma colaborativa com os usuários e conselho gestor do parque e estar baseado em pesquisa de campo presencial com os usuários. O projeto ganhador deverá ser submetido a audiência pública. O projeto aprovado deverá ser desenvolvido até a fase de Projeto Executivo e incluir, além dos projetos urbanísticos e arquitetônicos, zoneamento interno, projetos cromáticos de fachadas, tipo de fechamento do parque, projetos de comunicação visual, de luminotécnica, espécies vegetais para enriquecimento florístico, respeitando e recuperando os projetos originais implantados, com especial ênfase aos jardins do paisagista e artista Roberto Burle Marx. 2. O plano diretor deve constar, além do levantamento de dados, de mais duas partes propositivas: a) um plano de Gestão, Manutenção, Zeladoria e Manejo; b) um Plano Diretor com o projeto futuro, fases de execução e cronograma físico-financeiro. Este Plano Diretor futuro baseado em projeto ganhador de concurso de ideias, descrito no item 1, acima. O primeiro se destina a manter o que já existe; o segundo, se refere à forma e à função que o parque terá no futuro. É imprescindível esta diferenciação, uma vez que os escopos são distintos em conteúdo, em origem e em perspectiva temporal. 3. Não encontramos informações sobre diretrizes de propaganda interna ao parque, tanto visual como sonora. Considerando que o parque é público, que ele foi construído com dinheiro público e é de responsabilidade do poder público, e considerando ainda, que todos os seres têm direito ao silencio, à contemplação e ao descanso, entendemos que não deve haver propaganda de nenhuma natureza. Isto inclui mobiliário urbano e outros equipamentos patrocinados. E que toda a divulgação de eventos e avisos deve estar restrita a locais especiais reservados para tal e dentro dos padrões de Comunicação Visual, que será objeto de concurso público de ideias, conforme descrito no item 1, acima. 4. Definir claramente quais os níveis máximos de ruído em cada setor do parque, levando em conta as especificidades de cada um em relação à sua característica e função, especialmente regulados para às áreas de nidificação de aves e abrigo de outros animais. Estes limites máximos não devem exceder os descritos na lei de uso e ocupação do solo. 5. Não encontramos menção sobre tratamento com cordialidade e simpatia dos funcionários para com os usuários. 6. Descrever qual será o espaço reservado a críticas, sugestões e reclamações de usuários e como o poder público supervisionará o atendimento todas as reclamações. 7. Não encontramos referência de garantia de comercialização de comidas e bebidas a preços populares 8. Não encontramos referencias de como deverá ser feita a segurança e o tipo de fechamento do parque
O PACUBRA, que após sua reforma tem como obrigação atividades culturais, continuará com o uso cultural? É importante constar qual o plano futuro para essa área. 7. DIRETRIZES DE PROJETO E OBRA Todas as intervenções no Parque Ibirapuera deverão ser precedidas de levantamento da situação atual e projetos, em especial de arquitetura e engenharia, incluindo as demolições necessárias; É necessário estabelecer quais serão as demolições, isso deve constar deste Plano Diretor: Que áreas serão demolidas, o por quê da demolição e qual o uso futuro dessas áreas. Não será permitida a impermeabilização de novas áreas de estacionamento no nível do solo. Deve constar neste Plano, Onde serão? Subterrâneas ou suspensas? Quais as diretrizes para as novas áreas de estacionamento. Isso foi uma demanda que surgiu da população? 6. DIRETRIZES PARA EVENTOS Em todos os pontos deste item é salientado que os eventos podem ocorrer durante todo o horário do parque. Vale salientar que o Ibirapuera funciona das 5 às 24 horas, ou seja, são 19 horas de uso, isso pode levar ao esgotamento de qualquer parque. É muito importante que seja especificado, quantos, onde, qual o número de pessoas, qual o nível de decibéis, como serão tratados os resíduos, enfim, o que será permitido quando se trata de eventos. Os eventos no Setor Ambiental devem ser de pequeno porte (até 250 pessoas) ... Esse número é de pequeno porte? Isso deve ser revisto. Nos eventos com previsão de público superior a 10.000 pessoas até o limite da capacidade máxima. Qual a capacidade máxima? Deverá ser solicitado policiamento ostensivo para espetáculos e apresentações públicas com ingresso gratuito. Por que a discriminação entre os frequentadores que pagarão e os que não pagarão. Durante a realização do evento será permitido em áreas previamente determinadas e sob autorização a comercialização de alimentos em veículos automotores... São mais gases poluentes emitidos no Parque Ibirapuera. As atividades esportivas estão concentradas em áreas abertas, sem possibilidade de se abrigar em dias de chuva. Implantar lixeiras nos locais com maior concentração de usuários e ou manter as lixeiras do Parque disponíveis para receberem novos resíduos, impedindo o acesso de animais silvestres e domésticos a estes dispositivos. O Ibirapuera já conta com um grande número de lixeiras, é necessário educação ambiental para que as pessoas produzam menos resíduos, se produzirem, serem incentivadas a não deixar em um patrimônio ambiental tão importante. Não se deve levar nada do parque nem deixar nada no parque. É interessante pensar que há uma limitação de horário para pratica de esportes e não há para eventos, que pode acontecer durante as 19 horas que o parque fica aberto. Sugiro reavaliar esses itens e que conste neste Plano Diretor
‘Quanto ao item 2’ – Bases Naturais do Parque – ‘item 2.2. Água Diagnóstico’ – Como fica a questão do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal e da Concessão quanto à Estação de Flotação e Remoção de Flutuantes (EFRF), para as águas que afluem nos lagos do Ibirapuera para melhoria da qualidade das águas destes lagos. Como se dará e por quem o monitoramento da qualidade das águas (incluindo análises físico-químicas e microbiológicas) das amostras das águas dos lagos dos Parque do Ibirapuera, desde a contribuição Córrego Sapateiro, à montante EFRF, contribuição Córrego Sapateiro, à jusante EFRF, debaixo da Ponte Metálica, sobre a via de travessia entre os lagos 2 e 3, vertedouro de saída, entre os aspersores, junto a galeria do córrego Boa-Vista, por exemplo. Além disso, entendo ser importante, não apenas o monitoramento e controle da qualidade das águas dos lagos, mas uma ação conjunta e maior para impedir os possíveis lançamentos clandestinos, irregulares de esgotos, rastreamento se todos os banheiros do Parque para ver as ligações às redes, entre outros. Acredito ser importante a retomada do PROGRAMA DE DESPOLUIÇÃO do córrego sapateiro e afluentes. Justifico que as águas superficiais do Município de São Paulo (rios, córregos, lagos...), vêm sofrendo avançado processo de degradação da qualidade e os principais agentes poluidores dos corpos d´água podem ser: efluentes domésticos (esgotos) com matéria orgânica biodegradável, carga difusa urbana e agrícola, organismos patogênicos (transmissores de doenças de veiculação hídrica), matéria orgânica não biodegradável, efluentes industriais (metais pesados) entre outros. Diante disso, sugiro avaliar com os devidos cuidados que esse item requer uma vez que temos as fontes do Parque Ibirapuera. Uma eventual presença de bactérias do grupo coliforme que tem como representante a ‘Escherichia coli’, de origem fecal, pode ser considerado um indicador de contaminação fecal, assumindo importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microrganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica. Diante disso, Pergunto, será que a EFRF, a recirculação da água para garantir a correta oxigenação, a instalação dos jardins filtrantes, que garantiriam a retenção de partículas poluentes... seriam suficientes para “tratamento de agentes patogênicos”?. Sugiro rever esse item, além de integrar também as ações para controle da dengue, bem como a ‘retomada do programa de despoluição’ como ação integrada??? Sugiro, ainda constar que não poderá ser realizada atividades de recreação e de lazer nas águas do Parque Ibirapuera. ET. Além disso, os bebedouros com água potável para os usuários do Parque, a água deve atender aos padrões de potabilidade, devendo ser monitorada. É meu entendimento, s.m.j. Att, gratidão.
‘Quanto ao item 6’. ‘Diretrizes para Eventos’. - Sugere-se que para eventuais eventos a serem realizados no Campo Experimental da Escola Municipal de Jardinagem, qualquer que seja o evento, a UMAPAZ, a EMJ e sua equipe técnica deverá ser consultada previamente, dando autorização, ciência e anuência. Os possíveis eventos, quando autorizados, não poderão causar prejuízos à fauna, flora, aos galpões de aula e nem às atividades ali desenvolvidas pela UMAPAZ, pela EMJ, pelo CECCO/SMS e parceiros da EMJ/UMAPAZ/SVMA.
Consta nesse Plano "A vegetação foi o aspecto mais intensamente transformado do parque. Apesar de todo o acréscimo ou da alteração procedida, a essência original do projeto persiste com intensidade. É da intenção deste Plano Diretor Participativo incorporar esta dinâmica contemporânea, e compreender a flexibilidade (ou resiliência) das transformações do espaço através do tempo a partir das forças e dos valores sociais". Um projeto de paisagismo é uma obra de arte, transformar, alterar, descaracterizar, mudar o uso de um Projeto é a mesma coisa que alterar uma pintura, uma escultura, no mínimo devemos ter respeito com o projeto de Otávio Mendes e especialmente com as áreas criadas por Roberto Burle Marx. Isso deve constar neste Plano Diretor. É necessário acrescentar entre os usos do Parque, a Saúde, no caso o Ibirapuera como um todo promove saúde passiva e o CECCO Ibirapuera e o Campo Experimental promovem saúde ativa. Deve constar neste Plano Diretor. 3. USOS FUNDAMENTAIS DO PARQUE O Parque é protegido por Tombamento nas três esferas da federação. Este Plano Diretor também deve ser aprovado por essas três esferas. IPHAN, CONDEPHAAT e COMPRESP. Por ser equipamento que haverá maior número de pessoas, utilização de sanitários e produção de resíduos, É necessário constar neste Plano os locais que podem ou não abrigar restaurantes e lanchonetes futuras. Consta neste Plano "readequar determinadas porções das margens, por meio de terraplenagem, para que os lagos comportem as vazões pluviais, mitigando assim as inundações dos bairros a jusante". É necessário constar neste plano através de diagnóstico realizado por especialistas com metodologia comprovada, o que é certo fazer o desassoreamento ou terraplanagem? Diagnóstico - Diretrizes - Monitoramento! "Coexistência entre atividades de recreação e proteção de biodiversidade." No Plano Diretor é necessário explicitar como deverá ser essa coexistência e qual será o nível da proteção da biodiversidade. Que atividades serão permitidas? "Espera-se, com isso, uma aproximação dos visitantes ao ambiente aquático", No Plano Diretor deve constar como será essa aproximação. Apresentar os estudos, diagnóstico, diretrizes, monitoramento. A foto que consta deste Plano, mostra a construção de uma calçada ao lado do lago, é isso mesmo? 2.2 Água – Diagnóstico "Contudo, esse processo de tratamento não é suficiente para garantir uma qualidade de água adequada, já que dados de monitoramento realizados entre 2008 e 2011 constataram processo de eutrofização, perda de biodiversidade e poluição dos sedimentos por arsênico, cobre, cromo, chumbo e zinco." Os dados apresentados devem ser atuais. A base de um Plano Diretor é um diagnóstico real e atual com bases científicas e metodologia comprovada, é necessária pesquisa de 2019. Pode-se usar análises de dados secundários, mas é necessário dados primários. "A metodologia adotada é respaldada pelo trabalho de K. Lynch para identificar os elementos da Imagem da Cidade, conceituada ferramenta no processo de planejamento."e metodologia empírica. Deve constar neste Plano Diretor o por quê da escolha desta metodologia e fazer um comparativo da utilização deste método para construção de Plano Diretor de outros parques consolidados.
Quanto ao CECCO Ibirapuera, é necessário constar que é uma equipamento da SMS, que promove saúde, especialmente a mental e estará dividindo o mesmo espaço físico com a Concessionária o que não lhe confere muitas garantias de continuidade. É importante constar neste Plano Diretor, assim como o Campo Experimental da Escola da Jardinagem como EQUIPAMENTOS NÃO CONCEDIDOS!
‘Quanto o item 9.13’. ‘Antiga Administração, Guarda Civil Metropolitana, edifício da Manutenção’... Relembro que a casa da Antiga Administração do Parque foi sede da Antiga Escola Municipal de Jardinagem e que ficava bem perto do seu Campo Experimental. Fica aqui a sugestão, a volta da Escola Municipal de Jardinagem para este local, perto do CE/EMJ.
‘‘Quanto ao item 9.9’. ‘Centro de Convivência e Cooperativa – CECCO’. – Entendo que pelas atividades e importantes serviços gratuitos de promoção à saúde, educacionais, de inclusão social, entre outros que o CECCO-Ibirapuera/SMS e sua equipe desenvolve/realiza e pelo público que Ele atende, pessoas com sofrimento psicossocial, com deficiência física e intelectual, público em geral, é fácil entender que o CECCO-Ibirapuera/SMS não pode ser concedido, não pode ser demolido, não pode ter suas atividades transferidas e nem prejudicadas, portanto, o CECCO precisa ser retirado da Concessão e ficar sob a gestão administrativa da PMSP/SMS e deve estar claro como diretriz no Plano Diretor do Parque Ibirapuera que o CECCO deve manter o seu espaço e todas as suas atividades, evitando-se assim, perda de importantes serviços prestados gratuitamente à população e que contribui para as políticas públicas assistenciais, de educação e saúde baseados no respeito à vida. É meu entendimento, s.m.j. Att, gratidão.
É necessário diretrizes para o funcionamento do parque e preservação da natureza, isso é claro, porém nenhum processo é perfeito, porém é na execução que podemos e devemos ajustar os pontos necessários. São anos de Parque Ibirapuera, e o mesmo encontra-se em um grande abandono social, estrutural e de preservação da natureza. Não se deve recolher o lixo do chão, defender a fauna e flora, o meio ambiente, somente na frente das câmeras e de um processo com visibilidade na mídia. Devemos ser cidadãos interessados sempre. O Parque do Ibirapuera, assim como os demais da Cidade de São Paulo, e como diversos equipamentos públicos, precisam de atenção em todos os sentidos. O Parque necessita de várias reformas, de mais segurança, iluminação, estrutura para quem vai passar um dia inteiro no Parque com a família, pra o turista que vem de longe, para o "turista" que mora dentro da cidade, porém que mora longe e só vai uma vez por semana ou até menos, até para os vizinhos que consideram o Ibirapuera o seu "quintal". O Ibirapuera não é o quintal de um, é um Parque de uma Cidade e de um Estado, que está inserido em um País que clama por melhorias e pra que vejamos o dinheiro dos nossos impostos, serem revertidos para bons usos e que nos tragam satisfação e principalmente possamos aproveitar os parques da cidade, com todas as condições possíveis. Não são meia duzia de pessoas que me representam, que representam meus interesses e muito menos que possam vir a medir as minhas satisfações pessoais. Tenhamos regras, que elas sejam cumpridas por todas as partes, desde os usuários, até os conselhos, funcionários, órgãos públicos, concessionária, etc.., que todos nós possamos fazer bom uso desse Plano Diretor, que de uma forma inédita, nos possibilitou contribuir com muitas opiniões e visões diferenciadas. Mas que em um era, onde poucas coisas são feitas pelo poder público por falta de recursos, e dentro de sua legalidade total, as coisas possam acontecer, que esse Plano que tem direito de ser revisado e ajustado conforme as necessidades, tenha um start para que tudo se encaminhe para o sucesso coletivo e que torne-se modelo para muitas outras administrações e usuários.
O Plano Diretor é constituído por base sólida e bem avançada. Sua fundamentação e aperfeiçoamento por 6 meses, confere-o poderes para início imediato do contrato de concessão. Os paulistanos não toleram mais a degradação do parque e de suas estruturas, necessitamos urgência no início de sua recuperação, bem como dos demais parques constituídos desta mesma contratação.