O Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, conhecido como “Complexo Ginásio do Ibirapuera”, é um equipamento público de grande porte gerido pelo Governo do Estado de São Paulo (GESP) que contém características urbanísticas excepcionais, tendo sido assim classificado como uma ZOE – Zona de Ocupação Especial pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS (Lei nº 16.402/2016).
As Zonas Especiais são porções do território com diferentes características ou com destinação específica que requerem normas próprias de uso e ocupação do solo, podendo estar situadas em qualquer macrozona do Município, e visam a promoção de políticas públicas setoriais, ou ainda, o estímulo ao desenvolvimento de áreas vocacionadas à diversas atividades econômicas, nos termos do Art. 39 do PDE – Plano Diretor Estratégico ( Lei 16.050/14).
Conforme disposto no §1º do Art. 15 da Lei 16.402/2016, as áreas classificadas como ZOE – Zona de Ocupação Especial devem necessariamente ser objeto de PIU – Projetos de Intervenção Urbana, contemplando a definição de parâmetros específicos de parcelamento, uso e ocupação do solo adequados às suas especificidades.
Este complexo desportivo, tão conhecido pela população paulistana e palco de memoráveis eventos, passa atualmente, segundo informa o Governo do Estado de São Paulo por um processo de deterioração face à obsolescência de suas instalações e a progressiva redução das atividades esportivas e programas de cunho cultural, esportivo e de lazer. Com a perspectiva de sua transformação em um moderno Centro Esportivo e Cultural para a cidade, o Projeto de Intervenção Urbana do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães - PIU Ginásio Ibirapuera, a ser desenvolvido, buscará também uma maior integração do conjunto com seu contexto urbano, identificando novas oportunidades de requalificação urbana.
A presente Consulta Pública, promovida pela Prefeitura do Município de São Paulo por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e da São Paulo Urbanismo (SP-URBANISMO), a ser realizada no período entre 27 de março a 17 de abril de 2020, tem como objeto os elementos prévios ao desenvolvimento do Projeto de Intervenção Urbana do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães - PIU Ginásio do Ibirapuera.
De acordo com o Art. 2º do Decreto nº 56.901/2016, o processo de instrução do PIU se inicia pela publicação dos elementos prévios a seu desenvolvimento, constituídos de diagnósticos socio-territorial e ambiental da área estudada, bem como de seu Programa de Interesse Público, trazendo as questões a serem enfrentadas no contexto urbano em que está inserido. Esses documentos são então submetidos à consulta pública para receberem contribuições da sociedade, subsidiando a decisão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU quanto ao seu prosseguimento, considerando a compatibilidade de seus objetivos e diretrizes com a política de desenvolvimento urbano municipal, a legislação em vigor e os instrumentos urbanísticos que permitem ações específicas no território da cidade.
O Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães se insere no contexto de um dos principais desafios enfrentados pelas cidades contemporâneas: a renovação da sua infraestrutura existente de forma que possa acomodar as novas demandas da população frente à insuficiência econômico-financeira vivida pelo poder público. Nos últimos anos, o Complexo vem sofrendo crescente processo de subutilização e precarização. De acordo com informações do GESP1 , o custo anual do Complexo para os cofres públicos é de R$15 milhões de reais, o que inibe a realização de investimentos necessários à sua manutenção e atualização.
Diante desta problemática, o Governo do Estado de São Paulo promoveu em 2017 o Chamamento Público nº 00005/2017 no formato de um Procedimento de Manifestação de Interesse – PMI , onde 07 (sete) interessados da iniciativa privada apresentaram estudos técnicos de engenharia e arquitetura para as intervenções físicas, de viabilidade econômico-financeira de sua exploração, de modelagem jurídica e de modelagem operacional para a concessão onerosa do Complexo, que a partir dos critérios estabelecidos pelo edital, em consonância com os regramentos estabelecidos pelas legislações vigentes, propuseram novas formas de ocupação do site a partir de criteriosa avaliação de oportunidades e demandas de mercado da região e da cidade.
Com base nos subsídios destes estudos, foi editada a Lei Estadual 17.099/2019, que autoriza a Fazenda do Estado à conceder o uso da área do Complexo Desportivo, visando sua revitalização – considerando sua reciclagem tecnológica e modernização – e exploração por meio de atividades culturais e esportivas por um período de até 35 anos, de modo a transformá-lo em um moderno Centro Esportivo Cultural, com a construção de uma arena multiuso, a exploração de outros serviços associados e a oferta obrigatória de atividades esportivas de fruição gratuita.
Tal proposta coincide com um dos objetivos estratégicos do Plano Municipal de Esportes e Lazer (2018-2025), de modo que o PIU visa atentar-se também às diretrizes dispostas neste plano municipal no sentido, sobretudo, de promover o livre acesso às atividades físicas, esportivas e de lazer, estimulando o desenvolvimento social e econômico do município.
Vale destacar que a Concessão Onerosa do Complexo, que é um pressuposto e não o objeto desta consulta, modalidade de Parceria entre entidade pública e iniciativa privada, garantirá ao Estado e à sociedade os benefícios da modernização do equipamento sem investimento estatal, com consequente incremento de novas atividades econômicas e arrecadação de impostos, desonerando os cofres públicos e viabilizando a destinação de recursos para a promoção de políticas e ações intrínsecas ao governo, tais como educação, saúde, mobilidade, segurança e meio ambiente.
Para que esta iniciativa do Governo do Estado de São Paulo se concretize, a Prefeitura de São Paulo deve desenvolver o presente Projeto de Intervenção Urbana para definir os parâmetros urbanísticos aplicáveis ao terreno e os melhoramentos urbanísticos previstos para o entorno, possibilitando a conclusão das modelagens técnicas, jurídicas e econômicas necessárias ao processo de concessão do complexo. É importante salientar que o PIU trará a regulação dos aspectos urbanísticos que subsidiarão as ações previstas pelo GESP, e não tratará de aspectos inerentes às competências e ao planejamento do Governo do Estado de São Paulo para o equipamento, como o procedimento de concessão.
Para a execução dos elementos técnicos do PIU Ginásio do Ibirapuera, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Governo, contratou a Fipe, que desenvolveu o conteúdo objeto desta primeira consulta pública conforme as orientações da SP Urbanismo e as deliberações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.
O Plano Diretor Estratégico, de acordo com o texto expresso pelo Art. 182 da Constituição Federal de 1988, e, posteriormente, pelo Art. 40 do Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001), é o instrumento básico para implementar a Política de Desenvolvimento Urbano e regular as ações dos agentes públicos e privados no território do município, direcionando o planejamento urbano municipal, seus objetivos, diretrizes e prioridades,
A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, (…)”, ”,
(Art. 39, Lei 10.257/2001 – Estatuto das Cidades).
O Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo – PDE (Lei nº 16.050/2014), por sua vez, objetiva ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado e diversificado de seu território, assegurando o bem-estar e qualidade de vida de seus habitantes. Ele determinará o modo de atuação de agentes públicos e privados no território municipal, articulando as distintas demandas presentes no território a partir das dimensões social, ambiental, imobiliária, econômica e cultural.
Como estratégia de ordenamento territorial para garantir um desenvolvimento urbano sustentável e equilibrado, o Plano Diretor estrutura-se a partir de Macrozonas e Macroáreas, que orientam ao nível do território as ações públicas através de objetivos específicos, e da Rede de Estruturação e Transformação Urbana, composta pela Macroárea de Estruturação Metropolitana, a Rede Estrutural de Transporte Coletivo (rede de estruturação da transformação urbana), a Rede Hídrica e Ambiental e a Rede de Estruturação Local.
A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo - LPUOS (Lei nº 16.402/ 2016), veio regulamentar o PDE, detalhando as zonas de uso no território, seus parâmetros urbanísticos e condições de instalação, dentre outros instrumentos. Nos termos do §1º do art. 15 dessa lei, as áreas classificadas como ZOE – Zona de Ocupação Especial devem necessariamente ser objeto de PIU – Projetos de Intervenção Urbana, contemplando a definição de parâmetros específicos de parcelamento, uso e ocupação do solo adequados às suas especificidades.
O PIU é um instrumento urbanístico implementado pelo PDE, que tem por finalidade reunir e articular os estudos técnicos, objetivando promover o ordenamento e a reestruturação urbana em áreas subutilizadas e com potencial de transformação, tendo sua regulamentação estabelecida pelo Decreto n° 56.901/2016.
De acordo com o Art. 4º decreto referido, o PIU deve ser composto por proposta de ordenamento urbanístico, modelagem econômica e modelo de gestão democrática de sua implantação, abrangendo instrumentos de avaliação dos impactos da transformação urbanística pretendida sobre o desenvolvimento econômico e social da área de estudo.
Os Planos Regionais são elementos de planejamento complementares ao PDE e à LPUOS, compostos por diretrizes e propostas para cada Subprefeitura do Município, contendo propostas para a Rede de Estruturação Local, a fim de articular políticas setoriais no território.
A Rede de Estruturação Local é composta por Perímetros de Ação, que são porções do território com demandas e ações setoriais que necessitam de projetos coordenados de intervenção urbana.
Nesse sentido, buscam instrumentalizar o poder público e sua relação com a sociedade nas tomadas de decisão e definições de prioridades de acordo com o Programa de Metas vigente, com os ciclos orçamentários e por meio de processos participativos contendo propostas essencialmente orientadas à intervenção urbana intersetorial, ao projeto, com o grande desafio de relacionar grandes planos municipais com questões locais específicas.
A Lei nº 17.099, de 27 de junho de 2019 veio, posteriormente, disciplinar a concessão Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, a ser realizada no âmbito do Governo do Estado, reforçando a obrigatoriedade de elaboração do PIU correspondente para a definição dos parâmetros de uso e ocupação do solo do complexo, inserido em zona de uso ZOE.
O PIU Ginásio do Ibirapuera terá assegurada a gestão participativa em todas as etapas, desde seu desenvolvimento até sua implementação, conforme preconiza a Constituição Federal e o Estatuto da Cidade. Conforme a regulamentação do Decreto nº 56.901/2016, está prevista a realização de duas consultas públicas, sendo a primeira constituída pelos elementos prévios ao desenvolvimento do PIU e a segunda constituída pelas propostas de parâmetros e intervenções eventualmente contidas no PIU.
A Constituição Federal determina expressamente a gestão participativa ou democrática em diversos campos. A gestão democrática é diretriz de política urbana prevista no Estatuto da Cidade, sendo este modelo de governança essencial na ordem jurídica urbanística.
A gestão democrática das cidades positivada no Estatuto da Cidade promove a participação dos interessados em todos os processos decisórios de caráter relevante na política de desenvolvimento urbano do município, mas não tem o condão de substituir o dever de decidir e conduzir processos da Administração Pública. Falamos, ainda, em “participação de interessados” ao invés de participação popular: a uma porque usar a expressão “participação popular” esconde o real espectro de agentes que comparecem à arena pública no processo de gestão democrática das cidades (população, grupos de pressão, empresários, entidades de classe etc.); a duas, porque “participação de interessados” revela um outro aspecto deste procedimento, negligenciado pela maioria da doutrina: é preciso dar voz aos que efetivamente não participam. É usual que entidades organizadas assumam o controle de processos de gestão democrática, elidindo a participação de particulares que se apresentem fora destes grupos – é necessário que a Administração Pública pondere esta realidade, e que tome suas decisões, no papel de mediadora dos conflitos pelo espaço urbano, de forma isonômica e razoável.
O texto da Lei 10.257/2001, no já estudado art. 2º, relaciona a gestão democrática à participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. Isso delimita perfeitamente o instituto em termos de direito urbanístico, especialmente porque o Capítulo IV trata de veicular as maneiras pelas quais esta participação dos interessados se dará, denominando-os “instrumentos”. A lei fala de órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal; debates, audiências e consultas públicas; conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal e iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.
Audiências e consultas públicas são instrumentos de gestão democrática previstos na Lei de Processo Administrativo Federal (Lei 9.784/1999), nos arts. 32 e 31, respectivamente. A audiência pública se materializa por intermédio de debates orais em sessões previamente designadas para tanto, com ou sem a realização de apresentações pelo Poder Público ou interessados. Seu traço marcante é a oralidade, embora deva ser permitido o protocolo de requerimentos por interessados (tais protocolos devem ser noticiados pela mesa condutora dos trabalhos). Nem todas as questões levantadas em audiência pública devem ser respondidas imediatamente – é possível por exemplo, posteriormente publicarem-se as respostas em diário oficial –, mas todas as matérias aventadas devem ser consideradas no processo decisório da Administração Pública.
A consulta pública, por seu turno, tem caráter mais formal, e exige protocolo ou anotações de manifestações públicas de interessados por meio previamente estabelecidos – protocolos, formulários disponibilizados na rede mundial de computadores etc. A consulta pública não ocorre num evento, mas num processo aberto de participação de interessados sobre determinado tema em debate.
Os conselhos de desenvolvimento urbano podem ter diversas conformações e funções, a depender da legislação municipal e da amplitude do tema que aborda – se todo o planejamento municipal (normalmente este conselho é denominado “Conselho Municipal de Política Urbana”, ou “Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano”), se somente transportes, patrimônio histórico etc. O que é certo é que integram a estrutura do Poder Público, contam com representantes da sociedade civil e de instituições da área do urbanismo afetas às atividades do conselho, em composição que pode ser ou não paritária com os representantes da Administração Pública, sendo certo que geralmente os representantes da população são escolhidos mediante sufrágio secreto entre a população interessada.
Os conselhos, em regra, terão poderes consultivos – como já afirmado, pertencem ao processo de busca da consensualidade promovido pela Administração Pública no ambiente da gestão democrática. Isso significa, por outro lado, que suas opiniões e indicações deverão sempre ser consideradas pela Administração Pública, que fundamentará suas decisões considerando estes elementos.
O inc. I do art. 43, ainda, determina que haverá órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal. Esta estrutura hoje é representada pelo Conselho das Cidades do Ministério das Cidades, criado pelo Decreto n. 5.790/2006, pelos conselhos estaduais das cidades e pelos conselhos municipais das cidades. Tais conselhos têm por finalidade estudar e propor as diretrizes para a formulação e implementação da Política de Desenvolvimento Urbano, bem como acompanhar e avaliar a sua execução, cada qual em seu nível de atuação. Suas deliberações são alimentadas por informações e demandas advindas, dentre outras fontes, das conferências sobre assuntos de interesse urbano, também realizadas nos níveis nacional, estadual e municipal.
O art. 29 da Constituição Federal estabelece que o município, em sua lei orgânica, deverá contemplar a possibilidade de iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado (inc. XIII). Este instrumento de soberania popular, nos termos do art. 14 da Constituição Federal, pode ter importância na conformação do sistema de planejamento urbanístico do município em razão do grande número de disposições do Estatuto da Cidade que preveem a edição de lei para sua efetiva eficácia (como exemplo, art. 5º; art. 25, § 1º; art. 30 etc.). Não se deve esquecer, todavia, que mesmo as leis de iniciativa popular não prescindem de atender ao processo de gestão democrática na elaboração das leis urbanísticas, e devem estar adequadas ao plano diretor municipal, em razão do Princípio da Reserva de Plano. Ainda no tocante à democracia direta, é importante destacar que o inciso V do art. 43, vetado pelo Executivo, trazia a previsão de inserção dos instrumentos do plebiscito e do referendo como de gestão democrática das cidades. Tal veto, evidentemente, não impede que tais sejam utilizados no processo de elaboração de legislação urbanística pelos municípios.
Uma moderna modalidade de controle da Administração Pública é o denominado controle social. Segundo MEDAUAR1, “parece adequado inserir, no âmbito do controle social, atuações de cidadão, isolado ou mediante associações, referentes a decisões já tomadas e a decisões em vias de adoção, com o intuito de verificar ou provocar a verificação da sua legalidade, moralidade, impessoalidade, economicidade, conveniência, oportunidade etc. Os mecanismos de controle social permitem, por si, que a Administração corrija ou evite inadequações nos seus atos ou omissões, e também suscitam atuações dos órgãos de controle”.[1]
No que toca à política de desenvolvimento urbano, o controle social é realizado basicamente por dois métodos: (a) o oferecimento de representações a órgãos de controle interno e externo da Administração Pública e no ajuizamento de ações pertinentes ao tema e (b) pela participação dos cidadãos e entidades no processo de elaboração dos estudos e projetos que redundarão nas leis urbanísticas e dos planos e projetos urbanos, bem como no acompanhamento da implantação de tais planos e projetos.
Desta forma, a par da participação construtiva de consensos nos processos decisórios da Administração Pública, também integra a gestão democrática a atuação dos interessados provocando o controle interno e externo dos atos do Poder Público, de modo a tentar obrigar a correção de decisões já adotadas ou em fase de construção. Esta realidade é tanto mais presente quanto menor o diálogo estabelecido entre a Administração Pública e a sociedade – a consensualidade tende a diminuir a litigiosidade e, portanto, o acionamento dos órgãos de controle.
A várzea do Ibirapuera, onde se insere o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz, era uma área charcosa e alagadiça em bacia de fundo de vale formada pelos córregos Sapateiro, Caguaçú e Uberaba, ocupada por pastos e favelas, a qual foi incorporada ao patrimônio municipal em 1916. Esses terrenos devolutos situados na Várzea do Ibirapuera se constituíram em parque público pelo Decreto Estadual nº 2.669 de 17/05/1916.
No bojo do IV Centenário da Cidade de São Paulo, momento em que a cidade ensejava demonstrar traços de modernização ao mundo, a região do Ibirapuera foi escolhida para aportar os projetos mais ambiciosos, envolvendo a urbanização da área, como também a construção de diversos equipamentos.
Nesse contexto, deu-se início à construção do Complexo Constâncio Vaz Guimarães, cujo nome homenageia um dos mais respeitados homens do esporte nacional, advogado, decatleta e profundo conhecedor do atletismo, que, entre outros feitos, foi nomeado presidente da delegação Olímpica nos jogos de Berlim, em 1936.
Em 1952, o projeto do Ginásio Geraldo José de Almeida, popularmente conhecido como Ginásio do Ibirapuera – concebido com base em padrões internacionais – foi elaborado pelo arquiteto Ícaro de Castro Melo e antecedeu a construção efetiva do Parque do Ibirapuera, vindo a ser concluído em 1957, juntamente com suas quadras anexas.
Originalmente, o Ginásio do Ibirapuera possuía capacidade para até 20.000 pessoas, porém, após recente obra de readequação às normas de ergonomia, segurança e acessibilidade (2010-2011), sua capacidade sofreu redução para 11.000 pessoas.
Posteriormente, em 1958, a pedido do Centro Acadêmico Ruy Barbosa, o governador Jânio Quadros ordenou que as quadras de vôlei localizadas entre a piscina e o ginásio fossem cobertas, com o intuito de abrigar as aulas do curso de Educação Física da Universidade de São Paulo.
Em 1968, enquanto as obras do velódromo estavam em andamento, foi concluído o segundo bloco – Complexo Aquático Caio Pompeu. Neste mesmo ano, realizou-se a inauguração oficial do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães.
Apenas em 1974, o terceiro bloco que compreendia o estádio Ícaro de Castro Mello – também projetado pelo arquiteto Ícaro de Castro Mello foi concluído. Por fim, o último bloco a ser edificado foi o Ginásio Mauro Pinheiro, finalizado em 1982.
Ao longo dos anos o Complexo ganhou notoriedade no campo esportivo, tornando-se referência no treinamento de confederações e atletas olímpicos, além de ter sediado variados eventos esportivos e culturais desde sua inauguração.
Em 1963, ano em que os jogos Pan-americanos foram sediados na cidade de São Paulo, muitas competições ocorreram no Ginásio do Ibirapuera, a exemplo das competições de basquete, um dos esportes de maior importância do país à época.
Além dos jogos Pan-americanos, outros grandes eventos foram sediados no local como: o Mundial de Baquete Feminino de 1971, lutas de boxe com Muhammad Ali (1971), final da Liga Mundial Masculina de 1993, Mundial de Vôlei Feminino de 1994, show dos Rolling Stones e Bob Dylan (1998), Mundial de Handebol Feminino de 2011, campeonato de UFC (2013), show de André Rieu (2012), Gilette Federer Tour (2012), League of Legends (2016), entre outros.
Atualmente o Complexo vivencia o declínio das atividades relacionadas ao programa esportivo, em grande parte, em razão da insuficiência de investimentos na atualização e modernização das infraestruturas existentes, o que reflete, por fim, em maiores dificuldades na gestão do equipamento.
Como atividade acessória, o Complexo recepciona atrações diversas, tendo sido palco de grandes shows, campeonatos, eventos educacionais e culturais variados. Vale ressaltar que a alta demanda deste mercado face às restrições e deficiências apresentadas pelas instalações e espaços físicos existentes decorre na exclusão da cidade de São Paulo da escala de programação de diversos eventos e turnês mundiais que visam espaços modernos, que garantam a oferta de equipamentos de tecnologia adequada e níveis de desempenho satisfatórios do ponto de vista termoacústico, da acessibilidade, do desenho universal, da tecnologia da informação, dentre outros, que ofertem flexibilidade e facilidades operacionais e estruturais para a produção de eventos de padrão internacional de diversos tipos e tamanhos.
A ZOE Ginásio do Ibirapuera engloba parte da Quadra 138 do Setor Fiscal 036, com área real, aferida através de levantamento perimetral por profissional habilitado, de 91.861,34m².
Por meio de Escritura de Cessão e Transferência lavrada no 5º Tabelião da Capital em 07/06/1944 no 5º Tabelião da Capital, e objeto da Transcrição nº 35.293 do 1º Registro de Imóveis (RI), o Governo do Estado de São Paulo transferiu ao Município área de 248.240,00m², destacado de área maior de 1.457.711,00m², adquirida do Banco Real de Crédito do Estado de São Paulo em 1905, conforme Transcrição nº 40.140 do 1º RI. Abaixo segue transcrição de Relatório desenvolvido pela Procuradoria Geral do Estado, Procuradoria do Patrimônio, Volume II da Pasta Especial “PE 998”.
O terreno onde foi implantado Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães tem origem na área denominada ‘antiga Invernada dos Bombeiros’, com 1.457.711,00m², adquirida pela Fazenda do Estado do Banco de Crédito Real do Estado de São Paulo em 07 de janeiro de 1905 pelas notas do 6º Tabelionato de Notas da Capital e transcrita sob o nº 40.410 pelo 1º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo.
PE 998, vol. II, p. 28, certidões às fls.18 e 204/205
Autorizado pelo Decreto-lei 13.291/43, o Estado cedeu e transferiu ao Município o domínio de uma parte da área maior acima mencionada, com 256.650,00m²
Escritura de cessão e transferência de 07 de junho de 1944, lavrada nas notas do 5º Tabelionato da Capital e transcrita sob o nº 35.293, no 1º Oficial de Registro de Imóveis da Capital, cf1. fls. 288/293, vol II PE 998).
No artigo 2º, do mesmo Decreto-lei consta reserva de área para ‘instalação escolar e esportiva da Diretoria de Esportes’, com 105.304m²
PE 998, vol. II, p. 1912
A Lei 17.099, de 27 de junho de 2019, considerou, para o Complexo Constâncio Vaz Guimarães, a área indicada no ato normativo e reproduzida na escritura de alienação lavrada com o Município.
Sabe-se, no entanto, que foram promovidas supressões de área em razão da implantação de viário pelo Município, em extensão de 8.634,00m². Ao que tudo indica, também teria havido ocupação de 2.363,00m² pelo Exército.
Essas intervenções ensejaram redução da área originalmente reservada ao Complexo Constâncio Vaz Guimarães, inferior aos 105.304,00m² que originalmente lhe teriam sido destinados.
Não há, contudo, descrição perimétrica da área originalmente destinada, sendo que da porção atualmente ocupada consta o memorial descritivo copiado dos autos do processo PGE 28579/67” (FLS. 306/307, vol II, PE 998).
Chancelando este raciocínio, foi expedido em 14 de abril de 2003 pelo Departamento Patrimonial da Procuradoria Geral do Município Certidão que atesta a reserva de área destinada ao Estado correspondente a 91.870,00m², parte de área maior de 248.240,00m²
A ZOE Ginásio do Ibirapuera, igualmente compreendida pela área do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, é integralmente constituída por lote institucional do Município de São Paulo, cedido ao Estado para implantação de equipamento esportivo.
A ZOE Ginásio do Ibirapuera engloba parte da Quadra 138 do Setor Fiscal 036, com área real de 91.861,34m² (aferida através de levantamento perimetral), ocupada pelo Complexo Constâncio Vaz Guimarães, composto por: dois ginásios poliesportivos – Geraldo José de Almeida e Mauro Pinheiro, um estádio – Ícaro de Castro Melo, um Com-plexo aquático – Caio Pompeu de Toledo e um Palácio do Judô.
Os parâmetros de ocupação atuais estão sintetizados a seguir:
A estrutura do Complexo compreende um alojamento para aproximadamente 340 pessoas, 03 auditórios para 300 pessoas, 03 salas de condicionamento físico, sala de arco e flecha, 01 pequena pista de corrida, parque para recreação, 03 quadras oficiais de tênis, 02 quadras poliesportivas descobertas e estacionamento para 550 veículos. Nele também funciona o programa olímpico Projeto Centro de Excelência, que, desde sua criação em 1984, atende atletas oriundos de todo Estado em regime de internato e atendimento integral nas modalidades de judô, atletismo, natação e voleibol.
Diante dessa vasta infraestrutura, é considerado um dos principais equipamentos para a prática de esportes de alto rendimento e atividades culturais da cidade de São Paulo. No entanto, suas instalações sofrem com a falta de atualização tecnológica, o que vem reduzindo progressivamente o número de usuários.
O Ginásio do Ibirapuera, desde sua inauguração, tem sediado eventos de grande porte, sobretudo jogos esportivos e espetáculos musicais como o Mundial Handebol Feminino (2011), UFC (2013), concerto de André Rieu (2012 e 2014), torneio de tênis Gillete Federer Tour (2012), League of Legends (2016), entre outros. Porém, desde então, tem apresentado algumas carências nas suas instalações. Faltam dispositivos como ar condicionado e telões, por exemplo.
De acordo com laudo feito pela Avanza Engenharia, cuja finalidade foi avaliar as patologias na estrutura do ginásio, embora o edifício não apresente nenhuma patologia visível em suas estruturas internas (bem conservadas desde a reforma realizada em 2011), suas áreas externas apresentam uma série de problemas como infiltrações de água, trincas, fissuras, entre outros.
Vale considerar que após a reforma em 2011, o Ginásio do Ibirapuera reduziu drasticamente sua capacidade de público, passando de aproximadamente 20.000 a 10.0000 lugares.
Diante desse cenário de obsolescência e desuso, o Ginásio tem encontrado dificuldade de se manter no circuito internacional de eventos esportivos e culturais de grande porte.
Situada nas proximidades do Parque do Ibirapuera, a área do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães é delimitada pelas Ruas Manoel da Nóbrega, Abílio Soares, Castro de Melo e Av. Marechal Estênio Albuquerque de Lima, na Capital do Estado de São Paulo, encerrando área de 91.870,00m² (PGM-SJ)3 / 91,861,34m² (R), e trata-se de bem de domínio público municipal, cedido ao Governo do Estado para instalação esportiva, o que foi atendido mediante sua implantação.
Para fins de entendimento da articulação do Complexo Desportivo com o a cidade, foi considerada a área de abrangência com raio de 1,00 Km a partir do Complexo para avaliação de temas setoriais, visto configurar-se como área de influência a ser avaliada a partir da implantação futura da intervenção.
O Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães está localizado no distrito de Moema da subprefeitura de Vila Mariana, a qual integra a Macrorregião Sul 1 do município de São Paulo, juntamente com Jabaquara e Ipiranga. Limita-se ao norte pela a Subprefeitura da Sé, a leste com a Subprefeitura do Ipiranga, ao Sul com a Subprefeitura do Jabaquara e Santo Amaro, e, a Oeste com a Subprefeitura Pinheiros. Parte da área do entorno imediato analisado é contígua ao distrito Jardim Paulista, situado na subprefeitura Pinheiros.
De acordo com o PDE, o Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães está inserido no Vetor de Urbanização Sudeste, na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, Macroárea de Urbanização Consolidada ─ MUC, caracterizada por um padrão elevado de urbanização, forte saturação viária, elevada concentração de empregos e serviços, e formada pelas zonas exclusivamente residenciais e por bairros predominantemente residenciais que sofreram um forte processo de transformação, verticalização e atração de usos não residenciais, sobretudo serviços e comércio.
Sob a vigência da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS, Lei nº 16.402/2016, área objeto da Concessão é definida como zona de uso ZOE – Zona de Ocupação Especial, conhecida como porções do território destinadas a abrigar atividades tais como aeroportos, centros de convenção, grandes áreas de lazer, recreação e esportes, que, por suas características únicas, necessitam disciplina especial de uso e ocupação do solo.
Nos termos do §1º de Artigo 15 do PDE, as zonas de uso ZOE devem ser objeto de PIU – Projetos de Intervenção Urbana, contemplando a definição de parâmetros específicos de parcelamento, uso e ocupação do solo adequados a suas especificidades.
De acordo com a Lei Municipal nº 16.402/2016, que normatiza sobre os usos e parcelamento do solo urbano, além da ZOE, o entorno da área em análise (área de abrangência) está enquadrado em sete diferentes zonas de uso, abaixo relacionadas a partir da proximidade fronteiriça com a ZOE em questão:
A ZOE Ginásio do Ibirapuera está contida no Perímetro de Ação – Bairro Universitário Cultural (ID 279) do PRS Vila Mariana, que caracteriza a área da seguinte forma:
Muitos dos equipamentos e os córregos (canalizados), existentes na área, representam a importância histórica da região no desenvolvimento e processo de urbanização da cidade. A canalização dos córregos provocou áreas de enchentes, especialmente no entorno do Parque Ibirapuera. O fluxo de pedestres na região é intenso, porém os equipamentos da área não estão integrados e muitas vias constituem-se como barreiras para pedestres e ciclistas. Além disso, a região possui um potencial turístico-ambiental que pode ser valorizado e explora-do.”
4. Fonte: Caderno de Proposta dos Planos Regionais das Subprefeituras – PMSP. Mapa Digital da Cidade, 2004
São objetivos elencados no Caderno de Propostas dos Planos Regionais da Subprefeitura da Vila Mariana, dentre outros:
A seguir destacamos as diretrizes deste documento, aplicáveis à ID 279 | Bairro Universitário Cultural que explicitam os temas sinérgicos com o PIU Ginásio do Ibirapuera, incorporado em seu Programa de Interesse Público:
As diretrizes e objetivos expressos no PRS Vila Mariana, tais como os objetivos e diretrizes elencados pelo PDE e LPUOS, serão importantes insumos para o respaldo das diretrizes futuras do Projeto de Intervenção Urbana do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães - PIU Ginásio do Ibirapuera que deverá assegurar, em seus princípios, a compatibilidade com a política de desenvolvimento urbano municipal.
O Complexo está localizado em região privilegiada, próximo a importantes equipamentos públicos, como o 8º Batalhão de Polícia do Exército e Assembleia Legislativa do Estado de SP, equipamentos educacionais e culturais da cidade, tais como Sesc Vila Mariana, Sesc Paulista, Itaú Cultural, MASP, Centro Cultural de São Paulo, MAC USP, além também de parques urbanos como Parque do Ibirapuera (PQ_VM_01), Parque Trianon (PQ_PI_03) e Parque da Aclimação (PQ_SE_04).
Ao considerarmos o cenário de espaços de eventos e centros de entretenimento existentes, observa-se que há grande disponibilidade e diversidade de equipamentos capazes de sediar eventos esportivos e culturais de pequeno e grande porte no município de São Paulo
Apresenta-se um número expressivo de espaços cobertos que suportam menos que 2 mil pessoas, dentre eles, o Cine Jóia, TeatroNet e a Casa Natura Musical. Já com relação aos espaços cobertos com a capacidade de 2 mil a 8 mil pessoas, encontramos o Espaço das Américas, o Credicard Hall, o Tom Brasil, entre outros. Aqueles de maior capacidade, superior a 20 mil pessoas, compreendem estádios, como também a Arena Anhembi, o Autódromo de Interlagos, entre outros, em sua maioria descobertos e com limitações acústicas, e sobretudo, de dispersão do grande público. Especificamente acerca de equipamentos qualificados, como arenas multiuso cobertas, com capacidade de 8 a 20 mil pessoas, são quase inexistentes na cidade, sendo somente a Arena Allianz capaz de atender à esta demanda.
Espera-se que, a partir da oferta desse tipo de equipamento – uma arena multiuso coberta com a capacidade de comportar 20.000 pessoas e capaz de sediar uma gama diversa de eventos, desde aqueles esportivos até shows e eventos culturais e de lazer, além de outras áreas disponíveis no complexo, possa-se atrair e abranger a população paulistana, compreendendo seus diversos públicos.
Ademais, nas suas imediações localiza-se um dos mais importantes polos financeiros e comerciais da América Latina, a Avenida Paulista, que abriga diversas organizações, além de redes de hotelaria e gastronomia, entretenimento e cultura.
Conforme dados do Observatório de Indicadores da Cidade de São Paulo , no contexto da Macrorregião Sul 1, composta pelas Subprefeituras Vila Mariana, Jabaquara e Ipiranga, a Subprefeitura de Vila Mariana ocupa área total de 26.985.557,95m² e abriga uma população de 294.946 habitantes (2018), sendo o distrito de Moema, onde se insere a área em estudo, o menos populoso, comportando 88.515 habitantes.
Fonte: SEADE / Observa Sampa. Elaboração: LEVISKY, 2020
Projeções populacionais disponibilizadas pela Prefeitura6 apontam que o município de São Paulo alcançará cerca de 12.757.203 habitantes até 2040, ou seja, em 30 anos, have-rá incremento anual médio de 0,44% na população. Especificamente, na subprefeitura Vila Mariana, neste mesmo período, prevê-se um acréscimo anual médio de 0,46% na população, sendo este valor bem próximo ao registrado pelo município. Seus distritos, com exceção de Vila Mariana, apresentam curva ascendente de crescimento no referido período.
Em contrapartida, a subprefeitura de Pinheiros indica taxa de crescimento populacional relativamente baixa, cerca de 0,11%, sendo que 3 dos seus 4 distritos apresentam projeções negativas.
Os distritos de Saúde, Itaim Bibi e Moema destacam-se pelas projeções de crescimento populacional mais acentuadas em relação aos demais distritos.
Fonte: Prefeitura de São Paulo. Elaboração: LEVISKY, 2020
As densidades populacionais do Complexo e seu entorno são heterogêneas, sendo que, principalmente no sentido noroeste, na medida em que se aproxima da Avenida Paulista, vê-se um maior adensamento populacional, expresso também pela maior verticalidade. Já, no sentido inverso, nas áreas para além do Complexo Desportivo e onde incidem os bairros-jardim, observa-se um adensamento populacional considerado baixo. Isso ocorre, sobretudo, devido aos parâmetros mais restritivos relativos à transformação e adensamento que ordenam essas áreas.
A densidade demográfica da subprefeitura Vila Mariana corresponde na média a 130,05 hab/ha. Já no território localizado entre o Complexo e a Av. Paulista ela é alta atingindo a média de 350 hab/ha.
Unidades Territoriais | Domicílios | População | Pess/Dom. |
---|---|---|---|
Município de São Paulo | 3 574 286 | 11 253 503 | 3.15 |
Alto de Pinheiros (Distrito) | 15 408 | 43 117 | 2.8 |
Itaim Bibi (Distrito) | 39 230 | 92 570 | 2.36 |
Jardim Paulista (Distrito) | 39 701 | 88 692 | 2.23 |
Pinheiros (Distrito) | 27 083 | 65 364 | 2.41 |
Moema (Distrito) | 34 821 | 83 368 | 2.39 |
Saúde (Distrito) | 49 278 | 130 780 | 2.65 |
Vila Mariana (Distrito) | 51 822 | 130 484 | 2.52 |
Esses dados analisados conjuntamente com a Lei de zoneamento (LPUOS), que veremos a seguir, revelam nas proximidades dos bairros jardim padrões correspondentes à uma ocupação predominante de perfil residencial unifamiliar de alta renda com acesso a serviços e infraestrutura. No entanto nas imediações da área do Complexo, as densidades demográficas vão gradativamente aumentando de média para alta, conforme aproxima-se da região da Av. Paulista.
De acordo com registros disponibilizados pela prefeitura, a subprefeitura de Vila Mariana possui acesso, quase em sua totalidade, à rede de coleta de esgoto, com níveis muito acima da taxa registrada pelo município. O distrito de Moema, onde se situa a área de estudo, conta com 100% dos domicílios ligados à essa rede.
Unidades Territoriais | Total de Domicílios | Ligado à Rede | Não ligado |
---|---|---|---|
Município de São Paulo | 3.570.406 | 3.285.168 | 285.238 |
Moema (Distrito) | 34.810 | 34.810 | 0 |
Saúde (Distrito) | 49.272 | 48.956 | 317 |
Vila Mariana (Distrito) | 51.882 | 51.827 | 55 |
Todos os distritos em estudo têm acesso à rede elétrica, sendo Jardim Paulista o distrito com maior quantidade de domicílios que a recebem através de fontes diferentes da companhia distribuidora.
Unidades territoriais | Total de domicílios (*) | Sim, de companhia distribuidora | Sim, de outras fontes | Não existe energia elétrica |
---|---|---|---|---|
Município de São Paulo | 3.573.509 | 3.529.714 | 42.502 | 1.293 |
Vila Mariana (Subpref.) | 135.984 | 135.923 | 62 | 0 |
Moema (Distrito) | 34.810 | 34.810 | 0 | 0 |
Saúde (Distrito) | 49.272 | 49.231 | 41 | 0 |
Vila Mariana (Distrito) | 51.901 | 51.881 | 20 | 0 |
O levantamento da Taxa de Analfabetismo revela que as subprefeituras Vila Mariana apresenta baixas taxas de analfabetismo (0,6% e 0,4% respectivamente), estando muito abaixo da taxa do próprio município (3,2). Vale destacar, que Moema, onde está inserido o Complexo, é o distrito que apresenta menor taxa de analfabetismo no município de São Paulo (0,2%).
Unidades Territoriais | Total (2010) | Analfabetos (2010) | Taxa de analfabetismo (2010) |
---|---|---|---|
MSP | 8.916.518 | 281.847 | 3,2 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 302.935 | 1.804 | 0,6 |
Moema (Distrito) | 73.087 | 159 | 0,2 |
Saúde (Distrito) | 114.234 | 843 | 0,7 |
Vila Mariana (Distrito) | 115.614 | 802 | 0,7 |
Fonte: IBGE. Elaboração: LEVISKY, 2020.
Dados mais atualizados (2017) relativos à educação nas subprefeituras em análise indicam alto grau de desenvolvimento, visto que 54,81% da população de Vila Mariana completaram o Ensino Superior, contra 17,61% do município de São Paulo. Considerando que o nível de qualificação tende a influenciar o valor dos salários pagos e que a qualidade da infraestrutura urbana tende a aumentar o valor da terra, pode-se inferir que as áreas com maior número de pessoas com nível Superior Completo coincidem com as áreas onde há rendas mais elevadas.
Unidades Territoriais | Total | Não Alfabetizado/ Fundamental I Incompleto | Fundamental I Completo/ Fundamental II Incompleto | Fundamental II Completo/ Médio In-completo | Médio Completo/ Superior Incompleto | Superior Completo |
---|---|---|---|---|---|---|
Município de São Paulo | 11.739.241 | 2.392.475 | 1.673.061 | 1.689.828 | 3.916.719 | 2.067.158 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 354.079 | 41.080 | 19.151 | 21.797 | 77.967 | 194.085 |
Moema (Distrito) | 88.407 | 9.876 | 3.319 | 3.405 | 19.054 | 52.752 |
Saúde (Distrito) | 133.683 | 18.195 | 10.186 | 10.751 | 29.433 | 65.117 |
Vila Mariana (Distrito) | 131.989 | 13.008 | 5.646 | 7.641 | 29.479 | 76.216 |
Fonte: IBGE. Elaboração: LEVISKY, 2020
Ao lado de tradicionais bairros de baixa densidade exclusivamente residenciais, apresenta grande diversificação de atividades, concentrando investimentos relacionados principalmente ao setor terciário, ao setor cultural, equipamentos públicos de saúde e lazer em âmbito regional.
O setor terciário, somado ao setor da construção civil, responde por 92% dos empregos formais gerados na região. A maior concentração desse percentual corresponde à atividade de serviços, com 67% dos empregos gerados, sendo que os serviços técnico-administrativos constituem a principal atividade, seguido pelos serviços de saúde, alojamento e alimentação e comércio varejista, respectivamente.
Os distritos Moema, Vila Mariana e Saúde apresentam níveis médio e alto de atividade econômica, de maneira que, no Complexo, se torna a quarta subprefeitura mais dinâmica do município, respondendo por cerca de 8,2% dos postos formais de trabalho do município, com cerca de 360 mil empregos. Dentre as subprefeituras paulistanas, a subprefeitura Vila Mariana possui o segundo mais elevado padrão de renda. Com apenas 3% da população da cidade, detém mais de 10% dos rendimentos auferidos, sendo que o rendimento domiciliar médio “per capita” é superior a R$ 4 mil mensais (2010).
Unidades Territoriais | Comércio | Serviços | Indústria de Transformação | Construção civil | ||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estab. | Empre. | Estab. | Empre. | Estab. | Empre. | Estab. | Empre. | |
Município de São Paulo | 96.484 | 885.789 | 136.756 | 2.543.845 | 25.208 | 430.668 | 9.508 | 237.493 |
Pinheiros (Subprefeitura) | 7.110 | 88.384 | 22.548 | 452.894 | 1.496 | 35.384 | 778 | 45.293 |
Itaim Bibi (Distrito) | 2.887 | 44.282 | 10.082 | 230.754 | 604 | 19.189 | 406 | 28.535 |
Jardim Paulista (Distrito) | 1.634 | 17.409 | 5.952 | 125.688 | 291 | 3.986 | 120 | 4.632 |
Pinheiros (Distrito) | 2.131 | 21.679 | 5.498 | 81.637 | 499 | 9.462 | 202 | 9.239 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 4.889 | 54.096 | 14.011 | 241.051 | 975 | 16.845 | 526 | 18.334 |
Moema (Distrito) | 1.772 | 20.173 | 4.488 | 58.946 | 362 | 6.490 | 131 | 4.248 |
Saúde (Distrito) | 1.372 | 13.891 | 3.373 | 57.465 | 321 | 6.064 | 197 | 5.057 |
Vila Mariana (Distrito) | 1.745 | 20.032 | 6.150 | 124.640 | 292 | 4.291 | 198 | 9.029 |
Fonte: Ministério do Trabalho em Emprego, Rais, Elaboração: LEVISKY, 2020.
Fonte: Ministério do Trabalho em Emprego, Rais, Elaboração: LEVISKY, 2020.
Segundo dados do Observa Sampa, a subprefeitura de Vila Mariana apresentara, em 2016, taxa de empregos formais de 0,42% e 1,49%, respectivamente.
A proporção de empregos formais de economia criativa8 em relação aos empregos formais do município é de 6,27 na Subprefeitura Vila Mariana. Especialmente no distrito de Moema, nesse mesmo período, foram registrados 13.656 estabelecimentos formais de economia criativa.
Unidade Territorial | Até 1/2 | 1/2 a 1 | 1 a 2 | 2 a 5 | 5 a 10 | 10 a 20 | Mais de 20 | Sem Rendimento |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Município de São Paulo | 20.129 | 255.166 | 588.778 | 1.212.485 | 714.900 | 380.801 | 224.798 | 202.016 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 445 | 1.754 | 4.822 | 18.788 | 28.926 | 35.298 | 37.438 | 7.045 |
Fonte: IBGE. Elaboração: LEVISKY, 2020.
Em conformidade com os dados expostos acima, a vulnerabilidade social no entorno imediato do Complexo é muito baixa e baixíssima (aproximadamente de 0,94).
No geral, os distritos em análise apresentam valores moderados de domicílios em favelas se comparados aos de outras regiões da cidade, de modo que, juntos representam 0,34% do total do município. Em Alto de Pinheiros, Jardim Paulista e Moema, os domicílios em favelas são inexistentes.
Unidades Territoriais | 2010 | 2017 |
---|---|---|
Município de São Paulo | 386.483 | 391.043 |
Pinheiros (Subprefeitura) | 307 | 347 |
Itaim Bibi (Distrito) | 285 | 325 |
Jardim Paulista (Distrito) | - | 0 |
Pinheiros (Distrito) | 22 | 22 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 926 | 977 |
Moema (Distrito) | - | 0 |
Saúde (Distrito) | 492 | 503 |
Vila Mariana (Distrito) | 434 | 474 |
Fonte: SEHAB/HABITAsampa. Elaboração: LEVISKY, 2020.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)9 é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde, ou seja, é uma medida que pretende indicar de maneira geral e sintética, a perspectiva sobre o desenvolvimento humano.
A aplicação dessa metodologia na escala municipal recebe o nome de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) e é calculado através dos mesmos indicadores do IDH que passam por uma revisão metodológica adaptada à realidade das cidades brasileiras.
Em 2010, as subprefeituras de Vila Mariana e Pinheiros registraram IDH-M igual a 0,94. Além de apresentarem valores acima do índice apontado pelo município de São Paulo (0,80), vale destacar que também são aquelas que detêm os maiores valores dentre todas as subprefeituras, conforme tabela abaixo.
Subprefeituras | IDH-M - 2000 | IDH-M 2010 | IDH=M Variação % |
---|---|---|---|
Pinheiros | 0,910 | 0,942 | 3,52 |
Vila Mariana | 0,897 | 0,938 | 4,57 |
Santo Amaro | 0,867 | 0,909 | 4,84 |
Lapa | 0,849 | 0,906 | 6,71 |
Sé | 0,831 | 0,889 | 6,98 |
Mooca | 0,811 | 0,869 | 7,15 |
Santana/Tucuruvi | 0,811 | 0,869 | 7,15 |
Butantã | 0,789 | 0,859 | 8,87 |
Ipiranga | 0,759 | 0,824 | 8,56 |
Aricanduva/Vila Formosa | 0,762 | 0,822 | 7,87 |
Jabaquara | 0,756 | 0,816 | 7,94 |
Penha | 0,745 | 0,804 | 7,92 |
Casa Verde | 0,732 | 0,799 | 9,15 |
Vila Maria/Vila Guilherme | 0,733 | 0,793 | 8,19 |
Pirituba/Jaraguá | 0,718 | 0,787 | 9,61 |
Vila Prudente | 0,723 | 0,785 | 8,58 |
Campo Limpo | 0,699 | 0,783 | 12,02 |
Ermelino Matarazzo | 0,707 | 0,777 | 9,9 |
Jaçanã/Tremembé | 0,716 | 0,768 | 7,26 |
Freguesia do Ó/Brasilândia | 0,677 | 0,762 | 12,56 |
Itaquera | 0,691 | 0,758 | 9,7 |
Cidade Ademar | 0,662 | 0,758 | 14,5 |
Capela do Socorro | 0,656 | 0,750 | 14,33 |
São Miguel Paulista | 0,650 | 0,736 | 13,23 |
São Mateus | 0,658 | 0,732 | 11,25 |
Perus | 0,637 | 0,731 | 14,76 |
Itaim Paulista | 0,639 | 0,725 | 13,46 |
M´Boi Mirim | 0,638 | 0,716 | 12,23 |
Guaianases | 0,621 | 0,713 | 14,81 |
Cidade Tiradentes | 0,634 | 0,708 | 11,67 |
Parelheiros | 0,593 | 0,680 | 14,67 |
A partir de análise do entorno do imóvel, observa-se que nas imediações a ocupação do solo é heterogênea, plenamente consolidada do ponto de vista imobiliário, com predominância de edificações com alta densidade construtiva e verticalização, sobretudo a partir da Rua Estados Unidos sentido Av. Paulista, condição de ocupação fruto do de-senvolvimento histórico da região, pautado tanto pelas legislações urbanísticas anteriores assim como pela atual que enquadra o território predominantemente nas zonas de uso Zona de Centralidade (ZC), Zona Mista (ZM) e Zona Eixo de Estruturação Urbana (ZEU).
O uso do solo predominante do entorno do Complexo é caracterizado, principalmente, pelo uso residencial, de tipologia vertical de médio/alto padrão, conforme demonstra o mapa abaixo.
De acordo com dados da Subprefeitura da Vila Mariana, o distrito de Moema, onde está situado o Complexo, caracteriza-se pelo crescente adensamento vertical, e, por isso, é objeto de ações de controle urbano e ocupação do solo.
Já na porção do território contida na Subprefeitura de Pinheiros, os dados se mostram de forma diversa, sendo que há forte predominância de usos residenciais horizontais, principalmente nos chamados bairros Jardins, considerados territórios de preservação pelos órgãos de Patrimônio Histórico CONPRESP e CONDEPHAAT.
Conforme dados da Subprefeitura da Vila Mariana, avalia-se que nos últimos 14 anos, o seu coeficiente de aproveitamento médio passou de 1,56 para 2,07, sinalizando o forte processo de ocupação do território com a substituição de terrenos vagos e edificações térreas por edifícios verticais.
De maneira geral, o coeficiente de aproveitamento máximo das áreas do entorno imediato do Complexo limita-se a 2,00.
Num raio de maior distância, podemos observar áreas cujo coeficiente de aproveitamento é superior, chegando à 4,00. Essa ascensão de potencial construtivo se dá pelo fato desses territórios se situarem em Zonas de Eixo de Estruturação, onde, de acordo com o PDE, há a intenção de promover densidades construtiva e demográfica altas na cidade.
Quanto à verticalização do entorno, como grandezas diretamente proporcionais, a altura média atual coincide com as características de densidade construtiva de cada zona descrita anteriormente. Com exceção dos bairros residenciais unifamiliares, identifica-se verticalização mais acentuada na área onde está inserido o Complexo, conforme diagrama e mapa abaixo:
Enquanto no município de São Paulo, a população no geral reside em casas, primordialmente, nas subprefeituras de Pinheiros e Vila Mariana, onde há grande verticalização, as pessoas geralmente residem em apartamentos.
Unidades Territoriais | Casa | Casa de Vila ou em Condomínio | Apartamento | Habitação em: Casa de Cômodos, Cortiço ou Cabeça de Porco | Oca ou Maloca |
---|---|---|---|---|---|
Município de São Paulo | 2.460.091 | 52.673 | 1.017.720 | 42.924 | 101 |
Pinheiros (Subprefeitura) | 23.345 | 1.518 | 96.232 | 297 | 0 |
Alto de Pinheiros (Distrito) | 6.812 | 260 | 8.206 | 130 | 0 |
Itaim Bibi (Distrito) | 8.441 | 593 | 30.135 | 44 | 0 |
Jardim Paulista (Distrito) | 2.455 | 234 | 36.930 | 66 | 0 |
Pinheiros (Distrito) | 5.636 | 431 | 20.961 | 57 | 0 |
Vila Mariana (Subpref.) | 29.391 | 1.878 | 104.064 | 652 | 0 |
Moema (Distrito) | 3.258 | 170 | 31.382 | 0 | 0 |
Saúde (Distrito) | 17.262 | 888 | 30.651 | 471 | 0 |
Fonte: IBGE. Elaboração: LEVISKY, 2020
Com relação ao mercado imobiliário, segundo a EMBRAESP, no primeiro semestre de 2018, as zonas Sul e Oeste receberam o maior números de lançamentos, com destaque para os distritos de Vila Mariana e Moema.
De acordo com dados da Secovi - SP , há grande concentração de novos lançamentos de alto padrão na área em estudo, especialmente modelos de quatro dormitórios, o que reflete, novamente, o perfil socioeconômico elevado da população residente da região em questão – famílias de médio-alto padrão.
Portanto, a partir de análise do entorno do imóvel, observou-se nas imediações a ocupação do solo heterogênea, plenamente desenvolvida do ponto de vista imobiliário, com maior densidade construtiva a partir da Rua Estados Unidos sentido Av. Paulista, condição de ocupação fruto do desenvolvimento histórico da região, traduzido, aos olhos da legislação urbanística vigente, pela predominância das zonas de uso Zona de Centra-lidade, Zona Mista e Zona Eixo de Estruturação Urbana.
Unidades Territoriais | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Município de São Paulo | 267 | 304 | 208 | 272 | 258 | 156 | 136 | 188 | 228 |
Pinheiros (Subprefeitura) | 34 | 41 | 13 | 27 | 33 | 15 | 17 | 30 | 29 |
Itaim Bibi (Distrito) | 25 | 25 | 7 | 16 | 14 | 8 | 7 | 9 | 10 |
Jardim Paulista (Distrito) | 3 | 4 | 2 | 5 | 4 | 1 | - | 8 | 9 |
Pinheiros (Distrito) | 5 | 10 | 4 | 3 | 14 | 4 | 7 | 13 | 10 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 25 | 26 | 22 | 40 | 22 | 17 | 17 | 15 | 36 |
Moema (Distrito) | 6 | 6 | 1 | 5 | 5 | 2 | 7 | 6 | 12 |
Saúde (Distrito) | 8 | 10 | 15 | 11 | 7 | 11 | 4 | 3 | 9 |
Vila Mariana (Distrito) | 11 | 10 | 6 | 24 | 10 | 4 | 6 | 6 | 15 |
Fonte: Embraesp. Elaboração: LEVISKY, 2020
De acordo com os mapas que seguem, a área de abrangência do Complexo, predominantemente, é bem servida de equipamentos urbanos11 públicos e privados de educação, de saúde e de cultura. Entretanto, vê-se que a disposição de todos seguem uma mesma con-figuração espacial ao concentrarem-se principalmente nas imediações da Avenida Paulista – a cerca de 1,00Km do Complexo – enquanto no sentido sudoeste, se apresentam em menor número.
Essa dissonância se dá, sobretudo, pela relevância econômica da Avenida Paulista e das excelentes condições de acesso em suas imediações.
Quanto aos equipamentos de saúde, nos mapas e tabela abaixo pode-se observar grande disponibilidade de equipamentos na região, principalmente hospitais e ambulatórios especializados.
Segundo dados do IBGE de 2018, no Distrito de Moema constam 1.592 leitos hospitalares disponíveis (públicos e privados), sendo 17,99 o número de leitos hospitalares para cada 1.000 (mil) habitantes. Considerando as subprefeituras de Vila Mariana e Pinheiros, cujos coeficientes são 11,62 e 11,60 respectivamente, elas se sobressaem quando comparadas ao coeficiente do município de 2,49.
Unidades Territoriais | População | Total de Leitos Gerais | Coeficiente de Leitos gerais |
---|---|---|---|
Município de São Paulo | 11.654.490 | 29.052 | 2,49 |
Pinheiros (Subprefeitura) | 295.195 | 3.423 | 11,60 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 360.790 | 4.193 | 11,62 |
Em relação à educação, conforme mapa abaixo, embora exista grande disponibilidade de equipamentos na área em estudo, é possível notar que há grande discrepância de oferta entre regiões localizadas mais ao sul e áreas próximas à Av. Paulista, onde se concentra oferta de escolas, especialmente, privadas.
Os centros culturais seguem a mesma distribuição espacial, concentrando-se principalmente nas imediações da Avenida Paulista, enquanto no sentido bairro, próximo aos Jardins, a quantidade de Museus se apresenta mais rarefeita.
Vale destacar que o Parque Ibirapuera possui considerável importância cultural, sendo referência para recepcionar eventos variados como congressos, simpósios, conferências, mostras, exposições de arte, orquestras, shows de dança, bienais de arquitetura e artes, eventos de moda, teatro, shows de música, entre outros.
O Parque do Ibirapuera12 concentra ainda em seu interior grande parte da infraestrutura necessária para a promoção cultural da cidade, que compreende o Complexo arquitetônico implantado em 1954, composto pela grande Marquise, Pavilhões (Culturas Brasileiras, Bienal de São Paulo, Museu Afro Brasil), Oca e Auditório. Também compõem esse setor áreas que foram implantadas posteriormente como o Planetário (1957) e a Escola Municipal de Astrofísica Professor Aristóteles Orsini (1961), hoje vinculados à Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz – UMAPAZ.
Ainda, sob a marquise está instalado, desde 1968, o Museu de Arte Moderna – MAM. Além dos limites do parque, no lado oposto da Avenida 23 de Maio, encontra-se o MAC-USP, inaugurado em 2012.
O entorno do Complexo é bem servido de empreendimentos comerciais de pequeno a médio porte, que conferem à região diversidade na oferta de produtos e no abastecimento.
Vale observar que no entorno do Complexo acontecem 8 (oito) feiras livres de terça a domingo, modalidade de comércio que existe tradicionalmente na cidade desde meados do século XVII, assegurando o abastecimento da população local. Aos sábados, na Praça Eisenhower acontece a Feira Orgânica, com 29 bancas.
Unidades Territoriais | Feiras (2018) | Mercados (2018) | Sacolões (2018) |
---|---|---|---|
Município de São Paulo | 883 | 16 | 18 |
Pinheiros | 25 | 1 | 1 |
Alto de Pinheiros | 3 | - | - |
Itaim Bibi | 10 | - | - |
Jardim Paulista | 6 | - | 1 |
Pinheiros | 6 | 1 | - |
Vila Mariana | 37 | - | - |
Moema | 8 | - | - |
Saúde | 13 | - | - |
Vila Mariana | 16 | - | - |
Quanto ao comércio e serviços da região, identificam-se em maior número o comércio de alimentação, seguido do comércio de abastecimento de médio e pequeno porte (mercados).
Nota-se, no entanto, desequilíbrio quanto à disponibilidade de comércio e serviços entre áreas mais a sudoeste, região predominantemente residencial, e as áreas noroeste, onde se concentram pontos comerciais de pequeno porte (alimentação, serviços e abastecimento de âmbito local). A nordeste do Complexo a atividade comercial se intensifica, principalmente devido à proximidade com a Avenida Paulista, considerada um dos maiores centros de serviços da América Latina, onde passam a se localizar centros comerciais de médio a grande porte. Dentre eles, destacam-se os shopping centers como Shopping Jardim Pamplona Shopping, Shopping Cidade SP e Shopping Pátio Paulista.
Com relação aos serviços de hospedagem, estão distribuídos espacialmente majoritariamente próximos ao eixo da Avenida Paulista, enquanto no entorno imediato ao Complexo Constâncio Vaz, a oferta desse serviço é escassa. Vale, portanto, considerar que a atividade hoteleira é uma oportunidade de exploração em potencial para a região.
Vale ressaltar que no mapa abaixo não foram identificados pousadas e albergues.
Portanto, conclui-se que devido à posição espacial altamente privilegiada do Complexo, situado entre o Parque do Ibirapuera e Avenida Paulista, entende-se que há grande potencial cultural na previsão de uma interconexão entre tais localidades, visto que estas já dispõem de vários outros requisitos necessários para promoção de eventos de esporte e lazer variados na cidade.
O diagnóstico da Área de Influência será realizado considerando dois grupos, o de transporte motorizado e o de transporte não motorizado, conforme descrito a seguir:
Viagens Motorizadas | Viagens Não Motorizadas | |||
---|---|---|---|---|
Modo Individual | Modo Coletivo | Modo Ativo | ||
Automóvel | Metrô / Trem | A Pé | ||
Táxi / Aplicativos | Ônibus | Bicicleta |
O diagnóstico da Área de Influência foi realizado a partir da hierarquização adotada pelo Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, conforme já apresentado. O perímetro desta área de influência é definido basicamente por eixos viários estruturais, contemplando parte dos Distritos de Moema, Vila Mariana e Jardim Paulista.
A área faz parte da Zona Máxima de Restrição à Caminhões (ZMRC). A restrição ao trânsito de caminhões nesta área é de 2ª a 6ª feira das 5 às 21h e aos sábados das 10 às 14h. Somente os caminhões devidamente cadastrados e autorizados poderão transitar nos horários de restrição, se previstos na legislação vigente. Estão previstas condições de excepcionalidade em função do porte do caminhão, do tipo de carga transportada ou serviço ser prestado.
Outro tipo de restrição ao caminhão são as chamadas Vias Estruturais Restritas que são vias e seus acessos, com restrição ao trânsito de caminhões, em horário determinado por meio de regulamentação local, com características de trânsito rápido ou arterial, bem como praças, túneis, viadutos e pontes que dão continuidade a tais vias e constituem a estrutura do sistema viário. Dentre elas toda a extensão e ambos os sentidos da Av. Nove de Julho e Av. Vinte e Três de Maio.
A área também faz parte da Zona Máxima de Restrição à Veículo Fretado (ZMRF), onde fica proibido o trânsito dos veículos que exercem a atividade de fretamento de 2ª a 6ª feira das 5 às 21 horas, exceto feriados, de acordo com a Portaria nº 072/2016- SMT.GAB.
As vias localizadas na área de influência, localizadas nos Distritos de Moema, Vila Mariana e Jardim Paulista, fazem parte do Minianel Viário. Dentro desta área, vigora desde 1997 uma restrição municipal à circulação de automóveis em função do número final das placas, popularmente conhecida como rodízio.
As vias classificadas pela legislação vigente como: Estruturais N1, N3 e Coletoras, inseridas no Minianel Viário fazem parte da AET 1 (Área Especial de Tráfego), conforme Lei 15.150/2010, alterada pela Lei 16.642/2017 – Código de Obras e Edificações do Município.
Nível/ Classificação Viária | Vias |
---|---|
N3 |
Av. Brasil Av. Brigadeiro Luís Antônio (da Av. São Gabriel até Vd. Brig. Luís Colombo) Av. Pedro Álvares Cabral Av. Vinte e Três de Maio Av. República do Líbano R. Manoel da Nóbrega (da Av. República do Líbano até R. Pedro Álvares Cabral) |
Coletora |
R. Abílio Soares R. Manoel da Nóbrega Av. Marechal Estênio Albuquerque Lima R. Jundiaí R. Curitiba R. Tutóia R. Dr. Amâncio de Carvalho R. Tomás Carvalhal R. Tumiaru (entre R. Tutóia e R. Joinville) R. Pirapora (entre R. Tutóia e R. Joinville) |
As vias estruturais da área de influência são caracterizadas como de fluxo interrompido, ou seja, com controle semafórico nos entroncamentos e de uma maneira geral possuem entre uma e duas faixas de rolamento por pista, com especial destaque para a Av. Pedro Álvares Cabral (04 a 06 faixas/ sentido), Av. Vinte e Três de Maio (03 a 05 faixas/ sentido) e Av. República do Líbano ( 3 a 4 faixas/ sentido), todas com separação física entre as pistas.
Distrito | Vias | Classe das vias | Características operacionais | Nº de Pistas | Nº de Faixas/ | Sentido Sentidos | Separação de Pistas |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Moema | Av. Pedro Álvares Cabral | N3 | Interrompido | 2 | Nº de | 2 | Sim |
Av. Vinte e Três de Maio | N3 | Ininterrupto | 2 | Faixas/ | 2 | Sim | |
Av. República do Líbano | N3 | Interrompido | 2 | 3 a 4 | 2 | Sim | |
R. Abílio Soares | Coletora | Interrompido | 1 | 1 a 4 | 1 a 2 | Não | |
R. Manoel da Nóbrega | Coletora | Interrompido | 2 | 1 a 4 | 2 | Sim | |
R. Jundiaí | Coletora | Interrompido | 1 | 2 | 1 | Não | |
R. Curitiba | Coletora | Interrompido | 1 a 2 | 1 a 3 | 1 a 2 | Eventual | |
R. Tumiaru (entre R. Tutóia e R. Joinville) | Coletora | Interrompido | 1 | 1 a 2 | 1 a 2 | Não | |
R. Pirapora (entre R. Tutóia e R. Joinville) | Coletora | Interrompido | 1 | 1 a 2 | 1 a 2 | Não | |
Vila Mariana | R. Tomás Carvalhal | Coletora | Interrompido | 1 | 1 | 2 | Não |
R. Tutóia | Coletora | Interrompido | 1 | 1 a 2 | 2 | Não | |
R. Dr. Amâncio de Carvalho | Coletora | Interrompido | 1 | 1 a 2 | 2 | Não | |
Jardim Paulista | Av. Brigadeiro Luís Antônio | N3 | Interrompido | 1 | 2 (faixa exclusiva de ônibus) | 2 | Não |
Av. Brasil | N3 | Interrompido | 2 | 3 a 4 | 2 | Sim |
O acesso ao futuro empreendimento poderá ser feito pelas ruas Manoel da Nóbrega, Abílio Soares e Av. Marechal Estênio Albuquerque Lima.
A partir da caracterização dos elementos relativos à mobilidade urbana, verifica-se que a Linha 2 Verde do metrô, sobretudo a estação Brigadeiro (a de maior proximidade com o equipamento), apesar de estar no limite da área de abrangência definido, garante o atendimento do transporte coletivo da região, servindo também como ponto de abastecimento para o transporte sobre pneus e por linhas de ônibus.
O transporte motorizado coletivo foi identificado como principal modal utilizado na zona OD (zona da RMSP) onde localiza-se o Complexo – em torno de 37%, índice que pode ser otimizado na medida em que se provêm melhorias e vantagens para os usuários através de maior rapidez nos deslocamentos, conforto e segurança para o pedestre durante todo o percurso, contribuindo assim, para um maior desincentivo ao uso do transporte individual.
Como apontamentos futuros em consonância com o Plano Diretor (Lei 16.050/2014), que visa o desestímulo ao uso de transporte individual, priorizando o uso do transporte coletivo e ativo, abaixo segue o Mapa da Rede de Transporte Coletivo planejada, em que são previstos melhoramentos viários, linha e estação de metrô e corredores de ônibus.
Com relação ao transporte ativo de pedestres, considerando que as calçadas também fazem parte do sistema viário e podem influenciar diretamente no modelo de deslocamento mais utilizado, observa-se que no entorno imediato do Complexo coexistem trechos com calçadas amplas e em boas condições e trechos com baixo nível de acessibilidade e segurança.
No âmbito do Projeto Pedestre Seguro, várias vias prioritárias do município passaram pelas intervenções do Programa Operacional de Segurança – POS, dentre elas a Av. Brigadeiro Luís Antônio, localizada na área de influência, que passou por intervenções no âmbito do Programa Operacional de Segurança.
Tal programa possui três frentes de ação: revisão do tempo de ciclo semafórico - maior tempo de travessia e aumento do número de oportunidades para travessia, revitalização da sinalização, e maior presença do operador de trânsito na via. O objetivo com essa tríade de ação é conferir maior conforto e segurança ao pedestre, contribuindo para a redução da ocorrência de atropelamentos e que resultou num aumento entre 12 e 25% no tempo de travessia para pedestres.
Segundo vistoria realizada no local, pode-se observar ainda que o caminhamento de pedestres é caracterizado em alguns trechos pela insuficiência de áreas para circulação adequadas (calçadas com largura incompatível), falta de segurança para os pedestres (pavimento desnivelado ou sem manutenção) e sem a devida acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais.
Quanto à qualidade do passeio público, observa-se que na Rua Manoel da Nóbrega a existência de desníveis junto as divisas de lotes e/ou a má conservação do passeio, fato esse que se verifica também em outras ruas da região. Entretanto, vale destacar que a maioria das calçadas da mesma região apresentam boas condições de acessibilidade e segurança.
É importante destacar que, em dias de eventos, a quantidade de pedestres no entorno do Complexo é intensificada e a calçada, muitas vezes, não é capaz de absorver esse acréscimo, fazendo como que os pedestres caminhem pelo leito carroçável, comprometendo assim, sua segurança13.
Segundo a CET, a cidade de São Paulo possui 503,6 km de vias com tratamento cicloviário permanente, sendo 473,3 km de Ciclovias/Ciclofaixas e 30,3 km de Ciclorrotas. Para usufruir da integração modal o ciclista conta com 7.110 vagas em 77 Bicicletários públicos e 432 vagas em 27 locais com Paraciclos públicos, instalados nos Terminais de Ônibus, nas Estações de Trem, Metrô e Estacionamentos CET.
A região em estudo é bem servida pela rede cicloviária, como é o caso da R. Manoel da Nóbrega, R. Paulino Camasmie, R. Honduras, R. Sargento Kozell Filho, R. Tutóia, R. Dr. Rafael de Barros, além da Av. Paulista/ R. Vergueiro, que apesar de estar fora da área de estudo é uma importante ligação que dá acesso à área do entorno do Ginásio, se consolidou como um importante eixo de ligação cicloviário do município. Entretanto em vistorias realizadas no local, é possível observar que algumas dessas ciclovias necessitam de algum tipo de requalificação, como recapeamento e nova sinalização, conforme ilustrado nas fotos a seguir.
Portanto, o sistema cicloviário, apesar de apresentar uma boa rede de infraestrutura na região em estudo, alguns trechos necessitam de requalificação. Ainda, inexiste uma conexão entre o Complexo e o Parque do Ibirapuera.
O Complexo Constâncio Vaz carrega em si efetiva atuação no desenvolvimento evolutivo do esporte no país. No Complexo ocorreram eventos que traduzem a evolução das atividades esportivas no país, processo esse em que o autor do projeto, o arquiteto Ícaro de Castro Mello, teve grande importância.
No entorno, diversos exemplares urbanos e arquitetônicos de notável relevância, reconhecida pelos órgãos de preservação municipal, estadual e federal, CONPRESP ─ Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo e CONDEPHAAT ─ Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, respectivamente, compõem a paisagem da região, tais como o próprio Parque do Ibirapuera, tombado pelas Resoluções nº. 01/CONDEPHAAT/92 e nº. 06/CONPRESP/97, e ainda registrado no Livro do Tombo IPHAN através do Processo 1429-T-98, o Bairro dos Jardins América, Europa, Paulista e Paulistano, cujo tombamento foi reconhecido pela Resolução Ex-Officio nº. 05/CONPRESP/91, e posteriormente pelas Resoluções nº. 02/CONDEPHAAT/86 e nº. 07/CONPRESP/04.
Vale esclarecer que o Complexo em questão não é classificado como patrimônio cultural pelos órgãos de preservação, tampouco está inserido em área envoltória de outros bem tombados encontrados na região, como se pode verificar nas figuras a seguir:
A Lei Municipal 16.402/16, LPUOS, reforça a importância deste entorno com a demarcação de zonas de uso ZEPEC – Zona Especial de Preservação Cultural (Mapa 02, LPUOS) e indicação de novos elementos ao tombamento, através da demarcação de Bens Imóveis Representativos (BIR).
Conclui-se daí que o território onde o Complexo está inserido caracteriza-se por uma área de valorosas características históricas, sociais e culturais, cuja significância de sua identidade é socialmente reconhecida pela população.
Nesse contexto, vale dizer que a valorização do patrimônio cultural desta região é objetivo do Município, expresso no PDE e no PRS, a ser viabilizado por meio da realização de ações articuladas para melhoria de infraestrutura, turismo, da economia criativa e de desenvolvimento sustentável. Este claramente traduz-se em medidas de preservação e qualificação dos bens tombados, assim como também na promoção de programas de resgate da memória da cidade.
É neste contexto de resgate e ênfase da memória, sobretudo esportiva e cultural da cidade que se enquadra o Complexo Constâncio Vaz. A valorização das ações culturais e esportivas realizadas na cidade compõe o grande ativo do local, muito além das suas estruturas físicas e espaciais que não se enquadram como bens tombados aos olhos dos órgãos de preservação, tampouco estão classificadas como ZEPEC nos termos da legislação urbanística municipal.
Em consulta prévia realizada pela GPC Assessoria Aeroportuária, a área em tela está inserida na Superfície Cônica – Aeroporto de Congonhas, São Paulo/SP, em altitude base de 770,00m com altitude máxima permitida da zona até a cota 870,00m.
A área não está inserida em Zona de Proteção de Auxílio a Navegação Aérea, tampouco de Corredores de Voo ou Procedimentos de Aproximação e Saída, desta forma, não há interferência destes instrumentos sobre a área.
No entanto o imóvel está dentro da Zona de Proteção de Helipontos, Rampa de Aproximação 01 – Heliponto Edifício Comercial Lorena, São Paulo/ SP (SICZ), condição que reduz a altitude máxima permitida à cota 822,00m (a partir da cota 770,00m), resultando na Altura máxima permitida de 52,00m – considerando antenas, pararaios, caixa d’água ou helipontos.
A consulta realizada não dispensa a obtenção de anuência da aeronáutica para o aproveitamento acima descrito.
A análise foi realizada com base na Portaria nº. 957/GC3, de 15 de outubro de 2015, e demais legislações correlatas.
A área de intervenção caracteriza-se por terreno com pequeno aclive, tendo variação aproximada de 7 metros a partir da Rua Manoel da Nóbrega até a Av. Abílio Soares.
O entorno do Complexo é cruzado pelo Córrego do Sapateiro ao Sul e Córrego Iguatemi ao Norte, ambos canalizados sob as principais vias de deslocamento da cidade, cujas respectivas microbacias, homônimas, formam a Bacia Hidrográfica do Rio Pinheiros.
Ao desenvolver as diretrizes de deslocamento em seu processo de desenvolvimento, a cidade de São Paulo transformou radicalmente seu território natural ao avançar sobre as áreas de várzea disponíveis em seu território, e sobretudo, devido a retificação e a canalização de muitos dos rios e córregos, o que provocou áreas de enchentes, especialmente no entorno do Parque Ibirapuera. Neste caso, vale ressaltar que a canalização dos Córregos Iguatemi e do Sapateiro resultou na formação de áreas de enchente, especialmente no entorno do Parque do Ibirapuera e à Noroeste da área em estudo, denominada como Área Sujeita à Recalques e Problemas Geotécnicos (III Perímetro Tutóia). No entanto, nota-se que a área de intervenção não está classificada como área sujeita a recalques e alagamentos.
No ano de 2018, segundo dados do Observa Sampa, na subprefeitura de Vila Mariana foram registradas 15 ocorrências de alagamento, ao passo que, na subprefeitura de Pinheiros, constaram 19 registros.
Especificamente sobre a área do Complexo, situado na microbacia do Córrego do Sapateiro, em consultas realizadas junto à EMPLASA e bases oficiais municipais não foi identificado córrego, corpo d’água ou nascente que interfira diretamente sobre a área de estudo.
Em análise realizada a partir da Carta Geotécnica do Município de São Paulo (2015), é possível identificar que a área do Complexo está situada sobre Sedimento Terciário . Os sedimentos terciários se estendem predominantemente pelas áreas centrais do município de São Paulo. Ressalta-se como principal problema para a ocupação destas áreas o recalque diferencial na camada mais superficial de argila porosa e dificuldades de escavação, tanto nos solos superficiais como nos sedimentos desta unidade (2006, EMPLASA). Ao Sul, a geomorfologia do entorno é caracterizada como Planície Fluvial (várzeas) formada pelo do Córrego do Sapateiro, a qual abrange boa parte do Parque do Ibirapuera e imediações.
Segundo relatório de sondagens realizado pela Avanza Engenharia, o solo superficial do terreno possui baixa capacidade de carga, o que sugere que os edifícios a serem construídos futuramente deverão possuir fundação profunda.
No caso de execução de subsolos, em função da presença de água em cota variável de -3,00m a -4,00m e, principalmente, da camada de aluvião com níveis iniciais próximos de -2,00m, sugere-se que sejam tomadas medidas tecnicamente adequadas de contenção para construção de subsolos.
Com base nos dados do Plano Regional das Subprefeituras de Vila Mariana e Pinheiros18 (Decreto nº 57.537/2016), ambas as regiões apresentam dados satisfatórios relativos à qualidade ambiental e paisagística, visto que são marcadas pela presença de bairros jardim – considerados Patrimônio Ambiental19, caracterizados pela sua ampla cobertura vegetal, além de contarem também com a existência do Parque Municipal do Ibirapuera. Os dados relativos às áreas verdes consideradas no mapa abaixo, em alguns pontos se sobrepõem, de acordo com as seguintes bases:
Embora no interior do terreno não tenham sido encontradas áreas verdes consideradas significativas para órgãos de proteção, nas suas imediações, sobretudo no Parque do Ibirapuera, vê-se a presença de remanescentes da Mata Atlântica (Resolução Conama 01/94), além de outras áreas destinadas à preservação e proteção do patrimônio ambiental.
Na tabela a seguir estão listadas as áreas verdes20 de cada Subprefeitura sob estudo e suas análises com base na população e área total. A subprefeitura Vila Mariana, onde está inserido o Complexo, tem 3,71% de seu território ocupado por áreas verdes. Já a subprefeitura Pinheiros registrou um percentual maior de área verde, 5,81%, sendo que
Considerando a distribuição de área verde por habitante, as subprefeituras Vila Mariana e Pinheiros não chegam à metade dos 12m² recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Unidades Territoriais | Área Total | Área Verde (m²) | População | Percentuais de Área Verde (PAV)% | Área Verde por Habitante (IAV) m² |
---|---|---|---|---|---|
Município de São Paulo | 1.527.535.804 | 194.138.890 | 11.696.088 | 12,71 | 16,60 |
Pinheiros (Subprefeitura) | 31.991.417 | 1.880.420 | 490.054 | 5,81 | 3,80 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 26.985.558 | 1.002.514 | 295.133 | 3,71 | 3,40 |
De acordo com a Carta de Vegetação Significativa número 34 disposta no Decreto Estadual nº30.443, de 20 de setembro de 1989, a área do terreno do Complexo não se classifica como área de patrimônio ambiental, no entanto, os exemplares arbóreos existente na Rua Abílio Soares são considerados imunes de corte.
No interior do terreno não foi identificada vegetação considerada de mata atlântica (Floresta Ombrófila) de acordo com a Resolução Conama 01/94. Também não foi observada a presença de Vegetação de Preservação Permanente nos termos da Lei Municipal 10.365/87.
No entanto, de acordo com relatório técnico preliminar elaborado pela Legal Tree Consultoria e Engenharia em Meio Ambiente, foram identificadas em campo seis áreas de maciço/aglomerados de árvores a serem consideradas neste, demarcados na imagem que segue:
Vale destacar, que o relatório supracitado apontou também que os maciços/ aglomerados identificados apresentam vegetação heterogênea, incluindo espécies nativas e exóticas, sendo algumas delas exemplares significativos para o órgão ambiental como: Pau-ferro, Canafistula, Sibipiruna e Ipês. Entretanto, destes avaliados, mais de 50% apresentam problemas fitossanitários, como grandes lesões na sua estrutura, presença de parasitas, principalmente cupim, entre outras ocorrências, e serão tratados como diretrizes ambientais prioritárias neste PIU.
Estima-se que ao menos 50% dos exemplares apresentam problemas fitossanitários, como grandes lesões na sua estrutura, presença de parasitas, principalmente cupim, entre outras ocorrências.
A história do Parque do Ibirapuera e do Complexo Constâncio Vaz de Melo estão estreitamente interligadas, posto que, foi através da partilha de terrenos que compunham o Parque, no contexto de comemoração do IV Centenário de São Paulo – momento em que a cidade ensejava refletir sua modernidade e monumentalidade através de símbolos de progresso – que se deu a construção do Ginásio do Ibirapuera e do velódromo do Complexo.
Como é possível notar na imagem abaixo, o Mapa Geral do Parque Ibirapuera produzido pela Comissão do IV Centenário discrimina a construção do ginásio, indicado pelo número 7 da legenda.
Idealizado por uma equipe composta por grandes ícones da arquitetura brasileira como Oscar Niemeyer, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello, Ícaro de Castro Melo, entre outros, o Parque do Ibirapuera foi inaugurado em 1954 e, desde então, se tornou um marco paisagístico e arquitetônico na cidade de São Paulo.
São 160 hectares destinados ao lazer e contemplação da população, o que o coloca em local de destaque tanto nacional, como internacionalmente, haja vista, sua avaliação como um dos melhores parques urbanos do mundo22.
Atualmente, de acordo com dados disponibilizados no seu site23, o Parque do Ibirapuera é o parque mais visitado da América do Sul, com visitação aproximada de 14 milhões de pessoas por ano.
Devido à sua grande variedade de vegetação, também pode ser considerado um jardim botânico, abrigando, por exemplo, mais de quinhentas espécies de árvores nativas e exóticas como jacarandá mimoso, ipês, jatobá, pau ferro, entre outras. Sua fauna é igualmente diversa, composta, principalmente, por uma grande diversidade de aves, sendo algumas espécies nativas, como os Sabiás e Tico-ticos, e outras visitantes, como é o caso da Araponga e Tucano-toco.
Desde 2003, a gestão do parque foi feita pelo Conselho Gestor do Parque do Ibirapuera e a administração pelo Departamento de Parque e Árvores Verdes da Prefeitura de São, Paulo. Entretanto, atualmente, assim como o Complexo em estudo, passa por processo de concessão24 juntamente com outros seis parques públicos, cujo objetivo inclui unificar a gestão, recuperar a infraestrutura, dar melhores condições de uso dos ambientes e equipamentos, ampliar e requalificar os serviços e reforçar a segurança para o público.
Haja vista a proximidade entre o Parque do Ibirapuera e o Complexo e, entre estes e o grande conjunto de praças e áreas verdes das imediações, sobre tudo do Bairro Universitário da Vila Mariana e os bairros Jardim e ainda a Avenida Paulista, onde estão concentrados espaços de lazer e cultura, prevê-se a consolidação de um novo eixo cultural-esportivo-lazer na cidade de São Paulo.
Embora os conceitos de esporte e lazer se apresentem como termos distintos, segundo o Plano Municipal de Esportes e Lazer (2028-2025), entende-se que "o esporte se vincula ao conceito de lazer, ao poder ser vivenciado em um tempo e espaço conjunto, como uma das possibilidades do conteúdo físico-esportivo, apresentando-se como o Esporte de Participação ou Esporte Lazer (...)".
Deste modo, o novo eixo a ser formado, se tornará um elemento de integração e conexão social, de desenvolvimento humano, na promoção de saúde, fomentando melhores condições para o exercício da cidadania esportiva e de lazer e convivência da população paulistana.
Embora não tenha sido considerada no cálculo de áreas verdes de cada subprefeitura, entende-se que a arborização é de grande importância para a cidade. Segundo o Manual Técnico de Arborização Urbana25 disponibilizado pela prefeitura, as árvores urbanas desempenham funções importantes que vão desde o conforto térmico e bem-estar psicológico dos seres humanos até a prestação de serviços ambientais indispensáveis à regulação do ecossistema.
Nas subprefeituras de Vila Mariana e Pinheiros a arborização viária é considerada expressiva, com árvores de grande porte situadas nos passeios de suas alamedas, nos canteiros centrais de grandes avenidas, porém, particularmente na subprefeitura de Pinheiros, foi constatado, com base nos dados do PR, que suas árvores apresentam uma série de problemas de ordem fitossanitária como infestação de cupins.
Unidades Territoriais | Nº de Árvores no Sistema Viário |
---|---|
Município de São Paulo | 6.552.000 |
Pinheiros (Subprefeitura) | 49.895 |
Vila Mariana (Subprefeitura) | 32.673 |
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB,2016), responsável pela avaliação dos processos que envolvem áreas contaminadas no Estado, define uma área contaminada como:
De acordo com a legislação em vigor – Lei nº 13.577/2009 – área contaminada é definida como: “área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger.”
Os materiais contaminantes ou poluentes presentes nessas áreas contaminadas podem ser propagados para a água superficial e subterrânea, pelo solo superficial ou subsuperficial e pelo ar, podendo alterar a qualidade ambiental da propriedade e, consequentemente do seu entorno. Tais substâncias podem causar danos à saúde e ao bem-estar da população; à fauna e à flora; à qualidade do solo, das águas e do ar; aos interesses de proteção à natureza/paisagem; à infraestrutura da ordenação territorial e ao planejamento regional e urbano; e a segurança e ordem pública.
No imóvel em análise não foram encontrados registros de contaminação. No entanto, no seu entorno foram observados 4 pontos de áreas contaminadas em processo de reutilização, 2 pontos de áreas em processo de monitoramento para encerramento, 4 pontos em áreas em processo de remediação e, 10 pontos de áreas reabilitadas para uso declarado, vistos a seguir:
O modo como vivemos nas cidades se redesenha dia a dia através de transformações políticas, sociais, econômicas, culturais, ambientais e tecnológicas. O dinamismo dessas transfigurações, e das articulações entre políticas setoriais e território, se dá no espaço público ─ local onde as questões sociais, econômicas, culturais, políticas e ambientais se desenvolvem e se materializam como resultado das relações do Estado com a sociedade civil.
A função do espaço público é organizar a vida na cidade1, e, em meio a transformações constantes, monitorar e garantir a qualidade de vida urbana para a formação e expressão da cidadania.
A falta de articulação entre as políticas setoriais aplicadas ao território resulta em problemas funcionais da cidade, gerando efeitos negativos à sua natureza urbanística, política e sociológica.
Ponderando quanto à responsabilidade pela intervenção e gestão dos diversos elementos constituintes dos espaços públicos, pode-se facilmente constatar a necessidade desta efetiva articulação entre as políticas setoriais para o enfrentamento das diversas questões que emanam destes espaços e sua relação com a cidade. É nesta conjuntura que se compreende a realidade do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães.
Portanto, ante às tratativas iniciadas entre a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado de São Paulo figura o objetivo comum de recuperação urbanística e reversão do presente cenário de gradual subutilização e progressiva redução das atividades no Complexo, por meio da consolidação do Projeto de Intervenção Urbana do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães - PIU Ginásio do Ibirapuera, que ora se inicia, visando a definição de parâmetros urbanísticos para a concessão onerosa deste Complexo.
Vale destacar a primordial preocupação deste PIU com a função social deste equipamento cultural e desportivo bem como com a sua relação com seu entorno. Tais aspectos estarão identificados e abordados neste programa de interesse público, tocando em questões relativas aos conflitos de mobilidade e micro acessibilidade, aos parâmetros de incomodidade e à vizinhança imediata, potencialmente impactada por eventos de grande porte. E ainda à oportunidade de integração qualificada deste equipamento com o Parque do Ibirapuera, bem como com o agrupamento de equipamentos culturais mais concentrados na região da Av. Paulista e nas imediações da Subprefeitura de Vila Mariana, com vistas a consolidar e fortalecer um verdadeiro eixo cultural, esportivo e de lazer. Além também, à oferta de serviços e comércio no âmbito do bairro, que apresenta demanda destas atividades.
O Programa de Interesse Público do PIU Ginásio do Ibirapuera organiza-se a partir da:
Na escala local:
Na escala regional:
Na escala metropolitana e estadual:
Para tanto, o presente Programa de Interesse público considera as informações constantes no Levantamento e Diagnóstico Socioterritorial em que foram identificadas as carências e oportunidades do território em questão, a fim de apresentar diretrizes que irão favorecer a utilização mais intensiva do equipamento, reconhecendo seu valor social, cultural e esportivo, além de contribuir para o desenvolvimento urbano local e da cidade.
É importante reiterar que um novo modelo de gestão do Complexo, que contemple sua modernização, e ainda, a continuidade dos programas esportivos hoje existentes com a justa fruição da população ao equipamento, deve ser alicerçado sobre sólida modelagem econômica, cuja captação de receitas seja respaldada tanto nas oportunidades de mercado identificadas, mas sobretudo, na vocação já consolidada do equipamento.
Portanto, a viabilidade do empreendimento almejado pelo Governo do Estado depende de dois fatores: da qualificação do equipamento para sediar eventos esportivos e culturais de importância mundial, conforme seu próprio histórico; e da exploração de novas formas de uso e oportunidades de negócios, as quais poderão gerar também oportunidades de serviços em âmbito local, além do próprio empreendimento.
Nesse sentido, propõe-se a Arena Multiuso coberta, nos termos da legislação estadual específica desta concessão de uso, que vem reestabelecer e reforçar a vocação original do complexo, capaz de abrigar grande capacidade de público com versatilidade tanto para os eventos esportivos, quanto aos musicais, teatrais e socioculturais, e ainda, propõe-se atividades acessórias identificadas a partir de análises estratégicas do território e oportunidades e demandas de mercado.
Mundialmente esse modelo de empreendimento, na condição de centros de lazer, vêm se tornando importantes polos de atração turística. A existência de um equipamento desse padrão na cidade, incrementará o seu potencial turístico e de negócios, gerando renda e empregos, além de oferecer à população a possibilidade de fruição de um complexo esportivo-cultural moderno, atento às novas demandas de mercado, às questões de mobilidade, às questões ambientais e às condições de incomodidade do entorno.
Além do diagnóstico baseado em estudos técnicos referentes aos diversos temas que suscitam problemáticas do território, as contribuições provenientes deste processo participativo subsidiarão oportunamente diretrizes de desenvolvimento coerentes com a realidade a ser enfrentada pelo Projeto de Intervenção Urbana do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães - PIU Ginásio do Ibirapuera, que buscará dinamizar os benefícios coletivos para toda a sociedade através da sinergia entre setor público, setor privado e sociedade.
Nos termos da Lei de Concessão do Complexo – Lei nº. 17.099/2019 – são consideradas obrigatórias a construção de uma arena multiuso coberta, que possibilite a realização de espetáculos massivos cobertos, com capacidade para comportar cerca de 20.000 (vinte mil) espectadores sentados – inexistente na cidade de São Paulo, e a destinação de espaços para a realização de atividades esportivas de fruição gratuita voltadas à saúde, ao bem-estar e ao lazer da população.
Visando não somente apresentar as vantagens desta região de São Paulo quanto ao seu potencial de negócios, mas sobretudo, assegurar através de receitas acessórias a sustentabilidade econômico-financeira do empreendimento, bem como a continuidade dos programas esportivos atualmente existentes, foi realizada análise estratégica do território quanto a oportunidades de mercado, que identificou a viabilidade de implantação de atividades complementares.
Como parte da metodologia, foram avaliados interdisciplinarmente os estudos técnicos apresentados por interessados da iniciativa privada na concessão onerosa do Complexo2, através de procedimento de manifestação de interesse, de forma a esclarecer os interesses potenciais do mercado para o equipamento em questão.
Dos 7 (sete) estudos apresentados, 86% propuseram a criação de Centros Comerciais e Centros de Convenções, uma vez que são atividades que podem gerar um fluxo contínuo de usuários diversos durante todos os dias da semana, premissa norteadora para a definição das atividades do cenário base.
O destaque da proposição de Centro Comercial se deve à sua possibilidade de associação e compartilhamento com outros usos, tais como cinema, alimentação, academia, bar, entre outros, enquanto o Centro de Convenções é devido à sua capacidade de atrair eventos de variadas naturezas como congressos, exposições e feiras.
Isto posto, e a partir de questões chave apresentadas no diagnóstico socio-territorial, foram desenvolvidos 3 (três) cenários pela consultoria Natureza Urbana, cada qual contemplando usos distintos:
O cenário 3 mostrou-se o mais adequado de acordo com as características socioeconômicas e ambientais da região, e em consonância com referências internacionais e as características territoriais da metrópole Paulistana. O cenário 3 favorece o atendimento harmônico das demandas apontadas tanto em escala regional quanto local. No âmbito local, é evidente a necessidade de qualificação das ofertas culturais e esportivas, bem como aquelas, pouco evidentes nas imediações relativas à oferta de serviços e comércios de caráter local. Em outras palavras, o Cenário 3 foi considerado o mais adequado por associar equipamentos de importância regional à oferta de usos mistos capazes de atender demandas diversificadas, sobretudo aquelas relativas ao bairro residencial consolidado. Desta forma, reforça-se o resultado positivo a ser gerado pela instalação de usos variados, compartilhando áreas, estruturas, horários do dia, possibilitando, assim, a sinergia entre as atividades, e caracterizando o Complexo como Centro de Entretenimento.
Vale destacar que, ao contrário do estilo utilitário e estéril comumente visto nos shopping centers, os Centros de Entretenimento são mais passíveis de compor conjuntos arquitetônicos agradáveis e atrativos, combinando espaços cobertos e abertos, garantindo a fruição pública e oferecendo uma diversidade de experiências.
Centros de Entretenimentos podem oferecer:
Ademais, segundo a consultoria, é importante compreender a interdependência entre as atividades de comércio e entretenimento, de modo que, para que se atinja o sucesso desta sinergia, alguns pontos devem ser considerados, a partir do equilíbrio entre ambas opções em que uma se apoia na outra:
Com base nas considerações mencionadas anteriormente, como Centros de Entretenimento que se assemelham à proposta do Projeto de Intervenção Urbana do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães - PIU Ginásio do Ibirapuera podemos citar algumas referências internacionais, como por exemplo, The O2 Arena de Londres, Sony Center de Berlim e L.A. Live de Los Angeles.
Projeto com oferta de esportes, música, restaurantes, bares, comércio, jogos virtuais, cinema e apresentações.
Área construída de 155.000m² com atividades comerciais, escritórios, cultura, cinema, praça multiuso, restaurantes e residenciais.
Área construída de 520.260m² com usos comerciais, teatro, sede de canal de televisão, escritórios, museu, cinemas, praça multiuso, restaurantes, residências e hotéis.
Adriana Levisky
Célio Emerique
Daniel Figueiredo
Daniel Mifano
Fabiano Bonafé
Fabio Villani
Felipe Sande
Joelson Sampaio
Juan Filgueiras
Luciene Sandoval
Marcelo Urtado
Marcelo Vieira
Mario Braga
Mário Cury
Oswaldo J. Alexandre Jr.
Patricia Boni
Pedro Lyra
Roberto Toffoli
Rodrigo de Losso (Coordenador)
Tatiana Antonelli
Tiago Fracchetta
Thaís Azevedo
Tomaz Santalucia
Victoria Almeida
Welber Simões
Yara Fonseca
Prezados Senhores li com atenção os documentos apresentados. Um apresenta um longo diagnóstico e o outro uma louvável declaração de intenções (o que será feito). No entanto, como opinar sobre uma declaração de intenções que não esclarece como será feito, qual o investimento a ser realizado, quais as condições d remuneração do Estado. Em resumo, onde está o plano de negócios? na inexistência desse documento, a consulta pública é inócua. Ou melhor dizendo, é "so para constar" que a comunidade foi ouvida. Atenciosamente
Olá, o espaço atualmente não recebe o número de eventos que deveria, a ocupação é mal estruturada. O ideal seria transferir centros de práticas para preparo das seleções Brasileiras de olimpíadas e paraolimpíadas para ocuparem o local, porque quando tornamos um local acessível para pessoas com deficiência, tornamos acessível para quaisquer pessoas. Gerar eventos que possam gerar verbas para subsidiar grupos com pouco patrocínio com a participação de personalidades, temos muita gente que certamente aceitaria somar se houver transparência das arrecadações e usos, de forma pública na internet e com disposição de recibos e acesso aos atletas e equipes para validar que a verba chegou. Dispôr mais verba para levar escolas para o espaço, há poucos ônibus por ano disponíveis para grupos escolares, é importante que crianças e jovens conheçam esses atletas e se motivem a chegar no atletismo, talvez no podium para representarem os sonhos de muitas pessoas sem acesso pelo país, assim abrimos espaço para inclusão social. E direcionar parte da verba das grandes fortunas do futebol e circuito de corridas para esse espaço, porque são os dois segmentos que mais geram renda para os envolvidos e que não contribuem socialmente em quase nenhum âmbito. Aulas inclusive para pessoas da sociedade e parceria com escolas como APAE. Abrir agenda pública para eventos culturais e educacionais de diversas temáticas, e tudo pela internet para ser público, mediante submissão de propostas, sem custos para ações educacionais sem bilheteria e com arrecadação de valores para manutenção do espaço até 10% da bilheteria com declaração pública da arrecadação e uso no espaço. Enfim tornar o que é público, realmente da população.
As atividades esportivas são de extrema importância para a qualidade de vida da população e, o ginásio por ser algo muito bom do Município, deve incentivar intensamente o fim a que deveria se propor. O Município pelo porte, deveria ter um ginásio em cada subprefeitura, municípios com população muito menor tem seu próprio ginásio. A agenda deve ser aberta para os eventos públicos, ter obrigatoriamente uma agenda estruturada, anual, inclusive com legislação com cronogramas para os jogos escolares de crianças, adolescentes, universitários, idosos, deficientes. Como o ginásio é um espaço fechado, o entorno deve ter também atrativos para a população realizar atividades físicas e práticas corporais com aparelhos em locais cobertos, pistas de caminhada/corrida: todo espaço público deve ser utilizado pelo público, não importa se o parque fica próximo ou não; a população necessita de muitos espaços e quanto mais próximos de casa mais eficiente. Como é um ginásio bonito, tornar o ginásio e o espaço entorno como uma atração turística, São Paulo pode ser uma cidade cada vez mais úteis e linda, arrumando-se com projetos que não sejam pontuais, mas uma agenda estruturada de planejamento anual e obrigatório por lei, inclusive com um belo paisagismo com árvores floridas (frutíferas: por que não?), primaveras floridas, etc...
Fiquei muito feliz em saber que há um projeto de intervenção sendo desenvolvido para este complexo desportivo tendo em vista seu processo de deterioração. A sua modernização trará benefícios para toda a municipalidade de São Paulo.
Somos completamente contrários ao projeto. Não foram considerados , adequadamente, os impactos ambientais e de segurança sobre os moradores do em torno do projeto. Apenas interesses econômicos e financeiros foram considerados . A área adjacente é eminentemente RESIDENCIAL e não de uso misto como citado no estudo . Vamos utilizar todos os meios ao nosso alcance para combater esse projeto eleitoreiro que vai tirar o sossego dos moradores da região.
Território pantanoso, assim como era em 1954 quando foi inaugurado o Parque do Ibirapuera, a consulta não informa o básico relativo a custos e benefícios para a região, nem sobre o problema que mais nos atinge, antes de qualquer julgamento, que é o do impacto no trânsito e a atração de mais migrantes, flanelinhas e camelôs, além da total falta de acesso para entrada e saída de pessoas e veículos. Ademais, é importantíssima a preservação da pista olímpica de atletismo do complexo, que já garantiu ao país atletas de primeiro nível, principalmente considerando que para toda a cidade de São Paulo só existe a atual e a do Esporte Clube Pinheiros. O projeto, tal como apresentado, é totalmente acadêmico, fazendo lembrar a celebre frase “Huston, we have a problem!” Não creio que existam apoiadores para projetos desta magnitude que não considerem o impacto urbano e social da área e do entorno abrangidos.
Senhores, sempre morei nesta região e acho o complexo todo muito bom para movimentar todos os idosos da região. O complexo realmente necessita de uma reforma pois é muito antigo, mas não deve perder a sua acescência que é atender o público em seu entorno. Gostaria de ser informado de como serão os projetos de reformas e como será administrado o complexo após ser entregue a iniciativa privada.
Prezados, Sou servidora da Divisão da Fauna Silvestre da SVMA. No diagnóstico senti falta da caracterização da fauna silvestre da área do complexo e do Parque Ibirapuera e uma análise dos possíveis impactos que as interervenções irão gerar. Para o Parque Ibirapuera há divulgação periódica do inventário da fauna silvestre por nossa Divisão. O último foi divulgado em 2018 e pode ser acessado em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/publicacoes_svma/index.php?p=268981. Para a área do complexo é muito importante que além da vegetação seja realizado um levantamento e caracterizacão da sua fauna e da sua área do entorno, para que se pense também em compensação dos impactos que a intervenção irá causar na fauna. Att.,
Não foi apresentado nenhum estudo de viabilidade econômica que justifique a alienação ou concessão desse espaço público.
Achei o PIP muito superficial, cheio de boas intenções mas sem propostas concretas que de investimento serio que resolvam o grave problema de mobilidade que se criara no dia dos eventos. O transito poderá colocar em risco o acesso rápido a um dos 1.592 leitos de hospital que temos no bairro. O outro seríssimo problema é a segurança com centos de migrantes em dias De eventos e criminosos que se aproveitarão do grande tumulto criado. Não basta ligar ciclovias precárias, consertar calcadas, mudar o tempo sos semáforos ( que aumentara o transito!). Acho absolutamente desnecessário o projeto proposto. So cria um problema gigante de transito que não esta sendo abordado seriamente.O Alliance Park ja atende muito bem a cidade. A única coisa que fica clara eh que o concessionário vai ganhar muito dinheiro criando um elefante branco às custas de inundar o bairro de carros, trazendo grandes problemas de seguranca e mobilidade.
Não para privatização do Ibirapuera.
Eu, vejo no ponto de vista já mais deve se mexer numa área que foi de exclusividade para o esporte
Eu, vejo no ponto de vista que já mais deve mexer numa área que foi exclusivamente para o esporte. A população precisa sim desta área para desenvolver as prática esportivas. Não Se pode trocar uma área esportiva por um Ginásio para Shows bissnes. É o que o Governador João Doria, quer implantar. Está área pertence ao esporte.
Patrimônio do povo que deve continuar sendo do povo sem exploração econômica de empresas privadas. O acesso tem que ser gratuito, a única coisa que poderia ser feita a concessão e para o funcionamento de cantina/restaurante. Mediante ao pagamento de aluguel a União.
Totalmente contra só agora ser chamado a participar.
Por que não me perguntaram o que eu acho antes da privatização ?
Antes de mais nada devolvam nosso espaço público e passem a administrar decentemente.
Achei positivo tanto o interesse em promover um (re)alicerceamento quanto a inserção de um projeto (não estruturado ou apresentado de fato no decorrer dos dados do PIU Ginásio Ibirapuera). Concordo com os colegas que comentaram ali embaixo. O espaço é necessário para a cidade - mesmo esta tendo esquecido um pouco sua existência e função. Mas já há algum estudo, tanto de Impacto de Vizinhança, quanto de intensificação dos motorizados, acho uma área já muito prejudicada pelo alto volume de tráfego, trazer mais autos circulando para a região não parece saudável. É fato que a cidade se molda a partir das modificações e transformações que seus espaços e edificações sofrem, é algo incontestável, porém, até onde onde essas modificações moldantes são toleráveis? Quanto ao interesse público, é rentável (financeiramente e em termos de ganho de qualidade), já que espaços de lazer e esporte são imprescindíveis para a construção sociocultural e educativa. Logo, acho interessante a "preocupação" com o espaço e a intenção em restabelecer conexões, mas acredito que ainda está um pouco cru as intenções reais apresentadas.
A estrutura viária do entorno não comporta um projeto de tal envergadura. O único beneficiário de este elefante branco sera o concessionário que enchera os bolsos as custas da população do bairro que terá que conviver com um transito monstruoso e problemas sérios de segurança. O PIP eh uma piada de mal gosto. Muito superficial, feito só para cumprir tabela, cheio de intenções muito vagas sobre como resolver os problemas que serão criados por ate 30.000 pessoas saindo e entrando de eventos. Finalmente, achei o prazo para consulta publica muito curto, dadas todas as limitações provocadas pela pandemia. Sugiro que seja ate o final de 2020.
Gostaria de entender se existe um estudo de impacto sobre transporte público, estacionamento , fluxo de carros, nível de ruído, comércio envolvendo a concessão do ginásio do Ibirapuera e seu entorno. Obrigado
Eu e minha equipe de atletismo (cerca de 40 pessoas) somos totalmente contra a concessão do complexo Ibirapuera. Utilizamos o espaço 4x na semana para treinos imprescindíveis ao nosso esporte. Conceder o complexo é prejudicar imensamente as várias equipes que o utilizam. Não está havendo redução das atividades esportivas, pelo contrário, o número de integrantes de cada equipe só aumenta. Nos posicionamos contra a concessão e inclusive pedimos reformas, pois mesmo com a deterioração do complexo, não deixamos de usá-los e nem pretendemos.
MANIFESTO-ME CONTRA A CONCESSÃO DO COMPLEXO DO IBIRAPUERA.
Deveriam fazer um parque arborizado e não fazer de maneira nenhuma um espaço de show ,pois prejudicaria o trânsito e os moradores deste bairro .Casas de show tem que ser feitas em areas mais afastadas evitando prejudicar o transito e o sossego das pessoas
Nos, da Rua Curitiba, somos contra o novo projeto para o Ginásio do Ibirapuera.
Sou contra a privatização do complexo pois a população necessita dele para realizar as atividades físicas e esportivas que existem hoje! É primordial para a saúde da população, sem o complexo as pessoas não terão como realizar atividades físicas. Soma-se a isso os atletas que necessitam deste espaço para treinar e participar de suas competições e não tem outra alternativa para tal.
Não sou a favor desta proposta, pois irá descaracterizar o bairro, tumultuando o trânsito da região, bem como a segurança e nível de barulho. Gostaria de acompanhar de perto este projeto.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
O espaço é utilizado por diversos atletas profissionais e também por universitários de faculdades de medicina, os quais dependem do esporte para manutenção de sua saúde mental em um contexto de um curso extremamente denso. Essas mudanças devem levar em conta a importância dessas estruturas para os usuários, a fim de garantir que estes permaneçam com acesso a tal.
Não sou de acordo com esse projeto, pois pode afetar diretamente atletas que utilizam o espaço, o que vai enfraquecer e sucatear o esporte ainda mais do que já o é atualmente.
Me coloco absolutamente contra a abertura das concessões. É um tanto quanto irresponsável sacrificar espaços tão benéficos para nossa sociedade e para o esporte brasileiro. Atletas profissionais e amadores têm lá a oportunidade de transformar seus sonhos em realidade. Pessoas que nos representam como Nação nas competições dependem desse espaço para o fazerem com sucesso. Além disso, o local ainda é sede de projetos sociais importantes para o desenvolvimento esportivo. Inúmeras faculdades do Estado de São Paulo (como as de Medicina e de Direito), além disso, treinam lá, sendo que a pouca disponibilidade desses espaços públicos para a sociedade, seriam prejudiciais para essas pessoas que têm paixão pelo esporte
Sou CONTRA a abertura da concessão dos espaços do Ibirapuera, pois entendo a importância do espaço para desenvolvimento do Esporte para população. Também sei que muitos dependem do espaço e atletas profissionais e suas comissões serão diretamente atingidos. Então, em vista de tais malefícios, reintero minha posição CONTRÁRIA a essa concessão.
Sou contra essa intervenção. A pista encontra-se deteriorada pela falta de cuidado de sua administração, o Estado de São Paulo. O espaço destinado ao esporte deveria ser valorizado.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Como integrante da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, me posiciono contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Pedimos a consideração de todos.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida pois nao teríamos lugar para treinar. Manifestando meu apoio à manutencao da pista de Atletismo.
Nós, membros da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para isso, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Enfim, acho que não deveria ocorrer a concessão.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que varias pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. :)
Sou contra a proposta em questão. A manutenção do complexo é extremamente importante para a valorização do esporte brasileiro, principalmente por parte do atletismo uma vez vários atletas federados utilizam a pista para treino. Além disso, muitas outras equipes fazem uso do local, de modo que a presença do esporte é de extrema importância para a saúde física e mental, considerando que crianças, universitários e idosos também realizam atividades no complexo esportivo.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Logo, sou a favor da manutenção do espaço do ginásio para práticas esportivas
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem de tal espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Obrigado.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Além disso, a abertura da concessão desses espaços reforçaria mais uma vez a falta de apoio ao esporte.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal. Seríamos diretamente afetados por essa medida e por isso nos posicionamos contra.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Eu Victoria Garcia, junto aos demais alunos da Escola Paulista de Medicina, e membros da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Obrigada
Precisa continuar como está com relação principalmente a parte esportiva uma vez que muitas faculdades, atletas pagam para utilizar por ser um local de treino completo, estrutura excelente e bem localizado . Evitar alterações que possam prejudicar os esportistas que já fazem uso
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Isso é, apesar das características apresentadas, acredito que esse espaço é muito util para a comunidade, um dos poucos lugares para prática de exercício físico, e não deva sofrer essa intervenção.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Trá-Cá-Trá
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos CONTRA a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Obrigado pelo atenção.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância fundamental desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente e substancialmente afetados por essa medida.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, visto que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Sou contrário as decisões uma vez que o espaço ainda é utilizado por diversas equipes de varios esportes com o intuito de favorecer treinamento esportivo de elite. Alterar o modo de funcionamento do ginásio ibirapuera sem antes melhorar toda sua infraestrutura seria um erro, tanto no quesito de perda de oportunidade (shows, eventos, competiçoes que atualmente nao sao realizados lá por falta de infraestrutura adequada) e tambem porque tal decisao iria deixar todos os atletas que treinam lá desamparados de qualquer facilidade ou local de treino adequado para objetivos profissionais
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contrários a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Sou contrário a tal projeto,pois iria interferir nos treinos de muitos atletas,os quais ficariam sem lugar para treinar.Muitos atletas de ponta no atletismo brasileiro não teriam onde treinar,muitos atletas universitários não teriam onde treinar.Essa mudança ignora o princípio do complexo que é a formação de profissionais do esporte
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto (AAAPB) - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Pedimos encarecidamente que não concedam o espaço aos interesses privados. Obrigada
Nós, da A.A.A.P.B. - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, já que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Eu, Nicole, sou contra a abertura do complexo ginásio do Ibirapuera pois, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados pela abertura de tal local. Como membro integrante da AAAPB, Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medina me coloco contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Pelos profissionais e por nós, atletas, somos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera para a realização do dado projeto.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a relevância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida.
Discordo com esse projeto por acarretar um aumento muito significativo no transito de carros, onibus e pedestres no entorno.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Isso é, apesar das características apresentadas, acredito que esse espaço é muito util para a comunidade, um dos poucos lugares para prática de exercício físico, e não deva sofrer essa intervenção.
Nós, da Associação Atlética Acadêmica Pereira Barretto - Escola Paulista de Medicina, nos posicionamos contra a abertura da concessão dos espaços do complexo do Ibirapuera, reconhecendo a importância desses espaços para o desenvolvimento do Esporte para a população. Sabemos que muitas pessoas dependem desse espaço para exercer seu trabalho, incluindo Atletas profissionais e Comissão Técnica. Além disso, como parte integrante da comunidade esportiva universitária de São Paulo, dependemos do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães para continuar os treinos da nossa equipe de Atletismo, uma vez que existem poucos espaços públicos disponíveis para tal, seríamos diretamente afetados por essa medida. Obrigada
Como usuário do complexo desportivos, na modalidade de natação, espero que continue oferecendo essa atividade que é muito importante para nós que não temos outro local para está atividade. Sem mais agradeço Regina
Sou contra esse projeto. Em São Paulo, assim como no Brasil como um todo praticamente não temos pista de treinamento para equipes independentes ou semiprofissionais. Sem o ginásio ficaremos sem opção.
O Ginásio é utilizado por muitas escolas e população de baixa renda. São desenvolvidas atividades como aulas de karatê, academia de ginástica, competições esportivas em geral. Onde a população que utiliza o complexo hoje fará essas atividades após a concessão? Os textos apresentados tratam de shoppings, hoteis, arena, mas não explicam como a população que utiliza o complexo será recompensada, nem onde poderá praticar esporte. Não atende aos interesses da população projeto desta forma.
Sou contra este projeto devido a incompatibilidade com o entorno e a mudança de uso do Complexo. Neste o espaço público faculdades, escolas e algumas associações esportivas fazem treinos e competições. Foi ali que treinaram vários importantes atletas brasileiros. Uma arena privada para até 20 mil pessoas será apenas um local com fins lucrativos para a iniciativa privada, causando imensas perdas à população. Teremos ainda um impacto negativo acústico e viário no bairro. Em outras cidades no mundo, estas novas arenas são construídas em locais distantes de áreas já densamente povoadas, onde projetos de enorme complexidade são elaborados com o objetivo de causar o menor impacto negativo possível à cidade e à sua população. Não tem como os acessos de pessoas, automóveis e ônibus serem melhorados para ficarem compatíveis ao volume de pessoas, equipes de produção e etc gerado a cada evento numa arena deste porte. O entorno já é totalmente ocupado! Hoje, durante o período da "árvore de natal" e dos bloquinhos de Carnaval, este acesso já é precário. O Ginásio do Ibirapuera, construído nos anos 50, com capacidade para, no máximo, 10 mil pessoas, já não tem área em seu entorno para atender a demanda em alguns dos eventos ali feitos. Para isto, usam as ruas e avenidas a sua volta causando um um enorme transtorno de acesso ao Clube Circulo Militar, Assembléia Legislativa e comando Militar do Sudeste. Temos de considerar, também, a deterioração e incomodo no entorno de uma arena. Flanelinhas, filas, bêbados, grupos de pessoas cantando e falando alto, torcidas, vendedores ambulantes de drogas, bebidas, comidas e etc, durante qualquer dos eventos.
Acho positivo um novo complexo com área de eventos e área de esportes Porem o projeto deveria ser apresentado e adequado para atender os interesses econômicos dos investidores e tbm os interesses da população O espaço de eventos, complexo comercial e edifício garagem certamente ja tem 2 a 3 projetos que ja devem ter sido apresentados A área que será destinada para esporte e lazer deve ser cedida a população e a manutenção dessas áreas deve ser efetuada pela empresa administradora do complexo sem ônus para a população Sou totalmente contra o zoneamento da cidade de Sao Paulo que foi criado para limitar e frear o desenvolvimento da cidade. Sao Paulo precisa de arranha céus, torres e roda gigante itens essenciais para alavancar o turismo e o desenvolvimento econômico da cidade. Uma cidade do porte de Sao Paulo não pode se limitar para atender o interesse de poucos
Estão retirando o acesso poupular das pessoas que precisam de projetos públicos para se exercitarem.
Boa tarde! Sou moradora da região e praticante da natação apenas, pq tiraram os outros esportes do Ginásio. Não tenho outra opção para treinar (por motivos físicos, financeiros, etc) e NÃO quero em hipótese alguma que mudem esse ícone esportivo. Com o valor recolhido dos shows/eventos que sempre acontecem, dá muito bem para reforma e modernização dos equipamentos de todas as dependências. Quero voltar para hidroginástica, tênis, esgrima, arco e flecha, vôlei, basquete, defesa pessoal e tantos outros esportes que nos foram tirados. Conto com a compreensão de todos os envolvidos. Grata!
SOU ABSOLUTAMENTE CONTRA A CONCESSÃO DO GINÁSIO DO IBIRAPUERA. So tem gente prejudicada com este projeto: 1) os atletas que não terão onde morar nem onde praticar as suas atividades. 2) Os vizinhos que deverão estar sujeitos a ruido, problemas de segurança e transito absolutamente insuportável. 3) Os hospitais da região que terão dificuldade na mobilidade dos pacientes na região com alta densidade de leitos. O PIP parece não compreender os problemas que serão criados no entorno. O foco do estudo eh como maximizar o lucro do concessionário. Chega a ser ridiculo.
Boa tarde. A região, pra quem conhece bem, ja sobre com excesso de circulação de veículos, as vias coletoras na região já estão exauridas. Além do.parque do Ibirapuera, ha hospitais importantes na região adjacente, além da avenida 23 de maio que praticamente 1 vez por mês é bloqueada assim como av. Pedro Álvares cabral devido a maratonas e outros eventos. A continuidade do.projeto em.questão levaria ao caos ininterrupto da região. Sabemos que medidas mitigadoras e compensatórias pouco funcionam, e mesmo.porque, não há muito mais.o que se fazer para uma.região já bastante complicada sob o.ponto de vista de trafego de veículos e eventos. Show na.magnitude que está sendo.proposta irá instaurar.o caos completo. Sem falar nas questões dos usuários de esportes do complexo e no berço de atletas, na manutenção da arquitetura do.local. Esse projeto está em.local errado.
O complexo tem muita história e oferece serviços para toda população, seria um absurdo privatizar um patrimônio público de tamanha importância !
Não concordo em hipótese nenhuma!!
O Complexo do Ibirapuera é da população. Temos poucos espaços públicos para a prática de esportes. Sou contra privatizações.
Estamos totalmente contra o complexo Arena multiuso por impactar negativamente no tráfego, segurança, poluição sonora e mudar a característica e perfil do bairro residencial para comercial.
Essa obra vai custar quanto para os cofres públicos? Qual intuito de gastar dinheiro para revitalizar o complexo sendo que o mesmo já está em processo de privatização. Já foi avisado e sinalizado para nos atletas e utilizadores das dependências esportivas que não poderemos mais utilizar o complexo assim que a privatização for concluída. A população do entorno esta sabendo que a proposta para o espaço do complexo é ser um possível Shopping Center e uma Arena de Show ? Então mais uma vez fica a minha indagação.... para que fazer investimentos em uma área que já está quase privatizada? porque investir em obra de urbanização e melhoramentos na região contudo q está acontecendo em relação ao complexo. Muitos moradores nem sabe dessa privatização. Eu não concordo com esse gasto em um local que está praticamente vendido para a iniciativa privada
Um absurdo...gastar dinheiro em um local que será privatizado por 35 anos onde o projeto incluir uma construção de arena de show...q benefício traz para a população e os atletas. Desvalorização total do esporte e gastos de dinheiro publico inresponsavel . Vamos ter coerência e preservar o patrimonio publico.
Analisando o PIU e seus documentos, entendo que alguns parâmetros da ZOE devam ser discutidos de forma mais técnica para que possam ser definidos no futuro edital de concessão. O PIU deverá definir todos os parâmetros (a partir dos parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo) da forma mais adequada. Deve-se definir a diretriz de gabaritos para os futuros projetos do complexo.
Conheço as arenas mencionadas no PIU e outros pontos de entretenimentos ao redor do mundo e todos tem como atrativo visual e turístico grande quantidade de painéis de LED, informações, divulgações. Essa apresentação visual de produtos, marcas e informações em telas de led dão vida ao local e informação ao público externo. Acho que vcs deveriam ter um cuidado com esse ponto nesse projeto. obrigado
Sugiro a prorrogação do prazo para a consulta publica devido ao momento que estamos passando com o Covid-19.